DETERMINAÇÃO DO TEOR ANTIOXIDANTE E CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS EM CHÁS DE HIBISCUS SABDARIFFA L.

Documentos relacionados
AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE AO ARMAZENAMENTO EM DIFERENTES TEMPERATURAS DE LINGUIÇA CALABRESA

ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE GELEIA DE HIBISCO

AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES NO SUCO MISTO DE JUÇARA E FALSO GUARANÁ

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

ESTABILIDADE DOS COMPOSTOS FENÓLICOS PRESENTES NA FARINHA DO BAGAÇO DE UVA TINTA VITIS VINÍFERA E VITIS LABRUSCA

CINÉTICA DE EXTRAÇÃO DE LIPÍDIOS DE MICROALGA SPIRULINA

ANÁLISE DE COMPOSTOS FENÓLICOS E ANTOCIANINAS EM EXTRATO AQUOSA DA CASCA E POLPA DE JABUTICABA

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE DIFERENTES MÉTODOS DE SECAGEM DE ERVAS AROMÁTICAS NO POTENCIAL ANTIOXIDANTE

DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO DE ÁGUA DE SOLO PELO MÉTODO DA FRIGIDEIRA EM UM LATOSSOLO VERMELHO ESCURO

ELABORAÇÃO DE LICOR DE FRUTAS NATIVAS E TROPICAIS

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE EXTRAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS DA POLPA DE PEQUI

RESUMO INTRODUÇÃO. Área temática: Engenharia e Tecnologia de Alimentos 1

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

POTENCIAL ANTIBIÓTICO DE EXTRATO AQUOSO DE CASCAS DE CAJUEIRO SOBRE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORMES PARA TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

ESTUDO DOS POLIFENÓIS TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA CASCA, FOLHAS E FRUTO DE Hymenaea stigonocarpa (JATOBÁ).

CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS DO HIBISCO (Hibiscus Sabdarifa L.)

AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA E QUÍMICA DAS FOLHAS (RAMAS) DE NABO PARA USO NA ALIMENTAÇÃO HUMANA

Congresso Brasileiro de Processamento mínimo e Pós-colheita de frutas, flores e hortaliças

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E VIGOR DE SEMENTES EM PROGÊNIES DE CAMUCAMUZEIRO ESTABELECIDAS NO BAG DA EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL

Hibiscus sabdariffa L. e seus benefícios funcionais a saúde humana com ênfase no Chá de Hibiscos.

TÍTULO: FERMENTAÇÃO DE EXTRATO HIDROSSOLÚVEL DE SOJA VERDE POR BACTÉRIAS PROBIÓTICAS

ELABORAÇÃO DE BEBIDA CARBONATADA A BASE DE SORO DE LEITE FERMENTADO E EXTRATO DE FLOR DE HIBISCO (Hibiscus sabdariffa L.)

COMPORTAMENTO ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS ETANÓLICOS NA ESTABILIDADE OXIDATIVA DE BIODIESEL DE SOJA

Processamento e avaliação de farinha de Pitanga (Eugenia uniflora L) em comparação as características da fruta in natura

QUANTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM NÉCTAR DE CAJÁ ENRIQUECIDOS COM FARINHA E EXTRATO FUNCIONAL

PROCESSAMENTO E CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E FÍSICA DE FRUTOS DE MURICI-PASSA (Byrsonima verbascifolia)

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE POLPA DE ACEROLA IN NATURA E LIOFILIZADA PARA PREPARAÇÃO DE SORVETES

AVALIAÇÃO DO TEMPO DE COZIMENTO DA MASSA DE QUEIJO SOBRE A UMIDADE DE QUEIJO PRATO DURANTE A MATURAÇÃO

COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM DIFERENTES ESPÉCIES DE FRUTOS NATIVOS

AÇÚCARES TOTAIS, REDUTORES E NÃO-REDUTORES, EXTRATO ETÉREO E UMIDADE DE DIFERENTES PADRÕES DE BEBIDA DO CAFÉ ARÁBICA E DO CAFÉ CONILON

