Seminário. PMEs - Demonstração dos Fluxos de Caixa. Maio Elaborado por: O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).

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Transcrição:

Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400 opções 2 ou 3 (núcleo de relacionamento) Email: desenvolvimento@crcsp.org.br web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 Higienópolis 01230 909 São Paulo SP Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi Gestão 2014-2015 Seminário PMEs - Demonstração dos Fluxos de Caixa A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Elaborado por: Wilson Xavier da Silva Maio 2015 O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).

De 14 a 16 de junho de 2015 Acesse: www.convecon.com.br BASE LEGAL LEI 11.638/07 Art. 1 o Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei n o 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 176...... IV demonstração dos fluxos de caixa; e V se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.... 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (NR) 2

BASE LEGAL RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.255/09 ATUALIZADA PELA 1.329/11 Aprova a NBC T 19.41 Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. NBC TG 1000 CONSIDERANDO que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, a partir da IFRS for SMEs do IASB, aprovou o Pronunciamento Técnico PME Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, RESOLVE: Art. 1º. Aprovar a NBC T 19.41 Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados a partir de 1º. de janeiro de 2010. Brasília, 10 de dezembro de 2009. Contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim Presidente A Demonstração dos Fluxos de caixas (DFC), até a publicação da lei 11.638/07, não era obrigatória no Brasil, exceto para casos específicos, como por exemplo, as empresas participantes do Novo Mercado (exigência BOVESPA). Para estabelecer regras de como as entidades devem elaborar e divulgar a DFC, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis emitiu o Pronunciamento Técnico CPC-03, que foi aprovado pela CVM, pelo CFC e pelo Banco Central. 3

Seção 1 - PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Seção 2 - CONCEITOS E PRINCÍPIOS GERAIS Seção 3 -APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Seção 4 - BALANÇO PATRIMONIAL Seção 5 -DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE Seção 6-DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS Seção 7-DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA / CPC 03 SEÇÕES PME RES 1.255/09 Seção 8-NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Seção 10-POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE ERRO Seção 11-INSTRUMENTOS FINANCEIROS BÁSICOS Seção 12-OUTROS TÓPICOS SOBRE INSTRUMENTOS FINANCEIROS Seção 13-ESTOQUES Seção 16-PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO Seção 17-ATIVO IMOBILIZADO Seção 18-ATIVO INTANGÍVEL EXCETO ÁGIO POR EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE FUTURA (GOODWILL) Seção 20-OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL Seção 21-PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES Seção 22-PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Seção 23-RECEITAS Seção 27-REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS Seção 32-EVENTO SUBSEQUENTE Seção 35-ADOÇÃO INICIAL DESTA NORMA Objetivo O objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante determinado período, e com isso ajudar os usuários das demonstrações contábeis na análise da capacidade da entidade de gerar caixas e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades para utilizar esses fluxos de caixa. 4

Demonstrações dos Fluxos de Caixa - Importância As informações da DFC, principalmente quando analisadas em conjunto com as demais demonstrações financeiras, podem permitir que investidores, credores e outros usuários avaliem: 1. A capacidade de a empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa; 2. Capacidade de a empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e retornar empréstimos obtidos; 3. Liquidez, a solvência e a flexibilidade financeira da empresa; Demonstrações dos Fluxos de Caixa - Importância 4. A taxa de conversão de lucro em caixa; 5. A performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos de distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos; 6. O grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa 7. Os efeitos, sobre a posição financeira da empresa, das transações de investimento e de financiamento etc. 5

Demonstrações dos Fluxos de Caixa - Definições Caixa: compreende o dinheiro em caixa e depósitos à vista; Equivalentes de caixa: são investimentos a curto prazo, altamente líquidos, que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas em dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor. O termo caixa expresso no demonstrativo tem um sentido bem mais amplo, ou seja, pois engloba todas as disponibilidades monetárias sob a forma de dinheiro, de saldo bancário ou até mesmo de aplicações financeiras de livre movimentação (equivalente de caixa) Engloba todos os recursos financeiros dos quais a empresa pode lançar mão para efetuar pagamentos de despesas ou compromissos. 6

