IMPACTOS DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE DE MATEMÁTICOS



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Transcrição:

IMPACTOS DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE DE MATEMÁTICOS Jéssica Paloma Alves dos Santos¹ Maria de Fátima Dutra² Anaeli Chaerli Ferreira Alves 3 O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) vem tornando-se um projeto muito importante de valorização do magistério, possibilitando aos futuros docentes atuação no seu campo de trabalho desde o início de sua formação, bem como promover melhorias no ensino básico, além de desenvolver atividades teóricas e práticas nas escolas públicas, possibilitando o contato direto com o aluno, criando uma oportunidade de ampliar seus conhecimentos teóricos e de contribuir na sua formação. E o curso de matemática principalmente por seu histórico de dificuldades de aprender efetivamente, tem-se a necessidade para os alunos de escolas públicas, um acompanhamento de programas de auxílio aos mesmos, e o PIBID aparece como destaque no cenário nacional como incentivador no aprendizado desta disciplina, por isso, o objetivo deste trabalho é frisar a importância do PIBID na formação docente, com destaque nos acadêmicos de Matemática inseridos no Programa, relatando sobre a relevância de uma ferramenta que valorize e contribua para na sua formação docente, preparando-os para o mercado de trabalho, além de proporcionar uma troca de conhecimento e experiência entre docentes e discentes das escolas públicas. Para dar fundamentação no desenvolvimento deste estudo, utilizamos alguns teóricos como SADOVSKY (2007), MRECH, L. (2005), Tardif (2007). Assim, o PIBID tem-se mostrado uma excelente estratégia de apoio na qualificação da formação desses futuros professores e de formação continuada para os que se encontram em atuação nas escolas, além de proporcionar aos licenciandos e futuros professores experiências em práticas docentes com caráter inovador e de elevar a qualidade de ensino de escolas da rede pública. Palavras-chave: PIBID; aprendizagem; ensino; escolas públicas. 1 Graduando em licenciatura em matemática pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte 2 Especialista Professora Adjunta do Departamento de Matemática e Estatística pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte 3 Graduada em pedagogia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.

INTRODUÇÃO O PIBID e a educação integral tem se tornado um dos objetivos a serem alcançados pela educação brasileira na perspectiva de oferecer uma educação baseada na formação de sujeitos autônomos e ativos em seu próprio meio. Por isso, a docência e a vida escolar, na peculiaridade de seus valores, metas e práticas cotidianas, devem ser os objetos de estudo de qualquer projeto que vise a preparação para o exercício profissional na escola contemporânea. Para isto, a realização de projetos de Extensão tem por objetivo contribuir para a formação inicial dos futuros professores, além de oferecerem condições para a melhoria da qualidade da Educação Básica. Com isso, o trabalho em questão é frisar a importância do PIBID na formação docente, com destaque nos acadêmicos de Matemática inseridos no Programa, relatando sobre a relevância de uma ferramenta que valorize e contribua para na sua formação docente, preparando-os para o mercado de trabalho, além de proporcionar uma troca de conhecimento e experiência entre docentes e discentes das escolas públicas. Utilizaramse como metodologia a análise de documentos e autores sobre a temática da educação integral e o Programa PIBID. Demonstra-se que o programa apresenta algumas problemáticas que vão desde o funcionamento pleno até a frequência dos alunos nas aulas. Constata-se ainda que o programa é carregado de subsídios necessários à formação de sujeitos cidadãos, onde não apresenta apenas o enfoque de ler e escrever, mas a transformação do educando em sujeitos pensantes e independentes. É notável que a educação é um dos problemas que está em destaque atualmente, seja nos jornais, rádios, revistas e demais meios de comunicação, e que está sendo discutida nos mais variados setores sociais. Podemos ver que no Brasil, no que se refere as bases educacionais encontramos algumas defasagens que estão atrapalhando o seu desenvolvimento. Segundo Cavaliere (2002, p.252): As novas ideias em educação questionavam o enfoque pedagógico até então centrado na tradição, na cultura intelectual e abstrata, na autoridade, na obediência, no esforço e na concorrência. Para os reformistas, a educação deveria assumir-se como fator constituinte de um mundo moderno e democrático, em torno do progresso, da liberdade, da iniciativa, da autodisciplina, do interesse e da cooperação. As reformas nas instituições escolares visavam à retomada da unidade entre aprendizagem e educação,

