A INSERÇÃO DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES: DISCURSO DOS BOLSISTAS



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Transcrição:

A INSERÇÃO DO PIBID NA FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES: DISCURSO DOS BOLSISTAS Mirelly Karlla da Silva 1 mirelly_karlla_ec@hotmail.com Elizete Santos Balbino 2 - elizete.balbino@hotmail.com Sebastião Nunes da Silveira 3 - sebastyao10@hotmail.com RESUMO Várias pesquisas apontam que existe nos espaços formativos, principalmente, nas Instituições de Ensino Superior IES, uma dicotomia entre teoria/prática e também um distanciamento entre as IES e as escolas da educação básica. Sendo assim, a formação inicial dos professores tem sido um tema recorrente em debates educacionais sobre os déficits relacionados à crise no sistema educacional, devido a este fato muitos licenciandos concluem seus cursos, mas não se encontram capacitados para atender as demandas que percorrem o âmbito da educação, e para que ocorra uma mudança nesse cenário será preciso que esta se inicie no berço do saber: Universidades. Nesse contexto, o Programa Institucional de bolsas de iniciação á Docência Pibid surge como uma iniciativa para dirimir essa dicotomia e distanciamento, dentre outros. Diante do exposto, levantamos a seguinte problemática: De que forma a inserção do Pibid tem contribuído para a formação inicial dos licenciandos da Universidade Estadual de Alagoas Uneal?Com base nessa questão,o trabalho objetiva analisar a inserção do Pibid na formação inicial a partir do que dizem os bolsistas dos cursos de geografia, Letras/Inglês e do Campus I/Arapiraca da Uneal.Na metodologia fizemos uma pesquisa bibliográfica e de campo com enfoque qualitativo, com o uso de uma entrevista semiestruturada. Nas conclusões evidenciou-se que o Pibid é um programa de suma importância para a formação docente, pois o mesmo inclui os licenciandos no âmbito educacional e assim os bolsistas podem articular teoria e prática. 1 Graduanda do 6º período do Curso de da Universidade Estadual de Alagoas. Email: mirelly_karlla_ec@hotmail.com 2 Mestre em Educação pela, Professora Assistente do curso de pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas e da Faculdade de Ensino Regional Alternativa. Coordenadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e do Projeto de Extensão Formação docente com ênfase na alfabetização e inclusão de crianças com TEA: diálogo entre escola, universidade e trate. E-mail: elizete.balbino@hotmail.com 3 Graduando do 8º período do Curso de Letras Inglês da Universidade Estadual de Alagoas. Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Pibid. E- mail:sebastyao10@hotmail.com 1

PALAVRAS-CHAVE: Pibid. Formação inicial. Professor 1 INTRODUÇÃO A formação inicial dos professores, apesar de ser um tema recorrente nas pesquisas e debates na área educacional, ainda é considerado um tema que precisa de estudos e reflexões, uma vez que traz em seu bojo a dualidade teoria/prática. Com o entendimento de que essa é uma discussão importante, esse estudo nos remete a pesquisar sobre a importância e também contribuição que o Pibid pode trazer para a formação inicial dos professores no sentido de diminuir esse distanciamento tanto da teoria e da prática, quanto das universidades das escolas de educação básica. Desse modo, a nossa indagação é a seguinte: De que forma a inserção do Pibid tem contribuído para a formação inicial dos licenciandos da Universidade Estadual de Alagoas Uneal? Com base nessa questão, o trabalho objetiva analisar a inserção do Pibid na formação inicial a partir do que dizem os bolsistas dos cursos de Geografia, Letras/Inglês e do Campus I /Arapiraca da Uneal. Para compreender e responder ao problema citado fizemos uma pesquisa com uma abordagem qualitativa e trazemos algumas informações sobre o surgimento do Pibid como um programa de suma importância para as universidades e também para a Uneal. Em seguida, abordamos sobre a formação inicial dos professores e nos resultados e discussões trazemos os discursos dos estudantes que são bolsistas do referido programa. Na conclusão, evidenciamos que a inserção dos licenciandos nas escolas desde a formação inicial contribui significativamente para diminuir a distância entre aquilo que se diz e o que se faz. 2 PIBID: UM BREVE HISTÓRICO Os cursos de formação de professores têm deixado uma lacuna imensa com relação à capacitação adequada para ensinar nas diferentes realidades educacionais do país. E, para que ocorra a melhoria significativa deste cenário inúmeras articulações e metas precisam ser realizadas que tenham como objetivo norteador suprir as carências que perpassam o nosso meio educacional. 2