Assim, suponhamos, que no balanço de 31/12/X1 uma empresa tenha a seguinte situação de disponibilidade: Caixa R$ 12.700,00 Bancos R$ 37.500,00 Aplicações de Liquidez Imediata R$ 11.200,00 Total R$ 61.400,00 Suponhamos também que a mesma empresa no balanço de 31/12/x2 apresentasse o seguinte: Caixa R$ 10.100,00 Bancos R$ 49.600,00 Aplicações de Liquidez Imediata R$ 15.300,00 Total R$ 75.000,00 A empresa iria evidenciar de forma sistemática as entradas e saídas de dinheiro que levaram os caixas e seus equivalentes a aumentar o valor para R$ 13.600,00 (R$ 75.000,00 R$ 61.400,00) 7

Portanto, um investimento normalmente qualifica-se como equivalente de caixa apenas quando possui vencimento de curto prazo, de cerca de três meses ou menos da data de aquisição. Saldos bancários a descoberto decorrentes de empréstimos obtidos por meio de instrumentos como cheques especiais ou contas-correntes são geralmente considerados como atividades de financiamento similares aos empréstimos. Entretanto, se eles são exigíveis contra apresentação e formam uma parte integral da administração do caixa da entidade, devem ser considerados como componentes do caixa e equivalentes de caixa. Informação a ser Apresentada na Demonstração dos Fluxos de Caixa A entidade deve apresentar a demonstração dos fluxos de caixa que apresente os fluxos de caixa para o período de divulgação classificados em atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento. 8

Segregação dos Fluxos DAS OPERAÇÕES Recebimentos de vendas de mercadoria e/ou serviços Dividendos de participações Receitas financeiras Outras receitas (aluguéis, comissões) ENTRADAS DOS INVESTIMENTOS Venda de bens do ativo imobilizado, Venda de títulos de investimentos (aplicações não classificadas como equivalentes de caixa) Venda de participações societárias DOS FINANCIAMENTOS Integralização de Capital, em dinheiro Captação de Empréstimos e Financiamentos Segregação dos fluxos DAS OPERAÇÕES Pagamentos de Fornecedores Pagamentos de Salários Recolhimentos de Impostos SAIDAS DOS INVESTIMENTOS Aquisição de ativos imobilizados Aplicações em outros valores do ativo não circulante DOS FINANCIAMENTOS Pagamentos de Empréstimos/Financiamentos Pagamentos de juros s/empréstimos/financiamentos Pagamentos de dividendos 9

Atividades Operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, os fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais geralmente derivam de transações e de outros eventos e condições que entram na apuração do resultado. É um indicador de como a operação da empresa tem gerado suficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimo, manter a capacidade operacional da entidade, pagar dividendos e juros sobre o capital próprio e fazer novos investimentos sem recorrer a fontes externas de financiamento. Envolvem todas as atividades relacionadas com a produção e a entrega de bens e serviços e os eventos que não sejam definidos como atividades de investimento e financiamento, Das Atividades Operacionais (Exemplos) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços; recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas; pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; pagamentos de caixa a empregados e em conexão com a relação empregatícia; 10

Das Atividades Operacionais (Exemplos) pagamentos ou restituição de tributos sobre o lucro, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; recebimentos e pagamentos de investimento, empréstimos e outros contratos mantidos com a finalidade de negociação, que são similares aos estoques adquiridos especificamente para revenda. Algumas transações, como a venda de item do ativo imobilizado por entidade industrial, podem resultar em ganho ou perda que é incluído na apuração do resultado. Entretanto, os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Atividades de Investimento: são a aquisição e alienação de ativos a longo prazo e de outros investimentos não incluídos como equivalentes de caixa. 11

Das Atividades de Investimentos (Exemplos) Aquisição de ativos financeiros (diminui o saldo de caixa); Venda de ativos financeiros (aumenta o saldo de caixa); Aquisição de participações permanentes em outras sociedades (diminui o saldo de caixa); Venda da participações permanentes em outras sociedades (aumenta o saldo de caixa); Aquisição de bens de uso (diminui o saldo de caixa); Venda de bens de uso (aumenta o saldo de caixa); Atividade de Financiamento: são as atividades que tem como conseqüência alterações na dimensão e composição do capital próprio e nos empréstimos obtidos pela empresa. 12

Atividade de Financiamento - Exemplos Captação de empréstimos (aumenta o saldo de caixa); Amortização de empréstimos (diminui o saldo de caixa); Pagamento de juros/encargos sobre empréstimos e/ou financiamentos (diminui o saldo de caixa); Pagamento de dividendos relacionados ao capital próprio (diminui o saldo de caixa); Aumento de capital social em dinheiro (aumenta o saldo de caixa). Seção 7 Métodos de Elaboração da DFC 13