rompida a partir do início da era moderna, pela própria escolarização, e buscavam religar a educação à vida DESENVOLVIMENTO Os monitores do programa de iniciação bolsista a docência tem o seu papel principal, desenvolver objetivos que busquem contribuir com a educação desenvolvendo atividades educativas e socioeducativas. Para poder realizar as aulas, os monitores passam por um planejamento semanal, onde é exposto as dificuldades passadas pela semana e são elaboradas atividades educativas. O grande desafio para os monitores, é buscar trabalhar de maneira um pouco diferenciada, para que suas aulas não se torne igual a rotina da escola, para isso os monitores fazem aulas diferenciadas, produzindo brinquedos na área da brinquedoteca, apresentando as mais diferentes emissoras de rádio através de vídeos e buscando construir uma pequena radio escolar na escola já citada, já no letramento é utilizado formas que chamam a atenção dos alunos com os jogos educativos e interpretação de textos, onde buscamos desenvolver o ato de ler e escrever como uma pratica prazerosa. Os licenciandos, ao vivenciarem a prática pedagógica em sua área de formação, passam a ter a sala de aula como um espaço em que se traduz o conhecimento em experiências práticas de ensino. Quando as atividades de vivência pedagógica expandem-se para além da sala de aula, amplia-se sua visão do entorno e, consequentemente, do todo, e o educar passa a ser percebido como um processo que ultrapassa a percepção cognitiva. Por isso, a atuação dos licenciandos ocorre não só durante as aulas, mas também como participantes de reuniões de professores, pais, conselhos de classe, conhecendo cada ação escolar, seus objetivos e perspectivas. Além de participar das atividades da escola, os licenciandos apresentam sua visão em encontros com coordenadores e professores supervisores, ampliando, refletindo e avaliando as ações realizadas, sendo incentivados também à participação em eventos. As ações realizadas pelos licenciandos são postadas em um ambiente virtual de aprendizagem, sob a forma de portfólios, num processo de registro e reflexão sobre essa vivência. Ao se falar em educação integral e a ao programa pibid, temos a concepção que a mesma traz o fortalecimento do pensamento de que a educação tem o seu papel essencial no desenvolver-se da criança e do adolescente, ou seja, quando falamos em

educar um indivíduo é necessário o envolvimento e articulação de outros indivíduos, como também de tempos e espaços. Dessa forma podemos observar que: A Educação Integral constitui ação estratégica para garantir atenção e desenvolvimento integral às crianças, adolescentes e jovens, sujeitos de direitos que vivem uma contemporaneidade marcada por intensas transformações e exigência crescente de acesso ao conhecimento, nas relações sociais entre diferentes gerações e culturas, nas formas de comunicação, na maior exposição aos efeitos das mudanças em nível local, regional e internacional. Ela se dará por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas que qualifiquem o processo educacional e melhorem o aprendizado dos alunos. Não se trata, portanto, da criação ou recriação da escola como instituição total, mas da articulação dos diversos atores sociais que já atuam na garantia de direitos de nossas crianças e jovens na coresponsabilidade por sua formação integral. (PDDE Manual de Educação Integral, 2009). Estamos chamando esse novo momento de "contexto PIBID", por se tratar de uma nova oportunidade, além dos já garantidos em lei, como as horas de formação, estágio supervisionado, etc. Dentro desse novo contexto, o aluno tem a oportunidade de participar desde o início da sua formação acadêmica do contexto escolar em escolas públicas para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura (professor coordenador) e de um professor da escola (professor supervisor). É inserido nesse contexto e tendo como foco as relações entre professor supervisor-licenciando-universidade, que a presente pesquisa tem por objetivo investigar a construção dos saberes docentes, expressos pelos licenciandos em Matemática, a partir dos impactos e impressões das ações e atividades no PIBID. Os professores que atuam nas escolas apontam a falta de conhecimento matemático acadêmico, formal como um dos motivos para a ineficácia do trabalho docente. Entendem que, na figura do conhecimento do professor, encontra-se também um caminho que desperta no aluno o interesse pelo conhecimento matemático. Assim, a lógica que se sustenta é a de que, uma vez que o professor tenha um conhecimento mais aprofundado das questões e objetos matemáticos, terá maior possibilidade de atuar

positivamente frente aos alunos (Carvalho et.al., 2009). Por outro lado, Mrech (2005) aponta, muito pertinentemente, que A Educação Continuada introduziu a crença de que é possível o sujeito se transformar sempre, aprender sempre. Mas diferentemente do hardware do computador que pode ser sempre trocado, as mudanças nos seres humanos esbarram em uma série de impasses. (...) O mundo exige o novo de uma maneira constante e radical, mas o corpo tem limites para sua transformação (Mrech, 2005, p. 20). Deste modo, pensar a sala de aula como um contexto no qual se desenvolve a atividade matemática requer que pensemos nas condições que levam os alunos a conjecturar, validar suas conjecturas, construir argumentos, arriscarem respostas aos seus questionamentos sem medo de errar, criar formas de representação que contribuam para reorganizar e reformular conhecimentos já construídos à luz dos novos conhecimentos produzidos. Neste sentido, de um lado, o papel do professor se faz fundamental para formular problemas que emirjam da produção específica da classe, mas que ele levanta tendo como referência a atividade matemática, numa troca constante com os alunos, discutindo, intervindo, perguntando novamente, exigindo mais precisão em suas formulações. De outro lado, para aprender, os alunos, precisam assumir a tarefa de reconstrução matemática: voltando atrás, revisando e modificando idéias já elaboradas e admitir, por vezes, a possibilidade de deixar pendentes, por hora, questões ainda não compreendidas por inteiro, mas que possam ser recuperadas, posteriormente. (SADOVISKY, 2007). No entanto, no que o "contexto PIBID" contribui para a formação inicial dos licenciandos e na formação continuada dos professores de matemática em serviço? De início, podemos ressaltar que tal contexto propicia uma aproximação entre Escola e a Universidade, pois o Programa oferece a oportunidade da escola reconhecer a Universidade como espaço de formação, ao mesmo tempo que e escola também é reconhecida como espaço de formação. Os alunos de formação inicial encontram na escola um espaço de formação centrada na escola, em situações reais de ensino e em situações educativas que são implementadas por meio de atividades de múltiplas metodologias. Portanto, pensarmos nas características que podem ser desenvolvidas dentro do contexto PIBID, pode ser um valioso instrumento para analisarmos a construção de saberes docentes, bem como de impactos, impressões, expectativas, contribuições e

