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Transcrição:

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA À SAÚDE DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE SANTA MARIA CNPJ: 04.870.834/0001-09 IPASSP-SM Rua Venâncio Aires, 2.035, sala 106, Centro, CEP 97010-005, Santa Maria - RS Fone: 3286-2881, e- mail: ipasspsm@via-rs.net, IPASSP-SM Política de Investimentos 2010

ÍNDICE 2

1. Introdução Atendendo à legislação pertinente aos investimentos dos Regimes Próprios de Previdência Social RPPS, com ênfase à Resolução Bacen Nº 3790, de 24 de setembro de 2009, que introduziu alterações na alocação dos recursos do RPPS, o IPASSP-SM, por meio de sua Diretoria Executiva, apresenta a Política de Investimentos para o ano de 2010, devidamente aprovada pelo Conselho Deliberativo, conforme Ata n 095/2009, de 01 de dezembro de 2009. Além de tratar-se de uma formalidade legal que fundamenta e norteia todo o processo de tomada de decisão relativa aos investimentos do IPASSP-SM, a Política de Investimentos é um instrumento gerencial necessário para garantir a consistência da gestão dos recursos do fundo de previdência no decorrer do exercício, com vistas à manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro e atuarial. A definição da Política de Investimentos visa buscar um incremento de receita para o fundo de previdência através de alternativas do mercado financeiro que apresentem, simultaneamente, as melhores condições de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência. Por meio dessa política, pretende-se, ainda, alcançar os índices de rentabilidade compatíveis com os previstos no cálculo que define a meta atuarial do exercício, IPCA + 6% a.a. Adotamos o IPCA por ser o índice oficial do Governo Federal utilizado para medição das metas inflacionárias. 3

2. Características e Objetivos do RPPS 2.1. Características do RPPS O Instituto de Previdência e Assistência à Saúde dos Servidores Públicos de Santa Maria - IPASSP-SM é uma autarquia, constituída como órgão da administração indireta, com personalidade jurídica de direito público interno, dotada de autonomia administrativa, patrimonial e financeira, com sede e foro na cidade de Santa Maria, criada em 03/12/2001 pela Lei Municipal N 4483/2001. De acordo com o Estudo Atuarial efetuado a partir dos dados de 31 de dezembro de 2008, o número de servidores titulares ativos de cargos efetivos é de 2.852, e de beneficiários é de 865; destes, 658 são aposentados e 207 são pensionistas. Além dos 865 beneficiários, o instituto também é responsável pelo pagamento de proventos e pensões a 327 1 servidores inativos e pensionistas da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, cujos recursos são repassados à Autarquia, por meio de aportes financeiros mensais, para fazer face à folha de pagamento desses segurados. Desde a criação do IPASSP-SM, em janeiro de 2002, até 30 de outubro de 2009 acumulam-se no Fundo de Previdência reservas matemáticas no valor de R$ 68.292.905,54 (Sessenta e oito milhões, duzentos e noventa e dois mil, novecentos e cinco reais e cinqüenta e quatro centavos), cujos recursos encontram-se distribuídos no mercado financeiro em investimentos adequados aos RPPSs, da seguinte forma: Composição dos Investimentos do IPASSP-SM RENDA FIXA Fundos de Investimentos 2007 2008 2009 BB Regime Próprio III 18.405.839,90 50,28% 22.583.287,96 43,93% 19.213.886,53 28,13% Banrisul Patrimonial 3.727.483,93 10,18% 0,00 00,00% 0,00 00,00% Banrisul Previdência Municipal 0,00 00,00% 6.032.626,03 11,73% 12.802.518,63 18,75% Banrisul Previdência Municipal II 0,00 00,00% 0,00 00,00% 5.574.276,17 08,16% Banrisul Master 0,00 00,00% 5.773.265,21 11,23% 4.146.250,89 06,07% CEF Caixa RS 14.475.826,16 39,54% 17.021.990,43 33,11% 19.654.452,46 28,78% CEF Caixa RS IPCA 0,00 00,00% 0,00 00,00% 5.100.735,00 07,47% BB Regime Próprio II 0,00 00,00% 0,00 00,00% 142.541,74 00,21% Banrisul Master 0,00 00,00% 0,00 00,00% 1.658.244,12 02,43% Total 36.609.149,99 100% 51.411.169,63 100% 68.292.905,54 100% Nota Explicativa: Os dados referentes a 2009 são parciais acumulados até 30 de outubro. 1 Os dados relativos a pagamento de proventos e pensões - novembro de 2009 4

