Programa de ação e orçamento para 2014 Programa de ação e orçamento para 2014 CASA DA IMPRENSA ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA 1
Programa de ação e orçamento para 2014 ÍNDICE A. Programa de ação 3 B. Orçamento da Casa da Imprensa 7 C. Orçamento do Fundo de Ação Social 8 D. Parecer do Conselho Fiscal 9 2
Programa de ação e orçamento para 2014 A. Programa de ação Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, nomeadamente da alínea i) do nº 1 do Artº 44º, da alínea c) do nº 1 do Artº 55º e da alínea c) do nº 1 do Artº 60 dos Estatutos, o Conselho de Administração submete à apreciação do Conselho Fiscal, para emissão do competente parecer, e da Assembleia Geral, para deliberação, as propostas de Plano de ação e orçamento da Casa da Imprensa Associação Mutualista Vida associativa O principal objetivo do Conselho de Administração para 2014 é a apresentação aos associados de uma proposta de alteração dos Estatutos e do Regulamento de Benefícios. Este objetivo foi anunciado em 2013, quando, nos termos estatutários, o CA solicitou o parecer do Conselho Geral sobre a oportunidade do aprofundamento dos benefícios, dando continuidade à revisão feita no ano anterior. Na altura o CA apresentou ao Conselho Geral propostas concretas que preveem importantes melhorias dos benefícios em todas as modalidades Solidariedade Associativa, Cuidados de Saúde Primários, Internamento Hospitalar e Capital Pagável por Morte com destaque para o aumento do limite de cobertura das despesas de hospitalização e a redução dos preços das consultas médicas. Qualidade dos serviços para o exercício de 2014. As duas propostas estão de acordo com as Linhas gerais de orientação estratégica submetidas à apreciação do Conselho Geral, que sobre as mesmas emitiu parecer positivo. São os seguintes os principais objetivos e as prioridades da ação que o Conselho de Administração se propõe desenvolver em 2014: O CA espera obter o parecer prévio favorável da autoridade tutelar (a Direção Geral de Segurança Social) de modo a solicitar a convocação, logo no princípio do ano, de uma reunião extraordinária da Assembleia Geral para o debate e a votação da proposta. Nos termos legais, só após a aprovação em Assembleia Geral é possível o registo e a entrada em vigor dos novos Estatutos e Regulamento de Benefícios. Concomitantemente com este debate, o CA propõe-se dinamizar a informação aos associados, orientada para uma perceção mais clara do nível de benefícios que a Casa da Imprensa lhes oferece e para a sua utilização. Este objetivo será facilitado com o lançamento de uma nova página da Casa da Imprensa na internet e de uma newsletter, ambas em preparação desde o final de 2013. Logo após a obtenção de parecer prévio favorável da DGSS sobre as propostas de alteração dos Estatutos e do Regulamento de Benefícios serão lançadas iniciativas destinadas a aumentar o número de associados, recorrendo-se exclusivamente aos meios próprios da Casa da Imprensa, mas procurando a colaboração ativa de outras organizações do setor. No sentido de alargar a rede de proteção social de que o setor carece, simultaneamente serão concretizadas iniciativas tendentes ao estabelecimento de acordos de adesão, previstos nos Estatutos. A melhoria da qualidade dos serviços prestados aos associados manter-se-á um objetivo central e a maior eficiência do atendimento será uma das prioridades em 2014. Para tanto serão renovados os sistemas de informação (software de gestão) e far-se-á a aposta na formação do pessoal, orientada principalmente para uma informação clara e rigorosa aos associados sobre a efetivação dos benefícios. A entrada em produção de um site interno, em preparação desde o final de 2013, ajudará a uniformizar a informação e a organizar os serviços. 3
Saúde Na área da Saúde, o Conselho de Administração destaca três objetivos principais a alcançar em 2014: a melhoria dos benefícios regulamentares, anunciados e preparados ao longo de 2013; o aumento da oferta de serviços convencionados para os associados do Grande Porto; e a requalificação do posto clínico da Sede. Na proposta de alteração ao Regulamento de Benefícios a submeter à Assembleia Geral, o CA prevê, no âmbito da modalidade de Cuidados de Saúde Primários, entre outras melhorias, a redução dos preços das consultas de especialidades no posto clínico da Sede. Segurança social complementar Em 2014 o Conselho de Administração apresentará a proposta de criação de uma nova modalidade mutualista