Demonstrações dos Fluxos de Caixa Pelo método indireto, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é determinado ajustando-se o resultado quanto aos efeitos de: itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, receitas (despesas) contabilizadas pela competência, mas ainda não recebidas (pagas), ganhos e perdas de variações cambiais não realizadas, lucros de coligadas e controladas não distribuídos, participação de não controladores; e Realiza uma conciliação entre o lucro líquido, por meio de adições ou subtrações, para se chegar ao caixa líquido resultante das operações. Divulgação dos Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais Pelo método direto, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é apresentado por meio da divulgação das principais classes de recebimentos e pagamentos brutos de caixa. Tal informação pode ser obtida: a) por meio dos registros contábeis da entidade; b) ou ajustando-se as vendas, os custos dos produtos e serviços vendidos e outros itens da demonstração do resultado e do resultado abrangente referentes a: 14

Divulgação dos Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais (i) mudanças ocorridas nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar durante o período; (ii) outros itens que não envolvem caixa; e (iii) outros itens cujos efeitos no caixa sejam decorrentes dos fluxos de caixa de financiamento ou investimento Divulgação dos Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais É incentivada a apresentação da conciliação entre o resultado líquido e o fluxo de caixa das atividades operacionais. 15

Método Direto As empresas que utilizam este método, devem detalhar os fluxos das atividades no mínimo, nas classes seguintes: Recebimentos de clientes; Recebimentos de juros e dividendos; Pagamentos a empregados; Pagamentos a fornecedores; Juros pagos Impostos pagos Divulgação dos Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais Para que possamos elaborar a DFC pelo método direto, é necessário que tenhamos a Demonstração de Resultados do Exercício, os Balanços Patrimoniais do exercício findo e passado e outras informações a respeito de fatos que afetaram o caixa no período em análise 16

Fluxos de Caixa em Moeda Estrangeira A entidade deve registrar os fluxos de caixa decorrentes de transações em moeda estrangeira na moeda funcional da entidade, convertendo o montante em moeda estrangeira para a moeda funcional utilizando a taxa cambial na data do fluxo de caixa. A entidade deve converter os fluxos de caixa da controlada no exterior para sua moeda funcional, utilizando a taxa cambial na data dos fluxos de caixa. Juros e dividendos (ou outras formas de distribuição de lucro) A entidade deve apresentar os fluxos de caixa referentes a juros e dividendos (ou outra forma de distribuição de lucro) recebidos e pagos separadamente. A entidade deve classificar os fluxos de caixa de maneira consistente, de período a período, como decorrentes das atividades operacionais, de investimento ou de financiamento. A entidade pode classificar os juros pagos e os juros e dividendos e outras distribuições de lucro recebidos como fluxos de caixa operacionais porque eles estão incluídos no resultado. Alternativamente, a entidade pode classificar os juros pagos e os juros e dividendos e outras distribuições de lucro recebidos como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento respectivamente, porque são custos de obtenção de recursos financeiros ou retorno sobre investimentos. 17

Juros e dividendos (ou outras formas de distribuição de lucro) A entidade pode classificar os dividendos ou outras distribuições de lucro pagos como fluxos de caixa de financiamento porque são custos de obtenção de recursos financeiros. Alternativamente, a entidade pode classificar os dividendos ou outras distribuições de lucros pagos como componente dos fluxos de caixa das atividades operacionais porque eles são pagos a partir dos fluxos de caixa operacionais. Tributos Sobre o Lucro A entidade deve apresentar separadamente os fluxos de caixa derivados dos tributos sobre o lucro e deve classificá-los como fluxos de caixa das atividades operacionais a não ser que eles possam ser especificamente identificados com as atividades de investimento e financiamento. Quando os fluxos de caixa derivados dos tributos forem alocados para mais de uma classe de atividade, a entidade deve evidenciar o valor total de tributos pagos. 18

