PREPARAÇÃO IMPARÁVEL. rumo ao mpu Ética no Serviço Público LEI N /1990. Livro Eletrônico

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1 PREPARAÇÃO IMPARÁVEL rumo ao mpu Ética no Serviço Público Livro Eletrônico

2 DIOGO SURDI Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT- MS e MPU.

3 SUMÁRIO Lei n /1990 Regime Disciplinar Introdução Deveres Proibições Acumulação Responsabilidades Penalidades...23 Questões de Concurso...37 Gabarito...47 Gabarito comentado de 66

4 Olá! Tudo bem? Espero que sim! Na aula de hoje, estudaremos os pontos exigidos no edital com relação à Lei n /1990, norma que estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos da União. É importante mencionar que não é toda a norma que está sendo exigida na disciplina de Ética no Serviço Público, mas sim, apenas, o intitulado Regime Disciplinar. Sendo assim, como forma de nos prepararmos em alto nível, todos os artigos da Lei n /1990 relacionados com o regime disciplinar serão objeto de estudo. Grande abraço e boa aula! Diogo 4 de 66

5 REGIME DISCIPLINAR 1. Introdução A origem do regime disciplinar está intimamente ligada a alguns conceitos elementares do Direito Administrativo, mais precisamente os relacionados com os poderes hierárquico e disciplinar. De acordo com a doutrina, é por meio do poder disciplinar que a administração púbica pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que estejam ligados a ela por algum vínculo específico. Dessa forma, existe poder disciplinar quando a administração pública aplica a penalidade de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subordinado. Do mesmo modo, temos uma manifestação do poder disciplinar quando um órgão público, verificando que um licitante não cumpriu com as obrigações estipuladas em um contrato administrativo, aplica a sanção de suspensão. Em ambos os casos, tivemos uma penalidade sendo aplicada. No entanto, em apenas um desses casos, a pessoa punida estava subordinada à administração. E é justamente tal característica (subordinação) a base de outro importante poder: o hierárquico. Por meio dele, a administração possui as prerrogativas de delegar, avocar, fiscalizar e aplicar sanções. Assim, chegamos a uma importante constatação: a) quando a administração pune internamente os seus servidores pelas infrações por eles cometidas, estamos diante do poder disciplinar exclusivamente interno. Esse poder, justamente por ser apenas interno, deriva do poder hierárquico; 5 de 66

6 b) quando a administração pune o particular que mantém algum tipo de vínculo específico com o Poder Público (como uma empresa privada que tenha celebrado um contrato administrativo) também estamos diante do poder disciplinar, só que agora, ao contrário do exemplo anterior, ele aplica-se a terceiros e, por isso mesmo, não deriva do poder hierárquico. Tudo isso nos permite afirmar que o regime disciplinar da administração pública é decorrência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico. Nos termos da Lei n /1990, o regime disciplinar dos servidores está construído em cinco capítulos: deveres, proibições, acumulação, responsabilidades e penalidades. 2. Deveres Art São deveres do servidor: I exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II ser leal às instituições a que servir; III observar as normas legais e regulamentares; IV cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração; VII zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VIII guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X ser assíduo e pontual ao serviço; 6 de 66

7 XI tratar com urbanidade as pessoas; XII representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. De acordo com o estatuto federal, temos uma série de deveres para os servidores públicos regidos pela norma. Salienta-se que a lista de deveres apresentada não é taxativa, mas sim meramente exemplificativa, de forma que o servidor não pode alegar que deixou de cumprir com alguma obrigação por ela não estar prevista expressamente no texto da norma que rege a sua categoria funcional. A lista de deveres apresentada pelo Estatuto Federal pode ser dividida em duas diferentes vertentes: a) deveres pertinentes ao comportamento funcional; b) deveres relativos ao comportamento profissional. No primeiro caso, ou seja, nos deveres funcionais, estamos diante de obrigações que devem ser cumpridas pelos agentes que ocupam cargos públicos em razão da sua condição de servidores estatais. Caso tais pessoas não fossem servidores, não haveria o menor sentido em exigir o cumprimento desses deveres. Os deveres comportamentais, por outro lado, são aqueles que independem da condição de servidor público, sendo inerentes a todas as atividades profissionais desempenhadas pelos particulares. São deveres que possuem uma maior amplitude, uma vez que as pessoas deverão observá-los não apenas até o momento em que possuírem algum vínculo com o Poder Público, como também nas atividades particulares ou após o término do vínculo estatal. 7 de 66