O Orçamento para 2010 prevê ingressos de receita ao Fundo de Previdência no valor de R$ 48.300.000 (Quarenta e oito milhões e trezentos mil reais), com despesas fixadas no valor de R$ 36.685.000 (Trinta e seis milhões, seiscentos e oitenta e cinco mil reais), restando, portanto, para a acumulação de capital e constituição de reservas matemáticas, o equivalente a R$ 11.615.000,00 (Onze milhões, seiscentos e quinze mil reais), que representa o superávit do exercício financeiro de 2010, a ser contabilizado no patrimônio do fundo de previdência, juntamente com as reservas matemáticas acumuladas até 31 de dezembro de 2009. 2.2. Programação Financeira 2010 A partir do orçamento de 2010, considerando a receita prevista, a despesa fixada e o saldo das reservas de 2009, elaboramos a seguinte programação financeira, que visa estimar o crescimento patrimonial do fundo de previdência em termos de constituição de reservas matemáticas. Orçamento 2010 Receita Prevista 2010 R$ 48.300.000,00 Despesas Fixadas 2010 R$ 36.685.000,00 Saldo para Formação de Reservas R$ 11.615.000,00 Fluxo Mensal para Formação Reservas R$ 967.916,67 Programação Financeira 2010 5

Saldo Financeiro final de 2009 (projetado) R$ 68.385.119,70 Mês Ingresso Líquido Mês Valor Acumulado Mês Projeção Meta: IPCA 4,50% + 6,00% Valor Acumulado Fim Mês jan/10 967.916,67 69.353.036,37 728.206,88 70.081.243,25 fev/10 967.916,67 71.049.159,92 746.016,18 71.795.176,09 mar/10 967.916,67 72.763.092,76 764.012,47 73.527.105,23 abr/10 967.916,67 74.495.021,90 782.197,73 75.277.219,63 mai/10 967.916,67 76.245.136,30 800.573,93 77.045.710,23 jun/10 967.916,67 78.013.626,90 819.143,08 78.832.769,98 jul/10 967.916,67 79.800.686,65 837.907,21 80.638.593,85 ago/10 967.916,67 81.606.510,52 856.868,36 82.463.378,88 set/10 967.916,67 83.431.295,55 876.028,60 84.307.324,15 out/10 967.916,67 85.275.240,82 895.390,03 86.170.630,85 nov/10 967.916,67 87.138.547,51 914.954,75 88.053.502,26 dez/10 967.916,67 89.021.418,93 934.724,90 89.956.143,83 Projeção Saldo das Reservas Final 2010 R$ 89.956.143,83 Nota Explicativa: O Saldo do Exercício 2009 é composto por valores reais contabilizados até outubro de 2009 e por valores estimados para os meses de novembro e dezembro, enquanto para 2010 foram utilizados os valores orçamentários. Pelos resultados da programação financeira acima elaborada pode-se esperar que, até o final de 2010, o IPASSP-SM possa ter, aproximadamente, o equivalente a R$ 90.000.000,00 (Noventa milhões) em reservas matemáticas. 2.3. Desempenho da Meta Atuarial O IPASSP-SM, desde a data de sua criação, vinha atingindo a meta atuarial exclusivamente em investimentos de renda fixa. A tabela nos mostra que, de 2002 a 2008, esse índice oscilou com tendência a queda; no entanto, manteve-se a meta positiva até 2006, o que significa que, nesse período, houve um crescimento real no patrimônio do fundo previdenciário. Em 2007, a rentabilidade alcançada foi suficiente para atingir a meta atuarial. Em 2008, como pode ser visto na tabela, a rentabilidade alcançada ficou abaixo da meta atuarial; porém, devido aos resultados positivos dos anos anteriores, entendem os técnicos do Instituto que um impacto dessa natureza sobre o plano de custeio do fundo previdenciário também deve ser analisado para mais de um ano. Para o ano de 2009, em decorrência da permanência em investimentos de renda fixa, a rentabilidade alcançada 6

