ÍNDICE I - INTRODUÇÃO 1 II - CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO E ATIVIDADE EMPRESARIAL 4 III - RELATÓRIO FINANCEIRO 9 IV - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20

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ÍNDICE I - INTRODUÇÃO 3 II - CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO E ATIVIDADE EMPRESARIAL 12 III - RELATÓRIO FINANCEIRO 18 IV - EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DA BCR 26

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Transcrição:

ÍNDICE I - INTRODUÇÃO 1 II - CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO E ATIVIDADE EMPRESARIAL 4 III - RELATÓRIO FINANCEIRO 9 IV - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 20 V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 25

I - INTRODUÇÃO

ÓRGÃOS SOCIAIS (Triénio 2015/2017) Conselho de Administração Presidente Vogal Vogal Vogal Vogal Vogal Vasco Maria Guimarães José de Mello João Pedro Stilwell Rocha e Melo João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho António José Lopes Nunes de Sousa Daniel Alexandre Miguel Amaral Michael Gregory Allen Vogal Manuel Eduardo Henriques de Andrade Lamego * Vogal Vogal Fernando Aboudib Camargo António José Louçã Pargana Vogal Miguel Athayde Marques ** Vogal João Filipe Maia de Lima Mayer ** Vogal Emanuel José Leandro Maranha das Neves ** * Administrador Delegado ** Administradores Independentes Mesa da Assembleia Geral Presidente da Mesa Secretário Luís Rua Geraldes Tiago Severim de Melo Conselho Fiscal Presidente Vogais Francisco Xavier Alves Tirso Olazábal Cavero Joaquim Patrício da Silva Vogal suplente Revisor Oficial de Contas Externo Diogo da Gama Lobo Salema da Costa Pricewaterhousecoopers & Associados, SROC S.A. representada por César Abel Rodrigues. Revisor Oficial de Contas Externo suplente Carlos José Figueiredo Rodrigues ROC nº1737 Secretário da Sociedade Tiago Severim de Melo I - INTRODUÇÃO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 2

Declaração de Conformidade Nos termos da alínea c) do nº 1 do artigo 246º do Código de Valores Mobiliários, e em cumprimento das disposições legais e estatutárias, o Conselho de Administração apresenta as demonstrações financeiras condensadas e o relatório de gestão intercalar referentes ao 1º semestre de 2017 na firme convicção de que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação nele contida foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados do emitente, e que o relatório de gestão expõe fielmente as informações exigidas. Outros elementos a divulgar Nos termos do artigo 8º do Código de Valores Mobiliários, a Brisa Concessão Rodoviária, S.A. informa que as demonstrações financeiras reportadas ao 1º semestre de 2017 foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais do Relato Financeiro (IFRS) e não foram sujeitas a Relatório de Auditoria. São Domingos de Rana, 22 de Agosto de 2017 I - INTRODUÇÃO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 3

II - CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO E ATIVIDADE EMPRESARIAL

A1 4 A8 Marinha Grande Figueira da Foz A1 5 Mira A1 7 Leiria Matosinhos A28 Espinho N14 Maia A20 Porto Gaia A4 A1 A41 Av eiro A43 Gondomar Cantanhede Pombal Coim bra CONCESSÃO BRISA Características da Concessão Indicadores económicos (1º semestre de 2017): Proveitos Operacionais: 257,7 M A3 EBITDA 1 : 193,3 M Margem EBITDA: 75% Número de trabalhadores: 14 A1 A4 1 EBITDA = Resultados Operacionais + Provisões, A14 Amortizações, Depreciações, Ajustamentos e Reversões Não inclui o rédito associado ao serviço de construção A1 A5 A10 A13 A6 A2 N 0 50 Kilo me ters A rede concessionada à BCR é de 1 124 km, incluindo o futuro acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa, distribuída por 12 autoestradas. Com a rede praticamente construída, encontram-se atualmente em exploração direta 11 autoestradas, num total de 1 100,1 km em operação, sendo 1 014,0 km constituídos por sublanços com portagem. A rede ficará concluída com a construção da A33, correspondente ao acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa, projeto atualmente a carecer de definição. A rede cobre o país de Norte a Sul e de Este a Oeste, abrangendo os seus principais eixos rodoviários - corredor litoral e ligação Lisboa - Madrid. Inclui também importantes vias radiais e circulares das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto. De acordo com o Contrato de Concessão, celebrado com o Estado Português, a concessão termina em dezembro de 2035. II - CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO E ATIVIDADE EMPRESARIAL RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 5

Extensão em Kms Autoestradas Com Portagem Sem Portagem Total 2x1 vias 2x2 vias 2x3 vias 2x4 vias A1 Autoestrada do Norte 279,0 17,4 296,4 1,3 160,5 127,3 7,3 A2 - Autoestrada do Sul 225,2 9,6 234,8 0,0 202,8 32,0 0,0 A3 - Autoestrada Porto - Valença 101,3 11,5 112,8 0,0 91,6 12,8 8,4 A4 - Autoestrada Porto - Amarante 48,3 3,0 51,3 0,0 51,3 0,0 0,0 A5 - Autoestrada da Costa do Estoril 16,9 8,1 25,0 0,0 2,3 22,7 0,0 A6 - Autoestrada Marateca - Elvas 138,8 19,1 157,9 0,0 157,9 0,0 0,0 A9 - Circular Regional Externa de Lisboa 34,4 0,0 34,4 0,0 0,0 34,4 0,0 A10 - Autoestrada Bucelas - Carregado - IC3 39,8 0,0 39,8 0,0 7,4 32,4 0,0 A12 - Autoestrada Setúbal - Montijo 24,8 4,3 29,1 4,3 5,2 19,6 0,0 A13 - Autoestrada Almeirim - Marateca 78,7 0,0 78,7 0,0 78,7 0,0 0,0 A14 - Autoestrada Figueira da Foz - Coimbra (Norte) 26,8 13,1 39,9 0,0 39,9 0,0 0,0 Total 1 014,0 86,1 1 100,1 5,6 797,6 281,2 15,7 Tráfego na Rede No 1º semestre de 2017 a atividade macroeconómica deverá ter continuado a revelar um forte dinamismo, com o PIB e o Consumo Privado a apresentarem crescimentos expressivos. Este ambiente macroeconómico favorável terá contribuído para a continuação do crescimento sustentado do tráfego em toda a rede da concessão BCR, observando-se no 1º semestre de 2017 um crescimento homólogo do Tráfego Médio Diário (TMD) de 7,4%. Neste período, a BCR apresentou um volume de tráfego de 18 049 veículos / dia. De referir que esta evolução foi fortemente suportada por um expressivo crescimento orgânico de 7,7%. A localização menos favorável dos dias feriados em 2017, assim como a perda de um dia no 1º semestre de 2017 face a 2016 (em virtude do ano passado ter sido um ano bissexto), tiveram um contributo negativo para o crescimento final da circulação. Apesar destes impactos negativos, a circulação continuou a apresentar uma evolução muito positiva, aumentando 6,8% (foi o 5º semestre consecutivo com crescimentos entre os 6,5% e os 7,0%). Por fim, de referir que a indução de tráfego resultante da abertura do Túnel do Marão teve um contributo positivo para a circulação, embora com reduzida expressão. II - CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO E ATIVIDADE EMPRESARIAL RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 6

