Aula 06: Câncer de colo do útero (CCU)

Documentos relacionados
Universidade Federal do Ceará Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem Departamento de Enfermagem. Profª Drª Ana Karina Bezerra Pinheiro

Curso Técnico em Enfermagem

Orientações sobre a Colheita do Material para Unidade Básica de Saúde

A PREVENÇÃO. faz a diferença CANCRO DO COLO DO ÚTERO. #4 Junho de 2016 Serviços Sociais da CGD

Tumores Ginecológicos. Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 12. Profª. Lívia Bahia

CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES

AIDS e HPV Cuide-se e previna-se!

Vírus do Papiloma Humanos (HPV) DSR-

CÂNCER CÉRVICO-UTERINO

Tratamento (Coquetel Anti- HIV)

CA Colo uterino PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO. Enfa Dayse Amarílio. 3º Tipo de CA mais comum nas Mulheres

Boletim Epidemiológico

folder_saude_da_mulher.pdf 1 19/07/16 16:48 VIVER BEM ADRIANA JUSSARA EM A MULHER QUE VALIA POR MUITAS CMY SAÚDE DA MULHER

DAS DOENÇAS VENÉREAS ÀS ENFERMIDADES SEXUAIS. Vera Lucia Vaccari

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Coleta de Material para Exame de Citologia Oncótica

IV CONCURSO DE REDAÇÃO. HPV e Câncer e EU com isso? Agosto, 2016.

O câncer afeta hoje mais de 15 milhões de pessoas no mundo todos os anos, levando cerca de 8 milhões a óbito.

HPV PAPILOMA VÍRUS HUMANO A Conscientização, Prevenção e as Dificuldades do Diagnóstico

HPV - Perguntas e respostas mais freqüentes Sáb, 01 de Janeiro de :16 - Última atualização Qui, 13 de Janeiro de :02

Câncer de Colo Uterino

Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST

CÂNCER DE COLO DO ÚTERO E HPV

ROTINAS DE PATOLOGIA CERVICAL

ENFERMAGEM IMUNIZAÇÃO. Calendário Vacinal Parte 17. Profª. Tatianeda Silva Campos

CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES

Aula 07: Câncer de mama

Diga não ao cancro do colo do utéro. Pense em se vacinar. Fale com o seu médico.

Capítulo 31: Reprodução e embriologia humana

AIDS E OUTRAS DSTs INFORMAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA PREVENÇÃO

PREVALÊNCIA DE GESTANTES INFECTADAS POR HPV EM UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ

Saúde da Mulher Prof. Hygor Elias

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Sobre doenças sexualmente transmissíveis

Fatores de risco: O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau

INTRODUÇÃO BOA LEITURA!

PALAVRAS-CHAVE Colo do Útero, Anticoncepcionais, Teste de Papanicolaou.

DST - Proteja Sua Saúde

ATUAÇÃO DE PROJETO EXTENSÃO NA PREVENÇÃO NO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA

PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HPV. UNITAU-SP SETOR DE GENITOSCOPIA Prof. Dr André Luis F Santos

NEWS artigos CETRUS Ano 2 - Edição 16 - Dezembro/2010

Guia de Saúde da Reprodução

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 1. Profª. Lívia Bahia

Introdução. Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do Primeiro Autor. 2

A Cyrela Plano&Plano tem 50 dicas preciosas para a. prevenção do Câncer de Mama. É importante falar sem

Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Testes inespecíficos:

TÍTULO: FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DO DIAGNÓSTICO CITOPATOLÓGICO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Dra. Mariana de A. C. Lautenschläger Dr. Milton Flávio Marques Lautenschläger Dr. Rafael Aron Schmerling

PALAVRAS-CHAVE: Estratégia de Saúde da Família, Câncer de colo uterino, Saúde da Família, Exame de prevenção e Colpocitologia.

O FUTURO SEM CÂNCER 2018

Atualmente, cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da. mulher são causados pelo HPV, que atinge mais de 630 milhões de pessoas

CÂNCER DE COLO ÚTERINO: DIAGNÓSTICOS E PREVENÇÃO, TRATAMENTO.

DST/ PAPILLOMAVIRUS HUMANO- HPV: Retomando um tema importante.

