RADIAÇÃO SOLAR E IRRADIÂNCIA. PGF Introdução à Física Atmosférica

Documentos relacionados
Por que medir? Estudo da transformação de energia no sistema Terra-atmosfera atmosfera e sua variação espaço-temporal Avaliação do balanço de radiação

Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica

SISTEMAS DE REFERÊNCIA Coordenadas celestiais e terrestres

RECURSO SOLAR. Disciplina: Centrais Elétricas Professor: Clodomiro unsihuay-vila

Bacharelado em Engenharia Agronômica AGROMETEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA. Prof. Samuel Silva. Radiação Solar. IFAL/Piranhas

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS FUNDAMENTOS DO SENSORIAMENTO REMOTO

RADIAÇÃO. 2. Radiação Eletromagnética. 1. Introdução. Características da Radiação Eletromagnética

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS

TEMA 2: Discorra como a atmosfera terrestre pode interferir na irradiância solar espectral incidente na superfície terrestre.

SOLAR E TERRESTRE RADIAÇÃO O O AQUECIMENTO DA ATMOSFERA. 2. Radiação Eletromagnética. 1. Introdução. Características da Radiação Eletromagnética

4. Medição de Irradiância. 4.1 Introdução

CONCEITOS RADIOMÉTRICOS

Sensoriamento remoto 1. Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016

Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica. Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista

Sensoriamento Remoto Hiperespectral PPGCC. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista Presidente Prudente

EMISSÃO e ABSORÇÃO de radiação

Graça Meireles. Física -10º ano. Física -10º ano 2

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS

ESCOLA SECUNDÁRIA 2/3 LIMA DE FREITAS 10.º ANO FÍSICA E QUÍMICA A 2010/2011 NOME: Nº: TURMA:

INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO

Universidade de São Paulo Departamento de Geografia Disciplina: Climatologia I. Radiação Solar

O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

UNIDADE 4. TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA NO SISTEMA ATMOSFERA- OCEANO. Conteúdo

A fonte Solar de Energia da Terra

COMPORTAMENTO ESPECTRAL DE ALVOS

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014

Energia Solar. Samuel Luna de Abreu. Introdução à Energia Solar

Insolação em placas planas. Jorge Meléndez, baseado na aula do Prof. R.Boczko IAG-USP

Avaliação Parcial 01 - GABARITO Questões Bate Pronto. As questões 1 a 23 possuem apenas uma alternativa correta. Marque-a.

Sensoriamento Remoto Aplicado à Geografia. Prof. Dr. Reinaldo Paul Pérez Machado

8.4 Termômetros de Radiação

Micrometeorologia da Radiação I: Revisão

PROJETO: TREINAMENTO EM APROVEITAMENTO DE ENERGIA SOLAR. Uma proposta para 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino

Estimativa da Temperatura da TST

Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar Unidade Acadêmica de Agronomia

11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

Interações com a Atmosfera. Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Interpretação de Imagens

O CLIMA DA TERRA: Processos, Mudanças e Impactos

Expansão Térmica de Sólidos e Líquidos. A maior parte dos sólidos e líquidos sofre uma expansão quando a sua temperatura aumenta:

Aula 5 RADIAÇÃO SOLAR

Radiação Solar parte 1

As ondas ou radiações eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagarem.

Sensoriamento Remoto Hiperespectral PPGCC. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista Presidente Prudente

Física II. Capítulo 03 Transferência de Calor. Técnico em Edificações (PROEJA) Prof. Márcio T. de Castro 17/05/2017

Propagação do calor. Condução térmica

FUNDAMENTOS DE SENSORIAMENTO REMOTO

RADIAÇÃO SOLAR E TERRESTRE

Nome: Jeremias Christian Honorato Costa Disciplina: Materiais para Engenharia

Geomática e SIGDR aula teórica 23 7 de Maio Correcções radiométricas de imagens de satélite Estimação de reflectâncias à superfície

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS

Considerações gerais sobre radiação térmica

Radiação Solar. (aquecimento/evaporação), bio-físicos (transpiração) e biológicos (fotossíntese)

EMISSÃO e ABSORÇÃO de radiação

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P2 16 de outubro de 2012

Radiação Solar e a Produção Vegetal Parte 2

Fundamentos do. Sensoriamento Remoto. Metodologias de Aplicação. Mauricio A. Moreira -INPEe

Interação da radiação com a atmosfera

2. Propriedades Corpusculares das Ondas

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA P2 14 de outubro de 2014

SISTEMAS CELESTES. GA116 Sistemas de Referência e Tempo

INTRODUÇÃO À. (...) Umidade do ar. Radiação e balanço de energia. Temperatura do ar e do solo (...) (...) Umidade do ar. Radiação e balanço de energia