6M 16 6M 17 Circulação 7,3% 6,8% Decomposição dos efeitos:...crescimento orgânico 6,2% 7,7%...Efeitos calendário 0,6% -0,5% Outros (incl. ano bissexto) 0,5% -0,4% TMD 16 810 18 049 Homólogo 6,7% 7,4% Todas as autoestradas da concessão continuam a registar um desempenho muito positivo, com destaque para a A9 (em parte devido à crescente saturação do IC17 / CRIL) e para a recuperação de tráfego na A14, cuja procura no 1º semestre do ano passado se tinha reduzido significativamente devido ao corte de que foi alvo num dos sublanços. Variação do Tráfego Médio Diário (YoY) por autoestrada 15,7% 11,8% 6,3% 8,9% 7,9% 6,4% 6,5% 8,9% 8,9% 8,3% 9,0% 7,4% A1 A2 A3 A4 A5 A6 A9 A10 A12 A13 A14 BCR A análise da distribuição de tráfego por tipo de veículo revela uma evolução positiva tanto nos veículos ligeiros como nos veículos pesados, com estes últimos a revelar uma taxa de crescimento de circulação superior, em resultado da retoma económica do país (+6,6% e +9,9%, respetivamente). II - CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO E ATIVIDADE EMPRESARIAL RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 7

Investimento na Rede: alargamentos e conservação O investimento (CAPEX) na rede concessionada totalizou 19,4 M, maioritariamente afeto a obras de alargamento e de reposição de pavimentos. Este montante inclui 8,6 M referente a grandes reparações (de pavimentos, obras de arte e taludes), que são tratados contabilisticamente como provisões ao abrigo do IFRIC12. M 6M 16 6M 17 Var. Novos lanços - - - Alargamentos 7,0 7,5 7,2% Grandes reparações 9,4 8,6-8,3% Outros (equipamentos, supervisão, etc.) 3,5 3,4-3,7% Total 19,8 19,4-2,0% O valor dos alargamentos em curso totalizou 7,5 M, tendo sido concluído o Alargamento e Beneficiação para 2x3 vias do sublanço Carvalhos - Santo Ovídio, na A1, cujo início ocorreu no 3º trimestre de 2014. A construção do novo Túnel Norte de Águas Santas, inserida no processo de alargamento do sublanço Águas Santas- Ermesinde, na A4, encontrava-se em fase final. O concurso para o alargamento e beneficiação para 2x4 vias deste sublanço, bem como a reabilitação dos atuais túneis de Águas Santas está envolvido numa disputa judicial relativamente à entidade adjudicatária. A conservação das infraestruturas ascendeu a 8,6 M, salientando-se a conclusão de pavimentações na A2 (Palmela-Marateca e São Bartolomeu de Messines-Paderne), na A5 (Alcabideche-Cascais) e na A6 (Borba-Elvas), estando em curso obras de beneficiação de pavimentos na A1 (St. Iria-Alverca e vários nós) e na A2 (Grândola Sul-Aljustrel), para além de diversas intervenções localizadas. Foram ainda lançados vários concursos de modo a que se continuem no 2º semestre outras beneficiações de pavimentos na A1, na A12 e na A14, entre outras. Igualmente, a BCR prossegue o seu plano de manutenção de obras de arte, taludes e sinalização. Em termos ambientais, continuou o programa de instalação de barreiras acústicas, nomeadamente na A1 e na A3. No 2º semestre de 2017, o investimento na infraestrutura da BCR deverá ser superior ao registado nos primeiros 6 meses do ano, mantendo-se direcionado para as grandes reparações e alargamentos. II - CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO E ATIVIDADE EMPRESARIAL RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 8

III - RELATÓRIO FINANCEIRO

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Proveitos Operacionais No 1º semestre de 2017, os proveitos operacionais (não incluindo o rédito associado ao serviço de construção) totalizaram 257,7 M, o que representa um aumento de 8,2% face ao período homólogo, sendo a sua decomposição a seguinte: M 6M 16 6M 17 Var. Receitas de Portagem 233,0 251,6 8,0% Áreas de Serviço 3,3 3,4 3,3% Outros 1,9 2,7 38,4% Total 238,2 257,7 8,2% O forte crescimento das Receitas de Portagem (+8,0%, para 251,6 M ) é maioritariamente explicado pelo já referido aumento de tráfego na rede BCR e pela atualização das taxas de portagem em 0,8%. Na Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral encontra-se registado um valor de igual montante (9,0 M no 1º semestre de 2017) em proveitos e em custos operacionais, que reflete o reconhecimento do rédito e dos encargos associados aos serviços de construção no âmbito da concessão. Este registo decorre do cumprimento literal da norma IAS 11, de acordo com o nº 14 da IFRIC 12. Assim, para uma leitura substantiva e com significado económico, o total dos proveitos e dos custos operacionais para determinação do EBITDA e das margens operacionais exclui o rédito e encargos reconhecidos pela aplicação da IAS 11. Custos Operacionais Os custos operacionais, excluindo Amortizações, Depreciações e Provisões, atingiram os 64,4 M no 1º semestre de 2017 (+3,7% face ao mesmo período do ano passado), refletindo o expressivo aumento da atividade que se tem vindo a verificar. De referir que o crescimento dos custos operacionais se mantém significativamente abaixo do aumento registado nas receitas. III - RELATÓRIO FINANCEIRO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 10

M 6M 16 6M 17 Var. FSE 60,7 62,9 3,5% Custos com Pessoal 0,8 0,9 14,1% Outros custos 0,6 0,6 1,8% Sub-total 62,1 64,4 3,7% Amortizações e Provisões 84,9 85,4 0,7% Total 147,0 149,8 1,9% A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos, que traduz essencialmente os custos de subcontratação dos serviços de Operação e Manutenção da rede de autoestradas concessionadas e os custos de cobrança eletrónica de portagens, registou um acréscimo de 3,5% face ao período homólogo, totalizando 62,9 M. A 30 de junho de 2017, a BCR contava com 14 colaboradores, representativos de uma despesa de 0,9 M. O número de colaboradores não se alterou face ao período homólogo. A rubrica de Amortizações, Depreciações, Ajustamentos e Provisões ascendeu a 85,4 M (+0,7% face ao 1º semestre de 2016), dos quais 22,2 M referentes a provisões, líquidas de 3,2 M de reversões, decorrentes da aplicação da norma interpretativa IFRIC 12, que se encontram relacionadas com custos de reposição de infraestruturas que a concessionária terá de incorrer no futuro, concretamente com grandes reparações a efetuar na rede. Resultado e Margem Operacional O Resultado Operacional (EBITDA) no 1º semestre de 2017 foi de 193,3 M, o que representa um aumento de 9,8% ou 17,2 M face ao mesmo período do ano anterior. O forte crescimento registado ao nível dos proveitos operacionais, significativamente superior ao aumento registado nas rúbricas de custos, permitiu um aumento significativo da margem EBITDA, que atingiu os 75% (+1,1 p.p. face ao período homólogo). O EBIT foi de 107,9 M, situando-se a margem EBIT nos 41,9%, o que representa um aumento de, respetivamente, 18,2% e de 3,6 p.p. face a 30 de junho de 2016. III - RELATÓRIO FINANCEIRO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 11