Biologia. Qualidade de Vida das Populações Humanas. DST s e Métodos Contraceptivos Parte 2. Prof. Daniele Duó

MÉDICO (A) GINECO-OBSTETRA

Perfil das mulheres que realizaram a coleta de citologia oncótica no 1ºsem na Clínica da Unaerp.

Vida Você Mulher. O que é. Proteção. Público Alvo

CÂNCER DE COLO DO UTERO: O Mérito da Prevenção

Redações vencedoras IV Concurso de Redação. Finalistas. HPV: É possível escapar?

TÍTULO: O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO

Abordagem Sindrômica das DSTs. Prof. Dr. Valdes Roberto Bollela

TÍTULO: PREVENÇÃO E COMBATE AO PAPILOMAVÍRUS HUMANO RELACIONADO AO CÂNCER UTERINO

COLETA DE PAPANICOLAOU Manual de procedimentos técnicos e administrativos

Elaboração da Cartilha Aurivania C. Pinheiro. Criação de Artes e Imagens Cristiano Contreiras. Fotografias Tony Santana. Desenhos Donny Santos

ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

HPV Vírus Papiloma Humano. Nome: Edilene Lopes Marlene Rezende

18/04/2017. a) Treponema pallidum. b) Chlamydia trachomatis. c) Trichomonas Donne. d) Neisseria gonorrheae.

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 21. Profª. Lívia Bahia

Dr. Francisco Carlos Cirurgião Oncológico

Abril IST INFERTILIDADE HUMANA

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 9. Profª. Lívia Bahia

EPIDEMIOLOGIA, ESTADIAMENTO E PREVENÇÃO DO CÂNCER

Atendimento ginecológico de mulheres submetidas a transplante de células tronco hematopoéticas

O que é e para que serve a Próstata

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CLÍNICA CIRÚRGICA

A HISTÓRIA SE REPETE CASO

Tumores Malignos do Endométrio

IMPORTÂNCIA DO FÍGADO

Prevenção do cancro do colo do útero

INFORMAÇÃO PARA O PÚBLICO

CONCEPÇÃO DA MULHER A RESPEOTO DO EXAME PAPANICOLAU: IMPORTÂNCIA E CONHECIMENTO

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

SAÚDE DA MULHER TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA TER UMA VIDA COM MAIS QUALIDADE E BEM-ESTAR

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 7. Profª. Tatiane da Silva Campos

PALAVRAS-CHAVE Obesidade, Colo do Útero, Teste de Papanicolaou.

SEXUALIDADE. SESC Cidadania Prof. Simone Camelo CIÊNCIAS 8. ano

Ectrópio cervical Módulo III Ginecologia Direto ao assunto Condutas Luiz Carlos Zeferino Professor Titular de Ginecologia Unicamp Março de 2013

O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença.

CENÁRIO DO CÂNCER DE MAMA

Graduação em Biologia (PUC/MG).

AIDS& Na folia. //// Saúde corporativa. Paraná. o importante é curtir cada momento com segurança, consciência e alegria.

PREVALÊNCIA CITOPATOLÓGICA DE ALTERAÇÕES COLO UTERINAS EM RESIDENTES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, ENTRE 2006 A

Dia Mundial de Combate ao Câncer: desmistifique os mitos e verdades da doença

TROCANDO IDÉIAS XIV A abordagem da Neoplasia Intraepitelial Vaginal A importância do exame da vagina

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha.

CÂNCER: EPIDEMIOLOGIA E CARCINOGÊSENE

Transcrição:

Instituto Politécnico de Educação Profissional do Ceará Disciplina Enfermagem em Saúde da Criança, do Adolescente e da Mulher Aula 06: Câncer de colo do útero (CCU) Profa. Karine Moreira de Melo

Objetivos da aula Apresentar aspectos relacionados ao câncer de colo uterino (CCU); Ensinar a técnica de coleta do exame citopatológico na paciente;

Colo uterino normal Fio do DIU Tem aspecto róseo com superfície lisa; A superfície do colo uterino é formada por 02 tipos de epitélio: 1. Epitélio colunar (endocérvice). 2. Epitélio escamoso (ectocérvice). Ectocérvice Ponto de encontro entre os dois epitélios: -Junção escamocolumar Exame citopatológico é colher células dessa região. Endocérvice

Colo uterino normal X Colo uterino com câncer

Colo uterino com ectopia Ectopia Ectrópico: - Corresponde à eversão da endocérvice sobre a ectocérvice. Mais frequente após a menarca e gravidez; - Apresenta-se como uma grande área avermelhada na ectocérvice ao redor do orifício cervical externo; - A ectropia torna-se muito mais pronunciada durante a gravidez.

