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Transcrição:

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REGIME DISCIPLINAR Dos Deveres Das Proibições Da Acumulação Das Responsabilidades Das Penalidades

Dos deveres Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais (dever de obediência, fundamento na hierarquia); V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração; VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade (respeito, cortesia, educação...) as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. A inobservância desses deveres funcionais do servidor está sujeita à pena de advertência, sendo que a reincidência pode ensejar a suspensão.

Das Proibições Art. 117. Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o 2º grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; (carteirada) X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas (agiotagem); XV - proceder de forma desidiosa (preguiçosa, sem vontade, negligente); XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

A vedação quanto a X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário não se aplica nos seguintes casos: I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses.

Acumulação Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. CF, art. 37, XVI e XVII: É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e funções, abrangendo autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; porém é permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso teto : a) a de 2 cargos de professor; b) a de 1 cargo de professor + 1 técnico ou científico (cargo que exige nível superior ou formação técnica); c) a de 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (médicos, dentistas, psicólogos...).

Acumulação lícita:

A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

Responsabilidades O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Responsabilidade Civil Responsabilidade Penal Responsabilidade Administrativa Prejuízo (por culpa ou dolo) Crime ou Contravenção Deveres e Proibições As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. Cumulação poderá ser condenado em todas as esferas Ex.: servidor que frauda licitação, gerando dano ao erário: responderá civilmente tendo que ressarcir $ o erário; responderá administrativamente com a pena de demissão; responderá penalmente pelo crime.

Independência das esferas (relativa) há casos em que a decisão na esfera penal pode interferir nas demais: A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. Se absolvido na ação penal: a) por negativa de autoria ou inexistência de fato = absolve-se nas demais esferas; b) por outro motivo = pode ser condenado nas outras esferas (ex.: absolvido na esfera penal por falta de provas do crime, mas pode haver provas de que houve alguma infração administrativa e o servidor ser condenado administrativamente). Obs.: se a absolvição penal ocorrer após a demissão, mesmo assim refletirá na esfera administrativa, tendo o servidor o direito de retornar ao cargo (Reintegração).

Responsabilidade civil - decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46 (pagamento em 30 dias ou parcelamento), na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial. Tratando-se de dano causado a terceiros (com dolo ou culpa), responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Responsabilidade penal - abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. (CP, Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.) Responsabilidade civil-administrativa - resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função (desrespeita deveres e proibições). Art. 126.A - Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública (intuito de incentivar a denúncia de irregularidades).

Penalidades Art. 127. São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão (exoneração não é penalidade); VI - destituição de função comissionada. A aplicação de quaisquer das penalidades sempre requer prévio PAD ou sindicância.

Sobre as penalidades: No processo administrativo basileiro prevalece o princípio da atipicidade de ilícitos e infrações (ou tipicidade aberta), ou seja, nem tudo está definido objetivamente - aspectos subjetivos (ex.: conduta escandalosa na repartição). Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Prazo de prescrição das penalidades Prazo que a Administração tem para aplicar a penalidade ao servidor. A ação disciplinar prescreverá: I - em 5 anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II - em 2 anos, quanto à suspensão; III - em 180 dias, quanto à advertência. O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. Abertura de PAD ou Sindicância interrompe a prescrição.

Prazo para cancelar o registro As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 e 5 anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Advertência Suspensão 3 anos 5 anos Demais penas (demissão, cassação ou destituição), não há prazo para cancelamento porque o servidor deixará de ter pasta funcional. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Quadro comparativo: Penalidades Prescrição Cancelamento Registro Advertência 180 dias 3 anos Suspensão 2 anos 5 anos Demissão, Cassação ou Destituição 5 anos -----------

Advertência Aplicada sempre por escrito; Prazo prescricional 180 dias; Cancelamento em 3 anos; Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei (dentre os quais, os deveres do art. 116), regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Hipóteses do art. 117. Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil (evitar o nepotismo); XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

Suspensão Prazo máximo de 90 dias de suspensão; Prazo prescricional 2 anos; Cancelamento em 5 anos; Sem remuneração. Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições do art. 117 que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 dias. Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Aplica-se a suspensão nas seguintes hipóteses: Reincidência de faltas punidas com advertência (Obs.: não precisa ser a mesma falta e se o registro já foi cancelado 3 anos, não é reincidência e sim nova advertência); Proibições do art. 117 não puníveis com demissão: XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho (ex.: é fiscal da Receita e faz consultoria para uma empresa que fiscaliza); Será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Demissão Há 3 categorias de demissão (aplicável também para destituição do cargo em comissão): Impede nova investidura do servidor ao serviço público federal (desvio de $); Impede pelo prazo de 5 anos nova investidura ao serviço público federal; Não impede nova investidura do servidor ao serviço público federal.

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração pública (peculato, prevaricação...); II - abandono de cargo (falta injustificada por mais de 30 dias consecutivos); III - inassiduidade habitual (falta injustificada por 60 dias interpoladamente em 12 meses); IV - improbidade administrativa*; V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos*; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional*; XI - corrupção*; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

(+ Incisos IX a XVI do art. 117): IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; (famosa carteirada) (*5 anos) X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; (Advocacia Administrativa) (*5 anos) XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; (agiotagem) XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

Cassação da Aposentadoria ou Disponibilidade Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. É a demissão do inativo.

Destituição de Cargo em Comissão Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão (ou seja, se já foi exonerado e é constatada a falta, será convertida em destituição).