BOLETIM SUCROCUPAÇÃO CENTRO-SUL 1 Jaboticabal (), Número 67, outubro de 2015. Autores: José Giacomo Baccarin 2, Regina Aparecida Leite de Camargo 3, João Victor Barretto Nogueira Ferreira 4 1 Apresentação Neste número especificamos a variação, entre 2007 e 2015, da Ocupação Total Sucroalcooleira e dos Trabalhadores Canavieiros para os principais estados produtores de cana-de-açúcar do Centro-Sul e a relacionamos com a variação da produção e da área canavieira. Os estados são os seguintes: Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Para a ocupação usamos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Destas publicações obtivemos a Ocupação Total Sucroalcooleira, mês a mês, de 2007 a 2015, nas empresas sucroalcooleiras, que são classificadas em quatro classes: as dedicadas prioritariamente ao Cultivo da Cana-de-açúcar, à Fabricação do Açúcar em Bruto, à Fabricação do Açúcar Refinado e à Produção de Álcool. A Ocupação Total Sucroalcooleira é composta por 385 famílias ocupacionais, conforme a classificação do Código Brasileiro de Ocupação (CBO). Também levantamos informações específicas mensais do número de pessoas ocupadas nas seguintes famílias ocupacionais: Trabalhadores Agropecuários em Geral, Trabalhadores de Apoio à Agricultura e Trabalhadores Agrícolas na Cultura de Gramíneas, cuja soma resulta no conjunto por nós denominado de Trabalhadores Canavieiros. Aqui se encontram aqueles trabalhadores dos quais não é exigida maior qualificação profissional e dedicados a serviços braçais, em especial o corte de cana-deaçúcar. Subtraindo os Trabalhadores Canavieiros da Ocupação Total Sucroalcooleira definimos um grupo chamado de Demais Ocupações Sucroalcooleiras, que contém as pessoas ocupadas na lavoura canavieira em posição de chefia ou com qualificação profissional, os 1 Este Boletim é reconhecido, desde 2009, como Projeto de Extensão da UNE Universidade Estadual Paulista. 2 Docente do Departamento de Economia Rural, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) - UNE, campus de Jaboticabal (). Coordenador do Projeto. 3 Docente do Departamento Economia Rural, FCAV - UNE, campus de Jaboticabal (). Colaboradora. 4 Graduando em Administração da FCAV - UNE, campus de Jaboticabal (), bolsista Projeto de Extensão.
2 ocupados nas indústrias (usinas e destilarias), nas atividades administrativas e de apoio e, um pequeno grupo, de ocupações não sucroalcooleiras. Levamos em conta que o número de pessoas ocupadas sucroalcooleiras apresenta forte sazonalidade ao longo do ano, especialmente entre os Trabalhadores Canavieiros. Por isso, optamos por considerar o número médio de ocupação entre os meses de determinado ano. Para os dados de produção e área canavieira, as informações foram obtidas nas estimativas de safra feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Maiores detalhes metodológicos podem ser encontrados em números anteriores desse Boletim, disponíveis no endereço www.fcav.unesp.br/baccarin. Solicitamos que comentários, críticas ou sugestões sejam encaminhados para baccarin@fcav.unesp.br. 2 Produção Canavieira e Ocupação Sucroalcooleira por Estados Na Tabela 1 percebe-se que a produção canavieira apresentou trajetória de crescimento entre 2007 e 2015, de 20,2% no Centro-Sul. Contudo, após 2010, este crescimento foi bastante instável, com quedas em 2011 e 2014 e baixa produção em 2012. Tem-se levantado alguns fatores explicativos para esta instabilidade, como problemas climáticos, queda de produtividade associada às dificuldades encontradas na mecanização do corte e do plantio de cana, situação financeira difícil de empresas, decorrente de alto endividamento e da contenção do preço da gasolina com efeitos no etanol. Tabela 1 Produção de cana-de-açúcar, em