Câncer de colo do útero (CCU) Doença causada pela multiplicação anormal de células do colo uterino; O desenvolvimento do CCU é geralmente muito lento; Começa como uma doença pré-cancerosa chamada de displasia. Essa doença pode ser detectada exame ginecológico (Papanicolau) e é completamente tratável; As alterações pré-cancerosas não detectadas podem se transformar em CCU e se espalhar para a bexiga, intestino, pulmões e fígado; Pode demorar anos até que as alterações pré-cancerosas se transformem em câncer cervical (CCU); Os pacientes com câncer cervical geralmente não apresentam problemas até o câncer estar avançado e ter se espalhado.

Câncer de colo do útero (CCU) Quase todos os casos de CCU são causados pelo HPV (vírus do papiloma humano); O HPV é um vírus comum transmitido nas relações sexuais; Existem muitos tipos diferentes de HPV. Algumas cepas causam o CCU. Outras cepas podem causar verrugas genitais (condilomas) e existem aquelas cepas que não causam nenhum problema.

Para entender o que é Câncer de Colo Uterino é preciso saber

HPV- Papiloma Vírus Humano O que é o HPV? É o vírus que causa papiloma ou vírus no ser humano; Pode acometer o homem, a mulher, a criança, o adolescente; Pode ocorrer em qualquer região do corpo. Exemplo: na língua, na região genital feminina e masculina, região da orofaringe.

HPV- Papiloma Vírus Humano

HPV- Papiloma Vírus Humano

Transmissão do HPV O HPV é transmitido na relação sexual e pelo contato com áreas lesionadas (ex.: região inguinal). Pode causar lesões e verrugas na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Não precisa ser necessariamente pelo sexo vaginal; Pode ser pelo sexo anal, sexo oral. Contudo, dos 100 tipo de HPV, 35 infectam a mucosa anogenital; Importância do uso do preservativo. Entretanto, pode ser transmitido mesmo fazendo uso do preservativo (se tiver lesão em alguma região da bolsa escrotal, inguinal, base do pênis, ou outra parte, a pessoa pode ser contaminada);

Transmissão do HPV Pode aparecer no ser humano como: Lesões clínicas: São visíveis a olho nu. Exemplo: verrugas, condilomas. Lesões subclínicas: Não são visíveis a olho nu. São diagnosticadas por exame (lesões microscópicas). Exemplo: genitoscospia. No homem: peniscopia. Na mulher: colposcopia.

Peniscopia

Colposcopia

Fatores de risco para CCU Baixa condição socioeconômica Praticar sexo muito cedo Vários parceiros sexuais Tabagismo Sistema imunológico enfraquecido Uso prolongada de contraceptivos hormonais Infeção pelo papiloma vírus humano (HPV-16 e HPV-18)

Rastreamento Diagnostico das lesões antes de se tomarem invasivas, a partir de técnicas de rastreamento: 1. Colpocitologia oncológica ou teste de Papanicolau: 2. Colposcopia: 3. Cervicografia: 4. Teste de detecção do DNA do HPV:

Sintomas Na maioria das vezes, o CCU em estágio inicial não apresenta sintomas (assintomático); Pode permanecer silencioso por semanas ou décadas sem causar qualquer tipo de sintoma que alerte sobre sua presença, ser eliminado pelo sistema imunológico de defesa (anticorpos) ou provocar tumores benignos e malignos. Possíveis sintomas: Corrimento vaginal contínuo, que pode ser claro, aquoso, rosado, marrom, apresentar sangue ou ter cheiro ruim; Sangramento vaginal anormal entre as menstruações, após as relações sexuais ou após a menopausa; As menstruações ficam mais intensas e ocorrem por mais tempo que o normal; Qualquer sangramento após a menopausa.

