INSECTOS PREDADORES ASSOCIADOS À VINHA NA REGIÃO DEMARCADA DO DOURO

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INSECTOS PREDADORES ASSOCIADOS À VINHA NA REGIÃO DEMARCADA DO DOURO Carlos, C.R. 1, Tão, C.B. 1, Domingos, J.A. 1, Costa, J.R. 1, Alves, F. 1 & Torres, L.M. 2 1 Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense. Rua José Vasques Osório nº 62-5º 5050-280 Peso de Régua. cristina.carlos@advid.pt 2 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Apt. 1013. 5000-911. Vila Real. ltorres@utad.pt Resumo Com o presente estudo pretendeu-se contribuir para conhecer o complexo de insectos predadores associados à vinha na Região Demarcada do Douro. O referido estudo decorreu em 2002, em dois locais da região (Quinta de S. Luiz e Quinta do Bonfim) e em 2003, na Quinta do Bonfim. Para a sua concretização instalaram-se, entre Abril e Outubro, em cada um dos locais, cinco armadilhas cromotrópicas, que eram renovadas semanalmente para registo das capturas. De entre os insectos capturados, os considerados de maior interesse enquanto potenciais predadores, pertenciam a nove famílias: mirídeos, nabídeos, crisopídeos, coccinelídeos, carabídeos, estafilinídeos, cantarídeos, malaquídeos e sirfídeos. Os coccinelídeos foram a família representada por maior número de indivíduos, ao totalizar entre 53,3 e 77,0% do número de capturas. Nesta família, as espécies dominantes foram Scymnus interruptus Goeze, que representou entre 41,6 e 66,2% do total de coccinelídeos, e S. frontalis Fabricius, com 19,3 e 39,2% desse total. Outras famílias com significado numérico foram a dos malaquídeos, representando entre 8,7 e 27,3% das capturas, e a dos crisopídeos, totalizando 3,1 a 17,7% dessas capturas, a última representada pelo grupo Chrysoperla carnea (Stephens). O maior número de capturas de representantes destas três famílias (coccinelídeos, malaquídeos e crisopídeos) registou-se entre Junho e Agosto/Setembro. Palavras-chave: limitação natural; coccinelídeos; malaquídeos; crisopídeos, vinha. Abstract Predator insects associated with vineyard at Porto Wine Region In order to get knowledge about the insect predator complex associated with vineyard at Porto Wine Region (Região Demarcada do Douro), a study was carried out at two farms (S. Luiz and Bonfim), during 2002, and at the farm of Bonfim, during 2003. Data collection was done through five yellow sticky traps per farm, installed from April and October of each year and examined at weekly intervals. From the captured insects, nine families were found to be of interest while potential predators: Miridae, Nabidae, Chrysopidae, Coccinellidae, Carabidae, Staphylinidae, Cantharidae, Malachiidae and Syrphidae. The family which was most represented was that of the Coccinellidae, with between 53,3 and 77,0% of the total captured. Within this family the most numerous species was Scymnus interruptus Goeze, representing between 41,6 and 66,2% of the coccinellids, followed by S. frontalis Fabricius, which represented between 19,3 and 39,2% of this total. Other families well represented were the Malachiidae (between 8,7 and 27,3% of the total captured), and the Chrysopidae (between 3,1 and 17,7% of this total), these ones represented by Chrysoperla carnea (Stephens). The most numerous captures of these families (Coccinellidae, Malachiidae and Chrysopidae) were made from June to August/September. Keywords: natural control; coccinellidae; malachiidae; chrysopidae; vineyard INTRODUÇÃO A protecção, manutenção e aumento das populações de auxiliares das culturas é elemento essencial das medidas indirectas de protecção, que deverão ter sempre lugar prioritário em agricultura sustentável (produção integrada e biológica) (Böller et al., 1998). Assim, a limitação natural exercida por estes auxiliares é muitas vezes suficiente para manter as populações de inimigos das culturas em intensidades de ataque inferiores ao nível económico de ataque (Amaro, 2003), admitindo-se mesmo 1