até o mês de outubro ficou abaixo da meta atuarial, considerando-se como medidor inflacionário o INPC. Há uma expectativa de que para os meses de novembro e dezembro, em decorrência da aplicação em novos fundos no segmento de renda fixa, com indexadores diferenciados, haja uma rentabilidade maior, e que, no mínimo, seja possível atingir o índice da meta atuarial. Por outro lado, em razão de não haver previsão de alteração da taxa SELIC até o final do ano, pode-se também esperar que o mercado de renda fixa não proporcione melhores índices de rentabilidade. Tabela Metas Atuariais IPASSP-SM Ano Saldo Acumulado R$ Rendimento R$ Rentabilidade INPC + 6% Ganho Real 2002 909.778,38 346.714,05 28,20 17,41 10,79 2003 4.489.110,49 656.177,37 23,13 15,83 7,30 2004 5.414.210,44 910.526,76 15,32 12,18 3,14 2005 11.330.226,59 1.852.505,48 17,45 10,82 6,63 2006 20.631.015,74 2.489.843,50 13,89 8,66 5,23 2007 36.609.149,99 3.300.166,74 10,92 10,92 0 2008 51.411.169,63 5.266.935,23 11,33 12,88 (1,55) 2009 66.492.119,70 4.988.329,25 8,18 8,62 (0,44) Nota Explicativa: A meta atuarial é calculada pelo somatório dos índices dos doze meses acrescidos de 0,49% ao mês. No ano de 2008 e 2009, a meta atuarial é representada pela acumulação dos Índices do INPC acrescidos de 0,49% ao mês, conforme fórmula. Os dados referentes a 2009 são parciais acumulados até outubro. Recursos aplicados nos termos da Resolução, não computados para fins de meta atuarial, em decorrência da sua fonte de origem. (Consignados a ser repassados: BB Regime Próprio II R$ 142.541,74 e Recursos da Centralização da folha de pagamento dos inativos e pensionistas: Banrisul Master R$ 1.658.244,12) 2.4. Estrutura Organizacional da Unidade Gestora Única O IPASSP-SM, em atendimento à Legislação que dispõe sobre os RPPS, possui uma estrutura organizacional composta pelos seguintes órgãos para tomada de decisões de investimentos: a) Comitê de Investimentos; b) Diretoria Executiva; e c) Conselho Deliberativo. 7

Do Comitê de Investimentos: Ao Comitê de Investimentos cabe fazer acompanhamento e controle da movimentação financeira e tomar decisões sobre os resgates e aplicações dos recursos previdenciários para atender aos fluxos operacionais. Em casos de transferência de valores e mudança de investimentos, será necessária a aprovação da Diretoria Executiva. Os trabalhos de acompanhamento e controle são aqueles previstos no Decreto Executivo nº 061/2006. Da Diretoria Executiva: Representada pelo Diretor-Presidente e pelo Diretor-Geral, desempenha funções referentes à coordenação, liderança e articulação ampla das atribuições inerentes ao controle do patrimônio e dos investimentos do RPPS. Além de ser responsável pelas autorizações legais, cabe à Diretoria-Executiva tomar as decisões de implementação e de ajustes estabelecidas na Política de Investimentos. Do Conselho Deliberativo: É responsável pela aprovação da Política de Investimentos dos recursos do fundo de previdência e das revisões que poderão acontecer no decorrer do exercício de 2010. É, ainda, de sua competência analisar e fiscalizar a aplicação dos recursos previdenciários quanto à forma, ao prazo e à natureza dos investimentos. 2.5. Objetivos A Política de Investimentos exerce um papel importante dentro do sistema gerencial de controle, organização e manutenção do RPPS. Conduz melhor a administração dos ativos financeiros e facilita a comunicação entre os gestores e o mercado financeiro. Além disso, possibilita fazer adequações no âmbito do sistema de 8

previdência, em decorrência de possíveis mudanças advindas do controle dos recursos aplicados no mercado financeiro e que possam afetar o patrimônio do fundo. Consiste em um instrumento gerencial que possibilita à Diretoria Executiva e ao Conselho Deliberativo, órgãos envolvidos na gestão dos recursos, buscarem uma melhor definição das diretrizes básicas e dos limites de risco a que serão expostos os conjuntos de investimentos do IPASSP-SM. A política de investimentos estabelece, ainda, o referencial de rentabilidade a ser buscada pelos gestores, a adequação das aplicações aos ditames legais e a estratégia de alocação de recursos para o período de 01/01/2010 a 31/12/2010. No intuito de alcançar o índice referencial de rentabilidade real para as aplicações dos recursos previdenciários, a estratégia de investimento proposta prevê sua diversificação nos segmentos de renda fixa e renda variável. As aplicações em renda fixa serão efetuadas em fundos de investimentos e/ou aquisição de títulos públicos. As aplicações em renda variável serão efetuadas em fundos de investimentos. As aplicações em fundos de investimentos, no segmento renda fixa ou renda variável, poderão ser efetuadas em mais de uma instituição financeira oficial e, preferencialmente, em fundos de investimentos organizados para receber recursos no termos da legislação federal aplicada aos RPPSs. A Administração do IPASSP-SM, por meio da política de investimentos, propõe a preservação do capital do RPPS investido, em níveis de baixo risco, à taxa esperada de retorno, aos limites legais e operacionais, à liquidez adequada dos ativos, traçando-se uma estratégia de investimentos de modo a garantir a meta atuarial anual e, se possível, superá-la. 3. Avaliação de Cenário Macroeconômico Para a elaboração da Política de Investimentos de 2010, foi indispensável que, na data da formulação do relatório, os gestores do RPPS buscassem conhecimento do cenário econômico do momento e das perspectivas futuras junto a publicações de Entidades públicas e privadas. 9