M 6M 16 6M 17 Var. EBITDA 176,1 193,3 9,8% Margem EBITDA 73,9% 75,0% 1,1 p.p. EBIT 91,2 107,9 18,2% Margem EBIT 38,3% 41,9% 3,6 p.p. Resultados Financeiros No 1º semestre de 2017, os Resultados Financeiros da BCR registaram um valor negativo de 39,8 M, o que representa uma melhoria de 15,3 M em relação ao período homólogo. M 6M 16 6M 17 Var. Proveitos Financeiros 0,3 0,0-94,2% Custos Financeiros 55,4 39,8-28,1% Resultado Financeiro -55,2-39,8-27,8% Os Proveitos Financeiros, que correspondem inteiramente à rubrica de Juros Obtidos, continuam a refletir as baixas taxas de remuneração oferecidas pelos depósitos bancários, resultando numa descida de 0,3 M no 1 º semestre de 2016 para um valor próximo de zero no 1º semestre de 2017. Os Custos Financeiros registaram uma evolução muito positiva, tendo diminuído 28,1% ou 15,6 M face ao período homólogo (de 55,4 M para 39,8 M ). Esta redução é essencialmente explicada por i) encargos que deixaram de ser suportados na sequência do reembolso, em dezembro de 2016, do empréstimo obrigacionista de 407,3 M, o qual vencia juros a um cupão de 4,5% e por ii) custos não recorrentes no 1º semestre de 2016, relacionados com o exercício da opção de recompra e respetivo reembolso antecipado, por opção da BCR, de um empréstimo obrigacionista no montante de 120 M, cuja maturidade seria apenas em junho de 2020. III - RELATÓRIO FINANCEIRO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 12

Resultado Líquido O Resultado Líquido foi de 48,7 M, apurado com base num Resultado Antes de Impostos de 68,0 M e em 19,3 M de Imposto sobre o Rendimento. M 6M 16 6M 17 Var. Resultado Antes de Imposto 36,1 68,0 88,6% Imposto 9,3 19,3 106,8% Resultado Líquido do Exercício 26,7 48,7 82,2% III - RELATÓRIO FINANCEIRO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 13

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA Dívida Financeira e Liquidez A 30 de junho de 2017, a dívida bruta contabilística da BCR totalizava 2 407 M, tendo aumentado 206 M em relação ao final do ano anterior (na ótica nominal, a dívida bruta era de 2 446 M a 30 de junho de 2017). A BCR finalizou o semestre com cerca de 339 M de liquidez (face aos 118 M a 31 de dezembro de 2016), estando cerca de 114 M em contas de reserva, para investimento e serviço da dívida. Desta forma, a dívida líquida da BCR era, numa ótica contabilística, de 2 067 M no final do semestre, tendo diminuído 15 M neste período (na ótica nominal aumentou 10 M para 2 107M ). A sua repartição por instrumento apresentava-se da seguinte forma: M 2016 6M 17 Var. Obrigações 1 428 1 703 276 BEI 521 504-18 Outros Financiamentos 252 200-52 Dívida Bruta a 2 201 2 407 206 Disponibilidades 118 339 221 Dívida Líquida 2 083 2 067-15 Repartição Dívida Bruta (ótica contabilística) 21% 8% 71% (a) Este montante corresponde ao valor nominal da dívida, que no 1S 2016 e no 1S 2017 era de 2 543 M e 2 446 M, respetivamente, líquido de juros decorridos e de custos associados à emissão e colocação dos financiamentos, os quais são reconhecidos pelo método do juro efetivo durante a vida dos financiamentos Obrigações BEI Outros Financiamentos Obrigações Durante o 1º semestre de 2017 a BCR manteve uma gestão financeira prudente. Em maio foi emitido um novo empréstimo obrigacionista, no montante de 300 M (cupão de 2,375% e maturidade em 2027), o que permitiu continuar a alongar a maturidade média da dívida, reduzir o seu custo médio e assegurar uma maior flexibilidade financeira. Na sequência desta transação, a BCR apresentava, no final do 1º semestre do ano, 7 emissões de obrigações com um valor nominal total de 1 720 M, com as seguintes características: III - RELATÓRIO FINANCEIRO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 14

M Nominal Cupão Maturidade Bond 2018 300 6,875% 2018 Bond 2021 300 3,875% 2021 Bond 2022 120 Var (Eur6M) + 2,4% 2022 Bond 2023 300 2,000% 2023 Bond 2025 300 1,875% 2025 Bond 2027 300 2,375% 2027 Bond 2032 100 Indexado à inflação* 2032 * Taxa de juro fixa de 6% nos primeiros cinco anos e remuneração indexada ao índice de preços do consumidor, exceto habitação, do sexto ano até à maturidade, acrescido de 4,5% BEI e Outros Financiamentos No 1º semestre de 2017, a BCR mantinha um empréstimo junto do Banco Europeu de Investimento (BEI), sujeito a regime de taxa de juro variável com indexação à Euribor a 6 meses. Este empréstimo tem reembolsos de capital semestrais e constantes até dezembro de 2030. A 30 de junho de 2017 o montante registado em Balanço referente a este empréstimo ascendia a 504 M. Adicionalmente, a 30 de junho de 2017 a BCR dispunha de 475M em linhas de crédito e programas para emissão de papel comercial com garantia de subscrição, dos quais 200 M se encontravam utilizados e 275M não utilizados. De referir que, em maio de 2017, a BCR estendeu a maturidade de uma das linhas de crédito com garantia de subscrição até 2020, no montante de 100 M. Perfil da Dívida Em resultado de uma gestão proactiva do risco de refinanciamento, o perfil de amortização da dívida da BCR é bastante equilibrado, sendo que o montante máximo que se vence num só ano é de cerca de 339 M (correspondente ao reembolso de um empréstimo obrigacionista de 300 M e à amortização anual de 39 M do empréstimo do BEI). III - RELATÓRIO FINANCEIRO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 15

Perfil de Amortização da dívida (M ) 500 400 Obrigações Outros Financiamentos BEI 300 200 100 0 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 Em 30 de junho de 2017, cerca de 75% da dívida da BCR estava sujeita ao regime de taxa de juro fixa e cerca de 25% ao regime de taxa de juro variável. A taxa média ponderada da dívida durante o 1º semestre de 2017 (incluindo o efeito dos instrumentos derivados) foi de cerca de 2,8%, o que representa uma diminuição de cerca de 48 pontos base face à taxa verificada durante 2016. Posição Financeira No final do 1º semestre de 2017, o Ativo Líquido da BCR era de 2 891 M, constituído essencialmente pelo ativo intangível respeitante ao direito de concessão da rede de autoestradas e por depósitos bancários. O Passivo totalizava 2 735 M (face a 2 508 M em dezembro de 2016), tendo para este aumento de 227 M contribuído significativamente a operação de financiamento já referida. O Capital Próprio diminuiu 52 M (para 156 M ), tendo para esta variação contribuído a distribuição efetuada ao acionista BCR SGPS, S.A., no montante total de 101 M. Covenants e Rating Para além da sua estrutura financeira e contratual, que confere um elevado nível de proteção aos credores, a BCR mantém uma gestão financeira prudente e conservadora. Os quatro covenants sob a forma de rácios financeiros (designados por Net Senior Debt / EBITDA, Historic ICR, Forward Looking ICR e CLCR) a que a empresa está sujeita ao abrigo do Common Terms Agreement (CTA) encontram-se, à data de 30 de junho de 2017, significativamente dentro dos limites estabelecidos. III - RELATÓRIO FINANCEIRO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 16