Sintomas Possíveis sintomas do câncer de colo do útero avançado: Perda de apetite; Perda de peso; Fadiga; Dor pélvica; Dor nas costas; Dor nas pernas; Inchaço em apenas uma das pernas; Sangramento intenso na vagina; Saída de urina ou fezes pela vagina; Fraturas ósseas.

Exames e testes As alterações pré-cancerosas no colo do útero e o CCU não podem ser vistos a olho nu; Exames e ferramentas especiais são necessários para identificar essas condições.

Etapas do rastreamento do CCU Representa um processo complexo em múltiplas etapas: Realização do exame de rastreamento Identificação dos casos positivos (suspeita de lesões précancerígenas ou câncer) Confirmação diagnóstica Tratamento

Início do Papanicolau Deve ser aos 25 anos de idade para mulheres que já tiveram atividade sexual; Os exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos 2 exames negativos consecutivos nos últimos 5 anos.

Consulta de enfermagem em genecologia Orientações para a realização de exame ginecológico? Tomar banho antes do exame; Não fazer uso de medicamentos com cremes vaginais ou duchas intravaginais durante 24h antes da consulta; Evitar relações sexuais 24h antes da consulta; Não estar em período menstrual; Certificar que a paciente esvaziou a bexiga.

Exame de Papanicolau Papanicolau, também conhecido como Colpocitologia Oncológica, é um exame de prevenção ao CCU; Seu principal objetivo detectar células cancerosas no colo do útero que causam câncer; Deve ser realizado em todas as mulheres de 21 a 65 anos, pelo menos uma vez no ano; Além do CCU, o exame pode também diagnosticar inflamações ou infecções vaginais e infecções sexualmente transmissíveis (IST s) como HPV, candidíase, gonorréia entre outras; Os exames de Papanicolau identificam pré-câncer e câncer, mas não fornecem o diagnóstico final. Se alterações anormais forem identificadas, o colo do útero geralmente é examinado com ampliação de imagem. Isso é chamado de colposcopia.

Etapas prévias a coleta citológica Cervical 1. Identificação da paciente: nome, idade, estado civil, naturalidade, profissão, telefone e endereço. 2. Antecedentes: doenças da infância, cirurgias prévias, obesidade, uso de álcool, cigarro, drogas ou outros medicamentos, hipertensão, diabetes. 3. Antecedentes familiares: história de CCU, CA de mama, outras neoplasias, diabetes, hipertensão, patologias de tireoide, osteoporose.

Etapas prévias a coleta citológica Cervical 4. Antecedentes gineco-obstétricos: Inicio das relações sexuais; Menopausa; Data da última menstruação (DUM); Regularidades dos ciclos menstruais.; Número média de dias; História obstétrica; Vida sexual; Dispareunia; Sangramentos pós-coital; Queixas mamárias e urinárias; Tratamentos ginecológicos prévios.

Etapas prévias a coleta citológica Cervical - Exame físico: 1. Completo, com especial atenção ao abdome, à PA, ao peso e altura e impressões gerais. 2. Exame de mamas 3. Exame pélvico 4. Posição: litotómica/ginecológica. Paciente despida, coberta com avental de abertura posterior e lençol para cobrir parcialmente o abdome e membros inferiores.

Coleta Citológica Cervical Materiais necessários: - Espéculo -Tubetes - Lâmina com extremidade fosca - Gaze - Espátula de Ayre - Formulário de requisição do exame - Escova endocervical - Lápis preto nº2 - Par de luvas de procedimento - Recipiente para acondicionamento dos tubetes, - Pinça de Cheron sendo preferível caixa de madeira ou plástico - Fixador apropriado - Lençol para cobrir a paciente

Coleta Citológica Cervical Materiais necessários:

Coleta Citológica Cervical

Coleta Citológica Cervical Consultório: Mesa ginecológica Escada de dois degraus; Mesa auxiliar; Foco de luz com cabo flexível; Biombo ou local reservado para troca de roupa Cesto de lixo. Importante! Equipe de enfermagem cuidado na Organização do consultório ginecológico!

