Figura 1 - Geologia do Quadrilátero Ferrífero (Alkmim & Marshak, 1998).

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Transcrição:

Salgado, A. A. R.; F Colin, F.; Nalini, H. A. Jr.; Braucher, R.;Varajão, A. F. DC.; e Varajão, C. A. C. / Revista Brasileira de Geomorfologia, Ano 5, Nº 1 (2004) 55-69 Figura 1 - Geologia do Quadrilátero Ferrífero (Alkmim & Marshak, 1998). conservação, acrescentou-se duas gotas de ácido nítrico (HNO3) puro. Em todas as amostragens sempre foram coletadas amostras em duplicata. Os elementos Mn, Fe, Mg, Al, Si, Ca, Na e K presentes nas amostras de água foram analisados, no LGqA - Laboratório de Geoquímica Ambiental do DEGEO/EM/UFOP, via Espectrometria de Emissão Atômica por Plasma (ICP-OES Spectro Cirus CCD). Para validação dos resultados foi utilizado o padrão internacional As amostras foram coletadas em nascentes e em canais fluviais de ordens hierárquicas diversas durante dois períodos distintos do ano: (i) fevereiro de 2003 (final do período úmido) e julho de 2003 (final do período seco). As coletas foram realizadas com auxílio de seringas de 25 ml no meio dos canais fluviais. As águas coletadas foram filtradas com filtros descartáveis Nalgene de 0,45 micrometrômetros e acondicionadas em frascos virgens de 100 ml aos quais, para melhor 57

Salgado, A. A. R.; F Colin, F.; Nalini, H. A. Jr.; Braucher, R.;Varajão, A. F. DC.; e Varajão, C. A. C. / Revista Brasileira de Geomorfologia, Ano 5, Nº 1 (2004) 55-69 de água NIST (Standard Reference Material NIST 1643d Trace Elements in Water). Já os dados referentes a ph, sólidos totais dissolvidos (TDS) e condutividade foram mensurados em campo com auxílio de equipamento multiparâmetro portátil marca Myron. Paralelamente à coleta das amostras de água foi mensurada a vazão dos cursos fluviais. Os pontos de coleta em cada bacia visaram amostrar a água que drena um único litotipo de uma determinada sub-bacia e o somatório das contribuições dos litotipos situados à montante. Deste modo, verificou-se o padrão de denudação geoquímica de cada litotipo. Além disso, foram amostradas as águas dos exutórios das bacias e, com isso, foi possível verificar se a taxa de denudação final de cada bacia correspondia à somatória das taxas de denudação de suas subbacias e dos respectivos litotipos. Os dados referentes aos sólidos totais dissolvidos nas amostras de água foram também utilizados para o cálculo da taxa anual de rebaixamento do relevo para cada litotipo e para cada bacia. O método utilizado para este cálculo encontra-se nos manuais internacionais da literatura geomorfológica como, por exemplo, os de Summerfield (1991), Thomas (1994) e Burbank & s Anderson (2001). Esse método propõe que, caso 1 km2 da superfície das áreas continentais perca anualmente uma massa equivalente à densidade de sua rocha constituinte em toneladas, ao final de 1 milhão de anos, essa mesma superfície terá sido rebaixada, verticalmente, em 1 metro. Este método tem por base o cálculo: ((denudação total/ área da bacia)/densidade da rocha de superfície). Para sua realização foram amostradas rochas frescas (furos de sondagem ou em afloramentos) dos litotipos presentes nas bacias investigadas. A densidade de cada amostra de rocha foi calculada com o uso da Balança de Joly no Laboratório de Mineralogia do DEGEO/EM/UFOP. Já as áreas das bacias e sub-bacias investigadas foram calculadas com o uso do Software MicroStation. 3.As Bacias Investigadas A alta bacia do Córrego de Fechos, com 3 pontos monitorados, possui 26,29 km2. Dentre os litotipos presentes destacam-se filitos e quartzitos (Grupo Caraça), itabiritos e dolomitos (Grupo Itabira) e xistos (Grupo Nova Lima) (Figura 2). Já a bacia do Córrego Cata Branca, á) Figura 2 - Geologia da alta Bacia do Córrego Fechos (Pomerene, 1964) 58

Salgado, A. A. R.; F Colin, F.; Nalini, H. A. Jr.; Braucher, R.;Varajão, A. F. DC.; e Varajão, C. A. C. / Revista Brasileira de Geomorfologia, Ano 5, Nº 1 (2004) 55-69 xistos (Grupo Sabará) junto às suas cabeceiras (Figura 4). Os quartzitos (Grupo Caraça) e Itabiritos e dolomitos (Grupo Itabira) têm pouca expressão em área. Por fim, a alta bacia do Ribeirão Caraça, monitorada em 4 pontos e com 20,29 km2, está toda localizada em um compartimento bastante elevado, tendo por substrato quartzitos (Grupo Tamanduá) recortados por diques máficos (Figura 5). com área de 15,46 km2, foi monitorada em 5 pontos e possui litotipos semelhantes aos da alta bacia do Córrego Fechos (Figura 3). A alta bacia do Córrego Maracujá foi monitorada em 5 pontos e possui 15,37 km2. Destacam-se dentre seus litotipos: granitos, gnaisses e migmatitos do embasamento cristalino nas porções menos elevadas da bacia, filitos e quartzitos (Grupo Piracicaba) em sua porção média e Figura 3- Geologia da Bacia dos Córregos Esperança/Cata Branca (Wallace, 1965) 59

Salgado, A. A. R.; F Colin, F.; Nalini, H. A. Jr.; Braucher, R.;Varajão, A. F. DC.; e Varajão, C. A. C. / Revista Brasileira de Geomorfologia, Ano 5, Nº 1 (2004) 55-69 Figura 4 - Geologia da alta Bacia do Córrego Maracujá (Johnson, 1962) 60

Salgado, A. A. R.; F Colin, F.; Nalini, H. A. Jr.; Braucher, R.;Varajão, A. F. DC.; e Varajão, C. A. C. / Revista Brasileira de Geomorfologia, Ano 5, Nº 1 (2004) 55-69 Figura 5 - Geologia da alta Bacia do Ribeirão do Caraça (Maxwell, 1972) Si) e para o total de sólidos dissolvidos em cada bacia, juntamente com suas respectivas subbacias (Tabela 2). Os resultados anuais de ph apresentam tendência à acidez - ph entre 4,41 até 6,83 - nas águas fluviais que drenam quartzitos e Itabiritos (Tabela 1). Por outro lado, as águas que drenam as rochas carbonáticas da Bacia de Fechos (Formação Gandarela/Grupo Itabira) tendem a 4.Apresentação dos Resultados Os resultados obtidos são apresentados por bacia hidrográfica, sazonalmente e de acordo com o(s) litotipo(s) à montante dos pontos monitorados (Tabela 1). São apresentadas também as médias anuais de denudação por km2 para cada um dos oito elementos monitorados (Ca, Na, K, Fe, Mg, Al, Mn e 61