O rácio Net Senior Debt / EBITDA situou-se nos 5,05x, ou seja, abaixo do nível verificado no final de 2016 (5,25x) e significativamente abaixo do limite máximo de 5,75x definido para o respetivo nível de trigger event, permitindo manter assim um nível elevado de segurança face aos limites estabelecidos. O rácio Historic ICR era, a 30 de junho de 2017, de 4,27x, ou seja, muito acima do limite mínimo de 2,25x definido para o respetivo nível de trigger event. Apesar de ter registado uma ligeira diminuição face aos 4,38x registados a 31 de dezembro de 2016, é de referir que a mesma é justificada por um efeito temporário relacionado com o calendário de cupões de emissões obrigacionistas, sendo expectável que o rácio reverta este efeito durante o segundo semestre de 2017. As notações de Rating atribuídas à BCR são de BBB (Stable Outlook) pela Fitch Ratings e de Baa3 (Stable Outlook) pela Moody s (confirmado em maio de 2017). Agências Rating Outlook Moody's Baa3 Stable Outlook Fitch Ratings BBB Stable Outlook III - RELATÓRIO FINANCEIRO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 17

RISCOS E MITIGANTES Com um baixo risco operacional, a BCR, no presente enquadramento macroeconómico, encontra-se exposta a um conjunto de riscos financeiros decorrentes da sua atividade. Merecem destaque os riscos de refinanciamento e de taxa de juro, decorrentes do seu passivo financeiro, e o risco de contraparte a que a empresa fica exposta na sequência da aplicação de excedentes de tesouraria e da contratação de operações de cobertura de risco de taxa de juro. Com a segregação e ring-fencing da BCR, os riscos financeiros a que a empresa está sujeita foram fortemente mitigados através da implementação de uma estrutura financeira inovadora. De notar que a estrutura financeira da BCR incorpora o estabelecimento de uma política de cobertura de risco financeiro, a qual estabelece as principais regras e guidelines de gestão de risco, contemplando, por exemplo, um rácio mínimo de taxa fixa na estrutura de dívida, a não existência de exposições cambiais significativas não cobertas, bem como a solidez financeira mínima (em função do rating) exigida às contrapartes da empresa em operações financeiras. Nos últimos anos, a BCR, tem vindo a demonstrar a sua forte capacidade de acesso a crédito, reforçando a sua posição de liquidez e mitigando o seu risco de refinanciamento. III - RELATÓRIO FINANCEIRO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 18

O Conselho de Administração Vasco Maria Guimarães José de Mello (presidente) João Pedro Stilwell Rocha e Melo João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho António José Lopes Nunes de Sousa Daniel Alexandre Miguel Amaral Manuel Eduardo Henriques de Andrade Lamego Michael Gregory Allen Fernando Aboudib Camargo Antonio José Louçã Pargana Miguel José Pereira Athayde Marques João Filipe Maia de Lima Mayer Emanuel José Leandro Maranha das Neves III - RELATÓRIO FINANCEIRO RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 19

IV - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Demonstração da Posição Financeira em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016 (montantes expressos em Euros) Notas 30.06.2017 31.12.2016 Ativos não correntes: Ativos fixos tangíveis 9 8 111 214 8 293 622 Ativos intangíveis 10 2 440 888 243 2 496 453 116 Adiantamentos por conta de ativos fixos tangíveis - 3 379 Ativos por impostos diferidos 11 61 450 957 57 889 565 Total de ativos não correntes 2 510 450 414 2 562 639 682 Ativos correntes: Existências 1 932 1 715 Clientes e outros devedores 40 990 781 33 050 416 Outros ativos correntes 275 339 2 158 772 Caixa e equivalentes 12 339 219 909 118 312 185 Total de ativos correntes 380 487 961 153 523 088 Total do ativo 2 890 938 375 2 716 162 770 Capital próprio: Capital 13 75 000 000 75 000 000 Prémios de emissão de ações 13 14 694 809 26 544 809 Reserva legal 14 15 000 000 12 928 675 Outras reservas 14 2 877 283 1 976 339 Resultado líquido 48 706 043 91 683 102 Total de capital próprio 156 278 135 208 132 925 Passivos não correntes: Empréstimos 15 2 009 171 485 2 028 422 773 Provisões 17 180 667 002 167 643 914 Outros passivos não correntes 18 44 631 973 47 366 742 Total de passivos não correntes 2 234 470 460 2 243 433 429 Passivos correntes: Provisões 17 23 750 869 23 073 083 Fornecedores 22 23 230 694 24 525 208 Empréstimos 15 397 440 583 172 643 681 Fornecedores de investimentos 8 382 992 15 369 509 Outros credores 3 226 966 1 596 287 Passivos por imposto corrente 6 22 143 024 11 144 533 Outros passivos correntes 19 22 014 652 16 244 115 Total de passivos correntes 500 189 780 264 596 416 Total do passivo e capital próprio 2 890 938 375 2 716 162 770 O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira em 30 de junho de 2017. O CONTABILISTA CERTIFICADO Nº 62018 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO IV - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 21

Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral dos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016 (montantes expressos em Euros) Notas 30.06.2017 30.06.2016 Proveitos operacionais: Prestações de serviços 3 254 984 774 236 261 241 Outros proveitos e ganhos operacionais 3 2 692 115 1 921 954 Subsídios à exploração 3-23 279 Reversão de amortizações, depreciações, ajustamentos e provisões 3, 16 e 17 3 347 553 1 621 381 Rédito associado a serviço de construção 3 8 993 897 9 115 551 Total de proveitos operacionais 270 018 339 248 943 406 Custos operacionais: Fornecimentos e serviços externos 4 ( 62 854 054) ( 60 702 353) Custos com o pessoal ( 897 290) ( 786 312) Amortizações, depreciações e ajustamentos 9, 10 e 16 ( 66 587 451) ( 66 315 874) Provisões 17 ( 22 204 040) ( 20 177 071) Impostos ( 593 732) ( 570 517) Outros custos operacionais ( 30 171) ( 38 328) Encargos associados a serviço de construção 3 ( 8 993 897) ( 9 115 551) Total de custos operacionais ( 162 160 635) ( 157 706 006) Resultados operacionais 107 857 704 91 237 400 Custos e perdas financeiros 5 ( 39 841 266) ( 55 424 684) Proveitos e ganhos financeiros 5 14 999 258 048 Resultado antes de impostos 68 031 437 36 070 764 Impostos sobre o rendimento 6 ( 19 325 394) ( 9 345 881) Resultado líquido do semestre 48 706 043 26 724 883 Outros rendimentos e gastos reconhecidos em capital próprio que serão reclassificados para resultados: Variação no justo valor dos instrumentos financeiros, líquido de efeito fiscal 14 900 944 452 626 Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio 900 944 452 626 Total do resultado líquido e de outro rendimento integral do semestre 49 606 987 27 177 509 Resultado por ação: Básico 7 3,25 1,78 Diluído 7 3,25 1,78 O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados e de outro rendimento integral do semestre findo em 30 de junho de 2017. O CONTABILISTA CERTIFICADO Nº 62018 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO IV - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 22