8 Vejamos quais são os deveres funcionais e comportamentais apresentados pela Lei n /1990: Deveres funcionais I exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; V atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública; VI levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração; VIII guardar sigilo sobre assunto da repartição; XII representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Deveres comportamentais II ser leal às instituições a que servir; III observar as normas legais e regulamentares; IV cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; VII zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; IX manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X ser assíduo e pontual ao serviço; XI tratar com urbanidade as pessoas. 8 de 66

9 3. Proibições No tocante às proibições, temos de identificar, além da lista de possibilidades estipuladas pela Lei n /1990, qual a penalidade cabível quando do seu descumprimento. Dessa forma, duas informações são essenciais para compreendermos a relação proibição x penalidade. a) A reincidência da conduta anteriormente penalizada com advertência implica a pena de suspensão. Exemplificando Como exemplo, podemos citar o servidor público que deixou de cumprir algum dever funcional e foi inicialmente penalizado com advertência. Caso o servidor volte a cometer a mesma infração (ainda que a penalidade inicial seja advertência), a pena, agora, será a de suspensão. b) Para efeito das proibições que serão elencadas daqui por diante, três penas são possíveis de serem aplicadas: advertência, suspensão e demissão. Tais penalidades obedecem a uma gradação estabelecida pelo legislador, de forma que as infrações mais leves recebem advertência, as de nível intermediário (ou reincidências de advertência) recebem suspensão e as de maior gravidade são punidas com demissão. Art Ao servidor é proibido: I ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III recusar fé a documentos públicos; 9 de 66

10 IV opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; XIX recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. Nos primeiros incisos do artigo 116, bem como no seu inciso XIX, a Lei n /1990 estabelece as proibições que são consideradas menos gravosas. Todos os incisos relacionados, conforme será visto em momento posterior, acarretam para o servidor, quando da sua ocorrência, a pena de advertência. Vejamos brevemente cada uma das situações elencadas. a) Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato. Como decorrência da hierarquia das relações internas, o servidor apenas pode ausentar-se do serviço, no período de expediente, se tiver anuência da chefia imediata. Evita-se, com isso, que boa parte dos servidores da repartição se ausente ao mesmo tempo, situação que prejudicaria o atendimento à população. b) Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição. O princípio da Indisponibilidade do Interesse Público estabelece que a administração, quando no desempenho de suas atividades, deve apenas gerir o patrimônio 10 de 66

11 alheio, não possuindo qualquer disposição sobre ele. Logo, é incabível que o servidor retire qualquer documento ou objeto da repartição, ficando excepcionadas as situações em que a autoridade competente anuir previamente. c) Recusar fé a documentos públicos. Não pode o servidor público recusar-se a receber qualquer tipo de documento oficial, exceto se houver suspeita de fraude ou de algum outro tipo de irregularidade. O conceito de documento oficial abarca os emanados de quaisquer órgãos ou entidades públicas. d) Opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço. O servidor público federal não pode opor resistência injustificada ao andamento de documento ou processo. Da mesma forma, não pode opor-se, injustificadamente, quanto à execução de serviço. Em ambos os casos, nota-se que a oposição do servidor apenas caracteriza uma proibição quando for feita de forma injustificada. Caso, em sentido oposto, o servidor verifique que um determinado processo, documento ou serviço contém algum tipo de vício, não deverá ele dar prosseguimento, devendo adotar as medidas legalmente cabíveis com o objetivo de apurar a irregularidade. e) Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. Como decorrência do princípio da Impessoalidade, a prestação de serviço público deve ser feita de forma isonômica para todos os administrados. Nesse mesmo 11 de 66