3.1. Cenário em 2009 Em 2009, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), conforme tabela abaixo, refletiu uma queda nos preços ao consumidor, atingindo seu ápice em agosto de 2009. No entanto, já mostra sinais de elevação, pois o índice de setembro e outubro evidencia essa variação. O Índice Geral de Preços (IGP-M) também sofreu uma desaceleração, atingindo, em março, o menor índice. No entanto, a partir de setembro, esse índice começou a apresentar oscilações, com tendência de elevação. Índices Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro INPC 0,64 0,31 0,20 0,55 0,60 0,42 0,23 0,08 0,16 0,24 IPCA 0,48 0,55 0,20 0,48 0,47 0,36 0,24 0,15 0,24 0,28 IGP-M -0,44 0,26-0,74-0,15-0,07-0,10-0,43-0,36 0,42 0,05 A meta de inflação, estabelecida pelo Banco Central para 2009, é de 4,5% aa com variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com o interesse de manter a economia ativada e promover os ajustes necessários, mantendo a inflação no centro da meta e considerando a conjuntura macroeconômica e o cenário mundial recessivo, o Copom optou por reduzir a Taxa Selic, que, no ano, já acumula 5%, conforme tabela abaixo. Reunião 139ª 140ª 141ª 142ª 143ª 144ª 145ª 146ª Data 10/12/08 21/01/09 11/03/09 29/04/09 10/06/09 22/07/09 02/09/09 21/10/09 Taxa Selic 13,75% 12,75% 12,75% 10,25% 9,25% 8,75% 8,75% 8,75% No que se refere ao cenário externo, o primeiro semestre manteve um quadro de comprometimento das economias industrializadas causado pela crise dos Estados Unidos da América. No entanto, houve uma diminuição do estresse nos mercados financeiros internacionais. Ações governamentais foram implementadas com vistas a assegurar o funcionamento e a liquidez dos mercados monetários. Em decorrência disso, houve 10

elevação na confiança dos mercados. Esses estímulos fiscais contribuíram para uma gradual retomada econômica; entretanto, não foram suficientes para impedir uma alta volatilidade nos mercados financeiros e de capitais, e nos preços das commodities. Ao contrário do primeiro, o segundo semestre vem apresentando retomada na produção industrial, mostrando sinais de estabilização dos mercados financeiros. A atividade econômica parece estar se consolidando. Nesse sentido, continuam sendo registrados sinais de redução na aversão ao risco. No entanto, a última Ata do Copom nº 146ª, de 21 e 22.10.2009, renova a necessidade de manter-se cautela e sinaliza a manutenção da taxa selic em 8,75% para os próximos meses. 3.2. Perspectivas para 2010 A partir de dados da última Ata do Copom, nº 146, para 2010, os sinais de retomada da produção industrial nos países desenvolvidos se fortaleceram. Dados preliminares sugerem que a recuperação econômica, já observada no Japão e em alguns países emergentes, estendeu-se para outros países, com destaque aos EUA e Área do Euro. O mercado financeiro manteve sua recuperação, com os principais indicadores apontando aumento da preferência pelo risco. As bolsas de valores das principais economias maduras e emergentes mantiveram tendência de valorização e, no caso destas últimas, com exceção da China, encontram-se em patamares próximos aos picos observados no período pré-crise. Para 2010, segundo Relatório de Mercado Focus, do dia 27/11/2009, a mediana agregada - expectativa de mercado, apresenta o índice de inflação de 4,45%. No cenário de referência, a projeção manteve-se estável em relação ao valor considerado na reunião do Copom de setembro e, portanto, em torno do valor central da meta, ao passo que, no cenário de mercado, a projeção aumentou, mas permaneceu em torno de 4,50%. O Copom avalia que a política monetária deve manter postura cautelosa, com vistas a assegurar a manutenção da convergência da inflação para a trajetória de metas. A trajetória de inflação será fundamental na avaliação das diferentes possibilidades que se apresentam para a política monetária. 11