de complemento de pensões de reforma. Trata-se de um objetivo já inscrito no Programa de ação para 2013, cujos trabalhos preparatórios estão em execução, mas que não foi possível concluir. O desenho da modalidade terá as características anunciadas, de acessibilidade e flexibilidade. Na modalidade de Capital Pagável por Morte, o Conselho de Administração submeterá à apreciação da Assembleia Geral, nos termos legais, a proposta de melhoria do benefício, com o aumento do subsídio por morte, por aplicação de excedentes técnicos e sem aumento da quota. Tendo especialmente em conta a gravíssima crise que se vive no setor, o CA propõe-se manter, e se possível intensificar, a proatividade dos serviços sociais, no sentido de detetar situações Cultura Na modalidade de Internamento Hospitalar, está previsto o aumento, de 10.000 para 15.000 por ano e por subscritor, do limite de cobertura das despesas de hospitalização (com comparticipação de 100%) e a introdução da opção fora da rede, ou seja, a possibilidade de comparticipação (neste caso a 50%) das despesas mesmo quando o associado recorra a serviços de estabelecimentos ou equipas médicas não convencionadas. O CA espera também garantir o reforço da rede de prestadores diretamente convencionados com a Casa da Imprensa na região do Grande Porto, para que os associados desta região possam ter condições (quer ao nível da diversificação da oferta, quer quanto aos preços praticados) semelhantes às do posto clínico da Sede. Este objetivo poderá ser garantido pela escolha de uma unidade de saúde de referência na qual os associados do Grande Porto possam ter condições de atendimento semelhantes às que são oferecidas na Sede (onde há consultas de sete especialidades médicas, além de medicina geral e familiar, psicologia e nutrição). Após cuidada preparação em 2013, as obras para a requalificação do posto clínico da Sede iniciar-se-ão logo no princípio do ano, dotando-o de todas as condições exigidas aos estabelecimentos de saúde privados. de maior vulnerabilidade e de disponibilizar os apoios possíveis, quer de ordem financeira, quer em serviços e equipamentos, no quadro do Regulamento do Fundo de Ação Social. O limite máximo das verbas a disponibilizar pelo Fundo de Ação Social manter-se-á, depois de ter sido aumentado em 2013. O FAS assegurará uma dotação extraordinária para o reforço do Fundo Autónomo de Subsídio Complementar (FASC) para assegurar a cobertura das responsabilidades com pensões complementares de reforma e sobrevivência do grupo fechado do antigo Fundo Especial de Segurança Social dos Jornalistas, integrado na Casa da Imprensa em 1992. O reforço do FASC por intermédio de dotações extraordinárias do Fundo de Ação Social tem vindo a ser feito desde 2011, sendo necessário continuar a fazê-lo, gradualmente, ainda por mais alguns anos. Na sequência da denúncia do contrato de arrendamento que vigorava há muito, a Casa da Imprensa estabeleceu uma parceria que vai permitir, já no segundo trimestre de 2014, a reabilita- 4
ção do cinema de que é proprietária, no prédio da R. do Loreto, em Lisboa. A Casa da Imprensa fez um esforço grande no sentido de viabilizar o projecto, assumindo as responsabilidades que tem no plano cultural e, simultaneamente, assegurando que, no plano financeiro, ele é amortizado num prazo razoável. As condições estabelecidas vão permitir um acréscimo de receita para a atividade mutualista, principalmente na modalidade de Cuidados de Saúde Primários. O cinema de que a CI é proprietária é o mais antigo cinema em actividade em Lisboa e, nos termos protocolados, a sua exploração assegurará uma programação de qualidade. A Casa da Imprensa não ficará envolvida na programação, mas terá a prerrogativa de realização de iniciativas conjuntas com o programador, o que lhe permitirá retomar as suas tradições, associandose a festivais e ciclos de cinema, os primeiros dos quais serão anunciados em breve. Na Sede, após as obras de requalificação, e com a melhoria das condições do Salão Nobre (Sala Artur Portela), o Conselho de Administração propõe-se desenvolver um programa de iniciativas de qualidade, mais intenso e diversificado. O CA diligenciará também no sentido de definir o modelo e encontrar os parceiros que permitam a continuação da Grande Noite do Fado, objectivo já perseguido em 2013 mas ainda sem resultados. O Prémio Norberto Lopes de Reportagem de Imprensa terá a sua próxima edição entre janeiro e maio. A entrega do prémio será feita na sessão