SAÚDE E MOVIMENTO: Análise do Comportamento alimentar e físico em adolescentes RESUMO

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Transcrição:

SAÚDE E MOVIMENTO: Análise do Comportamento alimentar e físico em adolescentes Juliane B. ASSIS1; Paloma F. SANTOS2; Paulo S.M. JÚNIOR3; Luzia R.P.RODRIGUES4; Diego P.MARCELINI5 RESUMO A alimentação equilibrada é imprescindível para o desenvolvimento e crescimento saudável de crianças e adolescentes. Hábitos alimentares inadequados prejudicam a saúde ao longo dos anos. Durante a infância, os pais controlam a alimentação de seus filhos, mas na adolescência, ocorre o aumento da independência, onde as decisões maiores sobre práticas e comportamento de vida, ganham autonomia, expondo os adolescentes a uma alimentação não balanceada, permitindo assim o risco da obesidade. Estudos nacionais e internacionais revelam que crianças e adolescentes, adotam um estilo de vida inadequado, sem atividades físicas, com dificuldades em manter um peso corporal saudável. O seguinte projeto de natureza quanti-qualitativa atuou de forma interdisciplinar nas áreas de Ciências e Educação Física teve como objetivo a análise do comportamento alimentar e físico em adolescentes de uma escola estadual do município de Machado MG, tal análise se deu através da aplicação de um questionário fechado com dezesseis questões sobre hábitos alimentares e prática de exercícios Palavras-chave: Alimentação; Adolescentes; Atividades física; Hábitos alimentares. 1. INTRODUÇÃO A alimentação na infância e na adolescência é um fator de extrema importância para se desenvolver um estilo de vida saudável, a partir daí, os comportamentos tendem a ser perpetuados por toda a vida. A avaliação do desenvolvimento do indivíduo deve ser sempre acompanhada pelos pais. A escola e a sociedade cumprem papeis importantes neste estágio 1. Machado/MG - E-mail: juassis.assis@hotmail.com 2 Machado/MG. E-mail: palomaf_santos@outlook.com 3 Machado/MG. E-mail: pmoreira93@gemail.com 4 Machado/MG. E-mail: lulu_peres_1@hotmail.com 5 Machado/MG. E-mail:diegomarcelini@yahoo.com

por se tratar de um período com adaptações e mudanças tanto físicas quanto psicológicas. É comum um indivíduo que não tenha esse apoio desenvolver distúrbios por não ser capaz de encontrar equilíbrio alimentar prejudicando assim sua saúde com consequências negativas na vida adulta. A família cumpre um papel importante na formação do indivíduo colaborando para uma vida saudável. Na escola se consolidam práticas e conhecimentos que se iniciaram na família. A escola tem a função social de informar e formar. O projeto Saúde e movimento foi desenvolvido em uma escola da rede estadual do município de Machado-MG pelos bolsistas do PIBID do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFSULDEMINAS e deu ensejo a este artigo. Este artigo visa analisar o comportamento alimentar e a prática de atividade física dos alunos com o objetivo de orientar e estimular os alunos que foram alvo do projeto já mencionado. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Estudos nacionais e internacionais indicam que crianças e adolescentes adotam um estilo de vida inadequado incluindo baixo consumo de frutas e inatividade física. De acordo com Jacobson(21) o sobrepeso e a obesidade em adolescentes são fatores de risco para doença crônicas na idade adulta. Caspersen (1985) define a atividade Física como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso. Portanto o sobrepeso e a obesidade em adolescentes são fatores de risco para doenças crônicas na idade adulta (Jacobson, 21). O sobrepeso tem sido definido como excesso de massa corpórea ou de peso relativo, quando se considera uma distribuição referencial abrangendo idade e sexo (Himes&Dietz, 1994). Vários fatores influenciam o comportamento alimentar, entre eles fatores externos (unidade familiar e suas características, atitudes de pais e amigos), e fatores internos (necessidades e características psicológicas, imagem corporal, valores e experiências pessoais, autoestima) (Auwerx, 1998). Dificuldade em estabelecer um bom controle de saciedade é um fator de risco para desenvolver obesidade, tanto na infância quanto na vida adulta (Salbe, 22). 3. MATERIAL E MÉTODOS Esse trabalho de natureza quanti-qualitativa teve como objetivo a análise do comportamento alimentar e físico de alunos e teve início com a elaboração e aplicação de um