milhões de toneladas, e seu índice de variação, principais estados canavieiros do Centro-Sul, 2007 a 2015. Prod. 29,6 29,6 40,1 46,2 45,2 52,7 62,0 66,3 71,3 Índice 100,0 100,0 135,2 155,9 152,5 177,9 209,2 223,7 240,6 Prod. 20,8 20,8 23,3 33,5 33,9 37,0 41,5 43,0 53,0 Índice 100,0 100,0 112,3 161,3 163,1 178,1 199,9 207,0 255,2 Prod. 44,1 41,5 49,9 56,0 50,2 51,2 60,8 59,5 62,4 Índice 100,0 94,0 113,2 127,0 113,9 116,1 137,7 134,9 141,5 Prod. 340,5 345,7 362,7 361,7 305,6 330,7 372,8 341,6 350,6 Índice 100,0 101,5 106,5 106,2 89,8 97,1 109,5 100,3 103,0 Prod. 42,9 44,2 45,5 43,3 40,5 39,7 42,2 43,1 44,9 Índice 100,0 103,0 106,0 100,9 94,4 92,6 98,4 100,4 104,5 Prod. 502,2 505,9 542,8 560,5 494,9 533,0 602,1 575,4 603,7 Índice 100,0 100,8 108,1 111,6 98,6 106,1 119,9 114,6 120,2 Fonte: CONAB, 2016. Observação: o total do Centro-Sul inclui a produção de outros estados da região não citados na tabela. Os dados de 2015 ainda são previsão de safra. Entre os estados, os crescimentos relativos mais significativos foram observados em Goiás e Mato Grosso do Sul, que mais do que dobraram suas produções canavieiras. Minas
3 Gerais apresentou crescimento considerável, de 41,5%, e em São Paulo e Paraná a produção ficou praticamente estável. Particularmente em São Paulo, os resultados produtivos após 2010 foram desfavoráveis, com exceção de 2013. A Tabela 2 traz as mudanças ocorridas na ocupação sucroalcooleira no período. Em 2007, os Trabalhadores Canavieiros representavam 57,2% da Ocupação Total Sucroalcooleira. Com o avanço da mecanização do plantio e, especialmente, do corte da canade-açúcar, seu número reduziu em quase 180 mil pessoas ou em 62,0%, de forma que sua participação se resumia, em 2015, a 25,3% da Ocupação Total. Tabela 2 - Grupos de ocupação sucroalcooleira no Centro-Sul do Brasil, em mil pessoas, e seu índice de variação, 2007 a 2015. Grupo Ocupação Item 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Trabalhadores Número 284,8 281,7 254,4 230,0 206,3 189,2 162,6 130,4 108,2 Canavieiros Índice 100,0 98,9 89,3 80,8 72,4 66,4 57,1 45,8 38,0 Demais Ocup. Número 212,6 251,5 253,4 279,8 292,3 317,5 335,5 330,8 319,0 Sucroalcool. Índice 100,0 118,3 119,2 131,6 137,5 149,3 157,8 155,6 150,0 Ocup. Total Número 497,4 519,2 507,8 511,1 498,6 506,7 498,1 461,2 427,2 Sucroalcool. Índice 100,0 107,2 102,1 102,8 100,2 101,9 100,1 92,7 85,9 Fonte: MTE, 2016. Até 2013, o grupo Demais Ocupações Sucroalcooleiras teve seu número se expandindo e compensando a queda dos Trabalhadores Canavieiros, de forma a manter ou até aumentar a Ocupação Total Sucroalcooleira. Em 2014 e 2015, esta compensação já não foi mais verificada, registrando-se queda na Ocupação Total de quase 71 mil pessoas. Conforme Gráfico 1, a variação da ocupação sucroalcooleira foi diferente entre os estados, em grande parte em decorrência da diversidade de expansão produtiva canavieira observada entre eles. Assim, São Paulo e Paraná registraram queda no total de ocupação sucroalcooleira; Minas Gerais que vinha registrando crescimento até 2013, nos últimos dois anos registrou número de ocupados próximo ao de 2007; em Goiás o crescimento da ocupação foi próximo a 40% em todo o período e no Mato Grosso do Sul próximo a 60%, embora nos últimos dois anos ambos os estados tenham apresentado arrefecimento nesse crescimento. Como não poderia deixar de ser, em decorrência da aceleração da colheita mecânica de cana-de-açúcar, entre os Trabalhadores Canavieiros a variação da ocupação tendeu a ser negativa em todos os estados, como pode ser visto no Gráfico 2. No Estado de São Paulo ela foi mais significativa, situação intermediária foi observada em Minas Gerais e Paraná e quedas menos significativas se deram em Goiás e Mato Grosso do Sul.