comemorativa do 109º aniversário da Casa da Imprensa. Simultaneamente será lançado um prémio destinado a galardoar um trabalho jornalístico, de qualquer estilo (e não apenas reportagem de imprensa) e publicado em qualquer meio (imprensa, rádio, televisão, on line). A exemplo do sucedido nos últimos anos, a Casa da Imprensa continuará a participar na atribuição do Prémio Stuart de Desenho de Imprensa (com El Corte Inglès) e do Prémio de Jornalismo na área de Saúde Mental (com a Fundação AstraZeneca e a Associação Encontrar+se). Finanças e património O Conselho de Administração mantém o compromisso de assegurar o equilíbrio financeiro de todas as modalidades mutualistas e a gestão rigorosa dos fundos sob gestão da Casa da Imprensa, condições incontornáveis para a manutenção e a melhoria dos benefícios mutualistas. Igualmente mantém o compromisso de defender intransigentemente, em todos os planos em que o assunto se coloque, os interesses da Casa da Imprensa relativamente à recuperação da dívida da Segurança Social ao antigo Fundo Especial de Segurança Social dos Jornalistas. Na gestão financeira, o CA propõe-se prosseguir a reestruturação da carteira de investimentos, iniciada em 2010, visando a redução do risco e, na medida do possível, o aumento da rendibilidade. Na gestão do património, o Conselho propõe-se lançar, e concluir ainda no primeiro trimestre, obras de requalificação na Sede associativa e a reabilitação do prédio da Rua do Loreto, em Lisboa. Trata-se de obras necessárias e em diversos aspetos urgentes, cuja oportunidade, com as recentes alterações do quadro legal e a denúncia dos contratos de arrendamento, o CA entende que não deve ser desaproveitada. Na Sede, os principais objectivos são a melhoria das condições de funcionamento do posto clínico, acautelando a sua eventual expansão, e do salão nobre, dotando-o de equipamentos que lhe darão maior potencial de aproveitamento e de rendibilização. No prédio da R. do Loreto, trata-se de suster a sua degradação, de evitar a constante repetição de despesas de manutenção e de garantir mais receita. Orçamento A proposta de Orçamento da Casa da Imprensa para 2014 assenta em bases realistas e tem em conta, do lado dos custos, todos os compromissos já estabelecidos e as novas iniciativas previstas neste Programa de ação, incluindo a melhoria de benefícios. As receitas previstas têm tam- 5
bém uma base realista e prudente. Num caso e noutro, tem-se em conta a execução orçamental de 2012 e a estimativa de fecho de contas de 2013. A proposta respeita o compromisso de manter resultados positivos em todas as modalidades mutualistas e garante os meios financeiros estritamente necessários à execução do Programa de Ação. Trata-se no entanto de um orçamento muito exigente, atendendo à melhoria de benefícios sem aumento de quotas e à realização de obras de requalificação da Sede. O total de gastos previstos no orçamento para 2014 é de 653.978,72 euros, dos quais 284.458,15 euros correspondem a custos inerentes a associados (os custos diretos dos benefícios regulamentares) e 369.520,57 euros a custos gerais. Nestes incluem-se, nomeadamente, os custos com pessoal (192.581,46 euros) e os fornecimentos e serviços externos (115.962,63 euros). O total de rendimentos é estimado em 672.640,95 euros, dos quais 255.102,40 euros resultam de joias e quotizações, 94.217,59 euros de serviços prestados a associados e 138.712,75 euros da prestação de serviços (fundos). Entre a restante receita destacam-se as rendas do imobiliário (101.904,02 euros), que superam já os rendimentos financeiros (69.509,59 euros). O resultado global previsto é de 18.662,22 euros, sendo também positivos os resultados esperados para todas e cada uma das modalidades associativas: Solidariedade Associativa, 2.765,99 euros; Cuidados de Saúde Primários, 561,52 euros; Internamento Hospitalar, 11.311,96 euros; e Capital Pagável por Morte, 4.022,76 euros. No Fundo de Ação Social, os gastos ao abrigo do Regulamento de Benefícios podem atingir a verba global máxima de 270.678,33 euros, equivalente à orçamentada no ano anterior. O estudo económico realizado para sustentar as propostas de alteração dos Estatutos e do Regulamento de Benefícios demonstra que os desafios lançados para 2014 podem ter continuidade nos anos seguintes. Uma previsão orçamental feita com os mesmos critérios de prudência e rigor indica que o equilíbrio financeiro se mantém, pelo menos no médio prazo, deixando uma confortável margem de liberdade para uma gradual melhoria dos benefícios. Lisboa, 2013.11.15 O Conselho de Administração J. Goulart Machado (presidente); Lurdes Ferreira (vice-presidente); Carlos Lobato, Sandro Arruda, Margarida Gomes (vogais) 6