12 sentido, o serviço interno deve ser executado de forma imparcial, evitando que convicções pessoais atrapalhem o ambiente de trabalho. Manifestar apreço, dessa forma, é demonstrar uma elevada predileção por algum colega, pessoa ou coisa. Em sentido oposto, a manifestação de desapreço pode ser entendida como a demonstração pública de insatisfação com tais entes. Salienta-se que o objetivo da norma não é o de proibir que o servidor tenha convicções, crenças ou preferências. O que a norma quer evitar é que tais sentimentos sejam externados aos demais colegas e particulares, evitando-se, assim, que o ambiente de trabalho seja objeto de disputas e preferências. f) Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado. Nessa situação, o servidor deixa de praticar uma atribuição legalmente prevista para o seu cargo, transferindo o seu exercício para um terceiro não lotado na repartição pública. g) Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional ou sindical, ou a partido político. Estabelece a Constituição Federal a liberdade de associação sindical como um direito fundamental de todos os particulares. Não pode o servidor público, como consequência, fazer uso de suas prerrogativas hierárquicas para influenciar a filiação de subordinados a sindicato ou associação. h) Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil. 12 de 66

13 Os cargos e funções de confiança são de livre escolha pela autoridade superior, que pode, de forma semelhante, retirar a função ou o cargo comissionado quando entender conveniente para o serviço público. Considerando que o exercício de tais funções está pautado em uma relação de confiança, ao estabelecer a mencionada proibição, a intenção do legislador foi a de evitar que tais prerrogativas fossem concentradas em um mesmo núcleo familiar, dando ensejo à prática de nepotismo. Nesse aspecto, merece destaque o inteiro teor da Súmula Vinculante n. 13, da lavra do STF, que apresenta a seguinte redação: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Dessa forma, ainda que o texto da norma vede o exercício para parentes até o segundo grau, o entendimento majoritário, conforme se observa da Súmula do STF, é de que a proibição deve ser observada até o terceiro grau. 13 de 66

14 i) Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. A exigência de que seus servidores mantenham os dados cadastrais atualizados é um dos mecanismos de controle interno da Administração Pública. Caso o servidor, intimado pelo Poder Público a atualizar seus dados cadastrais, não o faça no prazo legal, será ele penalizado até que a obrigação seja cumprida. XVII cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; Como consequência para as duas proibições em questão, o servidor será suspenso, até o prazo de 90 dias, do exercício de suas atividades. Durante esse tempo, ficará sem receber sua remuneração e sem contar o tempo de serviço como de efetivo exercício. Na primeira situação, o servidor comete a um colega da repartição atribuições que são estranhas ao cargo que ocupa. E como as atribuições de cada cargo são definidas por meio de lei, há uma ofensa direta ao princípio da legalidade. No segundo caso, o servidor exerce atividades particulares que são incompatíveis com o exercício do cargo público ou com o horário de trabalho. Como exemplo, cita-se o agente estatal que possui jornada de trabalho das 12h às 19h e que, ainda assim, utiliza parte do período vespertino para divulgar, externamente à repartição, produtos que são comercializados por cônjuges e familiares. X participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: 14 de 66

15 I participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e II gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. Como regra, o servidor público federal não pode exercer o comércio, uma vez que tal conduta poderia implicar conflito de interesses com as atividades desempenhadas no âmbito do serviço público. A proibição, contudo, fica restrita para os casos de gerência ou administração. Em sentido oposto, poderá o servidor ser cotista, acionista ou comanditário de uma empresa privada, uma vez que, nessas hipóteses, o agente público não estará sendo o responsável pelas decisões da sociedade. Da mesma forma, caso o servidor faça uso da licença para tratar de interesses particulares, poderá ele, durante o período em que estiver licenciado do cargo e sem o recebimento de remuneração dos cofres públicos, exercer o comércio. Para isso, deverá observar a legislação relativa ao conflito de interesses, não podendo, como consequência, desempenhar qualquer tipo de atividade que conflite com as atribuições do cargo público ou com o interesse da administração. Por fim, temos como exceção à regra da impossibilidade de exercer o comércio a participação em conselhos administrativos e fiscais de empresas em que a União detenha participação no capital social ou, ainda, a participação em sociedades cooperativas. 15 de 66