que mais de 90% dos inimigos das culturas não causam prejuízos em virtude dessa limitação (De Bach & Rosen, 1991). Sob este ponto de vista, e no caso das pragas, considera-se particularmente importante a acção de artrópodos (predadores e parasitóides) que, contudo, pode ter eficácia variável em função de factores como: a natureza e abundância das populações do auxiliar e da praga, as condições climáticas, a coincidência entre as populações das pragas e as dos auxiliares e a destruição dos auxiliares pelos pesticidas (Amaro, 2001). Em Portugal a informação disponível sobre a fauna auxiliar da vinha refere-se principalmente a ácaros fitoseídeos (Carmona & Ferreira, 1989; Ferreira, 1992, 1995; Teixeira, 1995, Aguiar et al., 2000; avier & Inglez, 2000; Pereira et al., 1997; Pereira et al., 2003; Rodrigues & Torres, 2005; Rodrigues et al., 2005), sendo muito escassa relativamente a outros auxiliares (Ribeiro,1998; Martins et al.,2000/1). Esta situação é válida na Região Demarcada do Douro (R.D.D), onde poucos trabalhos foram realizados sobre o tema (Tão, 2002; Domingos, 2003; Carlos et al., em public.). Com o presente estudo, que teve por objectivo conhecer os principais predadores em actividade na vinha, na R.D.D, assim como identificar os seus períodos de presença e actividade, pretendeuse contribuir para aprofundar a informação disponível sobre a fauna auxiliar desta cultura na região. MATERIAL E MÉTODOS Caracterização das parcelas O estudo decorreu em duas parcelas de vinha delimitadas em duas propriedades da R.D.D., a Quinta de S. Luíz, no concelho de Tabuaço e a Quinta do Bonfim, no Pinhão. Ambas as parcelas, com um declive original de 40%, foram sistematizadas em patamares de dois bardos, tendo sido plantadas com a casta Touriga franca, enxertada em 99R, com um compasso de 2,0 x 1,1m, estando as videiras conduzidas em Guyot duplo (Quinta S. Luiz) e cordão bilateral (Quinta do Bonfim). As parcelas diferiam quanto à exposição, sendo esta Norte/Noroeste (Quinta S. Luiz) e Oeste/Sudoeste (Quinta do Bonfim), sendo similares quanto à área efectiva de trabalho, nomeadamente 2,68 ha e 2,26 ha no primeiro e segundo casos referidos. Ambas as vinhas eram conduzidas em protecção integrada desde 1997. Os tratamentos realizados contra os inimigos das culturas nos anos de estudo (2002, em S. Luiz e Bonfim e 2003, em Bonfim) indicam-se no Quadro 1. 2

Quadro 1 Tratamentos fitossanitários efectuados nas vinhas durante os anos em estudo Local/ano Fev. Abr. Mai. Mai. Jun. Jun. Jul. Ago. folpete + BF 02 metalaxil iprodiona / diurão + vinclozolina glifosato + pó fenarimol+ terbutilazina quinoxifena/ fosalona pó - - fenoxicarbe quinoxifena SL 02 BF 03 diflufenicão + glifosato diurão + glifosato + terbutilazina molhável pó - cimoxanil +oxadicil + propinebe tebuconazol famoxadona + cimoxanil tebuconazol cimoxanil +oxadicil + propinebe tebuconazol cimoxanil + folpete + mancozebe molhável pó oxicloreto de cobre molhável flufenoxurão cimoxanil + oxicl. cobre + propinebe dinocape hidróxido de cobre molhável iprodiona oxicloreto de cobre lufenurão - - Legenda: BF 02 Quinta do Bonfim, 2002; SL 02 Quinta de S. Luiz, 2002; BF 03 Quinta do Bonfim, 2003. A aplicação de herbicida (Quadro 1) fez-se na linha e no talude, com excepção de uma pequena área da Quinta do Bonfim em 2003, onde as infestantes não foram combatidas e o solo se encontrava densamente revestido com pampilho-de-micão (Coleostephus myconis L.) e erva-joia (Lolium sp. ). A entrelinha permaneceu com revestimento natural até meados de Junho, na Quinta de S. Luíz, quando se efectuou um corte