questionário fechado com dezesseis questões sobre hábitos alimentares e prática de exercícios, aplicados aos alunos do 8ºe 9º ano do ensino fundamental-turno vespertino, em parceria com os professores das áreas de Ciências e Educação física. Dentre os 9 (noventa) alunos que responderam ao questionário foram selecionados aleatoriamente 45 (quarenta e cinco) para realização de pesagem e medição para realização do cálculo de IMC (Índice de massa corpórea). A classificação do IMC foi baseada na tabela da Organização Mundial de Saúde (OMS) classificando assim os sujeitos da amostra na faixa de baixo peso, peso normal, sobrepeso e obesidade. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Após a análise do questionário e a realização da média e percentual, observou-se que alunos com sobrepeso apresentam grande consumo de carne vermelha sendo que estes entrevistados não se preocupam em retirar a gordura dos alimentos (Fig 1). O consumo de carboidratos e alimentos industrializados, estão dentro da média dos outros alunos analisados (fig 2), mas a prática de exercícios ficou abaixo do percentual dos que apresentaram IMC diferente (Fig 3). Alunos com IMC normal e abaixo apresentaram resultados parecidos, o que é comum em indivíduos nessa faixa etária, pelo crescimento rápido que, muitas vezes não é acompanhado por uma modificação na alimentação. Discentes com IMC normal apresentam uma pequena elevação nos índices de consumo de carne vermelha com gordura, carboidratos e produtos industrializados em relação aos alunos que apresentaram IMC abaixo do normal. MÉDIA DE CONSUMO 1 2 carne vermelha consumo de peles/gorduras Adição de sal Fig 1: Media do consumo dos alimentos por grupos. Fonte: Pesquisa 216

9 7 5 3 2 1 PORCENTAGEM DE CONSUMO carboidratos alimentos industrializadas troca de reifeição Refrigerantes Fig 2: Porcentagem de consumo de determinados alimentos pelos discentes. Fonte: Pesquisa 216. 2 PRATICA DE ATIVIDADES FÍSICAS sim não as vezes Fig 3: Prática de atividades físicas nos grupos, alunos que praticam atividades pelo menos duas vezes por semana. Fonte: Pesquisa 216. 5. CONCLUSÕES Com base nas informações coletadas ficou claro que cada pessoa possui um ritmo metabólico. Estudos comprovam que a prática de exercícios e alimentação saudável são indispensáveis para o bom funcionamento do organismo. Alguns alunos consomem mais calorias do que gastam e apresentam sobrepeso, contudo os que apresentam baixo peso possuem uma alimentação balanceada com prática de atividades físicas semelhante as da que apresentam peso normal. Entendemos que, neste caso, a proximidade de valores encontrados na pesquisa foi relativo a faixa etária, tendo em vista que o desenvolvimento físico na adolescência podem aproximar o peso da normalidade. Este dado sugere que nova pesquisa

seja feita futuramente com outras faixas etárias, a fim de verificar a pertinência desta análise feita. REFERÊNCIAS AUWERX, J.; Staels B. Leptin. Lancet. 1998;351(914):737-42. CASPERSEN, C.J. ; Powell, K.E. & Cristensen, G. M. (1985). Physical activity, exercise, and physical fitness: definitions and distinctions for health-related reseach. Public Health Reports, 1(2), 172-179. HIMES, J. H. & DIETZ, W. H., 1994. Guidelines for overweight in adolescent preventive services: Recommendations from an expert committee. The Expert Committee on Clinicam Guidelines for Overweight in Adolescent Preventive Services. American Journal of Clinical Nutrition, 59:37-316. JACOBSON, M. S., 21. Nutrição na adolescência. Anais Nestlé, 55:24-33. Disponível em: <http://www.hostlumen.com.br/sociedade/public/admin/files/artigos/anais%2nestle%2ad olesc%eancia.pdf>. Acesso em: 2 fev. 216. Salbe A.D, et al. Assessing risk factors for obesity between childhood and adolescence: I. Birth weight, childhood adiposity, parental obesity, insulin, and leptina. Pediatrics. 22;11(2):299-36.