Demonstração das Alterações no Capital Próprio dos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016 (montantes expressos em Euros) Prémios de emissão de Reserva Outras Resultado Notas Capital ações legal reservas líquido Total Saldo em 1 de janeiro de 2016 75 000 000 309 444 809 8 954 599 1 941 347 79 481 522 474 822 277 Resultado líquido do semestre de 2016 - - - - 26 724 883 26 724 883 Aumento / (diminuição) do justo valor de instrumentos financeiros de cobertura, liquído de imposto 11, 14 e 20 - - - 452 626-452 626 Total do resultado líquido e de outro rendimento integral do semestre - - - 452 626 26 724 883 27 177 509 Aplicação do resultado de 2015: Transferência para reserva legal - - 3 974 076 - ( 3 974 076) - Dividendos distribuídos 8 - - - - ( 75 507 446) ( 75 507 446) Distribuição de reservas 8 - - - ( 1 492 554) - ( 1 492 554) Aumento de capital social 13 63 000 000 ( 63 000 000) - - - - Redução de capital social 13 ( 63 000 000) - - - - ( 63 000 000) Saldo em 30 de junho de 2016 75 000 000 246 444 809 12 928 675 901 419 26 724 883 361 999 786 Saldo em 1 de janeiro de 2017 75 000 000 26 544 809 12 928 675 1 976 339 91 683 102 208 132 925 Resultado líquido do semestre de 2017 - - - - 48 706 043 48 706 043 Aumento / (diminuição) do justo valor de instrumentos financeiros de cobertura, liquído de imposto 11, 14 e 20 - - - 900 944-900 944 Total do resultado líquido e de outro rendimento integral do semestre - - - 900 944 48 706 043 49 606 987 Aplicação do resultado de 2016: Transferência para reserva legal 14 - - 2 071 325 - ( 2 071 325) - Dividendos distribuídos 8 - - - - ( 89 611 777) ( 89 611 777) Aumento de capital social 13 11 850 000 ( 11 850 000) - - - - Redução de capital social 13 ( 11 850 000) - - - - ( 11 850 000) Saldo em 30 de junho de 2017 75 000 000 14 694 809 15 000 000 2 877 283 48 706 043 156 278 135 O anexo faz parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio do semestre findo em 30 de junho de 2017. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 62018 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO IV - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 23

Demonstração dos Fluxos de Caixa dos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016 (montantes expressos em Euros) Notas 2017 2016 ATIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de clientes 249 165 478 232 194 647 Pagamentos a fornecedores ( 63 642 791) ( 58 321 958) Pagamentos ao pessoal ( 962 820) ( 845 393) Fluxos gerados pelas operações 184 559 867 173 027 296 Pagamento do imposto sobre o rendimento ( 11 123 404) ( 12 469 784) Pagamentos para reposição de infraestruturas ( 13 254 756) ( 8 222 711) Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à atividade operacional 4 573 060 1 477 582 Fluxos das atividades operacionais (1) 164 754 767 153 812 383 ATIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis e intangíveis 60 364 89 189 Juros e proveitos similares 5 571 446 613 65 935 535 802 Pagamentos respeitantes a: Ativos fixos tangíveis e intangíveis ( 11 700 798) ( 14 144 061) Fluxos das actividades de investimento (2) ( 11 634 863) ( 13 608 259) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos 913 500 000 570 000 000 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos ( 682 992 704) ( 215 332 704) Reduções de capital 13 ( 11 850 000) ( 63 000 000) Juros e custos similares ( 59 619 186) ( 54 357 992) Dividendos 8 ( 89 611 776) ( 77 000 000) Instrumentos financeiros derivados ( 1 638 514) ( 2 065 070) ( 845 712 180) ( 411 755 766) Fluxos das atividades de financiamento (3) 67 787 820 158 244 234 Efeito cambial (4) - 6 Variação de caixa e equivalentes (5) = (1) + (2) + (3) + (4) 220 907 724 298 448 364 Caixa e equivalentes no início do semestre 12 118 312 185 227 613 584 Caixa e equivalentes no fim do semestre 12 339 219 909 526 061 948 O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa do semestre findo em 30 de junho de 2017. O CONTABILISTA CERTIFICADO Nº 62018 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO IV - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 24

V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Anexos às Demonstrações Financeiras em 30 de junho de 2017 (montantes expressos em Euros) 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Brisa Concessão Rodoviária, S.A. ( Empresa ou BCR ), anteriormente denominada por MCall Serviços de Telecomunicações, S.A., foi constituída em 2001 e desde 30 de abril de 2010, em resultado da cisão da unidade de desenvolvimento da atividade de prestação de serviços de call center para uma nova sociedade e consequente alteração do contrato da sociedade, tem como atividade principal a construção, conservação e exploração de autoestradas e respetivas áreas de serviço, em regime de concessão, bem como o estudo e realização de infraestruturas de equipamento social. A cisão mencionada foi realizada em abril de 2010, com efeitos contabilísticos reportados a 1 de janeiro de 2010, mediante o destaque de parte do respetivo património associado à unidade de prestação de serviços de call center. Em 22 de dezembro de 2010, a Empresa, que integra o perímetro de consolidação do Grupo Brisa, recebeu por transmissão da Brisa Auto-Estradas de Portugal, S.A. ( BAE ), a sua posição no contrato de concessão aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 198-B/2008, de 31 de dezembro (a Concessão Brisa ). Esta operação foi acompanhada pela entrega pela BAE de um conjunto de ativos e passivos afetos à Concessão Brisa, consubstanciando no seu conjunto uma entrada em espécie para realização de ações no âmbito de um aumento de capital ocorrido em 22 de dezembro de 2010. Através do Decreto-Lei nº 467/72, de 22 de novembro, foram definidas as bases da Concessão Brisa, nomeadamente, a construção, conservação e exploração de autoestradas. Desde então as bases de concessão têm sido objeto de revisão periódica, com introdução de alterações que se projetam no clausulado do contrato de concessão. O Decreto-Lei nº 294/97 de 24 de outubro, o Decreto-Lei nº 287/99, de 28 de julho, o Decreto-Lei nº 314 A/2002, de 26 de dezembro, e o Decreto-Lei nº247-c/2008, de 30 de dezembro, aprovaram as bases de concessão atualmente em vigor, das quais, pela sua importância e impacto na situação económica e financeira da Empresa, são de destacar: A fixação da extensão da rede concessionada. Atualmente, a rede de autoestradas concessionada e aberta ao tráfego é de 1 100 quilómetros, dos quais 86 quilómetros não se encontram sujeitos a portagens. A rede concessionada ficará completa com a construção do acesso ao novo aeroporto de Lisboa cuja extensão definitiva depende da sua localização. V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 26

O termo do prazo de concessão foi fixado em 31 de dezembro de 2035 e os ativos fixos tangíveis e intangíveis diretamente relacionados com a concessão, que se encontram reconhecidos nas demonstrações financeiras, reverterão para o Estado no final do mesmo. O capital social mínimo da Empresa é de 75 milhões de Euros. Nos últimos cinco anos da concessão poderá o Estado, mediante o pagamento de uma indemnização à Concessionária, proceder ao seu resgate. A fiscalização da concessão é da competência do Ministério das Finanças, para as questões financeiras, e do Ministério da tutela do setor rodoviário para as demais. 2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS Bases de apresentação As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as disposições da IAS 34 Relato Financeiro Intercalar, pelo que devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Políticas contabilísticas As políticas adotadas são consistentes com as seguidas na preparação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e referidas no respetivo anexo. Durante o semestre findo em 30 de junho de 2017, entraram em vigor interpretações, emendas e revisões das normas, adotadas ( endorsed ) pela União Europeia, que não tiveram impacto nas demonstrações financeiras da Empresa. V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 27