Transações que não envolvem Caixa A entidade deve excluir as transações de investimento e financiamento que não envolvam o uso de caixa ou equivalentes de caixa da demonstração dos fluxos de caixa. A entidade deve evidenciar tais transações em outra parte das demonstrações contábeis de maneira a fornecer todas as informações relevantes acerca dessas atividades de investimento e financiamento. Muitas atividades de investimento e de financiamento não possuem impacto direto nos fluxos de caixa correntes, embora elas afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade. A exclusão das transações que não envolvem caixa da demonstração dos fluxos de caixa é consistente com o objetivo dessa demonstração porque esses itens não envolvem fluxos de caixa no período corrente. Exemplos de transações que não envolvem o caixa são: Transações que não envolvem Caixa (a) aquisição de ativos assumindo diretamente o passivo relacionado ou por meio de arrendamento financeiro (leasing); (b) aquisição de entidade por meio de emissão de ações; (c) conversão de dívida em capital. 19

Componentes de caixa e equivalentes de caixa A entidade deve apresentar os componentes de caixa e equivalentes de caixa e deve, também, apresentar uma conciliação dos valores divulgados na demonstração dos fluxos de caixa com os itens equivalentes apresentados no balanço patrimonial. Entretanto, a entidade não necessita apresentar essa conciliação se os valores de caixa e equivalentes de caixa apresentados na demonstração dos fluxos de caixa forem idênticos aos valores descritos similarmente no balanço patrimonial. Outras Divulgações A entidade deve divulgar, juntamente com um comentário da administração, os valores dos saldos relevantes de caixa e equivalentes de caixa mantidos pela entidade que não estejam disponíveis para uso da entidade. Caixa e equivalentes de caixa mantidos pela entidade podem não estar disponíveis para uso da entidade em razão, entre outras, de controles cambiais ou restrições legais. 20

EXEMPLO Exemplos - Método Direto Boletim n 169 CRC SP 21

Exemplos Método Indireto Boletim n 169 CRC SP CASO PRÁTICO 22

Balanço Patrimonial 2013 2014 Variação Ativo Circulante Caixa e Equivalentes de Caixa 1.488,00 1.131,00 Clientes 65.407,00 62.755,00-2.652,00 Estoques 46.334,00 50.702,00 4.368,00 Adiantamento a Fornecedores - 255,00 255,00 Desp Antecipadas 25,00 467,00 442,00 Total Ativo Circulante 113.254,00 115.310,00 Ativo Não Circulante Empréstimos para empresas ligadas - 850,00 850,00 Imobilizado 132.039,00 302.039,00 170.000,00 Depr Acumulada - 111.265,00-116.263,00-4.998,00 Total Ativo Não Circulante 20.774,00 186.626,00 Ativo 134.028,00 301.936,00 Passivo Circulante Fornecedores de Mercadorias 22.619,00 6.715,00-15.904,00 Fornecedores de Máq e Equiptos - 80.750,00 80.750,00 Impostos s/vendas a recolher 918,00 1.445,00 527,00 Imposto de renda a recolher - 5.423,00 5.423,00 Adiantamento de clientes - 467,00 467,00 Salários a Pagar 6.638,00 7.760,00 1.122,00 Empréstimos Bancários - 42.500,00 42.500,00 Total Passivo Circulante 30.175,00 145.060,00 Patrimônio Líquido Capital Social 160.820,00 203.320,00 42.500,00 Prejuízos Acumulados - 56.967,00-46.444,00 10.523,00 Total do Patrimônio Líquido 103.853,00 156.876,00 Passivo 134.028,00 301.936,00 Demonstração de Resultados 2014 Receita Bruta 179.341,00 Impostos s/vendas - 20.697,00 Receita Líquida 158.644,00 CMV - 105.876,00 Lucro Bruto 52.768,00 Despesas de Vendas - 21.624,00 Despesas Administrativas - 15.198,00 LAIR 15.946,00 Provisão IR e Contribuição Social - 5.423,00 Resultado do Exercício 10.523,00 Notas explicativas Aquisição de máquinas sendo 50% à vista 170.000 Aumento de Capital em dinheiro 42.500 Pagou 1ª parcela do fornecedor de Máquina 4.250 Despesas administrativas contemplam: Despesas com salários 1.122,00 Despesas com depreciação 4.998,00 Despesas Financeiras de Operação 2.000,00 MÉTODO DIRETO Atividades Operacionais Recebimento de vendas 182.460,00 Pagamento de impostos (20.170,00) Pagamento de fornecedores (126.403,00) Caixa Bruto das operações 35.887,00 Pagamento de despesas com vendas (21.624,00) Pagamento de despesas antecipadas (442,00) Pagamento de despesas administrativas (7.078,00) Caixa Gerado no negócio 6.743,00 Pagamento de DF (2.000,00) Caixa Gerado após operações financeiras 4.743,00 Atividades de Investimentos Aquisição de imobilizado (85.000,00) Empréstimos concedidos para empresas ligadas (850,00) (85.850,00) Atividades de Financiamentos Aumento de capital em dinheiro 42.500,00 Obtenção de empréstimos bancários 42.500,00 Pagamento de fornecedores de imobilizado (4.250,00) 80.750,00 Variação do Caixa e equivalentes de caixa (357,00) Saldo inicial de caixa 1.488,00 Saldo final de caixa 1.131,00 23

