Parecer à MPV 680/2015 - Programa de Proteção ao Emprego - é lido na



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Transcrição:

Ano 17 ISSN 2358-8357 Informativo da CNI Ano 18 Nº 78 23 de setembro de 2015 de fevereiro de 2015 de fevereiro de 2015 Nesta Edição: Parecer à MPV 680/2015 - Programa de Proteção ao Emprego - é lido na Comissão Mista; Comissão aprova projeto que uniformiza procedimentos no processo administrativo fiscal; Comissão aprova nova regra sobre caracterização da inatividade da empresa; Comissão Mista aprova a instituição da fórmula 85/95 para as aposentadorias; Comissão rejeita projeto que proibia a fabricação de andadores infantis; Parecer à MPV 680/2015 - Programa de Proteção ao Emprego - é lido na Comissão Mista; O relator da Medida Provisória 680/2015, Deputado Daniel Vilela (PMDB/GO), leu hoje seu parecer aprovando a medida e acatando algumas emendas na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV). Dentre as principais alterações em relação ao texto original da MPV 680/2015, estão: A extensão do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) a todos os setores em situação de dificuldade econômico-financeira; A prorrogação da data para adesão, agora até o dia 31 de dezembro de 2016; A prorrogação da duração do PPE, de 12 para 24 meses; A priorização para adesão ao PPE da empresa que cumprir a cota para pessoas com deficiência; A inserção de requisitos para adesão, que estavam dispostos na Resolução 2/2015 do MTE, como, por exemplo, a necessidade de comprovação de regularidade fiscal, previdenciária e relativa ao FGTS; A limitação do que deve ser negociado no acordo coletivo de trabalho específico, exigido para a adesão ao PPE, não podendo dispor sobre outras condições de trabalho; A possibilidade de saída do PPE caso a empresa se recupere antes do fim, desde que comunique, 30 dias antes, aos trabalhadores e ao governo. O retorno ao PPE só poderá ser feito após 6 meses da saída; A exclusão do PPE, além dos pontos já dispostos na MPV 680/2015, da empresa que for autuada por prática de trabalho análogo ao de escravo, trabalho infantil ou degradante. 1

Além dessas alterações, o deputado Daniel Vilela acrescentou ao parecer que será garantido o emprego dos trabalhadores durante o PPE e após sua vigência durante o mesmo período de adesão, acrescido de um terço. A emenda que tratava do negociado sobre o legislado foi acatada com limitações, conferindo subjetividade a esta regra. Como previsto no PLV, as condições de trabalho ajustadas mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho prevalecerão sobre o disposto em lei, desde que não contrariem ou inviabilizem direitos previstos na Constituição Federal, nas convenções da OIT, ratificadas pelo Brasil, e as normas de higiene, saúde e segurança do trabalho. A negociação só será acatada sobre o legislado, se o seu conjunto for melhor que todas as disposições normativas, como um todo, nesse sentido. Ainda, exige a participação de todos os interessados para aprovação da realização da negociação. A Comissão Mista pretende aprovar o texto até a próxima quarta-feira (30/09) e após encaminha-la à Câmara dos Deputados. Comissão aprova projeto que uniformiza procedimentos no processo administrativo fiscal A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou, hoje, o Projeto de lei Complementar do Senado Federal nº 381/2014, nos termos do substitutivo apresentado pelo relator, que estabelece normas gerais sobre o processo administrativo fiscal, no âmbito da União, dos Estados, do DF e dos Municípios. De acordo com o relator, deputado Fernando Monteiro (PP/PE), o substitutivo contempla o núcleo da proposta do Senado, tomando por base proposta do CONFAZ. Destacam-se no texto aprovado, os seguintes pontos: Recursos e prazos - assegura aos litigantes no contencioso administrativo fiscal os seguintes meios de defesa e recursos: a) impugnação; b) recurso voluntário, contra decisão de primeira instância; e c) recurso especial, contra decisão de segunda instância que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tiver dado outro órgão de segunda instância, ou a instância especial da respectiva administração tributária. Para a prática de tais atos, deverão ser observados os seguintes prazos: 30 dias, para a impugnação, recurso voluntário e as respectivas contrarrazões e para as contrarrazões ao reexame obrigatório; 15 dias para o recurso especial e as respectivas contrarrazões e para outros instrumentos processuais previstos na legislação específica do ente tributante. Composição paritária - quando a legislação do ente tributante incumbir o julgamento em segunda instância ou em instância especial a órgão colegiado, terá este composição paritária de representantes da administração tributária e dos contribuintes. Pautas e julgamentos - as pautas de julgamento em órgãos colegiados paritários serão divulgadas com antecedência, nos termos da legislação do ente tributante. As sessões de julgamento em órgão colegiado paritário serão públicas, ressalvadas as hipóteses de sigilo ou de ritos diferenciados, nos termos da legislação do ente tributante, assegurando-se aos litigantes a faculdade de apresentar memoriais e realizar sustentação oral. Revisão das decisões definitivas - a decisão definitiva favorável ao sujeito passivo somente poderá ser revista judicialmente quando houver, comprovadamente, dolo ou fraude. 2