B. Orçamento da Casa da Imprensa GASTOS 653.978,72 Fornecimentos e serviços externos 115.962,63 Serviços especializados (Honorários, Desp. Conservação, Serv. Bancários, ) 57.604,28 Materiais (Material de escritório, ) 6.992,65 Energia e fluidos 9.154,17 Deslocações, estadas e transportes 5.071,28 Serviços diversos (Seguros, Comunicações, Limpeza,...) 37.140,25 Gastos com o pessoal 192.581,46 Gastos de depreciação e de amortização 58.217,62 Perdas por imparidade (Obrigações e Títulos de Participação) 0,00 Provisões do período (Capitais por Morte) 1.509,46 Outros gastos e perdas 1.249,40 Impostos 1.000,00 Outros 249,40 Custos com apoios financeiros concedidos a associados 284.458,15 Subsídios, donativos, bolsas de estudo (SA e CM) 21.750,00 Prestações a associados das mutualidades (IH) 62.884,99 Prestações pecuniárias de cuidados de saúde (CSP) 187.424,99 Outros custos inerentes a associados (Posto Médico) 12.398,18 RENDIMENTOS 672.640,95 Prestações de serviços 488.032,73 Quotizações e jóias 255.102,40 Serviços secundários (Posto Médico) 94.217,59 Prestação de Serviços - Fundos 138.712,75 Subsídios, doações e legados à exploração 0,00 Outros rendimentos e ganhos 115.098,62 Rendimentos suplementares (Cedência de Salas, ) 12.409,00 Outros (Descontos, Mais Valias, ) 785,60 Rendas e outros rendimentos em propriedades de investimento 101.904,02 Juros, dividendos e outros rendimentos similares 69.509,59 Juros obtidos de depósitos 14.363,10 Juros obtidos de outras aplicações de meios financeiros liquídos 55.146,49 RESULTADO FINAL 18.662,22 7
C. Orçamento do Fundo de Ação Social Orçamento do Fundo de Acção Social - 2014 Va lore s Verba global máxima a disponibilizar pelo FAS (art. 33º, 34º, 37º a 42ª e 44º 270.136,75 Prestação de Serviços - de acordo com o artigo 33º 10.000,00 - de acordo com o artigo 34º nº 2 138.462,75 Cuidados de Saúde Primários - de acordo com o artigo 37º (pagamento de quotas) 39.498,00 - de acordo com o artigo 38º 10.000,00 Internamento Hospitalar - de acordo com o artigo 39º (pagamento de quotas) 22.176,00 - de acordo com os artigos 40º a 42º 10.000,00 Subsídios Eventuais: - de acordo com o artigo 44º nº 1 a) (reembolsáveis) 50.000,00 - de acordo com o artigo 44º nº 1 b) (a fundo perdido) 40.000,00 8
D. Parecer do Conselho Fiscal Nos termos e para os efeitos do Art.º 60º, nº 1, alínea c) dos Estatutos da Casa da Imprensa Associação Mutualista, vem o Conselho Fiscal emitir o seu Parecer sobre o Programa de Ação e Orçamento para o exercício de 2014 apresentado pelo Conselho de Administração. Após análise dos documentos apresentados e da informação complementar disponibilizada pelo Conselho de Administração, o Conselho Fiscal considera-se habilitado a emitir o presente Parecer. O Conselho Fiscal considera que a proposta de Programa de Acção e Orçamento apresentada pelo Conselho de Administração respeita as normas legais e estatutárias e se enquadra nas linhas gerais de orientação estratégica a que o Conselho Geral deu parecer favorável. Os objectivos inscritos na proposta do Conselho de Administração confirmam a tendência para a progressiva melhoria dos benefícios mutualistas, principalmente nas modalidades de Cuidados de Saúde Primários e Internamento Hospitalar. O Conselho Fiscal destaca também como positivos o objectivo de criação duma modalidade de complemento de reforma e de requalificação do posto clínico e do prédio de rendimento que é propriedade da Casa da Imprensa. Igualmente destaca como positivo o projecto de recuperação do cinema. O Conselho Fiscal considera que a proposta de orçamento apresentada pelo Conselho de Administração assenta em pressupostos prudentes e prevê os meios que são necessários e suficientes para a concretização do Programa de Ação. A previsão de gastos e rendimentos é coerente com a execução orçamental de 2012 e de 2013. Os resultados previstos são realistas e respeitam o objectivo de manter o equilíbrio financeiro de todas as modalidades mutualistas. O Conselho Fiscal dá assim um parecer globalmente favorável à proposta de Programa de Acção e Orçamento apresentada pelo Conselho de Administração e recomenda a sua aprovação pela Assembleia Geral. O Conselho Fiscal Nuno Ribeiro (Presidente), Helder C. Martins (Secretário), Inês Rapazote (Relatora) 9