Índice de Variação Índice de Variação 4 200,0 Gráfico 1 - Total de Ocupação Scuralcooleira - Índice de Variação 180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 Paraná São Paulo Minas Gerais Goiás Mato Grosso do Sul 60,0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: MTE, 2016. 140,0 Gráfico 2 - Número de Trabalhadores Canavieiros - Índice de Variação 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 Paraná São Paulo Minas Gerais Goiás Mato Grosso do Sul - 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: MTE, 2016. Tais resultados também guardam correspondência com as variações observadas na área canavieira em cada um dos estados, com a provável exceção do Paraná. Nesse caso, a queda no número dos Trabalhadores Canavieiros parece ter sido menos intensa que nos outros estados, descontando-se seus diferentes índices de variação da produção canavieira. Uma provável explicação é que grau de mecanização da colheita de cana-de-açúcar tenha avançado menos no Paraná do que nos outros estados do Centro-Sul. 3 Produtividade de Ocupação Sucroalcooleira Percebe-se na Tabela 3 que a relação entre produção de cana-de-açúcar e a Ocupação Total Sucroalcooleira registrou crescimento de 40,0% no Centro-Sul, entre 2007 e 2015. Os
5 estados de Goiás, especialmente, e Mato Grosso do Sul apresentaram crescimento desse indicador de produtividade bem acima do constatado na região toda. No Paraná, embora o crescimento tivesse sido semelhante ao da região, verifica-se que em termos absolutos sua produtividade é bem menor, estando em torno de 70,1% do verificado no Centro-Sul. Tabela 3 Produção de cana, em mil toneladas, por pessoa ocupada sucroalcooleira e seu índice de variação, principais estados canavieiros do Centro-Sul, 2007 a 2015. Prod. 911,7 746,5 963,1 1.098,8 1.089,3 1.098,3 1.247,9 1.407,2 1.573,4 Índice 100,0 81,9 105,6 120,5 119,5 120,5 136,9 154,3 172,6 Prod. 1.297,0 959,3 994,7 1.246,7 1.224,2 1.314,0 1.317,5 1.462,0 1.852,8 Índice 100,0 74,0 76,7 96,1 94,4 101,3 101,6 112,7 142,9 Prod. 1.118,7 958,6 1.224,0 1.198,2 1.098,4 1.012,3 1.241,5 1.785,2 1.515,3 Índice 100,0 85,7 109,4 107,1 98,2 90,5 111,0 159,6 135,5 Prod. 1.077,1 1.082,8 1.167,4 1.165,3 1.022,9 1.105,5 1.287,8 1.293,1 1.427,8 Índice 100,0 100,5 108,4 108,2 95,0 102,6 119,6 120,1 132,6 Prod. 670,7 681,2 690,8 721,7 707,0 704,6 747,4 811,8 1.000,9 Índice 100,0 101,6 103,0 107,6 105,4 105,1 111,4 121,1 149,2 Prod. 1.009,5 948,8 1.069,0 1.096,8 942,0 1.051,9 1.208,9 1.247,4 1.413,3 Índice 100,0 94,0 105,9 108,6 93,3 104,2 119,7 123,6 140,0 Fonte: CONAB, 2016, MTE, 2016. Observação: o total do Centro-Sul inclui dados de outros estados da região não citados na tabela. A Tabela 4 revela que o indicador produção de cana-de-açúcar por Trabalhador Canavieiro mais que triplicou, entre 2007 e 2015, no Centro-Sul, fato influenciado pela expansão da área de cana colhida mecanicamente. A partir de 2012, o aumento deste indicador foi mais significativo. Novamente, os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, em especial, registraram crescimento desse indicador bem acima da região. Por sua vez, no Paraná, o crescimento foi menor e, em termos absolutos, o valor desse indicador, em 2015, estava por volta de 49,2% da produtividade da região toda. Tabela 4 Produção de cana, em mil toneladas, por Trabalhador Canavieiro e seu índice de variação, principais estados canavieiros do Centro-Sul, 2007 a 2015. Prod. 1.640,3 1.478,7 2.143,8 2.795,8 3.333,0 3.470,6 4.442,5 5.703,5 7.260,5 Índice 100,0 90,1 130,7 170,4 203,2 211,6 270,8 347,7 442,6 Prod. 2.352,8 1.832,4 2.351,9 3.821,8 4.942,1 5.718,9 7.315,6 11.083,7 13.473,5 Índice 100,0 77,9 100,0 162,4 210,1 243,1 310,9 471,1 572,7 Prod. 1.791,5 1.652,3 2.452,0 2.559,3 3.134,9 2.914,0 4.133,4 7.890,5 6.895,6 Índice 100,0 92,2 136,9 142,9 175,0 162,7 230,7 440,4 384,9 Prod. 1.907,5 2.018,7 2.350,8 2.575,3 2.415,4 2.945,6 3.948,2 4.662,0 5.609,0 Índice 100,0 105,8 123,2 135,0 126,6 154,4 207,0 244,4 294,0 Prod. 1.071,1 1.097,2 1.159,6 1.332,4 1.370,5 1.393,4 1.833,5 1.899,1 2.743,6 Índice 100,0 102,4 108,3 124,4 128,0 130,1 171,2 177,3 256,2 Prod. 1.762,9 1.795,7 2.133,6 2.423,2 2.399,5 2.817,0 3.703,8 4.412,5 5.580,5 Índice 100,0 101,9 121,0 137,5 136,1 159,8 210,1 250,3 316,6 Fonte: CONAB, 2016, MTE, 2016. Observação: o total do Centro-Sul inclui dados de outros estados da região não citados na tabela.