3. PROVEITOS OPERACIONAIS Nos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016, os proveitos operacionais tinham a seguinte composição: 30.06.2017 30.06.2016 Prestações de serviços: Portagens 251 624 654 233 008 933 Áreas de serviço 3 360 120 3 252 308 254 984 774 236 261 241 Outros proveitos e ganhos operacionais: Compensação por perdas de exploração (Nota 18) 786 113 786 112 Aluguer de condutas 583 947 558 014 Recuperação de receita 751 014 447 061 Multas de portagens 552 757 104 072 Ganhos em ativos fixos tangíveis e intangíveis 17 849 26 152 Outros 435 543 2 692 115 1 921 954 Subsídios à exploração - 23 279 Reversão de amortizações, depreciações, ajustamentos e provisões: Provisões (Nota 17) 3 256 837 1 563 233 Contas a receber (Nota 16) 90 716 58 148 3 347 553 1 621 381 Rédito associado a serviço de construção (a) 8 993 897 9 115 551 270 018 339 248 943 406 (a) No âmbito do contrato de concessão da BCR, enquadrável na IFRIC 12, a atividade de construção é subcontratada externamente a entidades especializadas. Por conseguinte, a BCR não tem qualquer margem na construção dos ativos afetos à concessão, pelo que o rédito e os encargos associados a serviço de construção destes ativos apresentam igual montante. Nos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016, os proveitos operacionais incluíam transações realizadas com empresas do grupo e outras entidades relacionadas nos montantes de 1 069 201 Euros e 74 158 Euros, respetivamente (Nota 22). V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 28

4. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS Os fornecimentos e serviços externos dos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016 tinham a seguinte composição: 30.06.2017 30.06.2016 Operação e manutenção 43 872 721 42 247 718 Apoio logístico e administrativo 10 421 368 10 344 292 Serviços de cobrança eletrónica 5 203 164 5 165 312 Conservação e reparação: Lanços de auto-estrada 1 086 495 813 224 Outros 150 268 35 688 Seguros 746 089 734 500 Assistência técnica e administrativa 329 406 478 064 Publicidade e propaganda 206 150 136 040 Apoio jurídico e fiscal 175 402 154 840 Combustíveis 138 714 139 712 Contencioso e notariado 133 348 54 539 Comunicações 127 602 99 670 Estudos e pareceres 81 923 119 923 Outros 181 404 178 831 62 854 054 60 702 353 Nos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016, os fornecimentos com serviços externos com partes relacionadas foram de 60 661 590 Euros e 59 039 575 Euros, respetivamente (Nota 22). 5. RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016 tinham a seguinte composição: V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 29

30.06.2017 30.06.2016 Custos e perdas: Juros suportados 31 064 482 42 537 795 Atualização financeira de provisões para reposição de infraestruturas (Nota 17) 3 942 605 4 026 433 Outros custos financeiros (a) 4 834 179 8 860 456 39 841 266 55 424 684 Proveitos e ganhos: Juros obtidos 14 999 257 722 Outros - 326 14 999 258 048 Resultados financeiros ( 39 826 267) ( 55 166 636) (a) Esta rubrica inclui essencialmente custos com serviços bancários e encargos de montagem de financiamentos, os quais fazem parte integrante do custo efetivo dos financiamentos. 6. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas ( IRC ), à taxa normal de 21%, que pode ser incrementada pela derrama até à taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. Adicionalmente, a taxa nominal de imposto poderá variar entre 21% e 29,5%, dependendo do valor de lucro tributável ( LT ) apurado, sobre o qual incidirá derrama estadual às seguintes taxas: - Derrama estadual: 3% sobre o LT se 1,5M < LT <= 7,5M ; 5% sobre o LT se 7,5M < LT <= 35M ; e 7% sobre o LT > 35M De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Assim, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2013 a 2016 ainda poderão estar sujeitas a revisão. A 30 de junho de 2017, mantêm-se os processos a decorrer junto da Inspeção Tributária relativos aos exercícios de 2011 e de 2012 (Nota 21), nos quais, à semelhança do expresso nos Relatórios de Inspeção Tributária relativos aos exercícios de 2007 a 2010 da BAE, a Autoridade Tributária ( AT ) conclui quanto ao inadequado enquadramento legal e fiscal da operação de titularização de créditos futuros no montante de 400 000 000 Euros, realizada em 19 de dezembro de 2007 e transferida para a BCR, incorporada nos ativos e passivos afetos à Concessão Brisa (Nota 1), considerando não ser a mesma enquadrável no regime V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 30

jurídico da titularização de créditos, estabelecido no Decreto-Lei nº 453/99, de 5 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 82/02 de 5 de abril, e como tal não aplicável o regime fiscal previsto no Decreto-Lei nº 219/2001, de 4 de agosto, ambos alterados pelo Decreto-Lei 303/2003 de 5 de dezembro. Em face do exposto, a AT considera que: Os proveitos correspondentes às prestações de serviços das quais derivam os créditos futuros cedidos são imputáveis, fiscal e contabilisticamente, aos períodos de tributação em que foram gerados; No apuramento do lucro tributável da Empresa dos exercícios de 2012 e 2011 (já inspecionados) foi incorretamente deduzido o montante de 80 000 000 Euros em cada exercício. É entendimento do Conselho de Administração, suportado no parecer dos seus consultores e peritos jurídicos, contabilistas e fiscais, que o tratamento considerado para a referida operação se encontra adequadamente enquadrado do ponto de vista legal e, consequentemente, contabilístico e fiscal. Sendo assim, o Conselho de Administração considera que as correções propostas e constantes do Relatório de Inspeção Tributária referentes aos períodos de tributação de 2012 e 2011 não têm qualquer provimento, pelo que a BCR, por intermédio da BAE como sociedade dominante do RETGS no exercício a que respeita a ação, utilizará todos os instrumentos de defesa que tem à sua disposição, como contribuinte, para fazer valer categoricamente o tratamento dado a esta operação sob todas as suas perspetivas. Face ao exposto, em 30 de junho de 2017 não se encontra constituída qualquer provisão para o efeito. O Conselho de Administração entende que eventuais correções resultantes de revisões ou inspeções fiscais às restantes declarações de impostos sujeitas a revisão não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 30 de junho de 2017. O prazo de dedução dos prejuízos fiscais reportáveis ( PFR ) é como segue: Período de tributação Períodos de dedução 2017 5 2016 12 2015 12 2014 12 2013 5 2012 5 A dedução a efetuar em cada um dos períodos de tributação está limitada a 70% do respetivo lucro tributável.o imposto sobre o rendimento reconhecido à data de 30 de junho de 2017 e 2016 foi como segue: V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 31

30.06.2017 30.06.2016 Imposto corrente 23 651 000 13 360 163 Impostos diferidos (Nota 11) ( 3 938 383) ( 3 487 606) Imposto sobre resultados de exercícios anteriores ( 387 223) ( 526 676) 19 325 394 9 345 881 A reconciliação do resultado antes de impostos com o imposto do exercício em 30 de junho de 2017 e 2016 era como segue: 30.06.2017 30.06.2016 Resultado antes de impostos 68 031 437 36 070 764 Imposto esperado (taxa de 22,5%) 15 307 073 8 115 923 Provisões 3 097 468 2 765 227 Perdas por imparidade 44 828 85 942 Instrumentos financeiros derivados ( 81 038) ( 107 077) Outros 92 - Tributação autónoma 15 456 16 477 Derrama estadual 5 267 121 2 483 671 Imposto sobre resultados de exercícios anteriores ( 387 223) ( 526 676) (Constituição)/reversão de impostos diferidos (Nota 11) ( 3 938 383) ( 3 487 606) Impostos sobre o rendimento 19 325 394 9 345 881 Taxa efetiva de imposto 28,41% 25,91% Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, os passivos por imposto corrente eram como segue: 30.06.2017 31.12.2016 IRC: Estimativa de imposto 23 651 000 41 776 292 Retenções na fonte ( 1 507 976) ( 2 406 268) Pagamento por conta - ( 28 225 491) 22 143 024 11 144 533 V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 32