CINÉTICA DE DEGRADAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS DA AMORA-PRETA DURANTE O PROCESSO DE SECAGEM CONVECTIVA

Sorvete funcional à base de extrato de hibisco (Hibiscus sabdariffa L.) adicionado do cálice da flor

ANÁLISE POR PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL DOS FATORES QUE INFLUENCIAM A EXTRAÇÃO DO CORANTE DA CASTANHOLA

ESTABILIDADE DOS COMPOSTOS FENÓLICOS PRESENTES NA FARINHA DO BAGAÇO DE UVA BRANCA VITIS LABRUSCA

LIOFILIZAÇÃO: EFEITO SOB OS CAROTENÓIDES DO MORANGO

ELABORAÇÃO E ACEITAÇÃO DE PÃO COM REDUÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO E CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS

EFEITO ANTI-ESCHERICHIA COLI DE HIBISCUS SABDARIFFA L. EM MODELO CÁRNEO

QUALIDADE EM BLENDS DE FRUTAS TROPICAIS ADICIONADOS DE EXTRATOS VEGETAIS

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE CREME TIPO FRAÍCHE OBTIDO A PARTIR DE SORO DE LEITE BOVINO

Desenvolvimento de uma metodologia de auditoria nutricional ao processamento do morango

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DO NÉCTAR DE GUABIROBA (CAMPOMANSEIA XANTHOCARPA BERG) EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO

I SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA EMBRAPA ACRE ACEITAÇÃO SENSORIAL DE BOLO ELABORADO COM FARINHAS DE CASTANHA- DO-BRASIL E BANANA VERDE

Caracterização Química e Avaliação de Toxicidade de Extratos Aquosos de Subprodutos de Castanheiro. Paula Alexandra Pinto

PROCESSAMENTO E ACEITABILIDADE DE PÃO DE FORMA ADICIONADO DE FARINHA DE DOURADO (Coryphaena hippurus)

PREPARAÇÃO E ESTABILIDADE DO EXTRATO ANTOCIÂNICO DAS FOLHAS DA Acalipha hispida 1

DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE REFRIGERANTE SABOR ABACAXI (ANANÁS COMOSUS) COM HORTELÃ (MENTHA X VILLOSA)

PROPOSTA DE PROCEDIMENTO DE SECAGEM DE BAGAÇO DE MAÇÃ PARA A PRODUÇÃO DE FARINHA

FORMULAÇÃO E QUALIDADE DE NÉCTAR DE CAJÁ ADICIONADO COM LINHAÇA E EXTRATO DE SOJA

EXTRAÇÃO DE ÓLEOS A PARTIR DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS: BAGAÇO DA OLIVA E FARELO DE ARROZ

ELABORAÇÃO DE GELEIA TRADICIONAL E LIGHT DE GUABIROBA BRUNA NAPOLI¹; DAYANNE REGINA MENDES ANDRADE²; CRISTIANE VIEIRA HELM³

AVALIAÇÃO DOS TEORES DE ÓLEOS ESSENCIAIS PRESENTES EM PLANTAS AROMÁTICAS FRESCAS E DESIDRATADAS

PALAVRAS-CHAVE: Ilex paraguariensis St.-Hil; fenólicos; flavonoides; capacidade antioxidante.

PRODUÇÃO DE FARINHA A PARTIR DOS FRUTOS DE MUTAMBA (GUAZUMA ULMIFOLIA LAM.)

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE CINCO CULTIVARES DE MARACUJÁ AMARELO NA REGIÃO SUL DE MINAS GERAIS

ELABORAÇÃO DE FARINHA DE UVA UTILIZANDO BAGAÇO DA INDÚSTRIA VITIVINÍCOLA: EFEITO SOB OS COMPOSTOS FENÓLICOS

DETERMINAÇÃO DE VIDA DE PRATELEIRA DA FARINHA OBTIDA A PARTIR DAS CASCAS DE ABACAXI (Ananas comosus L. Merril)

OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE VINAGRE TIPO BALSÃMICO A PARTIR DE PIMETA DE DO DE MOÇA

UTILIZAÇÃO DE UM DELINEAMENTO COMPOSTO CENTRAL ROTACIONAL PARA AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE POLPAS DE AÇAÍ PASTEURIZADAS

