QUÍMICA. Soluções e Substâncias Inorgânicas. Propriedades Coligativas: Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Pressão Osmótica - Parte 3

Documentos relacionados
QUÍMICA. Soluções e Substâncias Inorgânicas. Propriedades Coligativas: Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Pressão Osmótica - Parte 2

Propriedades Coligativas

Propriedades Coligativas

QUÍMICA. Soluções e Substâncias Inorgânicas. Propriedades Coligativas: Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Pressão Osmótica - Parte 4

QUÍMICA. Soluções e Substâncias Inorgânicas. Propriedades Coligativas: Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Pressão Osmótica - Parte 6

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

QUÍMICA. Soluções e Substâncias Inorgânicas. Propriedades Coligativas: Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Pressão Osmótica - Parte 7

PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇõES

QUÍMICA. Soluções e Substâncias Inorgânicas. Propriedades Coligativas: Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Pressão Osmótica - Parte 1

Mistura de Soluções, Solubilidade e Propriedades Coligativas. Química 2/set

PROPRIEDADES COLIGATIVAS. Professor: Fábio Silva

PROPRIEDADES COLIGATIVAS. Tonoscopia Pg. 320

Propriedades Coligativas. Diagrama de Fases

QUÍMICA FRENTE II FICHA 11 PROPRIEDADES COLIGATIVAS

Gabarito: Resposta da questão 1: [A] [Resposta do ponto de vista da disciplina de Biologia]

QUÍMICA GERAL Soluções

Prática 08 Determinação da Massa Molar da Ureia via Ebuliometria

Capítulo 12. Tipos de Soluções. Unidades de Concentração Efeito da Temperatura na Solubilidade Efeito da Pressão na Solubilidade de Gases

Exercícios - Propriedades coligativas

PROPRIEDADES COLIGATIVAS. Prof. Sidnei

QUÍMICA GERAL Soluções

Propriedades Coligativas. Tecnologia de Alimentos Prof a. Msc. Fernanda Caspers Zimmer

Propriedades coligativas

QUÍMICA. Soluções e Substâncias Inorgânicas. Propriedades Coligativas: Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Pressão Osmótica - Parte 5

Propriedades coligativas

Profª Luiza P. R. Martins EEB Presidente Médici

Segundo o gráfico, o líquido mais volátil será a substância a) A b) B c) C d) D

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Misturas Simples. Físico-Química, cap. 5: Transformações Físicas de Substâncias Puras

Propriedades Coligativas

Estudo Estudo da Química

Obs: Usamos a expressão soluto não volátil quando o ponto de ebulição do soluto for superior ao do solvente.

AVALIAÇÃO DE QUÍMICA

Lista de revisão de efeitos coligativos

EFEITOS COLIGATIVOS DAS SOLUÇÕES VERDADEIRAS Profº Jaison Mattei

O gráfico abaixo representa a pressão de vapor, em atm, em função da temperatura, em ºC, de três amostras, I, II e III.

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

Química C Extensivo V. 3

5ª LISTA - EXERCÍCIOS DE PROVAS Lei de Raoult

SOLUÇÕES - SOLUÇÃO IDEAL E AS PROPRIEDADES COLIGATIVAS

CQ110 : Princípios de FQ

Propriedades Coligativas

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

Q U Í M I C A Material nº 16

Equilíbrio Físico. Disciplina Química Geral II Curso de Química habilitação em licenciatura Prof a. Marcia Margarete Meier

Por que desaparecem as poças de água depois de um certo tempo? Como se explica que a roupa molhada seca quando pendurada?

QUÍMICA Tipos de soluções Edson Mesquita

FORMULÁRIO DE DIVULGAÇÃO DO CONTEÚDO DA PROVA FINAL E RECUPERAÇÃO FINAL

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal FCAV - UNESP. CURSO: Ciências Biológicas. DISCIPLINA: Química.

PROPRIEDADES COLIGATIVAS. 2 ano

Figura 1: Potencial químico de um solvente na presença de um soluto.

Exercícios de Propriedades Coligativas e Coloides

DESTILAÇÃO Lei de Raoult


Introdução ao conceito de propriedades coligativas

A Diluição das Soluções:

Propriedades das Soluções

Metal, Não Metal e Metaloide

4- Lista de exercícios

Lei de Charles e Gay-Lussac V T. Pressão baixa. Pressão alta

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal FCAV - UNESP. CURSO: Ciências Biológicas. DISCIPLINA: Química.

Química C Extensivo V. 3

DIAGRAMA DE FASES. 4) (ITA) Considere as seguintes afirmações relativas aos sistemas descritos a seguir, sob

Soluções UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO UFRJ INSTITUTO DE QUÍMICA IQG127. Prof. Antonio Guerra

QUÍMICA - 2 o ANO MÓDULO 07 PROPRIEDADES COLIGATIVAS

Prática 1 Determinando o Teor de Sacarose em Bebidas

EXERCÍCIOS DE REVISÃO 3º ANO 2º BIMESTRE

Escola Secundária de Alcácer do Sal Química 12º ano teste 3 17/02/2004

Físico-Química II Termodinâmica de Soluções

ABAIXAMENTO DA PRESSÃO DE VAPOR

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Misturas Simples. Termodinâmica das Misturas Propriedades das Soluções Atividade

Propriedades Coligativas Aula 3

AULA ESPECÍFICA. Prof. Rodrigo Becker Cordeiro

Em relação aos líquidos contidos nos fracos A e B durante a ebulição, é CORRETO afirmar.