16 XI atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; Impede a Lei n /1990 que o servidor exerça a conhecida advocacia administrativa, prática na qual o agente público, por meio do tráfico de influências e fazendo uso da sua condição de servidor, trata de maneira mais benéfica as pessoas que representa. Em caráter de exceção, a norma possibilita que os servidores federais atuem como procuradores ou intermediários junto a repartições públicas. Para que isso ocorra, duas são as características que devem estar presentes: a) a questão versar sobre benefícios previdenciários ou assistenciais; b) os benefícios forem concedidos a cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau do servidor. 16 de 66

17 IX valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; XII receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XIII aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV praticar usura sob qualquer de suas formas; XV proceder de forma desidiosa; XVI utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; Em todas as situações elencadas nos incisos IX e XII a XVI, o resultado será a demissão do servidor público. Tais hipóteses de proibições, dessa forma, são as mais gravosas para o serviço público como um todo, violando drasticamente um ou mais princípios administrativos e acarretando, muitas vezes, a dilapidação do patrimônio público. Merecem destaque dos incisos mencionados: a prática de usura e a atuação de forma desidiosa. No que se refere à usura, essa pode ser configurada como a prática em que um servidor público empresta dinheiro para os colegas (ou até mesmo para terceiros) e exige, como contrapartida, o recebimento de juros. Tal medida, caso fosse tolerada, poderia contaminar o ambiente de trabalho e prejudicar as relações entre os diversos servidores de uma repartição pública. A desídia, por outro lado, é o desleixo no desempenho das atividades que são atribuídas ao servidor. Como exemplo, podemos citar os atrasos constantes no cumprimento da jornada de trabalho. 17 de 66

18 4. Acumulação Art Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade. Art O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9º, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica. Nos termos da Constituição Federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação remunerada de dois ou mais cargos públicos. E tal regra se aplica a todos os cargos, empregos e funções da administração direta ou indireta de todos os entes federados. Assim, ainda que o texto da Lei n /1990 seja direcionado apenas aos servidores públicos federais, por força da norma constitucional, a vedação à acumulação é uma regra mais ampla e que não se restringe ao ente federativo regulado pelo presente estatuto. As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam ainda condicionadas à compatibilidade de horário entre os dois cargos públicos ocupados, sendo elas: a) dois cargos de professor; 18 de 66

19 b) um cargo de professor com outro, técnico ou científico; c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; d) permissão de acumulação para os vereadores, desde que atendidos os requisitos legais; e) permissão para os juízes e membros do Ministério Público exercerem o magistério. Uma situação interessante ocorre com os detentores de cargos em comissão. Tais servidores são pessoas que, muitas vezes, não integram o quadro funcional da entidade, sendo designados por indicação do titular da unidade para exercer as funções de direção, chefia ou assessoramento. A proibição de acumular é estendida ao recebimento de proventos decorrentes da aposentadoria com a remuneração de outro cargo da ativa, exceto quando os dois cargos forem passíveis de acumulação na atividade. Com isso, evita-se a prática de o servidor aposentar-se em um cargo público e realizar concurso público com a finalidade de acumular as duas remunerações. Não é considerada acumulação de cargos, empregos ou funções públicas a participação do servidor público federal nos conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social (parágrafo único do art. 119). 19 de 66

20 Art O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. Ressalta-se, por fim, que, quando o servidor público acumular licitamente dois cargos públicos e investir-se em cargo de provimento em comissão, deverá afastar-se de ambos os cargos efetivos, exercendo, como regra, apenas as atribuições do cargo em comissão. Caso, no entanto, haja compatibilidade de horários para o exercício simultâneo de um cargo efetivo com o cargo em comissão, poderá ocorrer a acumulação, desde que haja, para tal, a declaração da compatibilidade de horários declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidas. 5. Responsabilidades Art O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. 20 de 66

