DIREITO ELEITORAL Ações Especiais Eleitorais Prof. Karina Jaques
Ações Especiais Eleitorais - Ação de Impugnação Ao Pedido De Registro De Candidatura - AIRC O objetivo da AIRC é impedir que determinado requerimento de registro de candidatura seja deferido por estar ausente condição de elegibilidade ou pela incidência de causa de inelegibilidade ou por não ter o pedido de registro cumprido a sua formalidade legal.
Ações Especiais Eleitorais - Ação de Impugnação Ao Pedido De Registro De Candidatura - AIRC Seu fundamento está nos artigos 3º e seguintes da LC 64/90. O TSE edita, a cada eleição, resolução que regulamenta os procedimentos de registro de candidatura. Os artigos 10 a 16 da Lei nº 9.504 de 1997 e os artigos 82 a 102 da Lei nº 4.737 de 1965, Código Eleitoral, também tratam da matéria.
Ações Especiais Eleitorais - Ação de Impugnação Ao Pedido De Registro De Candidatura - AIRC Podem propor a ação candidato ou pré-candidato, ainda que esteja sub judice, partido político ou coligação que concorra ao pleito na circunscrição eleitoral e o Ministério Público A legitimidade ativa é concorrente.
Ações Especiais Eleitorais - Ação de Impugnação Ao Pedido De Registro De Candidatura - AIRC Os legitimados passivos são os pré-candidatos e candidatos, isto é, aqueles escolhidos em convenção partidária e que tenham requerido o registro de candidatura, em que pese este ainda não tenha sido deferido.
Ações Especiais Eleitorais - Ação de Impugnação Ao Pedido De Registro De Candidatura - AIRC O prazo para propositura desta ação é de cinco dias, contados da publicação do pedido de registro de candidatura na imprensa, seja oficial ou não, ou da publicação do edital por afixação na sede da Zona Eleitoral ou Tribunal Regional Eleitoral.
Ações Especiais Eleitorais - Ação de Impugnação Ao Pedido De Registro De Candidatura - AIRC A competência para julgamento é sempre do órgão da Justiça Eleitoral em que o requerimento de registro foi protocolado, dependendo do cargo concorrido.
Ações Especiais Eleitorais - Ação de Investigação Judicial Eleitoral - AIJE Tem como finalidade demonstrar, judicialmente, que durante a campanha eleitoral o candidato investigado praticou qualquer conduta abusiva do poder econômico ou político que comprometa a lisura das eleições, conforme a LC 64/90, que o tornam inelegível.
Ações Especiais Eleitorais - Ação de Investigação Judicial Eleitoral - AIJE O fundamento está no art. 22 da LC 64/90. O proponente deverá relatar fatos, indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político.
Ações Especiais Eleitorais - Ação de Investigação Judicial Eleitoral - AIJE Podem propor a ação são o Ministério Público, candidato ou pré-candidato, ainda que sub judice, partido político ou coligação. O polo passivo da demanda pode ser composto por partido político, coligação, candidato ou pré-candidato, ainda que sub judice, autoridades e qualquer pessoa que tenha contribuído para o ato ilícito.
Ações Especiais Eleitorais - Representação A representação é instrumento judicial que serve para apurar e punir determinadas infrações às normas eleitorais que possam desequilibrar a disputa eleitoral. O fundamento está no art. 96 Lei nº 9.504/97, atualizado pelas resoluções do TSE.
Ações Especiais Eleitorais - Representação Podem ser identificadas, em síntese, as seguintes hipóteses de cabimento de representação: por propaganda eleitoral irregular, para o exercício do direito de resposta, por irregularidades em doações e contribuições para campanhas eleitorais, por irregularidade de pesquisa eleitoral, por captação e gastos ilícitos em campanhas eleitorais, por captação ilícita de sufrágio e por condutas vedadas aos agentes públicos em campanha eleitoral.
Ações Especiais Eleitorais - Representação Podem propor a Representação Eleitoral qualquer partido político, coligação, pré-candidato ou candidato. O Ministério Público também tem legitimidade ativa como órgão ministerial que atua na defesa da ordem jurídica e do regime democrático. A legitimidade passiva depende do caso concreto a ser julgado, a depender da espécie da demanda. A representação pode ser proposta contra partido político, coligação, pré-candidato, candidato ou qualquer outra pessoa, autoridade ou não, que tenha violado as normas eleitorais.
Ações Especiais Eleitorais Recurso contra a expedição de diploma - RCED Os recursos são meios de impugnação de decisão judicial dentro da mesma relação processual. Se a insurgência for contra ato que não é decisão judicial, há que se falar em ação autônoma e não recurso eleitoral. O objetivo é cassar o diploma, desconstituir a situação jurídica existente e impedir que o eleito, por ter infringido a lei eleitoral, possa exercer o mandato eletivo, com o fim de resguardar a legitimidade da disputa eleitoral.
Ações Especiais Eleitorais Recurso contra a expedição de diploma - RCED O fundamento está no art. 262 da Lei 4.737/65 (Código Eleitoral) que apresenta, taxativamente, as hipóteses de cabimento, vejamos: Somente caberá o recurso nos seguintes casos: I - inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato; II - errônea interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de representação proporcional; III - erro de direito ou de fato na apuração final quanto à determinação do quociente eleitoral ou partidário, contagem de votos e classificação de candidato, ou a sua contemplação sob determinada legenda;
Ações Especiais Eleitorais Recurso contra a expedição de diploma - RCED IV - concessão ou denegação do diploma, em manifesta contradição com a prova dos autos, nas hipóteses do art. 222 desta Lei, e do art. 41-A da Lei n. 9.504, de 30 de setembro de 1997. A legitimidade ativa é concorrente entre o Ministério Público, candidato ou pré-candidato, ainda que esteja com o pedido de registro de candidatura sub judice, partido político ou coligação.
Ações Especiais Eleitorais Recurso contra a expedição de diploma - RCED No polo passivo podem figurar apenas os candidatos eleitos e os respectivos suplentes, se diplomados, não havendo litisconsórcio passivo necessário entre o candidato e o partido político.
Ações Especiais Eleitorais Ação de Impugnação de Mandato Eletivo - AIME O objetivo da AIME é impugnar o mandato eletivo, opondose ao próprio mandato eletivo e não ao registro de candidatura ou ao diploma, como ocorre nas demais ações eleitorais. Tem fundamento no art. 14, 10 e 11, da CF/88, vejamos:
Ações Especiais Eleitorais Ação de Impugnação de Mandato Eletivo - AIME Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Ações Especiais Eleitorais Ação de Impugnação de Mandato Eletivo - AIME A legitimidade ativa é concorrente, podendo propor a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo o Ministério Público, os partidos políticos, as coligações, os candidatos, eleitos ou não. Ressalte-se que o eleitor não pode propor essa ação, mas pode relatar fatos ou circunstâncias ao Ministério Público Eleitoral para que este, se entender cabível, provoque o pronunciamento da Justiça Eleitoral.
Ações Especiais Eleitorais Ação de Impugnação de Mandato Eletivo - AIME No polo passivo podem figurar, de regra, apenas os candidatos eleitos e suplentes que eventualmente abusaram do poder econômico ou político, corromperam, fraudaram de qualquer forma a votação ou apuração dos votos. O prazo para ajuizamento da ação é de quinze dias, contados da data da diplomação, conforme previsão expressa do artigo 14, 10, da CF/88.