Responsabilidade civil do julgador - ressalvados os casos comprovados de dolo ou fraude no exercício de suas funções, o julgador não será responsabilizado civilmente, em processo judicial ou administrativo, por decisões proferidas em julgamento de processo administrativo fiscal. Súmula - nos casos de decisão reiteradas e com base em votação por quórum qualificado, os colegiados de instância superior podem aprovar súmula de observância obrigatória pelos órgãos julgadores do respectivo contencioso administrativo fiscal. A súmula, com efeito vinculante, terá por objetivo fixar interpretação sobre normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos julgadores do contencioso administrativo fiscal ou entre esses e os demais órgãos da respectiva administração tributária, que acarrete insegurança jurídica e multiplicação de processos sobre questão idêntica. Adoção pelos Municípios / Prazo para Adaptação - a adoção dos preceitos da lei complementar é facultativa para os Municípios com 500.000 habitantes residentes ou menos. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adaptarão suas respectivas legislações ao disposto nesta lei, no prazo máximo de quatro anos de sua publicação. O texto aprovado avança ao instituir normas gerais sobre o processo administrativo fiscal, para disciplinar a garantia constitucionalmente assegurada aos litigantes em processo administrativo fiscal ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º, LV da CRFB), de modo a garantir, em todas as unidades da federação, uniformidade de procedimentos e prazos. De fato, observa-se uma grande distorção entre as diversas legislações dos entes federativos, especialmente no que diz respeito a diferentes recursos postos à disposição do sujeito passivo, prazos diversamente estabelecidos e adoção de critérios diferenciados. A proposta vem, portanto, suprir lacuna hoje existente no nosso ordenamento jurídico, que leva a que cada ente federado, isoladamente, com base na Constituição Federal (arts. 24, 3º, ou no art. 30, II, da Constituição Federal), faça uso da competência legislativa plena, ante a inexistência de lei federal sobre normas gerais que regule o processo administrativo fiscal. Essa profusão de normas acarreta um custo adicional para os contribuintes, notadamente as empresas, que precisam ter equipes jurídicas especializadas, orientadas para cada um dos diversos ritos esparsamente distribuídos por União, Estados, Municípios e o Distrito Federal. O projeto segue para exame da Comissão de Justiça. Comissão aprova nova regra sobre caracterização da inatividade da empresa A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou o PL 6.299/2009, do Senado Federal, que reduz de dez para cinco anos consecutivos o tempo previsto para a caracterização da inatividade do empresário ou da sociedade empresária. De acordo com o texto aprovado, o empresário ou a sociedade que não proceder a qualquer registro no período de cinco anos consecutivos deverá comunicar à junta comercial que deseja manter-se em funcionamento. Assim, de acordo com a legislação em vigor, na ausência dessa comunicação, a empresa mercantil será considerada inativa, promovendo a junta comercial o cancelamento do registro, com a perda automática da proteção ao nome empresarial. 3