21 Art A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial. 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. Art A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. Art A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. De acordo com as disposições da Lei n /1990, três são as esferas de responsabilidade a que os servidores públicos federais estão submetidos, sendo elas: civil, administrativa e penal. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Enquadram-se no conceito de responsabilidade civil todas as ações ou omissões do servidor público que, agindo em nome da administração, cause algum dano ao particular ou ao próprio Poder Público. Nesse caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a teoria da imputação (por meio da qual todas as ações do servidor, no desempenho de suas atividades, são atribuídas ao órgão ou à entidade no qual ele desempenha suas atribuições), caberá ao Poder Público, inicialmente, responder pelos danos causados. 21 de 66

22 Tendo a administração indenizado o particular, verifica ela se a atuação do agente público ocorreu com dolo ou culpa. Em caso positivo, pode ajuizar uma ação regressiva contra o servidor. Julgada a ação regressiva e sendo o servidor condenado a restituir os cofres públicos, será este intimado para pagar o valor devido no prazo de 30 dias. Não o fazendo e não possuindo bens que possam garantir a execução, poderá ser deferido parcelamento, desde que o valor das parcelas não seja inferior a 10% da remuneração, pensão ou proventos recebidos pelo agente estatal. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade, conforme previsão do artigo 123 da Lei n /1990. A responsabilidade administrativa, por sua vez, resulta de ato omissivo ou comissivo praticado pelo servidor no desempenho do cargo ou função. Art As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. Art A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. As três esferas de responsabilização são independentes, de forma que é perfeitamente cabível que duas ou mais delas sejam acumuladas e imputadas ao servidor. 22 de 66

23 Exemplificando Como exemplo, podemos citar o servidor público que utiliza materiais da repartição em atividades particulares e que, para evitar que o fato chegue ao conhecimento de terceiros, faz uso da extorsão e da chantagem. Nesse caso, além de ser responsabilizado administrativamente pelo ato de improbidade administrativa e civilmente caso tenha lesado o erário, responderá o servidor, da mesma forma, na esfera penal, pois praticou o crime de extorsão em conexão com as demais práticas ilícitas. A regra da acumulação de esferas, no entanto, apresenta duas exceções, que são as situações em que a absolvição na esfera penal acarreta a absolvição na esfera administrativa. Para que isso ocorra, não basta a simples absolvição penal, mas sim que esta expressamente negue a existência do fato ou de sua autoria. No primeiro caso, prova-se que o fato imputado ao servidor não ocorreu. No segundo, ainda que o fato tenha ocorrido, a autoria da infração comprovadamente não é do servidor. 23 de 66

24 Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública. Como forma de incentivar que as práticas de improbidade administrativa e de crimes contra a Administração Pública sejam denunciadas, a Lei n /2011 promoveu a inclusão do mencionado artigo no Estatuto dos servidores. Com isso, objetiva-se garantir uma maior segurança aos servidores que, em virtude de suas atribuições, têm conhecimento da prática das referidas infrações. Assim, não podem eles ser responsabilizados por terem dado ciência à autoridade superior do cometimento de improbidade ou crime contra a Administração. Caso os servidores desconfiem que a autoridade imediatamente superior esteja envolvida no cometimento das infrações, darão ciência à autoridade diversa, evitando, com isso, que a informação não seja investigada. 6. Penalidades Art São penalidades disciplinares: I advertência; II suspensão; III demissão; IV cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V destituição de cargo em comissão; VI destituição de função comissionada. Art Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar 24 de 66

25 São apenas essas as penalidades que são passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma lista taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma modalidade de penalidade para ser aplicada ao servidor. Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade, deve ser garantido o contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação. Art A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. De acordo com o estatuto federal, as seguintes condutas acarretam a aplicação da penalidade de advertência: a) ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; b) retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; c) recusar fé a documentos públicos; d) opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; e) promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; f) cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; Destaca-se que um cuidado maior deve ser dado a essa conduta, uma vez que ela vai contra o nível hierárquico das punições se compararmos com uma das 25 de 66