7. RESULTADO POR AÇÃO O resultado por ação básico e diluído dos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes: 30.06.2017 30.06.2016 Resultado por ação básico e diluído Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico e diluído (resultado líquido do semestre) 48 706 043 26 724 883 Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico e diluído 15 000 000 15 000 000 Resultado líquido por ação básico e diluído 3,25 1,78 Em 30 de junho de 2017 e 2016 não existiram efeitos diluidores, pelo que os resultados por ação básico e diluído são idênticos. 8. DIVIDENDOS Nas Assembleias Gerais de Acionistas realizadas em 29 de março de 2017 e 30 de março de 2016 foi deliberado o pagamento de dividendos nos montantes de 89 611 777 Euros e 75 507 446 Euros, respetivamente, referente ao resultado líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015. Na Assembleia Geral de Acionistas realizada em 30 de março de 2016 foi ainda deliberada a distribuição de reservas livres no montante de 1 492 554 Euros. V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 33

9. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS Durante os semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016, o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte: 30.06.2017 Edifícios e Ativos fixos Adiantamentos por outras Equipamento Equipamento Equipamento Ferramentas tangíveis conta de ativos construções básico de transporte administrativo e utensílios em curso fixos tangíveis Total Ativo bruto: Saldo inicial 31 490 129 618 017 1 415 828 292 411 129 1 109 928 3 379 132 471 182 Adições - 150 870 121 357 1 684-842 292-1 116 203 Alienações - ( 2 381) ( 127 670) ( 284) - - - ( 130 335) Abates - ( 248 058) - ( 1 655) - - - ( 249 713) Transferências - 97 513 - - - ( 94 134) ( 3 379) - Saldo final 31 490 129 615 961 1 409 515 292 156 129 1 858 086-133 207 337 Depreciações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial 31 490 123 129 355 729 781 283 426 129 - - 124 174 181 Reforços - 1 128 134 140 161 2 233 - - - 1 270 528 Reduções - ( 2 381) ( 96 618) ( 284) - - - ( 99 283) Abates - ( 247 648) - ( 1 655) - - - ( 249 303) Saldo final 31 490 124 007 460 773 324 283 720 129 - - 125 096 123 Valor líquido - 5 608 501 636 191 8 436-1 858 086-8 111 214 30.06.2016 Edifícios e Ativos fixos Adiantamentos por outras Equipamento Equipamento Equipamento Ferramentas tangíveis conta de ativos construções básico de transporte administrativo e utensílios em curso fixos tangíveis Total Ativo bruto: Saldo inicial 31 490 128 939 921 1 457 945 290 387 129 865 939-131 585 811 Adições - 32 312 59 207 - - 357 817 89 957 539 293 Alienações - - ( 125 748) - - - - ( 125 748) Abates - ( 95 443) - ( 180) - - - ( 95 623) Transferências - 91 225 - - - ( 91 225) - - Saldo final 31 490 128 968 015 1 391 404 290 207 129 1 132 531 89 957 131 903 733 Depreciações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial 31 490 121 374 325 768 259 281 935 129 - - 122 456 138 Reforços - 1 288 650 143 000 2 227 - - - 1 433 877 Reduções - - ( 105 559) - - - - ( 105 559) Abates - ( 95 443) - ( 180) - - - ( 95 623) Saldo final 31 490 122 567 532 805 700 283 982 129 - - 123 688 833 Valor líquido - 6 400 483 585 704 6 225-1 132 531 89 957 8 214 900 V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 34

10. ATIVOS INTANGÍVEIS Durante os semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016, o movimento ocorrido nos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte: 30.06.2017 Licenças Ativos intangíveis Direitos e software em curso Total Ativo bruto: Saldo inicial 4 648 216 677 347 369 45 302 548 4 693 866 594 Adições 2 676 114-6 317 783 8 993 897 Transferências 25 467 183 - ( 25 467 183) - Custos financeiros capitalizados - - 442 055 442 055 Saldo final 4 676 359 974 347 369 26 595 203 4 703 302 546 Amortizações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial 2 197 114 868 298 610-2 197 413 478 Reforços 64 987 765 13 060-65 000 825 Saldo final 2 262 102 633 311 670-2 262 414 303 Valor líquido 2 414 257 341 35 699 26 595 203 2 440 888 243 30.06.2016 Licenças Ativos intangíveis Direitos e software em curso Total Ativo bruto: Saldo inicial 4 644 611 890 347 369 26 208 608 4 671 167 867 Adições 1 096 162-8 019 389 9 115 551 Custos financeiros capitalizados - - 608 338 608 338 Saldo final 4 645 708 052 347 369 34 836 335 4 680 891 756 Amortizações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial 2 068 245 565 255 605-2 068 501 170 Reforços 64 412 018 29 865-64 441 883 Saldo final 2 132 657 583 285 470-2 132 943 053 Valor líquido 2 513 050 469 61 899 34 836 335 2 547 948 703 Em 30 de junho de 2017, o valor bruto dos ativos intangíveis inclui, essencialmente: (i) Direito de exploração da Concessão Brisa, obtido como contrapartida dos serviços de construção de autoestradas e infraestruturas associadas a essa concessão, o qual ascende a 4 205 809 221 Euros, dos quais 243 656 445 Euros são relativos à capitalização de encargos financeiros; V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 35

(ii) Pagamento ao Estado (entidade concedente) como contrapartida do direito de cobrar portagens na CREL a partir de 1 de janeiro de 2003, nos termos do Decreto-Lei nº 314 A/2002, de 26 de dezembro 236 318 343 Euros; (iii) Valor decorrente do Acordo Global celebrado com o Estado e a Estradas de Portugal, S.A. e correspondentes alterações das Bases da Concessão (Decreto-Lei nº 247-C/2008, de 30 de dezembro) 158 100 000 Euros (Nota 18); (iv) Encargos assumidos na renegociação do contrato de concessão ocorrido no exercício de 1991, de que resultou o alargamento do período de concessão inicialmente estabelecido 101 749 989 Euros. 11. IMPOSTOS DIFERIDOS O detalhe dos ativos por impostos diferidos em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016 de acordo com as diferenças temporárias que os originam, era o seguinte: 30.06.2017 31.12.2016 Provisões para reposição de infraestruturas 59 888 289 55 827 165 Instrumentos financeiros derivados 1 423 611 1 906 852 Provisões não consideradas fiscalmente 139 057 155 548 61 450 957 57 889 565 O movimento ocorrido nos ativos por impostos diferidos nos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016 foi como segue: 30.06.2017 30.06.2016 Saldo inicial 57 889 565 53 922 742 Efeito em resultados: Movimento das provisões para reposição de infraestruturas 4 061 124 3 625 520 (Valorização) / desvalorização de instrumentos financeiros ( 106 250) ( 137 914) Movimento das provisões não consideradas fiscalmente ( 16 491) - Sub-total (Nota 6) 3 938 383 3 487 606 Efeito em capital próprio: (Valorização) / desvalorização de instrumentos financeiros ( 376 991) ( 189 398) Saldo final 61 450 957 57 220 950 V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 36