Assim, a estratégia adotada pelo Copom visa manter a inflação em patamar consistente com a trajetória de metas em 2009, 2010 e 2011. Nesse contexto, as perspectivas em relação à taxa Selic para 2010 apontam uma ligeira elevação, podendo atingir 10,50%, conforme o Relatório Focus, tendo em vista a pressão inflacionária que poderá advir da evolução da demanda doméstica e eventual aumento dos preços das commodities. A partir dos dados do Relatório de Mercado Focus do dia 27/11/2009 podem ser verificadas as expectativas do mercado para as principais variáveis econômicas para o ano de 2010: Expectativas de Mercado 2009 2010 Mediana Agregado Há 4 Há 1 Hoje Há 4 Há 1 Hoje semanas semana semanas semana IPCA (%) 4,27 4,26 4,25 4,45 4,43 4,45 IGP-DI (%) -0,44-0,84-0,84 4,50 4,50 4,50 IGP-M (%) -0,87-1,10-1,17 4,50 4,50 4,50 IPC-Fipe(%) 3,99 3,91 3,93 4,50 4,40 4,40 Taxa de Cambio fim de período (R$/US$) 1,70 1,70 1,70 1,75 1,75 1,75 Taxa de Cambio - média do período (R$/US$) 1,99 1,99 1,99 1,76 1,74 1,74 Meta Taxa Selic fim de período (%aa) 8,75 8,75 8,75 10,50 10,50 10,50 Meta Taxa Selic - média do período (% aa) 9,81 9,81 9,81 9,40 9,45 9,55 Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 44,00 44,00 44,05 42,00 42,10 42,35 PIB (% de crescimento) 0,18 0,21 0,20 4,80 5,00 5,00 Produção industrial (% de crescimento) -7,57-7,64-7,72 6,50 6,85 6,88 Conta Corrente (US$ bilhões) -16,90-17,25-17,52-32,00-35,50-36,00 Balança Comercial (US$ bilhões) 26,00 25,20 25,00 16,25 13,40 13,00 Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 25,00 25,00 25,00 33,00 35,00 35,00 Preços Administrados (%) 4,10 4,20 4,20 3,50 3,50 3,50 4. Modelo de Gestão De acordo com a Resolução do BACEM nº 3790/2009, a atividade de gestão da aplicação dos recursos do IPASSP-SM para o exercício de 2010 será realizada por meio de gestão própria. As aplicações dos recursos do RPPS serão efetuadas em instituição financeira oficial, preferencialmente em agências bancárias localizadas no Município de Santa Maria-RS. 12

Para a escolha da instituição financeira oficial, o IPASSP-SM observará os seguintes critérios: a) A instituição financeira oficial deve ser uma entidade pública, conforme entendimento do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul -TCE/RS; b) No Município de Santa Maria, os recursos poderão ser aplicados no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Estado do Rio Grande do Sul; c) Para receber recursos do RPPS, a instituição financeira deverá apresentar documentos que possibilitem à Administração do IPASSP-SM avaliar a solidez patrimonial daquela, verificar o volume de recursos e a experiência positiva no exercício da atividade de administração de recursos de terceiros; d) A instituição financeira deverá apresentar, sempre que solicitado pelo IPASSP-SM, a relação dos tipos de investimentos que possui nos segmentos permitidos pela Resolução Bacen N 3790/2009, bem como a declaração daqueles que forem organizados nos termos desta. 5. Estratégia de Alocação de Recursos A política de investimentos refere-se à alocação dos recursos do IPASSP-SM entre as instituições financeiras. Esses recursos serão alocados em segmentos de renda fixa por meio de fundos de investimentos e/ou aquisição de títulos públicos e em segmentos de renda variável por meio de fundos de investimentos, respeitando-se todos os limites, condições e vedações estabelecidas pela Resolução Bacen N 3790/2009 ou por outra legislação que venha a complementá-la ou substituí-la, procurando-se sempre maximizar a rentabilidade dentro do mesmo nível de risco. 13

5.1. Ativos Autorizados A alocação dos recursos dos planos de benefícios do RPPS nos segmentos de renda fixa e Renda Variável deverá restringir-se aos seguintes ativos e limites: Segmento de Renda Fixa: No segmento de renda fixa, as aplicações dos recursos em moeda corrente do regime próprio de previdência social do Município de Santa Maria RS subordinam-se aos seguintes limites: I - até 100% (cem por cento) em: a) títulos de emissão do Tesouro Nacional, registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC); b) cotas de fundos de investimento cujas carteiras estejam representadas exclusivamente pelos títulos definidos na alínea "a" deste inciso, desde que assim conste nos regulamentos dos fundos; II - até 15% (quinze por cento) em operações compromissadas, lastreadas exclusivamente pelos títulos definidos na alínea "a" do inciso I; III - até 80% (oitenta por cento) em: a) cotas de fundos de investimento referenciados em indicadores de desempenho de renda fixa, constituídos sob a forma de condomínio aberto; b) cotas de fundos de investimento previdenciários classificados como renda fixa ou referenciados em indicadores de desempenho de renda fixa, constituídos sob a forma de condomínio aberto; IV - até 20% (vinte por cento) em depósitos de poupança em instituição financeira considerada, pelos responsáveis pela gestão de recursos do regime próprio de previdência social, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no País, como de baixo risco de crédito; 14