Coleta Citológica Cervical 1.Exame da vulva e do períneo: Inspeção: - Distribuição e características dos pelos; - Secreção exteriorizada; - Condiloma e outras lesões cutâneas; - Integralidade ou não do hímen; - Tamanho dos pequenos lábios e clitóris; - Região anal.

Coleta Citológica Cervical Avisar à paciente. Introduz-se o espéculo na vagina (introito vaginal) em sentido oblíquo, e gira para o sentido transversal. Não se deve lubrificar; Abrir o espéculo e procura-se individualizar o colo uterino e avaliar o trofismo e pregueamento da mucosa vaginal, as secreções, as lesões da mucosa, condilomas, pólipos, cistos de retenção e ectopia. Espéculo vaginal

Tamanhos variados de espéculos (P, M, G) e de modelos

Coleta Citológica Cervical Avaliação do conteúdo vaginal Cor Transparente, esbranquiçado, branco, cinza, verde, amarelo Consistência elástico, leitoso, grumoso, bolhoso Qualidade Escasso, moderado, abundante

Coleta Citológica Cervical Em mulheres grávidas: A coleta do exame citopalológico é realizada somente com a espátula de Ayres (coleta da ectocérvice); Não precisa usar a escola Campos da Paz;

Coleta Citológica Cervical Lâmina de vidro previamente identificada; Esfoliação da superfície externa colo (ectocérvice) com a espátula de Ayre. Introduzir o braço alongado da espátula no canal endocervical e a parte côncava raspa a mucosa da ectocérvice e faz rotação completa (360º); Esfregaço é disposto com fina espessura na lâmina; Fazer a rotação com a escovinha endocervival tipo campos da paz na endocérvice; Esfregaço também é disposto com fina espessura na lâmina. espátula de Ayre Escovinha endocervical

Preguntas sobre Papanicolau Perguntas frequentes: 1. O meu exame de Papanicolau deu normal, mesmo assim posso ter HPV? Resposta: Pode sim. O Papanicolau é um material colhido do colo do útero, afim de saber se a mulher tem células que se predispõem a evoluir para câncer de colo uterino. O exame não pesquisa por HPV. É ideal para a prevenção de câncer do colo uterino. 2. Tenho HPC é meu parceiro não tem, como me contaminei? Isso é possível? Resposta: Sim, é possível. Comum um dos parceiros ter HPV e outro não. Por que dependerá da imunidade de cada pessoa. Ao entrar em contato com uma pessoa, o HPV desenvolve em umas pessoas e outras não. Não dar para saber a quanto tempo a pessoa tem o HPV e de quem contraiu.

Preguntas sobre Papanicolau Perguntas frequentes: 3. Como sei se eu e meu parceiro estamos com HPV? Existe exame de sangue para o HPV? Resposta: Não tem exame de sangue. O HPV vai aparecer por meio de lesões visíveis ou através de lesões microscópicas (não são visíveis a olho nu); É preciso fazer o exame de videogenitoscopia. Em seguida, exame de histologia e DNA. Conformará se tem ou não HPV. 4. HPV tem cura? Resposta: A pessoa não fica livre do HPV, mas sim das doenças caso seja diagnosticada de maneira precoce. As doenças causadas pelo HPV tem cura. A pessoa pode ficar com o HPV de maneira latente sem ter doença.

Inspeção visual do colo uterino com ácido acético Após a Coleta Citológica Cervical, teremos o Exame Especular, com inspeção visual do colo uterino com ácido acético Procedimento: 1. Limpar o colo uterino com algodão seco; 2. Pincelar o colo uterino e fundo do saco vaginal com solução de ácido acético a 5%; 3. Esperar 2 minutos e pesquisar atentamente a presença de lesões acetobrancas.

Inspeção visual do colo uterino com ácido acético

Realização do Teste de Schiller Após a inspeção visual do colo uterino com ácido acético, tem-se o Exame Especular, agora com a realização do Teste de Schiller Teste de Schiller um exame de diagnóstico que consiste em colorir a região interna da vagina e do colo do útero com uma solução iodada, a fim de observar a integridade do epitélio desta região; Serve para delimitar o local da vagina e do colo uterino doente. Procedimento: Embebe-se um bolo de algodão com solução de lugol (solução iodada) e molha toda região interna da vagina e o colo uterino. Verifica-se as alterações da mucosa do colo uterino devido ao grau de impregnação das células com a solução de lugol.