Nessa perspectiva, o Ministério da Educação MEC visando elevar a valorização da docência no país criou no ano de 2007 o Pibid, este programa proporciona aos licenciados uma maior participação nas salas de aula das Escolas da Rede Pública de Ensino, além de criar um vínculo direto entre as IES e as respectivas escolas. De acordo com a Capes (2008) os maiores objetivos do Pibid são: Incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica;contribuir para a valorização do magistério;elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica;inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem;incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como coformadores dos futuros docentes e tornandoas protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério; e contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura. Para que se realize o progresso do programa institucional deverá acontecer paralelamente à junção metódica da Universidade e da Escola da Rede Pública de Ensino, porque desta forma haverá uma constituição de saberes contínuos dos licenciandos e dos professores das escolas. De acordo com Felício (2012, p. 6): O desenvolvimento do projeto institucional só é possível mediante a execução de um trabalho sistematizado entre a Universidade e Escola Pública, que valorize a construção de conhecimentos a partir do cotidiano escolar e da prática pedagógica dos professores que lá exercem sua profissão. O Pibid concede bolsas em cinco categorias, as mesmas são destinadas para o estudo e também a pesquisa dos respectivos bolsistas, a divisão e os valores das bolsas são separados por áreas de atuação, dentre elas estão: a Iniciação à docência, o valor é de R$400,00 (quatrocentos reais); a Supervisão, o valor é de R$765,00 (setecentos e sessenta e cinco reais); as outras modalidades são Coordenação de área e Coordenação de área de gestão de processos educacionais, 3

o valor para ambos é: R$1.400,00 (um mil e quatrocentos reais), e a Coordenação Institucional, o valor é de R$1.500,00 (um mil e quinhentos reais), por meio da bolsa os bolsistas têm um maior incentivo para estudarem e fazerem pesquisas. Segundo Franco; Bordignon; Nez enfatizam (2012, p.3): Isso proporciona a possibilidade de antecipar o vínculo entre os futuros professores e as salas de aula da rede pública. Com essa iniciativa, o PIBID faz uma articulação entre a Educação superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais de Educação Básica. Sem dúvidas houve uma imensa abrangência do Pibid em todo o Brasil, atualmente o programa encontra-se presente em 1998 mil unidades do sistema público de educação básica, e em 146 Universidades Federais e estaduais. Entre as instituições inseridas no Pibid está a Uneal que teve a implantação do programa supracitado no dia 10 de agosto de 2012, com a aprovação do projeto Institucional Diálogo, Universidade e Escola: múltiplos olhares frente às metodologias de ensino/pibid/uneal. No primeiro momento foram avaliados e aprovados 12 subprojetos: Campus I- Arapiraca: História, Geografia, Matemática,, Química, Letras/Português, Letras/Inglês; Campus II- Santana do Ipanema: Biologia e, Campus III- Palmeira dos Índios: Letras/Português, Biologia; Campus IV- São Miguel: Letras/Português. O Pibid/Uneal possuía também 12 Coordenadores de subprojetos, 153 alunos-bolsistas e 28 supervisores nas Escolas públicas dos municípios de Arapiraca, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos e Palmeira dos Índios. Durante a realização dos subprojetos era contemplado as atividades relacionadas ao acompanhamento de aulas na educação básica pelos licenciados que eram supervisionados e auxiliados pelos professores das escolas parceiras. Sobre isto, Rezende; Coutinho; Araújo ressaltam (2013, p.2) colocam que: Diante da necessária parceria universidade-escola na estruturação da formação inicial de professores, vislumbramos no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) um novo caminho para (re)pensar e (re)fazer a formação docente. Visto que o PIBID tem como eixo norteador um ambiente colaborativo e integrador de professores de profissão da educação básica, licenciandos e professores formadores; compreendemos este programa como uma iniciativa pioneira para construção de uma formação docente inovadora. O PIBID é, pois, um programa que propõe uma formação de professores contextual, significativa, dialética, sistêmica e complexa em prol de um processo educativo de professores e estudantes imerso na realidade e necessidade dos sujeitos envolvidos. 4