DESEMPENHO DO MÉTODO DAS PESAGENS EM GARRAFA PET PARA A DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO

QUEIJO TIPO MINAS FRESCAL COM COLÁGENO HIDROLISADO E ORÉGANO: TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO E AVALIAÇÃO SENSORIAL

METILXANTINAS E COMPOSTOS FENÓLICOS EM AMOSTRAS DE ERVA-MATE

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE UVAS SWEET GLOBE SUBMETIDAS AO PROCESSAMENTO MÍNIMO INTRODUÇÃO

EXTRAÇÃO DE FENOIS EM ERVA MATE (2011) 1

Análise Comparativa de Métodos de Extração de Nutrientes de Tecidos Vegetais

INCIDÊNCIA DE DANOS POR FRIO NO ARMAZENAMENTO REFRIGERADO DE PÊSSEGOS 0740 SUBMETIDOS A TRATAMENTO TÉRMICO

XI Jornada Científica XI Semana de Ciência e Tecnologia IFMG Campus Bambuí

COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUIMICA E DE COMPOSTOS FENÓLICOS EM MORANGO LIOFILIZADO

Maria Eugênia Silveira da Rosa 1 ; Sheila Mello da Silveira 2 INTRODUÇÃO

EFEITO DA SANITIZAÇÃO COM HIPOCLORITO DE SÓDIO SOBRE OS COMPOSTOS FENÓLICOS E ANTOCIÂNICOS NA POLPA DE AMORA-PRETA (RUBUS FRUTICOSUS)

ACEITAÇÃO SENSORIAL DE BEBIDA MISTA DE FRUTOS DO GÊNERO SPONDIAS A BASE DE ÁGUA DE COCO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE BISCOITOS TIPO COOKIE SABOR CHOCOLATE COM DIFERENTES TEORES DE FARINHA DE UVA

I SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA EMBRAPA ACRE

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO DO COGUMELO SHIMEJI (PLEUROTUS OSTREATUS)

ELABORAÇÃO DE CONSERVAS DE MINIMILHO RESUMO

ANÁLISE DA DESIDRATAÇÃO DE RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO DE MARACUJÁ (Passiflora Edulis) UTILIZANDO AR QUENTE

AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS, ANTOCIANINAS E PODER ANTIOXIDANTE EM MORANGOS CVS. AROMAS E CAMAROSA ANTIOXIDANTE EM MORANGOS CV.

Ficha Técnica de Produtos. Nozes Pecan

EXTRAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS DAS FOLHAS. EXTRACTION OF PHENOLIC COMPOUNDS FROM THE LEAVES OF Camellia sinensis BY AQUEOUS ETHANOL

Análise e Determinação da Umidade de Equilíbrio Higroscópico de Grãos e da Farinha de Trigo na Temperatura de 50 ºC

ESTUDOS PRELIMINARES PARA OBTENÇÃO DE BEBIDA ALCOÓLICA DE UMBÚ SEMELHANTE A VINHO

DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM CAFÉ ARÁBICA TORRADO E MOÍDO.

QUALIDADE DE SEMENTES DE ALGODOEIRO, CULTIVARES BRS VERDE E CNPA 7H, ARMAZENADAS EM CÂMARA SECA

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DE ABACATES DAS VARIEDADES MARGARIDA E BREDA

Bolsista, Embrapa Semiárido, Petrolina-PE, 2

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE LARANJA SANGUÍNEA

URI - CAMPUS ERECHIM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS

EXTRAÇÃO DE ÓLEO DE CHIA (Salvia hispanica L.) VIA SOHXLET

VIABASE MATE TORRADO COM LIMÃO

Sorvete de geleiada de morango com hibisco (Hibiscus sabdariffa L.)