V - até 30% (trinta por cento) em cotas de fundos de investimento de renda fixa, constituídos sob a forma de condomínio aberto; VI - até 15% (quinze por cento) em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios, constituídos sob a forma de condomínio aberto; VII - até 5% (cinco por cento) em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios, constituídos sob a forma de condomínio fechado, desde que, cumulativamente com os recursos aplicados no inciso VI deste artigo, não excedam o limite de 15% (quinze por cento). As aplicações previstas na alínea "a" do inciso I deverão ser realizadas por meio de plataformas eletrônicas administradas por sistemas autorizados a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nas suas respectivas áreas de competência, admitindo-se, ainda, aquisições em ofertas públicas do Tesouro Nacional por intermédio das instituições regularmente habilitadas, desde que possam ser devidamente comprovadas. As aplicações previstas nos incisos III e V subordinam-se a que o regulamento do fundo determine que os títulos privados que compõem suas carteiras sejam considerados de baixo risco de crédito e estejam limitados a 30% (trinta por cento) da composição da carteira do fundo. Na hipótese de as carteiras dos fundos, de que tratam os incisos III e V, terem em suas composições depósitos a prazo com garantia especial do Fundo Garantidor de Créditos, admite-se a alteração das limitações previstas de 30% (trinta por cento) da composição da carteira do fundo, desde que o regulamento do fundo determine: I - que o somatório desses depósitos e o limite previsto de 30% (trinta por cento) não ultrapasse 80% (oitenta por cento) da composição da carteira do fundo; e II - que o valor do principal somado aos rendimentos previstos fique limitado ao valor máximo garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos para aplicações em um mesmo conglomerado financeiro. As aplicações previstas nos incisos VI e VII deverão ser consideradas como de baixo risco de crédito, com base em classificação efetuada por agência classificadora de risco em funcionamento no País. 15

A parcela mínima de 70% (setenta por cento) de cada uma das aplicações previstas nos incisos I, alínea "b", III e V deverá ter como parâmetro de rentabilidade um dos subíndices do Índice de Mercado Andima (IMA) ou composição de mais de um deles, com exceção de qualquer subíndice atrelado à taxa de juros de um dia. Segmento de Renda Variável No segmento de renda variável, os recursos em moeda corrente do regime próprio de previdência social do Município de Santa Maria RS, subordinam-se aos seguintes limites: I - até 30% (trinta por cento) em cotas de fundos de investimento previdenciários classificados como ações, constituídos sob a forma de condomínio aberto; II - até 20% (vinte por cento) em cotas de fundos de índices referenciados em ações, negociadas em bolsa de valores, admitindo-se exclusivamente os índices Ibovespa, IBrX e IBrX 50; III - até 15% (quinze por cento) em cotas de fundos de investimento em ações, constituídos sob a forma de condomínio aberto, cujos regulamentos dos fundos determinem que as cotas de fundos de índices referenciados em ações que compõem suas carteiras estejam no âmbito dos índices previstos no inciso II; IV - até 5% (cinco por cento) em cotas de fundos de investimento classificados como multimercado, constituídos sob a forma de condomínio aberto, cujos regulamentos determinem trata-se de fundos sem alavancagem, cumulativo com o limite do inciso II; V - até 5% (cinco por cento) em cotas de fundo de investimento em participações, constituídos sob a forma de condomínio fechado, cumulativo com o limite do inciso II; VI - até 5% (cinco por cento) em cotas de fundos de investimento imobiliário, com cotas negociadas na bolsa de valores. As aplicações previstas, cumulativamente, limitar-se-ão a 30% (trinta por cento) da totalidade dos recursos em moeda corrente do regime próprio de previdência social. 16