Logo após a implantação do programa, não demorou para que este desse os primeiros frutos, no ano de 2013, Biologia (Santana do Ipanema) e (Arapiraca) tiveram trabalhos selecionados para apresentações em eventos cientifico na Universidade Federal do Maranhão UFMA, em São Luis- MA, depois deste os bolsistas continuaram participando de outros eventos para divulgar os resultados das ações e observações nas escolas onde m inseridos estava e paralelamente os mesmos atuavam nas escolas desenvolvendo novas práticas pedagógicas e articulando teoria e prática. No ano de 2014 foi aprovado o segundo projeto Institucional com a temática: Articulação entre a Universidade e Escolas de Educação Básica: múltiplos olhares teórico-metodológico na formação docente, e este segue em vigor. No presente momento, o Pibid é o maior programa institucional da Uneal e o mesmo continua contribuindo na formação inicial de muitos licenciandos. Nas Escolas parceiras do programa ocorrem diversas oficinas e modificações nas metodologias de ensino-aprendizagem que contribuem imensamente com a prática docente dos professores da educação básica, como também com o aprendizado dos alunos das escolas que estão tendo a oportunidade de obterem diversos conhecimentos. Sendo assim, o Pibid é sem dúvida, uma das melhores alternativas elaboradas para trabalhar a união entre universidades e escolas, com a articulação dessas duas instâncias haverá contribuições enriquecedoras nas metodologias e no desenvolvimento do aprendizado de ambas. Ocorrerá também um fortalecimento da formação inicial, considerando as conexões reais entre os saberes que se constroem na universidade e os saberes que cotidianamente são produzidos e se entrecruzam nas unidades escolares (SARTORI, 2011). 3 A FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES A formação inicial dos professores é um tema recorrente em debates educacionais sobre os déficits relacionados à crise no sistema da educação, os licenciandos concluem seus cursos devidamente, mas não se encontram qualificados para atender as demandas que percorrem o meio educacional, para que 5

ocorra uma mudança nesse cenário será preciso que esta se inicie no berço do saber: Universidades. Assim, a formação inicial na atualidade encontra-se extremamente distinta da realidade das escolas, porque os cursos de licenciatura pouco articulam com equilíbrio teoria e prática, muitos licenciandos se formam sem conhecer de fato o real cotidiano escolar e suas necessidades, sendo assim, há uma carência relacionada às práticas pedagógicas e estratégias de ensino. Nesse sentido, Raush; Frantz (2013, p. 621) enfatizam que: No que se refere especialmente à formação inicial de professores [...] atualmente enfrentamos vários problemas, dentre eles a falta de conhecimento dos contextos escolares; a pouca formação pedagógica dos professores formadores; o não acompanhamento da prática pedagógica dos licenciandos, que sentem dificuldade de relacionar teoria e prática no cotidiano escolar. Acerca do exposto, percebemos que o distanciamento entre a formação inicial dos professores prejudica demasiadamente a construção da identidade do futuro docente, e eleva o desestímulo de inúmeros professores devido ao fato destes não se sentirem capacitados para suprir as demandas do sistema educacional. Sobre isso, Bento discorre (2014) na atualidade educacional é exigido do professor que ele esteja sempre envolvido em pesquisas e contribua para a construção de um projeto político pedagógico, teorize as práticas, tornando-as inovadoras; atualize-se permanentemente; e que maneje a instrumentalização eletrônica. A formação de professores está intrinsecamente ligada à pesquisa, já que é através de uma análise crítica da sua prática que o professor toma consciência de dimensões e questões anteriormente ignoradas. Os períodos formativos das universidades deveriam adequar de uma forma coesa a grade curricular dos cursos que formam professores, porque a formação inicial necessita ser reconhecida de fato como o lócus de preparação para a iniciação da profissão docente. Sobre essa perspectiva, Basei (2008, p.1): A formação deve ser vista como um contínuo nas trajetórias de vida dos professores, onde eles desenvolvem conscientemente os sentidos e os significados de sua prática e atuação como professor, garantindo as ligações entre sua formação inicial e continuada e as experiências que 6