Realização do Teste de Schiller Resultados: 1. Schiller positivo (iodo negativo)- Área não captou a substância lugol (Resultado anormal). 1. Schiller negativo (iodo positivo)- Área captou a substância lugol (Resultado normal). Cuidado com os falso-positivo e falso-negativos!!!

Teste de Schiller Resultados: 1. Schiller positivo (iodo negativo)- Área não captou a substância lugol. Explicação: Colo uterino anormal - O teste de Schiller positivo significa que foram encontradas alterações celulares na região interna da vagina, podendo sugerir a presença de um câncer. Nem sempre o resultado significa que a paciente tem um câncer. Outras lesões que podem gerar um teste de Schiller positivo são alterações benignas, como um DIU mal colocado ou alguma inflamação. - O médico deverá solicitar outros exames complementares, como a colposcopia e biópsia das células não coradas, a fim de determinar com exatidão qual é a lesão e qual a sua gravidade.

Teste de Schiller Resultados: 2. Schiller negativo (iodo positivo)- Captou a substância lugol. Explicação: Colo uterino normal - Nos casos em que a solução consegue colorir algumas áreas específicas, significa que não há alguma alteração nestas áreas.

Tratamento para CCU O tratamento do CCU depende do estágio do câncer, do tamanho e formato do tumor, da idade e do estado de saúde geral da mulher e da sua vontade de ter filhos no futuro. O CCU inicial pode ser curado com remoção ou destruição do tecido canceroso ou pré-canceroso; Existem diversas formas cirúrgicas de fazer isso sem remover o útero ou danificar o colo do útero, para que a mulher ainda possa ter filhos no futuro; Quanto mais precoce o diagnóstico e o estadiamento maiores as chances de cura da doença.

Tipo de cirurgias para o CCU inicial Histerectomia radical (ou parcial) que remove o útero e grande parte do tecido ao redor, incluindo os linfonodos internos e a parte superior da vagina; Exenteração pélvica, um tipo de cirurgia radical na qual todos os órgãos da pélvis, incluindo a bexiga e o reto, são removidos. A radiação pode ser usada para tratar o câncer que se espalhou além da pélvis ou para um câncer que reincidiu. A radioterapia pode ser interna ou externa. A radioterapia externa emite radiação a partir de um grande equipamento para o local do corpo em que o câncer está localizado. É um processo semelhante ao raio X. A quimioterapia utiliza medicamentos para eliminar o câncer. Alguns dos medicamentos usados naquimioterapia do câncer de colo do útero são 5-FU, cisplatina, carboplatina, ifosfamida, paclitaxel e ciclofosfamida. Algumas vezes, a radioterapia e a quimioterapia são usadas antes ou depois da cirurgia.

Evolução (prognóstico) Muitos fatores influenciam o resultado de um câncer de colo do útero. São eles: 1. O tipo de câncer 2. O estágio da doença 3. A idade e condição física geral da mulher As doenças pré-câncer são totalmente curáveis quando acompanhadas e tratadas adequadamente; A chance de uma pessoa estar viva em cinco anos (taxa de sobrevivência de cinco anos) no caso de um câncer que se espalhou para dentro das paredes do colo do útero, mas não para fora da região do colo do útero é de 92%. Entretanto, a taxa de sobrevivência de cinco anos diminui continuamente quando o câncer se espalha para outras regiões do corpo.

Complicações Alguns tipos de câncer de colo do útero não respondem bem ao tratamento; O câncer pode voltar (reincidir) após o tratamento; As mulheres que fizeram tratamento para salvar o útero apresentam alto risco de volta do câncer (reincidência); A cirurgia e a radiação podem causar problemas nas funções sexual, intestinal e urinária

Prevenção Praticar sexo seguro (com camisinha) também diminui o risco de contrair HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis. A infecção por HPV causa verrugas genitais. Elas podem ser muito difíceis de enxergar ou ter vários centímetros. Se uma mulher achar verrugas nos genitais do seu parceiro, ela deve evitar relação sexual com essa pessoa; Para diminuir ainda mais o risco de câncer de colo do útero, as mulheres devem limitar a quantidade de parceiros sexuais e evitar parceiros que participam de atividades sexuais de alto risco;