5.2. Dos Limites Gerais Para fins de escolha dentre os ativos autorizados, cabe ressaltar que, na elaboração desta proposta, foram observados os limites impostos pela referida legislação, como segue: As aplicações em poupança referidas no segmento de renda fixa inciso IV ficam igualmente condicionadas a que a instituição financeira não tenha o respectivo controle societário detido, direta ou indiretamente, por Estado. As aplicações em títulos ou valores mobiliários de emissão de uma mesma pessoa jurídica, de sua controladora, de entidade por ela direta ou indiretamente controlada e de coligada ou quaisquer outras sociedades sob controle comum, não podem exceder, no seu conjunto, 20% (vinte por cento) dos recursos em moeda corrente do regime próprio de previdência social. O limite estabelecido não se aplica aos títulos de emissão do Tesouro Nacional. No caso de aplicações em títulos e valores mobiliários de emissão ou coobrigação de instituição financeira ou de outra instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil e dos depósitos de poupança, o total de emissão, coobrigação ou responsabilidade de uma mesma instituição não pode exceder a 25% (vinte e cinco por cento) do patrimônio líquido da emissora. As aplicações dos regimes próprios de previdência social em fundos de investimento em cotas de fundos de investimento serão admitidas desde que seja possível identificar e demonstrar que os respectivos fundos mantenham as composições, limites e garantias exigidas para os fundos de investimento de que trata a Resolução 3790/2009. As aplicações em cotas de um mesmo fundo de investimento ou fundo de investimento em cotas de fundos de investimento de renda fixa ou renda variável a que se refere o inciso III, alíneas "a" e "b", e inciso I, respectivamente, não podem exceder a 20% (vinte por cento) dos recursos em moeda corrente do regime próprio de previdência social. 17

O total das aplicações do regime próprio de previdência social em um mesmo fundo de investimento deverá representar, no máximo, 20% (vinte por cento) do patrimônio líquido do fundo, exceto as aplicações previstas em fundos de investimento cujas carteiras estejam representadas exclusivamente pelos títulos de emissão do Tesouro Nacional, registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), e, fundos de investimento previdenciários classificados como ações. Estas aplicações previstas não podem exceder a 25% (vinte e cinco por cento) do patrimônio líquido do fundo de investimento. As aplicações previstas em fundos de investimento cujas carteiras estejam representadas exclusivamente pelos títulos de emissão do Tesouro Nacional, registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), e fundos de investimento previdenciários classificados como ações, subordinam-se a que o regulamento do fundo: I - determine aos gestores e administradores a obediência às regras e aos limites estabelecidos nesta Resolução, bem como às normas baixadas pela Comissão de Valores Mobiliários; e II - preveja o envio das informações da carteira de aplicações do fundo de investimento para o Ministério da Previdência Social, na forma e periodicidade por este estabelecida, devendo o prospecto e o termo de adesão respectivos dar ciência aos cotistas sobre tais obrigatoriedades. Parágrafo único - Os limites de aplicação e diversificação para os fundos de investimento referidos no caput, quando mais restritivos, prevalecerão em relação àqueles previstos nas normas sobre fundos de investimento baixadas pela Comissão de Valores Mobiliários. Os fundos de investimento previdenciários classificados como ações, de que trata o, inciso I, subordinam se aos seguintes limites: I - até 100% (cem por cento) em ações de emissão de companhias abertas admitidas à negociação nos segmentos Novo Mercado ou Nível 2 da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa); II - até 90% (noventa por cento) em ações de emissão de companhias abertas admitidas à negociação no segmento Nível 1 da BM&FBovespa; 18

III - até 80% (oitenta por cento) em ações de emissão de companhias abertas admitidas à negociação no segmento Bovespa Mais da BM&FBovespa; e IV - até 50% (cinqüenta por cento) no caso de ações de emissão de companhias não enquadradas nos incisos I, II e III. 5.3. Das Vedações A modelo do que foi feito em relação aos limites gerais, procurou-se observar com rigor as vedações impostas pela legislação. Assim, é vedado ao regime próprio de previdência social: I - aplicar recursos na aquisição de cotas de fundo de investimento cuja atuação em mercados de derivativos gere exposição superior a uma vez o respectivo patrimônio líquido; II - aplicar recursos na aquisição de cotas de fundo de investimento cujas carteiras contenham títulos que ente federativo figure como devedor ou preste fiança, aval, aceite ou coobrigação sob qualquer outra forma; III - aplicar recursos na aquisição de cotas de fundo de investimento em direitos creditórios não padronizados; IV - praticar as operações denominadas day-trade, assim consideradas aquelas iniciadas e encerradas no mesmo dia, independentemente de o regime próprio possuir estoque ou posição anterior do mesmo ativo, quando se tratar de negociações de títulos públicos federais realizadas diretamente pelo regime próprio de previdência social; e V - atuar em modalidades operacionais ou negociar com duplicatas, títulos de crédito ou outros ativos que não os previstos na Resolução. 5.4. Definição das alocações 19