Radiação Solar e a Produção Vegetal Parte 2

Fundamentos de Sensoriamento Remoto

Fundamentos de Sensoriamento Remoto. Elisabete Caria Moraes (INPE) Peterson Ricardo Fiorio

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

AULA 21 INTRODUÇÃO À RADIAÇÃO TÉRMICA

ESZO Fenômenos de Transporte

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

Mini-Curso. A Ciência das Mudanças Climáticas Globais

AQUECIMENTO E TEMPERATURA

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 31/08/2017

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

1.3.3 Transferências de energia por calor. Calor e trabalho: Experiência de Joule

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS

Parte 1. Licenciatura em Química Física III

Astronomia de Posição: Aula 06

Medição de temperatura

Lista de Exercícios para P2

Distribuição da radiação* ESPECTRO

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS

1.3.4 Radiação e irradiância. Painéis fotovoltaicos

Tópicos Especiais em Termodinâmica Ambiental Rodrigo Branco Rodakoviski

Sensoriamento Remoto: Sistemas de imageamento e níveis de aquisição de dados. Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho.

Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco Física e Química A, 10º ano. Ano lectivo 2008/2009

sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica

CLIMATOLOGIA. Radiação solar. Professor: D. Sc. João Paulo Bestete de Oliveira

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 3: astronomia esférica 25/06/2011

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

Radiação Térmica Processos, Propriedades e Troca de Radiação entre Superfícies (Parte 1)

Relação da intensidade com poder emissivo, irradiação e radiosidade

REFLECTÂNCIA ESPECTRAL DA ÁGUA

Transcrição:

RADIAÇÃO SOLAR E IRRADIÂNCIA PGF5321 - Introdução à Física Atmosférica

O SOL Principal fonte de energia do planeta Distância Terra-Sol = 1UA 1 UA = 149.597.870km Distância varia cerca de 3% devido a orbita elíptica da Terra ao redor do sol Fonte variável de energia H (75% da massa), He, Fe, Si, Ne e C 5x10 6 K (interior) e 5780K (superfície)

O SOL COMO GERADOR DE ENERGIA Fusão termonuclear de H em He 4 átomos de H formam 1 átomo He Como a Massa de 4H é maior que a do He, essa diferença de massa é convertida em Energia E= MC 2 Massa H = 1.008 ; He = 4.003 Emissão fótons muito energéticos

COMO A TERRA RECEBE ENERGIA DO SOL A transferência de energia da parte mais interna até a superfície do sol é realizada basicamente por meio de radiação eletromagnética. Essa radiação é absorvida e reemitida por átomos e gases que constituem as camadas mais externas do Sol. Ao se aproximarem da superfície, os gases quentes sofrem expansão por entrar em contato com camadas mais frias, e tendem a ascender. Os gases mais frios por sua vez sofrem movimentos descendentes. Essa zona é denominada zona de convecção, e a transferência de energia ocorre parcialmente por convecção e parcialmente por radiação eletromagnética. Finalmente, acima da superfície, o transporte de energia é novamente realizado por meio de radiação eletromagnética. É dessa forma que a Terra recebe energia do Sol.

IRRADIÂNCIA SOLAR (E 0 ) Taxa de energia solar integrada em todo espectro eletromagnético em uma unidade de área no topo da atmosfera (TOA) e perpendicular a direção do sol a uma distância média Terra-Sol. Irradiância solar total = Constante solar Porém a energia varia com a atividade solar e distância Terra-Sol Irradiância solar total, E 0 = 1360.8 ± 0.5 W/m2 Valores medidos pelo Total Irradiance Monitor (TIM) NASA (Kopp e Lean, 2011)

CALCULANDO E 0 Conservação de Energia Sol emite Radiação como um corpo negro (Lei de Stefan-Boltzmann) Potência emitida pelo sol Φs = 3.9x10 26 W E s = Φ s A s = Φ s 4πR s 2 = 3.9X1026 4π(7 X 10 8 ) 2 ~ 6.3x107 W/m2 (Irradiância emitida pelo sol) O fluxo que atravessa a área 4πR s 2 deve ser o mesmo que atravessa a área 4π(d + R s ) 2. Onde d = distância Terra-Sol. Φ s = Φ o E s 4πR s 2 = E o 4π(d + R s ) 2 E o = 6.3x107 (7x10 8 ) 2 =~ 1372W/m2 (1.5x10 11 ) 2 E o = σt 4 assim, T = 5800K

ESPECTRO DA RADIAÇÃO SOLAR INCIDENTE NO TOPO DA ATMOSFERA E AO NÍVEL DA SUPERFÍCIE DO MAR 46% no infravermelho 46% no visível 8% no ultravioleta

DISTRIBUIÇÃO ESPECTRAL DA RADIAÇÃO SOLAR Cálculos realizados com o modelo SBDART (Ricchiazzi et al 1998) utilizando dados típicos de um dia de verão na cidade de São Paulo

RADIAÇÃO DE ONDA LONGA E ONDA CURTA A maior parte da radiação do Sol possui λ < 4 μm, sendo assim denominada de onda curta. A maior parte da radiação dos corpos terrestres (i.e., atmosfera, superfície, etc.) tem λ > 4 μm, sendo assim denominada de onda longa ou térmica.