da vegetação espontânea, e até meados de Julho na Quinta do Bonfim, quando se procedeu a uma escarificação do solo. Colheita de dados A amostragem realizou-se por meio de cinco armadilhas adesivas amarelas, nos seguintes períodos/locais: a) 16 de Abril a 8 de Outubro de 2002, na Quinta do Bonfim e na Quinta de S. Luíz; b) 10 de Abril a 1 de Outubro de 2003, na Quinta do Bonfim. As armadilhas eram constituídas por uma placa de acrílico plexigas de cor amarela e forma rectangular, com uma área de cerca de 300 cm² (15 20 cm) e 0,3 cm de espessura, revestidas em ambas as faces por uma fina camada de cola, específica para insectos. A recolha dos insectos efectuou-se semanalmente, tendo estes sido identificados ao nível da família, com excepção dos coccinelídeos relativamente aos quais em muitos casos foi possível identificar a espécie. RESULTADOS E DISCUSSÃO Identificação dos auxiliares presentes e sua abundância relativa No total capturaram-se 1262 insectos pertencentes a nove famílias potencialmente interessantes enquanto predadoras de fitófagos da vinha, isto é: mirídeos, nabídeos, crisopídeos, coccinelídeos, carabídeos, estafilinídeos, cantarídeos, malaquídeos e sirfídeos (Quadro 2). Destes insectos, 66,7% pertenciam aos coccinelídeos, 16,0% aos malaquídeos, 9,7% aos crisopídeos e 4,0% aos estafilinídeos. Os carabídeos 3

totalizaram apenas 0,9% das capturas e os mirídeos apenas 0,6%. Os cantarídeos, nabídeos e sirfídeos observaram-se apenas em 2003 na Quinta do Bonfim e em número reduzido (1,7% do total de capturas para os cantarídeos e 0,2% para os nabídeos e sirfídeos). Quadro 2 Distribuição dos insectos capturados por diferentes famílias (número e percentagem relativa). Ordem Família BF 02 SL 02 BF 03 total nº % nº % nº % nº % Hemiptera Miridae 3 1,4 2 0,5 2 0,3 7 0,6 Nabidae 0 0,0 0 0,0 2 0,3 2 0,2 Neuroptera Chrysopidae 38 17,7 65 16,3 20 3,1 123 9,7 Coleoptera Coccinellidae 132 61,4 213 53,3 498 77,0 843 66,7 Malachiidae 37 17,2 109 27,3 56 8,7 202 16,0 Staphylinidae 1 0,5 9 2,3 40 6,2 50 4,0 Carabidae 4 1,9 2 0,5 6 0,9 12 0,9 Cantharidae 0 0,0 0 0,0 21 3,2 21 1,7 Diptera Syrphidae 0 0,0 0 0,0 2 0,3 2 0,2 Total 215 400 647 1262 Legenda: BF 02 Quinta do Bonfim, 2002; SL 02 Quinta de S. Luiz, 2002; BF 03 Quinta do Bonfim, 2003. Os coccinelídeos estiveram representados por diversas espécies, das quais se identificaram 13: Chilocorus bipustulatus Linnaeus, Exochomus nigromaculatus Goeze, Hyperaspis reppensis Herbst, Stethorus punctillum Weise, Scymnus frontalis Fabricius, Scymnus rufipes Fabricius, Scymnus interruptus Goeze, Rodolia cardinalis Mulsant, Adalia decempunctata Linnaeus, Adalia bipunctata Linnaeus, Coccinella septempunctata Linnaeus, Oenopia conglobata Linnaeus, Propylaea quatuordecimpunctata Linnaeus (Quadro 3). Quadro 3 Distribuição dos coccinelídeos capturados por diferentes espécies (número e percentagem relativa). BF 02 SL 02 BF 03 Total Espécie nº % nº % nº % nº % Chilocorus bipustulatus 0 0,0 1 0,5 2 0,4 3 0,4 Exochomus nigromaculatus 3 2,3 4 1,9 14 2,8 21 2,5 Hyperaspis reppensis 1 0,8 7 3,3 7 1,4 15 1,8 Stethorus punctillum 20 15,2 7 3,3 24 4,8 51 6,0 Scymnus frontalis 28 21,2 41 19,2 195 39,2 264 31,3 Scymnus rufipes 0 0,0 4 1,9 5 1,0 9 1,1 Scymnus interruptus 74 56,1 141 66,2 207 41,6 422 50,1 Scymnus spp. 2 1,5 1 0,5 6 1,2 9 1,1 Rodolia cardinalis 0 0,0 0 0,0 2 0,4 2 0,2 Adalia decempunctata 0 0,0 1 0,5 0 0,0 1 0,1 Adalia bipunctata 1 0,8 0 0,0 3 0,6 4 0,5 Coccinella septempunctata 1 0,8 0 0,0 17 3,4 18 2,1 Oenopia conglobata 1 0,8 6 2,8 2 0,4 9 1,1 Propylaea quatuordecimpunctata 0 0,0 0 0,0 3 0,6 3 0,4 outros 1 0,8 0 0,0 11 2,2 12 1,4 Total 132 100,0 213 100,0 498 100,0 843 100,0 Legenda: BF 02 Quinta do Bonfim, 2002; SL 02 Quinta de S. Luiz, 2002; BF 03 Quinta do Bonfim, 2003. 4