6 A Tabela 5 confirma que as mudanças tecnológicas na lavoura canavieira vêm provocando a diminuição da necessidade de Trabalhadores Canavieiros por área de cana-deaçúcar, com essa relação passando de 20,9 hectares/trabalhador em 2007 para 73,9 hectares/trabalhador em 2015. Tabela 5 Área de cana-de-açúcar, em hectares, por Trabalhador Canavieiro e seu índice de variação, principais estados canavieiros do Centro Sul, 2007 a 2015. Prod. 22,2 20,0 25,2 36,3 50,0 47,8 58,6 73,5 92,4 Índice 100,0 90,1 113,5 163,1 224,9 214,9 263,7 330,4 415,7 Prod. 31,3 24,3 26,8 45,2 70,2 84,0 115,4 172,4 172,5 Índice 100,0 77,9 85,7 144,7 224,5 268,6 369,1 551,3 551,6 Prod. 24,4 22,5 28,9 30,1 46,3 41,1 53,1 106,8 89,6 Índice 100,0 92,2 118,6 123,6 190,0 168,4 217,5 437,7 367,4 Prod. 21,4 22,7 26,8 31,0 34,5 39,4 48,2 64,0 74,8 Índice 100,0 105,8 125,0 144,8 161,2 183,8 225,0 298,5 349,4 Prod. 12,7 13,0 13,7 17,9 20,7 21,4 25,5 28,0 36,5 Índice 100,0 102,4 107,5 140,9 162,7 168,6 200,3 220,1 286,8 Prod. 20,9 21,3 24,8 29,9 35,0 38,9 47,6 61,2 73,9 Índice 100,0 101,7 118,7 143,2 167,4 186,2 227,7 292,8 353,8 Fonte: CONAB, 2016, MTE, 2016. Observação: o total do Centro-Sul inclui dados de outros estados da região não citados na tabela. Novamente, os crescimentos mais intensos se deram em Goiás e Mato Grosso do Sul, sendo que este apresenta, tanto neste caso como no imediatamente anterior, indicadores de produtividade, em termos absolutos, muito acima dos da região toda. É de se observar que nestes dois estados a grande expansão sucroalcooleira se deu no século XXI, com adoção de tecnologia de ponta e com altos índices de mecanização. Por sua vez, Minas Gerais ocupa neste e nos indicadores anteriores uma posição intermediária. São Paulo, com a estrutura sucroalcooleira bastante expressiva desde as décadas de 1970/80, vem apresentando evolução dos indicadores de produtividade abaixo da verificada naqueles três estados. E o Paraná, mais uma vez, registra indicador de produtividade relativamente reduzido em relação aos demais estados e ao Centro-Sul como um todo. Levantamentos feitos sistematicamente pela CONAB (2008, 2013) revelam que os indicadores das tabelas 4 e 5 guardam relação com a variação da área de cana colhida mecanicamente nos estados do Centro-Sul. Em 2007, 28,6% da colheita canavieira da região foi feita mecanicamente, valor que passou para 71,6% em 2011. A intensidade da mecanização foi maior em Goiás, com área colhida mecanicamente passando de 31,5% para 79,6%, e no Mato Grosso do Sul, de 20,0% para 89,9%. Em Minas Gerais, a participação da área colhida com máquina passou de 19,4% para 73,2% e em São Paulo, de 33,0% para 72,2%. O Paraná registrava apenas 10,4% de sua área de cana colhida mecanicamente em
7 2007, porcentagem que se elevou para 48,3% em 2011, bem menor que nos outros estados do Centro-Sul. Para os anos mais recentes, não se tem essa informação para todos os estados do Centro-Sul. 4 Referências CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). Perfil do setor do açúcar e do álcool no Brasil, situação observada em novembro de 2007, abril/2008. CONAB: Brasília, 2008. 75p. CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). Perfil do setor do açúcar e do álcool no Brasil safra 2011/2012. CONAB: Brasília, volume 5, 2013. 88 p. CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). Central de Informações Agropecuárias. Disponível em www.conab.gov.br. Acesso em 15 de janeiro de 2016. MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Programa de Disseminação de Estatística do Trabalho. Disponível em www.mte.gov.br. Acessa em 15 de janeiro de 2016.