26 condutas ensejadoras de suspensão, que é o cometimento, a outro servidor, de atribuições estranhas ao cargo que ocupa. Em um primeiro momento, pode parecer que cometer uma atividade estranha a um servidor é bem menos grave do que cometer uma atribuição a uma pessoa estranha ao serviço público. No entanto, não foi esta a opção adotada pelo legislador, sendo que devemos considerar, para efeitos de prova, as seguintes penalidades: g) coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional ou sindical, ou a partido político; h) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; i) recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. Art A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. 26 de 66

27 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. De acordo com as disposições da Lei n /1990, encontramos as infrações passíveis de aplicação da penalidade de suspensão pelo critério residual. Dessa forma, as violações que não forem caracterizadas como advertência ou demissão serão penalizadas com a suspensão: a) cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; b) exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; c) haver reincidência das faltas punidas com advertência; d) recusar-se a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente. Nesse caso, a penalidade de suspensão será de até 15 dias, cessando seus efeitos quando o servidor cumprir a obrigação. É importante sabermos que a suspensão não pode ser aplicada por prazo superior a 90 dias, bem como que, a critério da autoridade competente, dentro das situações em que for conveniente para o serviço público, a pena de suspensão poderá ser substituída por multa de 50% por dia trabalhado. Exemplificando Imaginemos a situação em que um servidor foi punido com suspensão. No entanto, como a repartição em questão possui poucos servidores, seria mais danoso para o serviço público se o servidor penalizado permanecesse sem trabalhar durante o prazo de cumprimento da penalidade. 27 de 66

28 Ainda que a administração tenha o dever de punir, essa punição não poderá resultar em um prejuízo maior à sociedade, haja vista ser esta a titular do interesse público. Assim, como meio de penalizar o servidor e não prejudicar a população, a administração poderá converter a pena de suspensão em uma multa, situação em que o servidor permanecerá trabalhando e receberá apenas 50% do que ganharia por dia normal de trabalho. Art As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos. No que se refere às sanções de advertência e suspensão, temos que essas, depois de decorrido certo lapso de tempo, terão seus registros cancelados dos assentamentos funcionais do servidor que houver sofrido a penalidade, sem que tal providência gere qualquer espécie de direito retroativo. Exemplificando Caso um servidor tenha sido penalizado com suspensão e essa, por conveniência do serviço público, tenha sido convertida em multa de 50% por dia de trabalho, deverá o servidor, nesse período, continuar no exercício de suas atividades, oportunidade em que receberá, durante o período da punição, apenas metade da sua remuneração. Decorrido o prazo de 5 anos, caso o servidor não tenha incorrido em uma nova infração disciplinar, os registros da penalidade de suspensão serão cancelados dos registros do servidor. 28 de 66

29 Nesse caso, não poderá ele requerer o recebimento da remuneração que deixou de ganhar quando da aplicação da penalidade, uma vez que o cancelamento desta não gera direitos retroativos. Art A demissão será aplicada nos seguintes casos: I crime contra a administração pública; II abandono de cargo; III inassiduidade habitual; IV improbidade administrativa; V incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI insubordinação grave em serviço; VII ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII aplicação irregular de dinheiros públicos; IX revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI corrupção; XII acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII transgressão dos incisos IX a XVI do art Das hipóteses elencadas, merecem destaque as situações de inassiduidade habitual e de abandono de cargo. Caracteriza-se a inassiduidade habitual quando o servidor falta ao serviço, sem justificativa, por 60 dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses, que são contados da data da ocorrência da primeira falta. Estará configurado abandono de cargo quando o servidor deixar, intencionalmente, o cargo e não retornar no prazo consecutivo de 30 dias. 29 de 66