Principais Movimentações Recebimento de Vendas SI BP 65.407 (+) Vendas DRE 179.341 (+) Adto Clientes 467 (-) SF 62.755 (=) Recebimentos 182.460 Pagamento de Impostos s/ Vendas SI BP 918 (+) Despesa DRE 20.697 (-) SF BP 1.445 (=) Pagamento 20.170 Pagamento de Fornecedores 1º passo: Encontrar o valor das compras CMV = EI (+) C (-) EF 105.876 = 46.33 C 50.70 C = 4EI (-) CMV 2 (-) EF C = 46.33 4 105.876 50.70 2 C = 110.244 Fornecedor SI BP 22.619,00 (+) Compras 110.244,00 (+) Adto Fornecedor 255,00 (-) Saldo Final 6.715,00 (=) Pagamento 126.403,00 24

MÉTODO INDIRETO Resultado Exercício 10.523,00 depreciação 4.998,00 Lucro que afeta o caixa 15.521,00 Variações do Circulante Clientes 2.652,00 Estoques (4.368,00) Adiantamento a Fornecedores (255,00) Desp Antecipadas (442,00) Fornecedores de Mercadorias (15.904,00) Impostos s/vendas a recolher 527,00 Imposto de renda a recolher 5.423,00 Adiantamento de clientes 467,00 Salários a Pagar 1.122,00 Caixa gerado no negócio 4.743,00 Atividades de Investimentos Aquisição de imobilizado (85.000,00) Empréstimos concedidos para empresas ligadas (850,00) (85.850,00) Atividades de Financiamentos Aumento de capital em dinheiro 42.500,00 Obtenção de empréstimos bancários 42.500,00 Pagamento de fornecedores de imobilizado (4.250,00) 80.750,00 Variação do Caixa e equivalentes de caixa (357,00) Saldo inicial de caixa 1.488,00 Saldo final de caixa 1.131,00 PONTOS DE ATENÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - DFC CONTAS ECONÔMICAS OU CONTÁBEIS Depreciação Amortização Exaustão Equivalência Patrimonial Ganho ou Perda de Capital Estimativas de perdas incobráveis Impairment Perdas de Recuperabilidade Impostos Diferidos Ajustes de Conversão Cambial Obs.: deverão ser excluídas do fluxo de caixa no método direto e ajustadas no método indireto. Atenção: 1- Despesas econômicas ou contábeis; 2- Despesas antecipadas; 3- Despesas incorridas e não pagas. 25

Considerações Finais O equilíbrio financeiro de uma empresa é fator essencial no processo de continuidade; Cabe aos gestores a administração e otimização dos recursos financeiros; Cabe ao Profissional da Contabilidade exercer as melhores práticas, municiando os gestores com informações qualitativas e tempestivas, auxiliandoos no complexo processo de gestão financeira. Bibliografia CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa, NBC TG 03 Resolução CFC n. 1.296/2010, Deliberação CVM n. 641/2010 CPC PME Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (R1) (com Glossário de Termos), NBC TG 1000 Resoluções ns. 1.255/2009, 1.285/2010 e 1.319/2010. Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuárias e Financeiras FIPECAFI.Manual de Contabilidade Societária:Aplicável a todas as Sociedades de Acordo com as Normas Internacionais e do CPC. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013. 26

Bibliografia MONTOTO, Eugênio. Contabilidade Geral Esquematizado. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2014 SANTOS, Fernando de Almeida; VEIGA, Windsor Espenser. Contabilidade: Com Ênfase em Micro, Pequenas e Médias Empresas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2014 YAMAMOTO, Marina Mitiyo; PACCEZ, João Domiraci; MALACRIDA, Mara Jane Contrera. Fundamentos da Contabilidade. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011 CONTATO: desenvolvimento@crcsp.org.br 27