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

Estado Físico Características Macroscópicas Características Microscópicas

08/08/2017. Objetivos da aula

Com base nos dados acima, responda as questões propostas (cuidado com as unidades):

Professor: Rodrigo Rocha Monteiro

EXERCÍCIOS DIVERSOS D-08 - João Roberto F. Mazzei

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE QUÍMICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA PROVA DE SELEÇÃO/2011 DO CURSO DE MESTRADO

P1 - PROVA DE QUÍMICA GERAL 09/04/11

COLÉGIO CRISTO REI Lugar de Fé, Amor e Conhecimento.

2ª SÉRIE roteiro 1 SOLUÇÕES

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

T.D. de Química 28/03/2015. Prof. Victor Henrique

PROVA COMENTADA PELA EQUIPE DE QUÍMICA DO CURSO POSITIVO

Química C Semiextensivo V. 2

Propriedades coligativas

Sumário PREFÁCIO...13

Prof. Msc. João Neto 2

LISTA DE EXERCÍCIOS 4. Equilíbrio de Misturas Líquidas Binárias com o Vapor

a) 20 d) 100 b) 40 e) 160 c) 80

Prova de seleção ao Mestrado e Doutorado em Química Programa de Pós-graduação Multicêntrico em Química de Minas Gerais PPGMQMG 1/2015

P1 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 20/09/03

Módulo Q2 - Soluções SOLUÇÕES

P1 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 08/04/03

Lista de Exercício para a Prova Trimestral Setor A

Propriedades coligativas: são propriedades que dependem da concentração de partículas (solutos) dissolvidas, mas não da natureza dessas partículas.

Transcrição:

QUÍMICA Soluções e Substâncias Inorgânicas Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Pressão Osmótica - Parte 3 Prof ª. Giselle Blois

EBULIOSCOPIA OU EBULIOMETRIA É a propriedade coligativa que ocasiona a elevação da temperatura de ebulição do solvente quando a ele se adiciona um soluto não-volátil e não-iônico.

A temperatura em que se inicia a ebulição do solvente em uma solução de soluto não-volátil é sempre maior que o ponto de ebulição do solvente puro, sob mesma pressão. Isso porque o solvente só entrará em ebulição novamente se receber energia suficiente para que sua pressão de vapor volte a se igualar à pressão externa (atmosférica).

Quantidade de matéria de sacarose (por Kg de água) P.E. água pura a 1atm P.E. água na solução a 1atm 0,01 100 100,01 0,2 100 100,10 0,8 100 100,42

Quando o ponto de ebulição de um líquido é elevado pela presença de um soluto não volátil, o novo valor é diretamente proporcional ao número de mols da solução. Esta é a relação entre o efeito ebulioscópico e a concentração da solução, mais conhecida como Lei de Raoult.

A fórmula usada para o cálculo é: ΔT = T 2 T Onde: T = temperatura de ebulição da solução T 2 = temperatura de ebulição do solvente

EXERCÍCIOS

1. Em padarias e bares, o café é mantido quente em máquinas nas quais é usado o banho-maria. Isso é feito porque durante esse procedimento observa-se que: a) Só o café ferve. b) O café e a água do banho-maria fervem.

c) Só o banho-maria ferve. d) O banho-maria ferve a uma temperatura maior que a da água pura; e) O banho-maria ferve a uma temperatura menor que a da água pura.

O banho-maria é um procedimento que permite o aquecimento da solução de café, sem que se corra o risco da ebulição, pois isso provocaria uma alteração no sabor do café.

Durante esse procedimento, percebemos que a água do banho-maria entra em ebulição, o que não ocorre com a solução de café por mais que aqueçamos o sistema. Isso ocorre porque o ponto de ebulição da solução (café + água) é maior do que o do solvente puro (água pura).

a) Só o café ferve. b) O café e a água do banho-maria fervem. c) Só o banho-maria ferve. d) O banho-maria ferve a uma temperatura maior que a da água pura; e) O banho-maria ferve a uma temperatura menor que a da água pura.

2. Digamos que você possui as seguintes amostras: - Água pura. - Solução aquosa de glicose a 0,2 mol/l. - Solução aquosa de glicose a 0,4 mol/l.

A ordem crescente de temperatura de ebulição dessas amostras é dada por: a) I > II > III b) III > II > I c) III < II < I d) I < II < III e) I < III < II

- Água pura. - Solução aquosa de glicose a 0,2 mol/l. - Solução aquosa de glicose a 0,4 mol/l. Quanto maior a concentração, isto é, a quantidade de partículas de soluto não volátil dispersas no solvente, maior será a sua temperatura de ebulição.

A ordem crescente de temperatura de ebulição dessas amostras é dada por: a) I > II > III b) III > II > I c) III < II < I d) I < II < III e) I < III < II

3. (PUC-RS) Dois recipientes iguais contêm líquidos em contínua ebulição. O recipiente 1 tem água pura e o recipiente 2 tem água do mar. O gráfico que melhor representa a variação das temperaturas dos líquidos em função do tempo é:

Recipiente 1 = água pura; Recipiente 2 = água do mar. Logo, o ponto de ebulição do recipiente 1 é menor do que o do recipiente 2.

A água pura atinge o seu ponto de ebulição a 100º C, ao nível do mar, e, nessa temperatura, suas moléculas passam para o estado de vapor. Portanto, o líquido atinge 100º C e permanece constante, até que todas as moléculas de água saiam do estado líquido.

A água do mar, que é uma solução, ao iniciar a sua ebulição somente o solvente começa a evaporar, tornando assim a solução mais concentrada. Dessa forma, à medida que a ebulição avança, o ponto de ebulição continua a subir.