30 Quanto à demissão, não existe a possibilidade de essa ser excluída dos assentamentos funcionais dos servidores. Trata-se a demissão de um ato vinculado, de forma que, quando da sua ocorrência, não terá a administração a discricionariedade de optar pela aplicação de outra penalidade, conforme se observa de importante entendimento do STJ (MS n ): A Administração Pública, quando se depara com situações em que a conduta do investigado se amolda nas hipóteses de demissão ou cassação de aposentadoria, não dispõe de discricionariedade para aplicar pena menos gravosa por tratar-se de ato vinculado. O artigo 132, XIII, da Lei n /1990, estabelece a lista de proibições que, quando configuradas, acarretam a demissão do servidor público: a) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; b) participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; c) atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; d) receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; e) aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; f) praticar usura sob qualquer de suas formas; g) proceder de forma desidiosa; h) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares. 30 de 66

31 Art Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. Caso um servidor cometa, na atividade, falta punível com demissão, e sendo a infração descoberta apenas após a aposentadoria do servidor (ou quando este encontrar-se em disponibilidade), a respectiva aposentadoria ou disponibilidade será cassada, sofrendo o servidor, como consequência, os mesmos efeitos daqueles que se encontram na ativa. Art A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão. Como já afirmado, os cargos em comissão podem ser ocupados tanto por servidores efetivos quanto por particulares sem vínculo com o Poder Público. Neste último caso, e considerando que não há um vínculo prévio entre o ocupante do cargo em comissão e a Administração Pública, será ele destituído do cargo quando a infração cometida estiver capitulada com a penalidade de suspensão ou demissão. 31 de 66

32 Art A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. Art A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. A aplicação da penalidade de demissão poderá acarretar a impossibilidade de o agente demitido retornar ao serviço público pelo prazo de 5 anos. Em outras situações mais gravosas, não poderá o agente público retornar ao serviço público, independente do lapso temporal. Por fim, certas condutas ensejadoras de demissão acarretam a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. Demissão ou Destituição de Cargo em Comissão Implicando Indisponibilidade dos Bens e Ressarcimento ao Erário Nessas hipóteses, o objetivo do legislador foi o de assegurar que o patrimônio do agente causador do dano não seja dilapidado, possibilitando, assim, o ressarcimento dos prejuízos causados ao erário. Nos termos da Lei n /1990, são as seguintes situações que ensejam, cumulativamente, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. a) Improbidade administrativa. b) Aplicação irregular de dinheiros públicos. c) Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional. d) Corrupção. 32 de 66

33 Demissão ou Destituição de Cargo em Comissão Implicando Proibição de Retornar ao Serviço Público Federal pelo Prazo de 5 Anos a) Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública. b) Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro. Demissão ou Destituição de Cargo em Comissão Implicando Impossibilidade de Retornar ao Serviço Público Federal Indefinidamente a) Crime contra a administração pública. b) Improbidade administrativa. c) Aplicação irregular de dinheiros públicos. d) Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional. e) Corrupção. Art As penalidades disciplinares serão aplicadas: I pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; II pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; III pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; IV pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão. 33 de 66

34 A depender da penalidade que está sendo aplicada, teremos diferentes autoridades competentes para a sua aplicação. Nota-se, da relação apresentada pela Lei n /1990, que as autoridades estão escalonadas de acordo com a gravidade da penalidade que está sendo aplicada: Demissão ou cassação da aposentadoria ou disponibilidade Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República Suspensão superior a 30 dias Autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas competentes para aplicação de demissão ou cassação de aposentadoria Advertência e suspensão até 30 dias Chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos Destituição de cargo em comissão Autoridade que houver feito a nomeação Entretanto, pode o Presidente da República delegar, aos respectivos Ministros de Estado, a competência para a aplicação da penalidade de demissão, conforme observado do julgamento do Mandado de Segurança n , da lavra do STJ: Possibilidade de o Presidente da República delegar aos Ministros de Estado a competência para demitir servidores de seus respectivos quadros parágrafo único do art. 84, CF. Art A ação disciplinar prescreverá: I em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; III em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime. 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção. 34 de 66

