Impacto da fiscalidade verde

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Transcrição:

Os dados The Ocean Cleanup Foundation dão conta da dimensão da catástrofe ambiental que o plástico se está a transformar a nível mundial. O alerta já chegou à União Europeia que quer reduzir o volume de plástico consumido a nível europeu e a sua substituição por plástico reciclável. Portugal apresenta hoje as recomendações do grupo de trabalho para reduzir o plástico consumido por cada habitante e promover a sua reciclagem. Umas das principais medidas é a instalação de unidades de recolha em pontos de grande venda de plásticos, como os supermercados. O peso que o consumidor entregar será depois convertido em senhas de compras nesses mesmos estabelecimentos, adiantou Carlos Matias, secretário de Estado do Ambiente, ao Diário de Notícias. O tema dos plásticos há muito que está a agitar os consumidores e o sector da distribuição. No Reino Unido, a Tesco foi alvo de um protesto inusitado: 25 clientes retiraram todas as embalagens de plástico dos produtos que compraram e deixaram o resultado nas caixas da cadeia de supermercados, noticiou a BBC. E na Holanda foi notícia a abertura de um supermercado 0% plástico. Impacto da fiscalidade verde Em Portugal não há notícia de protestos anti-plástico nos supermercados, mas há compromissos para reduzir a pegada das cadeias. Em 2015 o Governo deu um sinal ao sector pela via fiscal. Os supermercados tinham de pagar 10 cêntimos por cada saco de plástico distribuído na caixa. A receita fiscal arrecadada no primeiro ano de aplicação do regime de tributação dos sacos de plástico (2015) foi de 1,37 milhões de euros, sendo que, destes, 1,17 milhões de euros corresponderam a liquidação de stocks e não a sacos produzidos esse ano, adianta fonte oficial do Ministério do Ambiente ao Dinheiro Vivo. O montante arrecado pelo Estado, em 2015, correspondeu apenas a 4% do encaixe previsto inicialmente (34 milhões). E nos anos seguintes foi sempre a cair. A produção de sacos plástico leves foi muito pouco significativa (excluindo aqueles destinados a exportação), acompanhada da diminuição também significativa da receita fiscal (cerca de 40 mil euros em 2016 e 20 mil euros em 2017), adianta a mesma fonte do Ministério do Ambiente. Resultados, que, para o Ministério do Ambiente revelam que a medida teve o efeito desejado de redução da quantidade de sacos plásticos leves produzidos e consumidos em Portugal, e a preferência dos consumidores por soluções ambientalmente sustentáveis, como a utilização de sacos reutilizáveis, contribuindo para o combate à acumulação de resíduos de plástico nos ecossistemas, nomeadamente do meio marinho. Os sacos de plástico são 10 dos produtos que representam 50% do lixo marinho. Em Portugal, os supermercados ainda têm à venda sacos de plástico, mais resistentes dos que são taxados pela fiscalidade verde, e que são cobrados aos clientes. Algumas cadeias já cobravam pelos sacos muitos antes dessa medida fiscal. O Pingo Doce já tinha deixado de oferecer desde 2007 aos clientes os sacos para transporte das suas compras, medida que teve logo efeitos ao nível da redução de plásticos, garante fonte oficial da cadeia da Jerónimo Martins. Desde essa medida, vimos diminuir o consumo de sacos de plástico, em peso, em 66% o que representa a redução de mais de 23 mil toneladas de sacos depositados em aterro; bem

como a redução de mais de 46 mil toneladas de emissão de CO2. No Pingo Doce métodos alternativos de transporte aumentaram as suas vendas. O ano passado as vendas de trolleys duplicaram por cada mil euros de vendas face a 2016, revela a cadeia. No grupo Auchan a lei da fiscalidade verde teve um impacto imediato. De 2014 para 2015, ano em que a lei entrou em vigor, duplicámos a venda de soluções alternativas aos sacos (+96%). Nos anos seguintes esse valor reduziu bastante, uma vez que os clientes, passaram efetivamente a reutilizar os sacos (de 2015-2016: caiu 85%), adianta Ana Rita Cruz, gestora de sustentabilidade e ambiente na Auchan Retail Portugal. A quantidade de plástico colocada no mercado por via do sacos de caixa reduziu 55%. A cadeia dona do Jumbo e do Pão de Açúcar também aumentou a sua oferta de sacos alternativos, tendo atualmente 36 referências. No Aldi, a cadeia tem disponível um saco plástico e dois sacos reutilizáveis, sendo um deles feito maioritariamente de garrafas PET usadas. Estamos, contudo, a estudar alternativas, ao nível do material utilizado nos sacos para compras, diz fonte oficial da cadeia alemã. Desde a sua entrada no mercado português em 1995 que o Lidl cobra os sacos de plástico. Em Espanha, a cadeia alemã decidiu acabar com os sacos de plástico, apostando na venda de sacos de ráfia a um preço de 50 cêntimos. Com esta medida a cadeia vai deixar de vender cerca de 100 milhões de sacos de plástico por ano, prevendo deixar de faturar anualmente 1,5 milhões de euros. Há um ano, a cadeia já tinha tomado a mesma decisão na Alemanha nas mais de 3 mil lojas neste mercado. Resultado? Foram retirados mais de cem milhões de sacos de plástico por ano, o que equivale a 3.500 toneladas. Em Portugal a cadeia não está ainda a pensar tomar essa iniciativa, nem revela o impacto que essa medida poderia ter nas receitas. A cadeia está a estudar várias soluções para reduzir o plástico nas suas embalagens e oferta, admitiu o CEO Massimiliano Silvestri, num encontro com jornalistas. Reduzir plástico nas marcas próprias A cadeia tem um compromisso para a redução do plástico tendo incidido nos produtos de marcas própria, que representam 80% das suas vendas. Até 2025 quer reduzir 20% o consumo de plástico e que até essa data 100% embalagens de produtos de marca própria sejam de plástico reciclável. Em 2018, a empresa está a analisar, com os seus parceiros de negócio, as situações onde é possível abdicar do plástico ou onde existem alternativas mais sustentáveis, adianta Pedro Monteiro, diretor-geral de compras do Lidl Portugal. O Lidl já está no entanto a reduzir o peso do plástico nas suas marcas próprias. Recentemente, na sua marca de café retiraram o embalamento individual das cápsulas, reduzindo o tamanho da caixa da embalagem mas mantendo o mesmo número de cápsulas. Esta mudança reduziu não só a utilização de plástico, com permitiu uma redução de energia no transporte das mesmas, garantindo um menor impacto ambiental: prevê-se uma poupança de cerca de 74 toneladas de plástico apenas neste produto em um ano, revela o diretor-geral de compras da cadeia. As embalagens de frutos secos e têxteis onde tem havido uma substituição de embalagens de plástico por cartão são outros dos produtos onde a cadeia tem vindo a reduzir o plástico. Na Jerónimo Martins a esmagadora maioria das embalagens dos produtos de marca própria são de plástico reciclável, estando o grupo a estudar com os seus fornecedores