Destas espécies, as dominantes foram S. interruptus, que representou 50,1% do total de indivíduos da família, seguida por S. frontalis, com 31,3% desse total. Ainda com significado observaram-se S. punctillum que representou 6,0% das capturas e E. nigromaculatus totalizando 2,5% dessas capturas (Quadro 3). Na base da abundância de capturas e da informação disponível na bibliografia, as famílias de insectos com maior interesse enquanto potenciais predadores, nas vinhas em estudo, terão sido os coccinelídeos, os malaquídeos e os crisopídeos. Assim, os coccinelídeos do género Scymnus são conhecidos como predadores de cigarrinhaverde, ainda que de eficácia potencial reduzida (Reboulet, 1999). Contudo, a abundância com que se observaram sugere que poderão desempenhar um papel significativo na vinha da R.D.D. Nos malaquídeos incluem-se espécies apontadas como predadoras de escolitídeos, larvas de curculionídeos e de lepidópteros, cicadelídeos e ligaeídeos (Anónimo a, s.d.). Por outro lado, o género Malachius ssp. é conhecido como exercendo predação sobre a traça-da-uva (Thompson 1945 citado por Coscollá, 1997). É pois admissível o papel destes insectos na limitação desta praga e eventualmente na de cigarrinha-verde. Os crisopídeos, representados pela espécie Chrysoperla carnea Stephens, são predadores polífagos que incluem na sua dieta ovos e lagartas de lepidópteros, afídeos, ácaros, cochonilhas, aleurodídeos e ovos de psila (Reboulet, 1999). Na vinha consideram-se de importância potencial reduzida em relação a ovos e larvas jovens de lepidópteros e a cochonilhas. No presente estudo tiveram alguma representatividade, pelo que se julga de interesse clarificar o seu papel. Os estafilinídeos, que representaram 6,2% das capturas na Quinta do Bonfim, em 2003, são referidos como predadores de insectos, designadamente dípteros, escolitídeos, ovos e larvas de lepidópteros (Anónimo b, s.d.), tripes e aleurodídeos (Steiner, 1974), assim como de ácaros (Anónimo b, s.d.; Reboulet, 1999), existindo também espécies que no estado larvar se comportam como parasitóides de dípteros (Anónimo b, s.d.) e outras que exercem predação sobre lesmas (Reboulet, 1999). Não se encontrou referência sobre a sua importância em vinha. As restantes famílias estiveram representadas por um número relativamente pequeno de indivíduos o que sugere menor importância potencial e/ou menor eficácia do método de amostragem utilizado. Os cantarídeos são referidos como predadores de afídeos, ortópteros, lepidópteros e coleópteros (Anónimo c, s.d.) e lesmas (Steiner, 1974). Os adultos são frequentemente encontrados em flores (Borror & Delong, 1969). Esta família foi capturada sobretudo na armadilha localizada perto do coberto vegetal com pampilho-de-micão (Coleostephus myconis L.), admitindo-se que esta composta tenha fomentado o aparecimento dos insectos nesse local. Os carabídeos são citados 5

como tendo eficácia potencial reduzida relativamente a lagartas jovens e gorgulhos (Reboulet, 1999). Uma vez que estes insectos desenvolvem actividade sobretudo ao nível do solo, o método de amostragem utilizado não é o indicado para estudo das suas populações que poderão eventualmente ter sido mais importantes do que os resultados sugerem. Os mirídeos, que se capturam em número reduzido em qualquer das parcelas, são referidos na vinha como predadores de ácaros e cicadelídeos, com eficácia potencial reduzida (Reboulet, 1999), enquanto os nabídeos, também capturados em pequeno número, em ambas as parcelas, são apontados como desempenhando um papel complementar à de outros predadores relativamente a lagartas (Reboulet, 1999). Os sirfídeos, apenas observados na Quinta do Bonfim, em 2003, e em pequeno número, são conhecidos fundamentalmente como predadores de afídeos, podendo