VIABILIDADE DO APROVEITAMENTO DA CASCA DA JABUTICABA (Myrciaria cauliflora) PARA A ELABORAÇÃO DE NOVOS ALIMENTOS

CINÉTICA DE SECAGEM DE MASSA ALIMENTÍCIA INTEGRAL. Rebeca de L. Dantas 1, Ana Paula T. Rocha 2, Gilmar Trindade 3, Gabriela dos Santos Silva 4

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS - UNISANTOS

INFLUÊNCIA DA SECAGEM SOBRE O RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Mentha pulegium.

DESENVOLVIMENTO DE TIPO HAMBURGUER BOVINO COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BERINJELA

Introdução. Graduando do Curso de Engenharia Química FACISA/UNIVIÇOSA. gmail.com. 2

Congresso Brasileiro de Fruticultura Natal/RN 17 a 22 de Outubro de 2010

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA Leite de Côco Desidratado

LINHA DE PESQUISA TECNOLOGIAS EM SAÚDE ESPELHO DA PROVA

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul para contato:

Transcrição:

DETERMINAÇÃO DO TEOR ANTIOXIDANTE E CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS EM CHÁS DE HIBISCUS SABDARIFFA L. C.M. Paraíso 1, J.G.B. Januário 2, S.S. Santos 3, A. G. Mizuta 4, G.S.Madrona 5 1-Departamento de Engenharia de Alimentos Universidade Estadual de Maringá, CEP: 8702-0900 Maringá PR Brasil, Telefone: 55 (44) 9145-6603 e-mail:carolina.moser@hotmail.com 2-Departamento de Engenharia de Alimentos Universidade Estadual de Maringá, CEP: 8702-0210 Maringá PR Brasil, Telefone: 55 (43) 99646-8561 e-mail: jaque0013@hotmail.com 3 - Pós-graduação em Ciência de Alimentos Universidade Estadual de Maringá - CEP: 87020-900 Maringá PR Brasil, Telefone: (44) 99181-0140 e-mail: suelensiqueira.eng@gmail.com 4-Departamento de Engenharia de Alimentos Universidade Estadual de Maringá, CEP: 8702-0210 Maringá PR Brasil, Telefone: 55 (43) 99952-0994 e-mail: amanda_gm@hotmail.com 5-Departamento de Engenharia de Alimentos Universidade Estadual de Maringá, CEP: 8702-0900 Maringá PR Brasil, Telefone: 55(44)3011-3863 e-mail: gsmadrona@uem.br RESUMO Os compostos bioativos presentes em chás são muito estudados por apresentarem propriedades antioxidantes que são capazes de prevenir algumas doenças. O chá de Hibiscus sabdariffa L., é rico em antocianinas e outros compostos fenólicos. Entretanto, poucos dados se têm em relação à estabilidade deste produto durante seu armazenamento. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a estabilidade de chá de hibisco pronto para o consumo. Foram realizadas duas extrações, denominadas a quente e a frio e avaliadas a atividade antioxidante e as características microbiológicas (coliformes total de contagem total) no primeiro e no sétimo dia de armazenamento. Os dados obtidos foram avaliados por Anova e teste de Tukey a 5%. Os teores de compostos fenólicos e antocianinas foram maiores (p 0,05) para o chá quente do que para o chá frio no primeiro dia de armazenamento. Não houve contagens microbiológicas durante o período estudado, indicando que os dois tipos de extração mantêm o produto estável até sete dias de armazenamento. ABSTRACT The bioactives present in teas are well studied for having antioxidant properties that are able to prevent some diseases. Hibiscus sabdariffa L. tea, is rich in anthocyanins and other phenolic compounds. However, few data are available regarding the stability of this product during storage. Thus, the objective of this work was to evaluate the stability of a ready-to-eat hibiscus tea. The different antioxidant activity and microbiological characteristics (total coliforms total count) were evaluated on the first and seventh day of storage. Data were evaluated by Anova and Tukey test at 5%. The levels of phenolic compounds and anthocyanins were higher (p 0.05) for hot tea than for cold tea on the first day of storage. There were no microbiological counts during the study period. Keywords: tea, hibiscus, anthocyanins. PALAVRAS-CHAVE: chá, hibisco, antocianinas. KEYWORDS: tea, hibiscus, anthocyanins.