vivem ao longo de sua carreira. Nesse sentido, é imprescindível o desenvolvimento da capacidade reflexiva. Aprender a ser professor é um processo que vai muito além dos conhecimentos ditos técnicos e específicos com os quais entramos em contato na universidade, estando relacionado, também, com uma diversidade de outros conhecimentos que só se aprende quando nos inserimos em uma cultura profissional através da entrada em um ambiente de trabalho. Embora reconhecemos essa especificidade do processo de aprender a ser professor, consideramos que os professores devem, sim, possuir uma boa base teórica que lhes permita desconstruir e reconstruir suas representações, e percepções acerca de suas futuras metodologias no âmbito de ensino, mas é evidente que a formação inicial recebida no meio acadêmico deveria ser vista com uma maior atenção direcionada a prática pois, desta forma o licenciando estará mais próximo da realidade educacional, e terá flexibilidade autônoma para inicia seu processo de formação e (trans)formação de identidade profissional (BASEI, 2008). De acordo com Bento (2014, p. 7): A prática pedagógica docente precisa ser repensada e atualizada. O docente necessita conscientizar-se de que, no atual mundo globalizado, a produção de conhecimento tem aumentando, assim como as pesquisas nas diversas áreas tem expandido seus objetos. Na Educação não é diferente, cada vez mais o professor precisa estar informado e qualificado para garantir seu espaço na escola e dinamizar sua atuação profissional. Evidenciamos que, os cursos de formação de professores devem proporcionar aos seus licenciandos boas condições para que estes possam exercer a docência da melhor forma possível, pois apesar das inúmeras dificuldades encontradas nas diversas universidades do país é possível construir paulatinamente uma formação flexível que contribua no processo de ensino-aprendizagem. Para isso é preciso entender que a atividade docente vem se modificando em decorrência de transformações nas concepções de escola e nas formas de construção do saber, resultando na necessidade de se repensar a intervenção pedagógico-didática na prática escolar (LIBÂNEO; PIMENTA, 1999, p.19). Para ser um bom professor o licenciando deve ter consciência de que só a sua formação inicial não lhe proporcionará a qualificação necessária para lecionar, 7

pois ele deve estar sempre em contínuo processo de atualização de métodos e práticas pedagógicas. 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este artigo se propõe a analisar a inserção do Pibid na formação inicial a partir do que dizem os bolsistas dos cursos de geografia, Letras/Inglês e do Campus I /Arapiraca da Uneal. Para isso realizamos uma pesquisa qualitativa por entender que essa abordagem implica na obtenção de dados descritivos, decorrentes do contato do pesquisador com a situação alvo do estudo, havendo uma ênfase maior no processo do que no produto, destacando a perspectiva dos participantes (BAUER; GASKELL, 2002). A coleta de dados ocorreu através de entrevistas semiestruturadas com seis alunos vinculados dos cursos de Geografia, Letras/Inglês e do Campus- I/Uneal vinculados ao Pibid. Optamos em realizar a obtenção de dados por meio de entrevistas por considerá-la [...] um procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 178). Com a análise dos dados, realizadas através dos discursos dos bolsistas do Pibid, foi possível perceber a importância do estudo dessa temática. 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES O Pibid é considerado nesse momento um programa que está quebrando paradigmas que ultrapassam anos em nosso meio educacional, nesse programa Instituição de Ensino Superior- IES e Escola têm seus papéis reconhecidos e valorizados pois, ambas entendem que o progresso de uma depende da outra nessa perspectiva, esta pesquisa visa uma reflexão acerca das maiores colaborações do Pibid no processo de formação dos licenciandos do curso de Geografia, Letras Inglês e da Uneal. Os dados coletados nesta pesquisa foram realizados por meio de entrevistas com dez alunos dos cursos de Geografia, História, Letras Inglês, Matemática, 8