35 Ainda que a administração possua o dever de punir todas as infrações de que tiver conhecimento, cumpre informar que as penalidades devem ser aplicadas dentro de um lapso de tempo a partir da data em que o fato se tornou conhecido. E isso em plena consonância com o princípio da segurança jurídica, uma vez que não é admitida, em nosso ordenamento, a possibilidade de haver punições imprescritíveis. Em outras palavras, isso implica afirmar que, mesmo que um servidor tenha cometido uma infração e essa seja do conhecimento da administração, caso a repartição competente não tome as medidas legais (aplicação da penalidade) dentro de um determinado período, não mais poderá o fazer, uma vez que a ação disciplinar estará prescrita. Nesse sentido, os prazos prescricionais previstos na norma federal apenas começam a contar da data em que as condutas se tornaram conhecidas por alguma autoridade administrativa. Exemplificando Suponhamos que um servidor tenha cometido, em janeiro de 2013, uma infração disciplinar passível de aplicação de suspensão. No entanto, por motivos diversos, a autoridade administrativa apenas tomou conhecimento da infração cometida em junho de Nessa situação, o prazo prescricional (que, no caso da suspensão, é de 2 anos) apenas terá início em junho de 2015, ou seja, na data em que o fato se tornou conhecido por parte da administração. 35 de 66

36 Sendo a infração de conhecimento de alguma autoridade administrativa, esta deverá, dentro do prazo prescricional legalmente previsto, instaurar sindicância ou processo administrativo disciplinar (a depender da gravidade da infração) com a finalidade de apurar todos os fatos ocorridos. Uma vez instaurada a sindicância ou o PAD, o prazo prescricional é interrompido. Isso implica dizer que, após o término de algum dos procedimentos, o prazo prescricional volta a ser contado desde o seu início. Essa, aliás, é a principal diferença entre a suspensão e a interrupção da contagem dos prazos da norma, ou seja, o fato de o prazo, após o término da sindicância ou PAD, ser contado novamente do início ou pelo número de dias restantes. Exemplificando A autoridade administrativa toma conhecimento, em junho de 2010, de uma infração cometida por servidor federal. Se considerarmos que essa infração deve ser penalizada com a sanção de demissão, o prazo prescricional para que a pena seja aplicada vai até junho de Caso, em janeiro de 2015, a administração instaure um PAD com a finalidade de apurar a infração cometida pelo servidor, teremos a interrupção do prazo. Assim, se a decisão da comissão for pela absolvição do servidor, bem como que essa tenha sido tomada em maio de 2015, o prazo, após o julgamento, volta a ser contado do início, dispondo a administração de mais 5 anos para aplicar uma eventual penalidade ao servidor. Relaciona-se a seguir, com o objetivo de facilitar a memorização, a prescrição de cada uma das penalidades da Lei n /1990: 36 de 66

37 Penalidade Demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão Prescrição 5 anos Suspensão 2 anos Advertência 180 dias 37 de 66

38 QUESTÕES DE CONCURSO 1. (CESPE/OTI/ABIN/ÁREA 1/2018) Considerando o disposto no Decreto n /2010 e na Lei n /1990, além da avaliação de desempenho, julgue o item a seguir. De acordo com a Lei n /1990, é dever do servidor atender o público em geral com presteza, fornecendo as informações requeridas, salvo aquelas protegidas por sigilo. 2. (CESPE/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com base no disposto na Lei n /1990, julgue o item seguinte. Apesar de as instâncias administrativa e penal serem independentes entre si, a eventual responsabilidade administrativa do servidor será afastada se, na esfera criminal, ele for beneficiado por absolvição que negue a existência do fato ou a sua autoria. 3. (CESPE/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao regime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público. A demissão será a penalidade disciplinar cabível para o servidor que se recusar a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente. 4. (CESPE/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao regime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público. É dever do servidor público respeitar a hierarquia, respeito esse que veda a ele representar contra comprometimentos da estrutura do poder estatal. 38 de 66

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