ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 3º TRIMESTRE 2 ANO DISCIPLINA: Literatura Observações: 1- Antes de responder às atividades, releia o material entregue sobre Sugestão de Como Estudar. 2 - Os exercícios devem ser resolvidos em folha timbrada e entregues no dia dasaulas de Recuperação. CONTEÚDOS: Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, Graciliano Ramos, João Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade. VIDAS SECAS 1 - (Unicamp-SP) Uma personagem constantemente mencionada em Vidas secas, de Graciliano Ramos, é Seu Tomás da bolandeira. Homem letrado, é tido como um exemplo de "sabedoria" por Fabiano, que muitas vezes o vê como um modelo. "Em horas de maluqueira Fabiano desejava imitá-lo: dizia palavras difíceis, truncando tudo, e convencia-se de que melhorava. Tolice. Via-se perfeitamente que um sujeito como ele não tinha nascido para falar certo. Seu Tomás da bolandeira falava bem, estragava os olhos em cima de jornais e livros, mas não sabia mandar: pedia. Esquisitice um homem remediado ser cortês. Até o povo censurava aquelas maneiras. Mas todos obedeciam a ele. Ah! quem disse que não obedeciam?" a) Cite um episódio do romance em que fica evidente a dificuldade de expressão de Fabiano, na presença de pessoas que julga superiores. b) Como o episódio escolhido por você exemplifica a relação, percebida por Fabiano, entre um uso mais "difícil" da linguagem e o poder exercido por determinadas pessoas?
2. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos: mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra. Este é o retrato de Fabiano, no livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos. a) Por que o autor enumera os caracteres físicos de Fabiano? b) Que sentido tem a palavra cabra no texto? Texto para as questões de 3, 4 E 5. Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme a realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista [da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente. 3.O texto acima é trecho de Mãos Dadas, poema que integra o livro Sentimento do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores nomes do Modernismo Brasileiro. É muito comum a associação dessa escola literária à preocupação com a construção de poemas de cortes bruscos entre orações e estrofes e linguagem irônica. Tais características podem ser vistas no excerto apresentado?
4. O que se entende por mundo caduco? 5. Como se define o tipo de poesia que o eu lírico diz rejeitar? Leia o texto abaixo e responda ao que se pede. [1] O sol poente, chamejante, rubro, desaparecia rapidamente como um afogado, no horizonte próximo. [2] Sombras cambaleantes se alongavam na tira ruiva da estrada, que se vinha estirando sobre o alto pedregoso e ia sumir no casario dormente dum arruado. [3] Sombras vencidas pela miséria e pelo desespero que arrastavam passos inconscientes, na derradeira embriaguez da fome. [4] Uma forma esguia de mulher se ajoelhou no chão vermelho. [5] Um vulto seco se acocorou ao lado, e mergulhou a cabeça vazia entre os joelhos agudos, amparando-a com as mãos. [6] Só um menino, em pé, isolado, olhava pensativamente o grupo agachado de fraqueza e cansaço. [7] Sua voz dolente os chamou, num apelo de esperança. [8] E sua mão se destacou no fundo escuro da tarde apontando o casario, além. [9] Mas a única aparência de vida, no grupo imóvel, era o choro intermitente e abafado de uma criança. [10] Lentamente, o menino se voltou. Ainda esperou algum tempo. Ainda repetiu seu apelo e seu gesto. [11]. Depois saiu devagar, de cabeça erguida, os olhos fitos nos telhados pretos que se espalhavam lá longe. [12]. Leve e doce, o Aracati soprava. ] [13] E lentamente foi-se abatendo sobre eles a noite escura pontilhada de estrelas, seca e limpa como um manto de cinzas onde luzissem faúlhas. 6. a. Retire do texto expressões que caracterizam o regionalismo b. Cite o nome da escola literária que pertence o excerto acima.
7. Graciliano Ramos é o autor que, no Modernismo, fez parte de qual geração Modernista. Justifique sua resposta. 8. "Uma flor ainda desbotada ilude à polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. " Este é um fragmento do poema "A Flor e a Náusea" do livro A ROSA DO POVO de Carlos Drummond de Andrade. a) O que o nascimento da flor representa? b) Que relação se poderia estabelecer entre este poema e o momento histórico em que foi elaborado? 9. Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. ]
Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus Esse poema é de Carlos Drummond de Andrade e foi escrito na década de 20, sob a influência de ideias modernistas. a) Que aspectos da realidade nacional estão representados nas duas primeiras estrofes? b) Que valores estão implícitos no ponto de vista adotado pelo poeta no último verso do poema?