e Química do Campus- I Uneal, dando ênfase as questões relacionadas às contribuições proporcionadas por meio do PIBID na formação inicial de todos. Inicialmente, indagamos os licenciandos sobre como o Pibid pode melhorar a formação inicial deles, e estes relataram que: O Pibid fornece a possibilidade do aluno graduando desenvolver metodologias, trabalhos científicos e experiências em sala de aula, com isso ele alavanca e estimula sua formação inicial [...] (HENRIQUE, 2015). No meu caso, me fez perceber a realidade posta nas escolas, desde a gestão ao dia a dia nas salas de aulas. Fazendo assim uma dialética entre teoria e prática... Também ficou claro que, o que nos é passado nos cursos de licenciaturas, ao menos UNEAL, está longe da realidade das escolas de séries iniciais. No PIBID, perdi o medo da sala de aula, ganhei mais controle sobre a experiência de sala, presenciei o dia a dia real de uma escola, as brigas, as diversidades das turmas, interna e externamente... Turmas muito tranquilas, turmas que você já entrava pensando o quê fazer. Isso dá ao aluno iniciante, licenciando, uma visão mais real e geral do que se vai enfrentar em sua labuta. Assim como já vai lhe mostrando o que vai pegar para já começa a parti dali, suas próprias estratégias. Não serão pego de surpresa. Sobre a formação continuada, acredito que os coordenadores e supervisores também estão aprendendo. Pois como falou Paulo Freire Não existe docente sem discente. Logo, no ato de você está com um grupo ali, querendo explicação, se espelhando em você como professor, lhe faz refletir sobre você mesmo e o que está fazendo em sala. Assim como percebi um pouco melhor a mentalidade de alguns professores... Lamentável (RUAN, 2015). Através do Pibid, a minha formação inicial pode melhorar partindo da perspectiva de que inserida no programa eu tenho uma visão prévia do que será e de como agir no exercício da minha futura profissão como professora. Sendo assim, entendo a importância do projeto para a minha formação e que a partir dele e já estando em sala de aula, saberei a importância de continuar me atualizando sobre os novos meios e métodos de ensino que facilitem o desenvolvimento do ensino-aprendizagem dos meus futuros alunos (GABRIELA, 2015). Acredito e tenho visto na prática que a realidade educacional é mais que simples teoria. Durante o início da minha formação eu não tinha essa visão do quão pluralizado é o sistema educacional ao qual eu posteriormente atenderia e faria parte, porém, com o PIBID e com a experiência proporcionada através deste contato com este sistema educacional que nos apresenta diversos desafios e problemáticas, eu pude refletir melhor a respeito da importância deste programa que nos insere de forma precoce neste sistema oferecendo-nos a oportunidade de experiência na prática as reais dificuldades enfrentadas pelos profissionais docentes, de forma que nos proporciona uma formação mais completa e reflexiva no que diz respeito ao nosso papel docente, portanto, considero esta iniciativa de extrema importância na minha formação tanto inicial como continuada, tendo em vista que a mesma me proporciona a oportunidade de trilhar por um caminho de formação reflexiva e que desde já tem me preparado para vivenciar na prática as reais dificuldades de nosso sistema educacional de ensino (RICARDO, 2015). 9