1. INTRODUÇÃO Atualmente, os benefícios provenientes dos compostos bioativos de produtos naturais tem despertado interesse da indústria, e dentre eles destaca-se o hibisco (Hibiscus sabdariffa L.), que é rico em antocianinas e outros compostos fenólicos responsáveis pelo caráter antioxidante (GUINDANI et al., 2014). Hibiscus sabdariffa L. é uma planta herbácea do género Hibiscus da família Malvaceae, cultivada em ambientes tropicais e subtropicais. Devido à sua cor vermelha profunda, aroma e sabor ácido único, os cálices de hibisco têm sido utilizados mundialmente na produção de alimentos, bebidas e produtos farmacêuticos (MONTEIRO et al., 2013). Os extratos vegetais de hibisco se apresentam como um incremento viável para a indústria de alimentos, podendo ser utilizado como insumo na indústria de bebidas e ingredientes industriais para o desenvolvimento de alimentos com características benéficas á saúde (SANTOS et al., 2013). Muitas propriedades benéficas à saúde são atribuídas ao cálice do H. sabdariffa como a atividade antioxidante, evitando a oxidação de lipoproteínas de baixa densidade e reduzindo o colesterol, o efeito anti-hipertensivo, a prevenção de doenças cardiovasculares e hepáticas, a redução da obesidade e diabetes e a função diurética (VIZZOTTO et al., 2009). Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar os teores de antioxidantes de as características microbiológicas de chá de Hibiscus sabdariffa L. em diferentes temperaturas e tempos. 2. METODOLOGIA 2.1 Matérias primas Os cálices de hibisco foram adquiridos frescos de um produtor na cidade de Maringá, Paraná (safra de 2016/2017). Logo após obtenção os cálices foram higienizados (solução hipoclorito de sódio 200ppm por 15 minutos) e submetidos à secagem na temperatura de 60ºC, durante 22 horas, em estufa com circulação forçada de ar. Em seguida, os cálices foram triturados em moinho elétrico e classificados quanto à granulometria utilizando peneiras da série Tyler. Após testes preliminares, em função da melhor extração, optou-se por utilizar o material que apresentou diâmetro médio de 0,45 mm para condução de experimentos. 2.2 Condições da extração Após testes preliminares, as amostras foram preparadas utilizando 5 gramas de hibisco em 200 ml de água. Foram utilizadas as temperaturas: 25ºC para extração a frio durante o tempo de 2h (denominado chá frio) e 75ºC para a extração a quente durante o tempo 15 min (denominado chá quente). Os extratos provenientes foram filtrados e armazenados no escuro a 25 o C e analisados posteriormente. 2.3 Caracterização microbiológicas dos chás Foram realizadas análises microbiológicas (coliformes totais e contagem total de bactérias) nos tempo 1 e 7 dias das amostras pelo método AOAC 991.14.

2.4 Determinação de flavonoides e antocianinas Os teores de flavonoides e antocianinas foram determinados nos tempos 1 e 7 dias de armazenamento. Para a determinação do teor total de flavonoides e antocianinas foi utilizada metodologia descrita por (LEES, 1972). O conteúdo total de flavonoides foi expresso em mg equivalente de quercitina.100 g -1 de hibisco e o teor total de antocianinas em mg equivalente de cianidina-3-glucosídeo.100 g -1 de hibisco, conforme as equações (1) e (2), respectivamente. (1) 2.5 Análise Estatística Os dados obtidos foram analisados estatisticamente, por meio da Análise de Variância (ANOVA), comparadas pelo teste de Tukey com nível de significância de 5% (p 0,05) utilizando-se o programa SISVAR 5.6. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Resultados da determinação dos teores de antocianinas e flavonoides O teor de antocianinas totais foi maior (p 0,05) quando a extração foi feita a 75ºC, (66, 02 mg Cy-3-glu/ g) do que a 25ºC (34,96 mg Cy-3-glu/ g) no primeiro dia de análise conforme a Figura 1.Indicando que a temperatura de extração tem influência para esse composto bioativo. O aumento da temperatura de 25 para 75ºC na extração não apresentou diferenças significativas (p 0,05) no dia 7 de análise. (2)