alternativas para cada uma das situações remanescentes. No caso da marca própria, o cartão e o papel já representam quase 60% do total de materiais. E o grupo tem vindo a apostar na utilização de caixas de transporte reutilizáveis nas áreas de frescos, neste momento, cerca de 20% do total de caixas movimentadas nos nossos armazéns. Temos reduzido constantemente a espessura de plástico de diferentes produtos da marca Continente e, em 2017, asseguramos a reciclagem de 2.800 toneladas de plástico, adianta Vítor Lemos Martins, diretor de ambiente do Continente. Produtos biológicos com embalagens de plástico? Com os consumidores cada vez mais preocupados com a sua alimentação, as cadeias têm apostado no reforço da sua oferta biológica. Mas, uma visita à zona de frescos da maioria das cadeias apresenta um cenário que parece quase um contra-senso: legumes embrulhados em muito plástico. Motivo? Segurança alimentar e evitar-se contaminações quando os produtos são vendidos no mesmo local de produtos a granel não biológicos, dizem as cadeias. Enquanto não surge outra solução que substitua o plástico de forma igual ou semelhante, acaba por ser natural a utilização de embalagens plásticas. O que pode e tem vindo a ser feito é reduzir o volume de plástico dessas embalagens e garantir que essas embalagens são encaminhadas para a reciclagem, diz Vítor Lemos Martins, diretor de ambiente do Continente. Mas a venda a granel de produtos de produtos bio pode ser feita a granel se tiver uma área especificamente dedicada, reduzindo-se desse modo o consumo do plástico. Na Auchan nas zonas onde têm a venda Bio ou o mercado Avulso, a cadeia tem uma certificação da Sativa que nos permite vender estes produtos biol a granel (frutas e verduras frescas bio ou chá, aromáticos e leguminosas bio no Avulso), adianta Ana Rita Cruz, gestora de sustentabilidade e ambiente da Auchan Retail. No mercado Avulso (presente nos Jumbo e em algumas lojas My Auchan) estão a negociar a introdução de um saco em papel kraft, diz a responsável da Auchan. Estamos também a estudar a utilização de embalagens reutilizáveis para encher na loja, no entanto, para já, e por questões de segurança alimentar, não será possível trazer de volta a embalagem de casa e voltar a encher, reforça. Retirar dos plásticos os frescos é um esforço que a Auchan tem vindo a levar a cabo com os fornecedores dos produtos hortofrutícolas. Em outubro do ano passado, começaram a testes na loja de Sintra e, desde abril, levaram para todas as lojas para as alfaces, num total de 11 referências. O objetivo é efetuarmos a exposição desta categoria, com os artigos completamente a granel, potenciando a imagem de frescura e colorido no linear, sem o uso do saco de plástico. Esta medida vai impactar numa redução de 5 toneladas de plástico. Estamos já a testar a mesma medida para a categoria dos tomates, adianta Ana Rita Cruz. A venda a granel é também uma das estratégias que o Lidl está a levar a cabo para reduzir o plástico. Produtos como frutos secos, padaria, certas frutas e legumes são alguns onde isso já acontece sendo atualmente contínua a ação de otimização deste tipo de oferta para os frescos, diz Pedro Monteiro, diretor geral de compras do Lidl Portugal. Mais de 50% das unidades de fruta e legumes do Lidl são vendidos a granel, cabendo ao consumidor a escolha da utilização do saco de plástico para o acondicionamento desses produtos, afirma.