DISCO SOLAR APARENTE Devido a grande distancia Terra-Sol A radiação solar atinge o planeta como um feixe colimado e praticamente paralelo. Feixe ocupa um ângulo solido muito pequeno, porção infinitesimal do céu. Por isso, enxergamos o sol como um disco solar aparente e na maioria das aplicações é considerado pontual

SISTEMAS DE COORDENADAS A quantidade de radiação solar depende da posição do disco solar no céu, isto é, depende de variáveis astronômicas associadas à órbita da Terra ao redor do Sol. Para se conhecer tal posição, é necessário definir sistemas de coordenadas celestiais e terrestres.

SISTEMA DE COORDENADAS TERRESTRE Sistema Geográfico

SISTEMA DE COORDENADAS CELESTE Sistema Equatorial Horário (usado para localizar astros no céu) Ângulo horário (H): contado de leste a oeste a partir do meridiano local sobre o equador celeste. H=0 ao meio dia solar. Sinal (-) indica que o astro esta a leste do meridiano local (manhã). Sinal (+) oeste do meridiano local (tarde) Declinação (δ): que é computada a partir do equador celeste até o paralelo do astro, variando de -90º a +90º, sendo positiva para astros no HN.

SISTEMA DE COORDENADAS CELESTE Sistema Horizontal Local (usado para localizar astros no céu) O azimute (ϕ) é contado a partir do norte local até o semi-plano vertical que contém o astro, sobre o plano do horizonte, de norte para leste, variando de 0 a 360. A elevação (h) é computada a partir do horizonte até o astro, sobre o semi-plano vertical que contém o astro e varia de 0 a 90. A distância zenital (ζ) é o ângulo complementar à elevação (h)

SISTEMA HORIZONTAL LOCAL

CICLOS ANUAIS Além do ciclo diurno, a quantidade de radiação solar que atinge o topo da atmosfera terrestre varia de acordo com a época do ano devido à órbita elíptica da Terra ao redor do Sol, causando variação na distância Terra- Sol. A variação da declinação solar, também influi na quantidade de radiação solar incidente. Esses parâmetros apresentam ciclos anuais relativamente repetitivos.

IRRADIAÇÃO SOLAR NO TOPO DA ATMOSFERA Topo da atmosfera é a altitude acima da qual não seria observada interação significativa entre a radiação eletromagnética e os constituintes atmosféricos. Na grande maioria dos códigos de transferência radiativa, a atmosfera é aproximada como sendo constituída por camadas plano-paralelas entre si. Precisamos então saber o valor da irradiância solar incidente sobre uma superfície horizontal no topo da atmosfera. Para tanto, a distância zenital solar também deve ser conhecida E(d,ζ 0 ) = ( đ d )2 cos ζ 0 E 0 Irradiância solar total, E 0 = 1360.8 ± 0.5 W/m2

IRRADIAÇÃO SOLAR NO TOPO DA ATMOSFERA A irradiação solar em 24 horas sobre uma superfície horizontal no topo da atmosfera em uma determinada data (d, δ 0, horário em UTC) e para uma determinada localização geográfica (φ,λ) é obtida a partir da equação:

MEDIÇÃO DE IRRADIÂNCIA As medidas de irradiância desde a superfície até o topo da atmosfera permite estudar: Transformação de energia sistema Terra-atmosfera (variação tempo e espaço) Propriedades aerossol, nuvens e gases (O3, CO2, vapor d água) Propriedades físicas (albedo e emissividade) Balanço radiativo na superfície e ao longo da atmosfera Avaliar medições de radiação de satélites e seus algoritmos

RADIAÇÃO SOLAR Também chamada de radiação de onda curta (0.3μm a 4.0μm) Normalmente medimos a irradiância global (todas as direções) Radiação solar direta: resultante do produto entre o feixe que vem diretamente do disco solar e o cosseno da distancia zenital solar. Decresce com a distância percorrida pela radiação no meio e com a quantidade de constituintes atmosféricos (gases, aerossol, nuvens, cristais de gelo etc.). Radiação solar difusa: resultante do espalhamento de radiação solar pelas moléculas de gases, aerossol e nuvens. Inclui a contribuição da reflexão da superfície que é novamente espalhada na atmosfera.