Prevenção Realizar exames de Papanicolau periodicamente ajuda a detectar as alterações pré-cancerosas que podem ser tratadas antes de se transformarem em um câncer de colo do útero. Os exames de Papanicolau são eficazes em detectar essas alterações, mas eles devem ser feitos com frequência. Exames pélvicos anuais, incluindo o Papanicolau, devem começar a ser feitos quando a mulher se torna sexualmente ativa ou a partir dos 20 anos em mulheres que não são sexualmente ativas. Se alterações anormais forem constatadas, uma colposcopia com biópsia deve ser realizada.

Vacina HPV

Vacina HPV

Vacina HPV Previne contra infecções provocadas pelo vírus do papiloma humano, causador de verruga genital e de vários tipos de câncer, como o câncer cervical, mais conhecido como câncer de colo do útero; Não protege contra todos os subtipos de HPV; Papilomavírus 6 e 11 (verrugas genitais) e 16 e 18 (oncogênicos); É uma vacina quadrivalente (formada por 4 subtipos do vírus HPV): Aplicação: IM (intramuscular)- Região deltóide; É apresentada na forma de suspensão injetável em frasco- ampola unidose de 0,5 ml.

Vacina HPV

Vacina HPV Importância da: 1. Caderneta de vacina 2. Autorização prévia dos pais ou responsáveis

Vacina HPV Indicação: 1. Meninas: Prevenir contra o câncer de colo uterino, vulvar, vaginal e anal, lesões pré-cancerosas ou displásicas, verrugas genitais e infecções causadas pelo HPV. 2. Meninos: Prevenir os cânceres de pênis, as lesões ano-genitais précancerosas e as verrugas genitais, colaborar com a diminuição da incidência do câncer de colo uterino e vulvar nas mulheres, prevenir cânceres de boca, orofaringe, bem como verrugas genitais em ambos os sexos.

Vacina HPV Esquema vacinal: meninas e meninos. Quantidade de doses: 2 doses. 1ª dose: 0 meses. 2ª dose: 6 meses após a 1ª dose. - Meninas: 9 anos de idade a 14 anos 11 meses 29 dias de idade. - Meninos: 11 anos de idade a 14 anos 11 meses 29 dias de idade.

Vacina HPV em grupo de risco - Pessoas com HIV/AIDS e imunodeprimidas podem receber a vacina. - Idade: 9 a 26 anos de idade. Aplicação: IM (intramuscular). Região deltoide. Doses: 3 doses. 1ª dose: 0 meses. 2ª dose: 2 meses após a 1ª dose. 3ª dose: 6 meses após a 1ª dose.

Mito ou Verdade?

Somente mulheres podem ser contaminadas pelo HPV?

Mito. Tanto homem como mulher podem ser contaminados pelo HPV.

Toda mulher contaminada por HPV terá Câncer de Colo Uterino (CCU)?

Mito. A mulher contaminada por HPV terá maior chance de desenvolver Câncer de Colo Uterino.

A principal forma de transmissão do vírus do HPV é pela via sexual?

Verdade. A principal forma de transmissão do vírus do HPV é pela via sexual. O HPV é um tipo de Infecção Sexualmente Transmissível (IST s).

A mulher contaminada por HPV pode transmitir o vírus do HPV para seu bebê durante o trabalho de parto normal?

Verdade. A mulher pode transferir o vírus do HPV ao para seu bebê durante o trabalho de parto normal, por meio da transmissão vertical.

O aumento do número de casos de mulheres contaminadas pelo HPV é preocupante por ser uma IST relacionada diretamente com o surgimento de câncer de colo uterino?

Verdade. A infecção pelo HPV é causa necessária para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.

Uma situação que contraindica a realização do exame de Papanicolau na mulher é a menstruação?

Verdade. O exame do Papanicolau não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico citopatológico. Deve-se aguardar o quinto dia após o término da menstruação.

A vacina contra o HPV combate todos os tipos de HPV?

Mito. Combate os vírus do HPV relacionados aos câncer de colo uterino (6, 11, 16 e 18).