A empresa mercantil deverá ser notificada previamente pela junta comercial, mediante comunicação direta ou por edital, para os fins deste artigo. A reativação da empresa obedecerá aos mesmos procedimentos requeridos para sua constituição. A matéria foi anteriormente analisada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, que houve por bem aprová-la, entendendo, no parecer de autoria do deputado Albano Franco, que a proposição harmonizava-se com os objetivos da Lei nº 11.598/2007, que introduziu diretrizes e procedimentos para a simplificação e integração do processo de registro e legalização de empresários e pessoas jurídicas. Caso não seja interposto recurso para votação da matéria pelo plenário da Câmara dos Deputados, o projeto segue para sanção presidencial. Comissão Mista aprova a instituição da aposentadorias fórmula 85/95 para as A Comissão Mista aprovou, hoje, a MPV 676/2015, que altera regras sobre a incidência do Fator Previdenciário, nos termos do Projeto de Lei de Conversão apresentado pelo relator da matéria. O texto da Comissão Mista estabelece, na linha da proposta do Poder Executivo, que o segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for: (i) igual ou superior a 95 pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de 35 anos; ou (ii) igual ou superior a 85 pontos, se mulher, observado o tempo mínimo de contribuição de 30 anos. Em relação à progressividade das somas de idade e do tempo de contribuição, prevê que elas serão majoradas em um ponto no dia 31 de dezembro de 2018, 2020, 2022, 2024 e 2026. De acordo com o escalonamento proposto pelo Poder Executivo na MPV, a soma da idade e do tempo de contribuição deverá ser aumentada em 1 ponto a cada ano a partir de 1º de janeiro de 2017; e depois em 1º de janeiro de 2019, 1º de janeiro de 2020, 1º de janeiro de 2021 e em 1º de janeiro de 2022. O PLV também estabelece novas regras sobre pensão e dependentes do segurado, limite para aquisição de empréstimos (de 30% para 35% do valor do benefício) e previdência complementar do servidor público. A CNI entende que suprimir o fator previdenciário para o cálculo do salário benefício, nos casos da adoção da fórmula 95/85, mostra-se, de pronto, uma metodologia que não oferece qualquer lastro técnico e econômico com efetiva justificativa para a pretensão manifestada. Ao pretender extinguir o fator previdenciário, mesmo que de forma parcial, acaba por resgatar critérios de cálculo dos benefícios previdenciários já superados em razão do aprimoramento decorrente da sistemática introduzida pela Lei n 9.876/99. A adoção da fórmula 85/95 contribui para o aumento do déficit do Regime Geral de Previdência Social, pois a não incidência do Fator Previdenciário aumentará os custos ao conceder benefícios com valores mais elevados no caso de aposentadorias precoces. 4

Comissão rejeita projeto que proibia a fabricação de andadores infantis A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) rejeitou, ontem, o PLS nº 50/2013, que, entre outros temas, veda a produção, importação, distribuição, comercialização e doação de andador infantil. A CNI entende que o projeto é incompatível com o princípio da livre iniciativa consagrado no texto constitucional. O legislador propõe uma solução drástica e de difícil implantação e fiscalização sem apresentar embasamento científico capaz de comprovar os riscos da utilização do andador infantil. Ademais, conforme destacado no parecer do relator, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) possui competência legal e técnica para realizar os estudos necessários para avaliar, de modo objetivo, o risco que os andadores infantis representam à saúde das crianças. Caso esse órgão conclua pela periculosidade do item em análise, pode negar a certificação do produto, proibindo sua comercialização. A matéria segue para apreciação da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). NOVIDADES LEGISLATIVAS Publicação Semanal da Confederação Nacional da Indústria - Unidade de Assuntos Legislativos - CNI/COAL Gerente Executivo: Marcos Borges de Castro Coordenação Técnica: Pedro Aloysio Kloeckner Informações técnicas e obtenção de cópias dos documentos mencionados: (61) 3317.9332 paloysio@cni.org.br Assinaturas: Serviço de Atendimento ao Cliente (61) 3317.9989/9993 sac@cni.org.br Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco C, Edifício Roberto Simonsen CEP 70040-903 Brasília, DF (61) 3317.9001 www.cni.org.br Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. 5