alimentar-se de lagartas jovens e psilas (Reboulet,1999). O seu papel na vinha deverá ser reduzido. Período de actividade dos adultos Os coccinelídeos, os malaquídeos e os crisopídeos capturaram-se durante todo o período de amostragens (Quadro 4). Contudo, os coccinelídeos dominaram entre Julho e Setembro, o que em parte concorda com o referido por Reboulet (1999), que indica os meses de Julho e Agosto, como a época de maior actividade do género Scymnus (o género que dominou no presente estudo). No caso dos malaquídeos, 87% das capturas ocorreram em Junho e Julho, enquanto os crisopídeos capturaram-se sobretudo em Julho e Agosto. Não se encontrou referência sobre o período de actividade dos malaquídeos. Quanto aos crisopídeos, Reboulet (1999) refere como período de mais intensa actividade, os meses de Junho a Setembro. Quadro 4 Distribuição dos insectos capturados ao longo dos meses (número e percentagem relativa). Família Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº % Coccinellidae 87 10,3 37 4,4 116 13,8 226 26,8 169 20,0 178 21,1 30 3,6 Malachiidae 6 3,0 12 5,9 122 60,4 54 26,7 7 3,5 1 0,5 0 0,0 Chrysopidae 2 1,6 3 2,4 11 8,9 46 37,4 48 39,0 8 6,5 5 4,1 Staphylinidae 10 20,0 3 6,0 33 66,0 2 4,0 0 0,0 0 0,0 2 4,0 Carabidae 3 25,0 3 25,0 2 16,7 1 8,3 0 0,0 3 25,0 0 0,0 Cantharidae 1 4,8 17 81,0 2 9,5 0 0,0 1 4,8 0 0,0 0 0,0 Miridae 0 0,0 1 14,3 3 42,9 3 42,9 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Nabidae 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 100,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Syrphidae 0 0,0 1 50,0 1 50,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Total 109 8,6 77 6,1 290 23,0 334 26,5 225 17,8 190 15,1 37 2,9 Os estafilinídeos capturaram-se entre Abril e Julho e em Outubro, embora em maior número durante Junho, enquanto os carabídeos se observaram entre Abril e Julho e em Setembro. Não se encontrou referência sobre o período de actividade dos 6

primeiros. Relativamente aos carabídeos, Reboulet (1999) refere para período de maior actividade os meses de Maio a Setembro, ou seja, mais tardiamente do que foi observado. Os cantarídeos observaram-se entre Abril e Junho e em Agosto, com o máximo de capturas em Maio, enquanto os mirídeos se capturaram entre Maio e Julho e os nabídeos apenas em Julho. Não se encontrou referência sobre o período de actividade dos cantarídeos. Quanto aos mirídeos e aos nabídeos, Reboulet (1999) refere para período de maior actividade os meses de Julho a Agosto. Quanto aos sirfídeos, capturados em número reduzido em Maio e Junho, Reboulet (1999) refere para período de maior actividade o mês de Maio, no caso das espécies univoltinas, e os meses de Maio a Setembro, para as multivoltinas. É admissível que os tratamentos efectuados às vinhas tenham condicionado a abundância populacional dos insectos em estudo, embora tal influência deva ter sido minorada pelo facto de não se terem utilizado pesticidas considerados tóxicos para os referidos organismos e apenas, nalguns casos, pesticidas medianamente tóxicos (Quadro 5) (Gonçalves & Ribeiro, 2000). Nestas condições, os insectos mais afectados terão sido os coccinelídeos, no período de Maio a Agosto, em 2002 e em Junho, em 2003, os crisopídeos, em Junho e Agosto de 2002, e os sirfídeos, em Maio de 2002. Quadro 5 Épocas de aplicação nas vinhas em estudo de pesticidas medianamente tóxicos para as famílias de predadores em análise Auxiliar Bonfim 2002 S. Luiz 2002 Bonfim 2003 coccinelídeo fosalona 21/05 fenoxicarbe 7/08 molhável 30/04, 11/06, 27/06 e 24/07 flufenoxurão 27/06 dinocape 27/06 crisopídeo fenoxicarbe 7/08 flufenoxurão 27/06 sirfídeo fosalona 21/05 CONCLUSÕES Na base da abundância de capturas e da informação disponível na bibliografia, as famílias de insectos com maior interesse enquanto potenciais predadores nas vinhas em estudo, terão sido os coccinelídeos do género Scymnus (em especial S. interruptus e S. frontalis), relativamente à cigarrinha-verde, no período de Julho a Setembro, e os malaquídeos e os crisopídeos relativamente à traça-da-uva, no período de Junho a Agosto. 7