Fonte: próprios autores Figura 1 Teores de antocianinas totais (mgcy-3-glu/ g) em chá de hibisco Fonte: próprios autores Figura 2 Teores de flavonoides totais (mg EQ/g) em chá de hibisco No primeiro dia de análise o teor de flavonóides no chá quente foi aproximadamente duas vezes superior ao do chá frio, entretanto após sete dias de armazenamento não foi observada diferença significativa (p<0,05) entre os dois chás analisados. Sabota (2016) encontrou valores para flavonoides em extratos aquosos de hibisco por infusão, de 12,97 mg EQ/g, sendo que a temperatura de extração foi de 80ºC. Valores maiores do que o encontrado por ele, foram obtidos para o desse trabalho (16,10 mg EQ/g) temperatura de extração 75ºC ) de acordo com a figura 2.

3.2 Resultados das análises microbiológicas No primeiro dia e no sétimo dia de armazenamento, nenhum chá apresentou contagens totais de bactérias (<10 UFC/g), e teve ausência de coliformes totais nas amostras durante o período analisado, certamente devido às condições de preparo e armazenamento dos chás serem adequadas, indicando que o produto pode ser armazenado e consumido em até sete dias. Ainda vale ressaltar que o hibisco apresenta naturalmente atividade antimicrobiana (MACIEL et al, 2012), a qual será investigada nas próximas etapas desta pesquisa. 4. CONCLUSÃO A partir dos resultados da extração de flavonoides e antocianinas do hibisco foi possível observar diferenças nos valores, devido à temperatura em que foi realizada a infusão, sendo que em geral ao final do armazenamento os maiores teores foram para o chá quente do que para o chá frio no primeiro dia de analise. Não houve contagem total de bactérias (<10) UFC/g e se obteve ausência de coliformes totais, indicando que o chá pode ser consumido após sete dias de armazenamento. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AOAC. Official Methods of Analysis of AOAC. JAOAC. 74. p. 635. 1991. Guindani, M;Tonet,F.; Kuhn, F; Dal Magro,J; Dalcanton, F;Fiori,m. A; Mello, V. (2014). Estudo do processo de extração dos compostos fenólicos e antocianinas totais do HibiscusSabdariffa. Anais XX Congresso Brasileiro de Engenharia Química. Lees, D. H., & Francis, F. J. 1972. Standardization of pigment analyses in Cranberries. Journal Hortscience, 7, 83-84. Maciel, M. J.; Paim, M. P.; Carvalho, H. H. C.; Wiest, J. M. 2012. Avaliação do extrato alcoólico de hibisco (Hibiscus sabdariffa L.) como fator de proteção antibacteriana e antioxidante. Rev Inst Adolfo Lutz, 71, 462-70. Monteiro, M. J. P.; Costa, A.I. A. ; Fliedel, G.; Cissé, M.; Bechoff, A.; Pallet, D.; Tomlins, K.; Pinhato, M. M.. 2017. Chemical-sensory properties and consumer preference of hibiscos beverages produced by improved industrial processes. Food Chemistry. 225, 2012-212. Santos, B. S; Barretto, L.C.O; Santos, J. A.B; Silva, G.F. 2013. OBTENTION, FREEZE-DRYING AND CHARACTERIZATION OF LEMON GRASS (CymbopogoncitratusD.C.) AND HIBISCUS (Hibiscussabdariffa L.) EXTRACTS. Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE, 3, 90-99. Sobota, J. F; Pinho, M G.; Oliveira, V. B. 2016. Physical-chemical profile andantioxidant activity of the calyx of the species Hibiscus sabdariffa L. from the aqueousand alcohol icextractobtainedby infusion and decoction. Revista Fitos, Rio de Janeiro, 10, 1-93. Vizzotto, M.; Castilho, P. M; Pereira, M.C. 2009. Compostos Bioativos e Atividade Antioxidante em Cálices de Hibísco (HibiscussabdariffaL.).ISSN 1806-9185.Embrapa, 1,1-7.