Diante dos ativos autorizados, observando-se as determinações da Resolução Bacen N 3790/2009, propõe-se adotar como parâmetro os percentuais mínimos e máximos para os investimentos do IPASSP-SM definidos no quadro abaixo. A regra básica que norteará as aplicações do IPASSP-SM é a da diversificação, com vistas a minimizar os efeitos causados por desempenhos indesejáveis em um ou outro segmento de aplicação. Essa proposta visa permitir aos gestores a flexibilização dos investimentos que ocorrerão durante o exercício de 2010 dentro daquelas alternativas selecionadas que poderão apresentar, no decorrer do ano, as melhores condições na seguinte ordem de preferência: Segurança, Solvência, Liquidez, Transparência e, por último, Rentabilidade, a qual dependerá da análise de cada investimento em relação à variável risco. Ainda, quanto àqueles investimentos com prazos para resgate superior a trinta dias, a quantia a ser aplicada dependerá de prévio estudo do Comitê de Investimentos quanto a fluxo de caixa e disponibilidades financeiras do fundo previdenciário. Limite Inferior Limite Superior Alocação dos Recursos Renda Fixa I.a - Títulos de emissão do Tesouro Nacional 0% 100% I.b - Fundos de investimento cujas carteiras estejam 20% 100% representadas exclusivamente pelos títulos de emissão do Tesouro Nacional II Operações compromissadas, lastreadas exclusivamente pelos 0% 15% títulos de emissão do Tesouto Nacional III.a - Fundos de investimento referenciados em indicadores de 0% 80% desempenho de renda fixa III.b - Fundos de investimento previdenciários classificados como 0% 80% renda fixa IV - Poupança 0% 0% V - Fundos de investimento de renda fixa 0% 30% VI - Fundos de investimento em direitos creditórios, constituídos 0% 0% sob a forma de condomínio aberto VII - Fundos de investimento em direitos creditórios, constituídos 0% 0% sob a forma de condomínio fechado Renda Variável I - Fundos de investimento previdenciários classificados como ações, constituídos sob a forma de condomínio aberto 0% 30% 20

II - Fundos de índices referenciados em ações 0% 20% III - Fundos de investimento em ações, constituídos sob a forma 0% 0% de condomínio aberto IV - Fundos de investimento classificados como multimercado, 0% 0% V - Fundo de investimento em participações, constituídos sob a 0% 0% forma de condomínio fechado VI - Fundos de investimento imobiliário 0% 0% Entretanto, deve-se considerar que os recursos do IPASSP-SM, encontram-se, na data da elaboração da Política de Investimentos para o ano 2010, alocados nos segmentos: Alocação dos Recursos Valor aplicado R$ % Renda Fixa 69.125.770,48 100% I.b- Fundos de investimento cujas carteiras estejam representadas exclusivamente pelos títulos de emissão do Tesouro Nacional III.a- Fundos de investimento referenciados em indicadores de desempenho de renda fixa III.b- Fundos de investimento previdenciários classificados como renda fixa 39.761.937,86 57,52% 9.297.572,24 13,45% 20.066.260,38 29,03% Nota Explicativa: Os saldos dos recursos apresentados nesta Tabela são do dia 30/11/2009. 6. Metodologia de Gestão da Alocação Os cenários de investimentos dessa política foram traçados a partir das perspectivas para a economia, com ênfase na política monetária, no panorama político e no comportamento das principais variáveis econômicas. Essa conjuntura será acompanhada para a realização de revisões periódicas e possíveis alterações na condução dos investimentos planejados nesse documento. Será avaliada a aderência à Política de Investimentos e ao cumprimento da meta atuarial através de relatórios trimestrais. Também serão efetuadas análises das rentabilidades através de acompanhamentos diários e mensais, efetuando-se 21

comparativos com o Benchmark e indicadores econômicos. As estratégias de investimento foram elaboradas com ênfase à aversão ao risco. 7. Disposições finais O IPASSP-SM opta por uma gestão com perfil conservador, o que significa não se expor a alto nível de risco. Contudo, tendo em vista garantir, ou superar, a meta atuarial, essa gestão buscará as melhores rentabilidades dentro dos investimentos selecionados. Dadas tais expectativas, a variável chave para a decisão de alocação é a probabilidade de satisfação da meta atuarial no exercício de 2010. Santa Maria, 01 de dezembro de 2009. EGLON DO CANTO SILVA Diretor Presidente 22