Diante dos relatos dos bolsistas, percebemos nitidamente que na concepção de todos o Pibid contribuiu signitivamente com a formação inicial destes quando os proporcionam a enriquecedora experiência de estar em contato mais cedo com o ambiente escolar, desse modo, os mesmos puderam ter uma visão mais ampla acerca da docência, e também dos desafios que constituem o cotidiano da sala de aula. Desta forma, podemos afirmar que a formação para a docência passa, necessariamente, por este processo reflexivo que tira o professor ou o licenciando da zona de conforto a fim de provocar avanços na prática que, muitas vezes, está cristalizada (FELÍCIO, 2012, p.5). Quando questionados acerca das maiores modificações que ocorreram na sua vida acadêmica após o ingresso no Pibid, eles responderam que: Na minha vida acadêmica, as modificações que vivenciei e vivencio são mais do que significantes. A primeira é que trabalhar na educação não é fácil, é um desafio constante, por que antes do Pibid, eu achava que era tudo perfeito - claro é meu sonho trabalhar na educação infantil - só que a realidade após a minha inserção no programa foi inicialmente um choque, porém quando eu objetivei não olhar só o lado ruim da minha profissão, as coisas começaram a fazer a diferença, eu percebi que o desafio é sim grande, mais que através da minha formação e do meu esforço eu iria conseguir atingir o meu objetivo que é ser uma professora de qualidade, independentemente dos desafios, das barreiras. O PIBID também me deu uma maior segurança para a minha atuação na sala de aula. [...] E sem falar na hora em que falo para as pessoas que consegui uma bolsa, falo do programa essas coisas, é muito gratificante ver as pessoas orgulhosas do meu esforço, e da minha dedicação (GABRIELA, 2015). A primeira delas foi a minha inserção através do programa no mundo da pesquisa, pois só com o que temos na graduação e um pouco tímida ainda e a pesquisa faz com que se veja o mundo com outros olhos, o que reflete também de forma efetiva em nossa vida como um todo (ALINE, 2015). Com o contato mais para ótimo da vivência da sala de aula me fez criar motivação maior para me tornar professora, saber da realidade não será algo totalmente novo quando eu for dar aula, com o PIBID também eu pude perceber que o cotidiano da sala de aula não é algo tão complicado como eu pensava antes, além disso, com o PIBID eu pude praticar mais e aprender a construir melhor um artigo (PATRICIA, 2015). A inserção no Pibidme possibilitou ter uma maior segurança ao falar com mais propriedade sobre as coisas referentes ao processo ensino e aprendizagem na universidade com a minha participação nos trabalhos, etc (LÍDIA, 2015). Na minha vida acadêmica me tornei mais participativa, citando algumas experiências vivenciadas com os alunos, tirando duvidas e sendo amparada pelas opiniões dos meus colegas e dos próprios professores da universidade. Na minha vida pessoal, me tornei mais paciente, e com a 10

experiência do PIBID, percebi que não dá pra seguir nenhuma atividade sem a prática. Não dá pra viver de teorias (ALESSANDRA, 2015). Assim, podemos compreender através das falas, que o leque de oportunidades que o Pibid proporciona é extenso e rico considerando que, após a inserção no projeto houve inúmeras modificações na vida acadêmica e pessoal dos bolsistas, alguns se sentem mais preparados para seguirem a docência porque já sabem como é a realidade da escola, outros estão mais seguros para produzirem artigos científicos. Os estudantes foram questionados ainda sobre os pontos positivos e negativos do Pibid na formação deles, os mesmos discorreram que: Positivos: influências favoráveis a formação docente, melhora a visão sobre o campo educacional e etc. Negativos: Dificuldades na realização das ações (LEONARDO, 2015). Positivos é a importância do trabalho em grupo e o despertar do senso de coletividade, e a própria junção teoria/prática são pontos bem positivos na formação docente. Negativos na minha visão não existiram, o que teve de negativos são situações alheias ao programa a exemplo à falta de cooperação da escola, professores e do próprio sistema escolar (ALINE, 2015). Sem sombra de dúvidas o valor da bolsa, e, além disso, ainda não acompanha a infração... Isso é um sacrilégio. É a coisa mais negativa do PIBID. Os positivos como supracitados, experiência, contato com os alunos, com o ambiente escolar, gestão, políticas das escolas... Enfim, toda experiência do que é ser um processo literalmente falando (RUAN, 2015). Os negativos não há pontos negativos no projeto em si, posso por como negativo há falta de mais projetos como esse para aquele que não conseguem a bolsa (JONAS, 2015). Observamos através dos discursos dos discentes que o Pibid tem alguns pontos negativos na visão dos mesmos como o valor da bolsa que é uma discussão que perpassa anos, e, principalmente relacionado a situações alheias ao programa como problemas da escola e professores da mesma, mas de fato ressalta-se com clareza que a mais pontos positivos que fazem a diferença na vida dos envolvidos no programa. Salientamos que, o Pibid é capaz de proporcionar uma melhor formação aos graduandos de licenciatura e melhorar o ensino nas escolas públicas. Estas ligações entre o meio escolar e as universidades possibilitam aos alunos da licenciatura 11