avanços que esse programa, enquanto política pública tem agregado à formação de professores tanto inicial, quanto à continuada em serviço. Ou ainda, porque não dizer até mesmo para diminuir o fracasso no ensino e aprendizagem da matemática. Desta forma, como não são máquinas, os professores estão (e estarão) sempre sujeitos a certas restrições, certos limites. Sem dúvida, no que toca a formação inicial, um primeiro momento no qual há o encontro entre os futuros professores de matemática e os professores que estão atuando nas escolas públicas ocorre durante o processo de Estágio Curricular Obrigatório. Muitas vezes, o estudante de graduação passou os anos iniciais de sua formação nos bancos universitários, muito longe das escolas públicas onde irá atuar. CONCLUSÃO Aliar os dois grupos de profissionais, alunos discentes bolsistas e professores supervisores das escolas públicas, formação inicial e continuada, engendra uma influência profícua no ambiente escolar, promovendo elevação da qualidade de ensino, aperfeiçoamento de técnicas didáticas e pedagógicas e sustentação de saberes pautados em estudo e conhecimento adquirido ao longo do processo colaborativo. Este ambiente parece criar fontes permanentes de recursos humanos qualificados e promover o estímulo à formação crítica, isto é, interfere em diferentes âmbitos da problemática escolar. Avaliar nos remete a obter informações concretas que são capazes não somente de rotular alunos através de notas, mas de favorecer a criança na busca da aprendizagem. Assim, a avaliação será vista de forma qualitativa, que servirá como eixo norteador para pensarmos sobre nossa prática educativa do projeto sonoro, observaremos ao mesmo temo a parte da criatividade e o conhecimento alcançado, o senso crítico e a organização e a organização das matérias pelos alunos durante as atividades propostas, bem como no auto avaliaremos como futuros educadores. Assim, a avaliação será continua e formativa, observaremos diariamente, para que todos os seus desempenhos sejam identificados, e nisto o senso matemático e crítico surja no aluno de forma mais rápida e continuada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Manual de Educação Integral para Obtensão de Apoio Financeiro Através do Programa Dinheiro Direto na Escola PDDE. Brasília, 2009. CAVALIERE, Ana Maria. Educação Integral: Uma nova identidade para a escola Brasileira. Revista Educação e Sociologia, Campinas, Vol. 23, n. 81, dezembro. 2002, p. 247-270. BRAIBANTE, M. E. F.; WOLMANN, E. M. A Influência do PIBID na Formação dos Acadêmicos de Química Licenciatura da UFSM. Química Nova na Escola. Vol. 34, N 4, p. 167-172, 2012. BURCHARD, C. P.; SARTORI, J. Formação de professores de ciências: refletindo sobre as ações do PIBID na escola. 2º Seminário sobre Interação Universidade/Escola. 2º Seminário sobre Impactos de Políticas Educacionais nas Redes Escolares. 31.ago.11 a 03.set.11 - UFSM - Santa Maria RS. CARVALHO, A. M. F. T., SILVA, A. L. ; BARBOSA, S. M. (2009) O Grupo de Trabalho das Olimpíadas de Matemática GTOM e a formação continuada de professores. (Comunicação Científica) IV Congresso da Academia Trinacional de Ciências, IV C3N 2009, 9 11 de setembro de 2009, Foz do Iguaçu, PR. In: Anais... MRECH, L. (2005). Mas, afinal o que é educar? In: Leny Magalhães Mrech (Org.). O impacto da Psicanálise na Educação. São Paulo: Avercamp, p. 13-31. SILVA, C. S.; MARUYAMA, J. A.; OLIVEIRA, L. A. O.; OLIVEIRA, O. M. M. F.O Saber Experiencial na Formação Inicial de Professores a Partir das Atividades de Iniciação à Docência no Subprojeto de Química do PIBID da UNESP de Araraquara. Química Nova na Escola. Vol. 34, N 4, p. 189-200, 2012. SADOVSKY, P. O ensino da matemática hoje: enfoques, sentidos e desafios. São Paulo: Ática, 2007.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 8ª edição. Petrópolis, RJ. Vozes, 2007.