AGRADECIMENTOS Á equipa técnica da Quinta do Bomfim (Silva & Cosens, Lda.) em particular aos eng. os Paulo Macedo, Miles Edellman e José Guerra e da Quinta de S. Luíz (Barros, Almeida & Cª. -Vinhos S.A.) na pessoa do Eng. José Manso, pela disponibilidade de meios, ajuda na caracterização das parcelas e cedência de dados. Ao eng.º Monteiro Guimarães e à Dr.ª Isabel Martins, da Direcção Geral da Protecção das Culturas (DGPC) pela ajuda preciosa na identificação dos auxiliares. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Aguiar, A.; avier, A. & Dias, S. (2000). Presence et distribuition des acariens prédateurs Phythoseidae en quelques vignes de la région du Vin Verd. Observations préliminaires. Proc. Meet. Work. Grp. Integr. Contr. Vitic., Florence, Mars 99. Bull. OILB/SROP, 23 (4): 101-104. Amaro, P. (Ed). (2001). A protecção integrada da vinha na região Norte. ISA/Press, 149 p. Amaro, P. (2003). A Protecção Integrada. ISA/Press, Lisboa, 446 p. Anónimo a (s.d.). Coleoptera, Melyridae (= Malachiidae). Consultado em 3-12-2003, < www.faculty.ucr.edu/~legneref/ taxonomy/melyrid.html> Anónimo b, (s.d.) Coleoptera, Staphylinidae. Consultado em 3-12-2003, <www.faculty.ucr.edu/~legneref/ taxonomy /staphy.htm> Anónimo c (s.d). Coleoptera, Cantharidae. Consultado em 3-12-2003, <www.faculty.ucr.edu/~legneref/taxonomy/canthari.htm Boller, E.F., Avilla, J., Gendrier, J.P., Jörg, E. & Malavolta, C. (1998). Integrated plant protection in the context of a sustainable agriculture. In Boller, E.F., - Avilla, J., Gendrier, J.P., Jörg, E. & Malavolta, C (Eds). Integrated production in Europe: 20 years after the declaration of Ovronnaz. IOBC wprs Bulletin, 21(1):13-17. Borror, D.J. & Delong, D.M. (1969). Introdução ao estudo dos insectos. Editora Edgard & Blucher Lda. São Paulo, 653 p. Carlos, C.; Costa, J.R.; Tão, C.B.; Alves, F. & Torres, L.M. Parasitismo associado à traça da uva, Lobesia botrana (Den. & Schiff.) na Região Demarcada do Douro. IV Congreso Nacional de Entomología Aplicada. Jornadas Científicas de la SEEA. I Jornadas Portuguesas de Entomologia Aplicada. Bragança, 17-21 Outubro (em public.) Carmona, M.M. & Ferreira, M.A. (1989). Acarofauna of grapevines in Portugal. Proc. CEC/OILB int. Symp. PI. Prot. prop. Int. Cont. Vitic., Lisboa, Vila Real, June 98: 225-229 Coscollá, R. (1997). La polilla del racimo de la vid (Lobesia botrana Den. & Schiff.). Gen. Val. Cons. De Agric., Pesca y Aliment., Valencia, 613 p. De Bach, P. & Rosen, D. (1991). Biological control by natural enemies. Cambridge Univ. Press, Cambridge, 440 p. Domingos, J.M.A. (2004). Protecção integrada da vinha contra Lobesia botrana (Den. & Schiff.) na RDD, com recurso à luta biotécnica-método da confusão sexual e contribuição para o conhecimento dos insectos predadores associados à cultura da vinha na RDD. Rel. final de estágio. UTAD, Vila Real, 118 p. Ferreira, M.A. (1992). Ácaros fitoseídeos. Rev. Ciênc. Agrár., 15 (1-2): 87-96 Ferreira, M.A. (1995). Ávaros predadores nas vinhas alentejanas. Situação actual. Actas 5º Simp. Vitivinic. Alentejo, Évora, Maio 95: 181-185 Gonçalves, M. & Ribeiro, J.R. (2000). Protecção integrada da vinha. Lista dos produtos fitofarmacêuticos. Níveis económicos de ataque. 2ª Ed. DGDR/ DGPC.Oeiras, 42 p. Martins, F.; Lavadinho, A.M.P.; Mendonça, T. & Vieira, M.M. (2000/1). Principais artrópodes auxiliares em vinha. Protecção da Produção Agrícola. DGPC. 8

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