aprender a compreender a escola, e consequentemente propor soluções, questionamentos e ideias para melhorar o ambiente escolar (ROMAGNOLLI; SOUZA; MARQUES, 2014). Por fim, perguntamos se os bolsistas sentem-se mais estimulados para seguir a docência depois que ingressaram no PIBID, e quais foram as maiores contribuições do programa na formação inicial deles. Em relação a esta pergunta, obtivemos as seguintes falas: Sim, pois o Pibid trouxe uma visão diferenciada da realidade escolar, e me proporcionou meios de lhe dar com isso no dia a dia (era um dos meus medos não saber lhe dar com os alunos na sala de aula), sem dúvida foi na experiência em sala de aula que adquiri ao decorrer do subprojeto, além, da segurança na hora de transmitir temas em que são abordados pelos licenciandos na escola (HENRIQUE, 2015). Sim. Posso, sem dúvida, afirmar a importância deste programa na minha formação e estímulo por dar continuidade a mesma. O PIBID me proporcionou a experiência de atestar na prática a eficácia das teorias estudadas no campus da universidade, e creio que não exista algo mais prazeroso que presenciar o sucesso do processo de ensino aprendizagem em sala de aula, e são estas pequenas conquistas nos incentiva a continuarmos na busca constante por novos meios de fazermos o nosso sistema educacional progredir [...] desse modo, considero que a maior contribuição que obtive do PIBID foi justamente esta experiência que me permitiu sentir na pele as dificuldades enfrentadas pelos profissionais docentes e acima de tudo me proporcionou a oportunidade de, desde já, buscar por métodos pedagógicos inovadores que atendam a estas necessidades e dificuldades (RICARDO, 2015). Além de ajudar a me formar uma professora melhor qualificada, o PIBID me estimulou a buscar novos materiais para ajudar na sala de aula, também me incentivou a construir trabalhos acadêmicos para passar a diante os conhecimentos adquiridos durante minha participação no programa, e me incentivou a manter a minha escolha de me tornar professora de Geografia (PATRICIA, 2015). Um pouco, pois na teoria tudo é muito mais bonito e mais simples, ao partir para a prática podemos ver que tudo muda e torna-se mais difícil de lidar. Ao partir para a prática muitas dúvidas começam a surgir. Eu pude ver na prática e entender a real importância da minha futura profissão, pude também unir tudo que vi na Universidade às práticas em sala de aula. O PIBID contribuiu também para me mostrar que a docência não é tão fácil quanto parece e não é tão horripilante quanto falam com isso eu consegui entender melhor a minha profissão (FERNANDA, 2015). Através do PIBID pude me integrar mais a universidade e também me incentivou a participação em eventos acadêmicos. Através do PIBID pude me integrar mais a universidade e também me incentivou a participação em eventos acadêmicos (LEONARDO, 2015). 12

Em suma, ficou evidente que a inclusão do Pibid no meio acadêmico da Uneal propiciou aos licenciandos da Instituição a real articulação da teoria e da prática. O estímulo com relação à carreira docente também foi mencionado diversas vezes pelos bolsistas em suas falas. O programa realmente está despertando o estímulo direto na formação inicial dos professores assim, os índices educacionais são elevados progressivamente. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao fim do trabalho, evidenciamos que a inserção do Pibid na formação inicial é de extrema importância, devido ao fato do mesmo articular perfeitamente teoria e prática, possibilitando assim, a experiência enriquecedora de atuação dos bolsistas no âmbito escolar. Através dos dados coletados nas entrevistas, percebemos o envolvimento dos bolsistas no programa, por meio da inclusão destes na prática durante o processo de formação inicial e, sobretudo, que os mesmo se sentirão capazes de formarem suas identidades profissionais podendo melhorar a educação do nosso estado que por décadas vem sofrendo com a falta, dentre outras, de uma melhor articulação entre o que se aprende na academia e o que se aplica no exercício da profissão docente. Dessa forma, o Pibid conduz os licenciandos para um ambiente que possam promover reflexões acerca da prática pedagógica e da formação inicial. Sendo assim, é evidente que o este programa está realizando com sucesso suas metas relacionadas a valorização da docência, integração das IES e as Escolas de Educação Básica e proporcionando aos bolsistas uma formação inicial fundamentada, reflexiva e embasada nas situações diferenciadas que perpassam o cotidiano da sala de aula. REFERÊNCIAS BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Tradução de Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. BASEI, A. P. Aprendizagem docente no contexto acadêmico: a formação inicial e suas contribuições para a iniciação profissional dos professores de Educação Física. 2008. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd124/aprendizagem-docente-no- 13

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