RADIAÇÃO TERRESTRE Também chamada de radiação de onda longa (4.0μm a 100μm) Considera emissões como isotrópica Medimos as irradiância emitidas pela superfície e pela atmosfera Por essa razão instalam-se instrumentos apontados para cima e para baixo RADIAÇÃO TOTAL: soma da radiação solar com a radiação terrestre. Radiômetros para cima e para baixo é possível obter a diferença entre a quantidade incidente (seja solar ou emitida pela atmosfera) da quantidade total de radiação emergente (seja por reflexão de radiação solar ou emissão de radiação terrestre).

MEDIDAS EM BANDAS ESPECTRAIS (FILTROS) Detectores seletivos em regiões espectrais estreitas. O3 na região do ultravioleta Vapor d água ao redor de 940nm Região ativa de fotossíntese entre 400nm e 700nm Impacto ambiental, poluição e efeitos biológicos na região do ultravioleta Pode-se medir a emissividade de uma superfície (medindo onda longa) Refletância espectral de uma superfície (medindo onda curta apontando para baixo)

MEDIDAS ORIENTADAS EM ÂNGULOS SÓLIDOS PEQUENOS Restringir o ângulo sólido do radiômetro com um colimador medimos uma determinada orientação. Transmitância direta da radiação solar (apontado o sensor para o disco solar) Espalhamento de constituintes atmosféricos pela radiância difusa do céu. Distribuição angular da Radiância refletida (processos não isotrópicos) apontando o sensor para a superfície

PRINCÍPIOS FÍSICOS DA MEDIÇÃO DE RADIAÇÃO Detectores térmicos: baseados na variação da resistência de um metal ou semicondutor com a temperatura. Radiação incide fio metálico, aquece e aumenta a resistência. A diferença em condutividade elemento A e B é proporcional a radiância incidente (Coulson,1975) Esquema elétrico de um bolômetro

PRINCÍPIOS FÍSICOS DA MEDIÇÃO DE RADIAÇÃO Fotodetectores: ativado por fótons que incidem sobre o material (resposta rápida) - Fotovoltaicos: ao ser exposto por radiação produz corrente elétrica. - Fotocondutores: condutividade elétrica varia com o fluxo de radiação incidente. - Fotoemissivos: emissão de elétrons quando onda eletromagnética incide sobre eles (efeito fotoelétrico)

CALIBRAÇÃO Conversão de grandezas medidas pelos instrumentos (tensão, corrente, dt) em grandeza radiométrica. Condição de atmosfera limpa e estável (topo de montanhas) Fontes incandescentes, tais como lâmpadas padrão para determinar energia absoluta. Cavidades de corpo negro (onda curta e longa)

A REDE AERONET A rede AERONET é uma rede global de monitoramento de aerossóis por sensoriamento remoto em solo, mantida pela NASA e expandida por colaboradores de agências nacionais, institutos, universidades e parceiros, inclusive no Brasil. Os radiômetros utilizados pela AERONET São do modelo CIMEL Eletronic 318A, cujas medidas permitem o monitoramento em tempo quase real de parâmetros como a espessura óptica dos aerossóis (AOD), e outras propriedades derivadas de inversão, como por exemplo, distribuição de tamanho, albedo de espalhamento simples (SSA), espessura óptica de absorção (AAOD), índice de refração, entre outros. Fotômetro instalado no IFUSP, no alto do Pelletron. Medidas da espessura ótica de aerossóis são feitas continuamente a cada ~15 minutos. Pessoalmente tenho trabalhado na manutenção da rede AERONET para o Brasil nos últimos 10 anos

A REDE SOL_RAD_NET SolRad-Net (Rede de radiação solar) é uma rede estabelecida de sensores terrestres que fornecem medições de fluxo solar de alta frequência em tempo real para a comunidade científica e vários outros usuários finais. Cada site SolRad-Net está equipado com sensores de fluxo - piranômetro Kipp e Zonen CM-21 (305-2800 nm) para medir o espectro solar total. A SolRad-Net, tal como a sua rede associada, AERONET, mantém uma política de dados fundamentalmente aberta e incentiva análises integradoras colaborativas e multidisciplinares.

MULTI FILTER RADIOMETER Multifilter Rotating Shadowband Radiometer (MFR-7) mede a irradiância total, difusa e direta em seis comprimentos de onda (415, 500, 615, 673, 870 e 940) e no visível / NIR Utiliza um micro-termopar que fornece medições de banda larga. Em vez de usar um filtro rotativo, o MFR-7 faz medições simultaneamente em todos os sete canais A faixa de sombra (shadowband) permite que o instrumento meça todos os três componentes da irradiação solar com um detector.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livro Processos radiativos na atmosfera, Marcia A Yamasoe e Marcelo Corrêa Apostila da Profa Marcia do curso Meteorologia Física II. https://aeronet.gsfc.nasa.gov/ Livro Analytical Techniques for Atmospheric Measurements, D E Heard http://www.yesinc.com/products/data/mfr7/index.html