12. CAIXA E EQUIVALENTES Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, o detalhe de caixa e equivalentes era o seguinte: 30.06.2017 31.12.2016 Depósitos bancários 339 219 909 118 312 185 Caixa e equivalentes 339 219 909 118 312 185 No âmbito das obrigações contratuais assumidas pela BCR, o saldo de depósitos bancários em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016 inclui as seguintes contas de reserva: 30.06.2017 31.12.2016 Conta de reserva de serviço da dívida 108 500 000 103 500 000 Conta de reserva destinada a investimento 5 007 208 8 339 794 113 507 208 111 839 794 Estando a Empresa limitada quanto às atividades que pode desenvolver, decorrente do seu contrato de sociedade e do contrato de concessão, as quais incluem a contratação de financiamento e a realização de investimentos e tendo em consideração que as referidas contas de reserva podem ser sempre movimentadas para aqueles fins, a Empresa considera a totalidade dos respetivos saldos como caixa e equivalentes. 13. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL O capital em 30 de junho de 2017 encontrava-se totalmente subscrito e realizado e estava representado por 15 000 000 ações com o valor nominal de cinco Euros cada. A Brisa Concessão Rodoviária, SGPS, S.A. ( BCR SGPS ) é detentora de 15 000 000 ações, representativas de 100% do capital social. Na Assembleia Geral de Acionistas realizada em 29 de março de 2017 foi deliberado o aumento do capital social da Empresa de 75 000 000 Euros para 86 850 000 Euros, realizado integralmente por incorporação de parte do prémio de emissão de ações, mediante o aumento do valor nominal das ações de 5 Euros cada para 5,79 Euros cada. V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 37

Na mesma Assembleia Geral de Acionistas foi seguidamente deliberada a redução do capital social da Empresa de 86 850 000 Euros para 75 000 000 Euros, para efeitos de libertação de excesso de capital, mediante a redução do valor nominal das ações de 5,79 Euros cada para 5 Euros cada. Nas Assembleias Gerais de Acionistas realizadas em 30 de março de 2016 e 6 de outubro de 2016 foi deliberado o aumento do capital social da Empresa de 75 000 000 Euros para 138 000 000 Euros e de 75 000 000 Euros para 294 900 000 Euros, respetivamente, realizado integralmente por incorporação de parte do prémio de emissão de ações, mediante o aumento do valor nominal das ações de 5 Euros cada para 9,2 Euros cada e de 5 Euros cada para 19,66 Euros cada, respetivamente. Nas mesmas Assembleias Gerais de Acionistas foi seguidamente deliberada a redução do capital social da Empresa de 138 000 000 Euros para 75 000 000 Euros e de 294 900 000 Euros para 75 000 000 Euros, respetivamente, para efeitos de libertação de excesso de capital, mediante a redução do valor nominal das ações de 9,2 Euros cada para 5 Euros cada e de 19,66 Euros cada para 5 Euros cada, respetivamente. Prémios de emissão de ações O prémio de emissão de ações resultou do diferencial entre: (i) o valor líquido dos ativos e passivos transferidos pela BAE no exercício findo em 31 de dezembro de 2010 para efeitos da realização do aumento de capital por entradas em espécie, e (ii) o valor nominal das ações emitidas. Segundo a legislação em vigor, segue o regime aplicável à reserva legal. Na Assembleia Geral de Acionistas realizada em 29 de março de 2017 foi deliberada a incorporação em capital de parte do prémio de emissão de ações, no montante de 11 850 000 Euros. Nas Assembleias Gerais de Acionistas realizadas em 30 de março de 2016 e 6 de outubro de 2016 foi deliberada a incorporação em capital de parte do prémio de emissão de ações, nos montantes de 63 000 000 Euros e 219 900 000 Euros, respetivamente. 14. RESERVA LEGAL E OUTRAS RESERVAS Reserva legal A legislação comercial estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, a reserva legal constituída ascendia a 15 000 000 Euros 12 928 675 Euros, respetivamente. V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 38

Outras reservas Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, esta rubrica tinha a seguinte composição: 30.06.2017 31.12.2016 Reservas livres 5 482 100 5 482 100 Instrumentos financeiros derivados de cobertura (a) ( 2 604 817) ( 3 505 761) 2 877 283 1 976 339 (a) Esta rubrica inclui variações de justo valor de instrumentos financeiros de cobertura, líquidos do efeito fiscal (Nota 11). 15. EMPRÉSTIMOS Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, os empréstimos obtidos eram como segue: 30.06.2017 31.12.2016 Corrente Não corrente Não corrente Não corrente Empréstimos obrigacionistas 311 649 667 1 391 540 973 34 815 890 1 392 830 754 Empréstimos bancários 35 938 183 467 630 512 35 855 283 485 592 019 Papel comercial 49 852 733 150 000 000 101 972 508 150 000 000 397 440 583 2 009 171 485 172 643 681 2 028 422 773 V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 39

EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, os empréstimos por obrigações (não convertíveis) podem ser detalhados da seguinte forma: Valor nominal 30.06.2017 31.12.2016 Taxa de juro Emissão da emissão Corrente Não corrente Corrente Não corrente Vencimento nominal 2012 100 000 000 2 521 974 93 807 110 5 554 938 93 666 446 jan-32 6%* 2012 300 000 000 304 446 126-14 724 870 299 805 672 abr-18 6,875% 2014 300 000 000 2 559 199 298 961 744 8 426 015 298 791 921 abr-21 3,875% 2015 300 000 000-283 351 925 1 775 844 283 421 263 abr-25 1,875% 2016 120 000 000 25 431 119 361 841 31 935 119 280 264 jan-22 Variável 2016 300 000 000 1 273 579 298 058 086 4 302 288 297 865 188 mar-23 2,000% 2017 300 000 000 823 358 298 000 267 - - mai-27 2,375% 311 649 667 1 391 540 973 34 815 890 1 392 830 754 * Taxa de juro fixa de 6% nos primeiros cinco anos e remuneração indexada ao índice de preços do consumidor, exceto habitação, do sexto ano até à maturidade. Emissão de 2012-2032 A emissão obrigacionista de 100 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 12 de julho de 2012. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 19,5 anos, tem uma taxa de juro fixa de 6% nos primeiros cinco anos e remuneração indexada ao índice de preços do consumidor, exceto habitação, do sexto ano até à maturidade. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 12 de janeiro de 2032. Emissão de 2012-2018 A emissão obrigacionista de 300 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 2 de outubro de 2012. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 5,5 anos, tem uma taxa de juro fixa de 6,875%. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 6 de abril de 2018. Emissão de 2014-2021 A emissão obrigacionista de 300 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 1 de abril de 2014. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 7 anos, tem uma taxa de juro fixa de 3,875%. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 1 de abril de 2021. Emissão de 2015-2025 A emissão obrigacionista de 300 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 30 de abril de 2015, como substituição parcial da emissão acima descrita em Emissão de 2006-2016. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 10 anos, tem uma taxa de juro fixa de 1,875%. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 30 de abril de 2025. V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 40

Emissão de 2016-2022 A emissão obrigacionista de 120 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 7 de junho de 2016. Este empréstimo por obrigações tem uma taxa de juro variável indexada à taxa Euribor a 6 meses. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 7 de janeiro de 2022. Emissão de 2016-2023 A emissão obrigacionista de 300 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 22 de março de 2016. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 7 anos, tem uma taxa de juro fixa de 2%. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 22 de março de 2023. Emissão de 2017-2027 A emissão obrigacionista de 300 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 10 de maio de 2017. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 10 anos, tem uma taxa de juro fixa de 2,375%. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 10 de maio de 2027. Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, encontravam-se admitidas à negociação às seguintes emissões de obrigações: Emissão Bolsa Valor nominal da emissão Valor contabilístico 30.06.2017 31.12.2016 Valor de mercado (a) Valor contabilístico Valor de mercado (a) Vencimento Taxa de juro nominal 2012 LuxSE 300 000 000 304 446 126 315 570 000 314 530 542 325 929 000 abr-18 6,875% 2014 LuxSE 300 000 000 301 520 943 338 601 000 307 217 936 340 491 000 abr-21 3,875% 2015 LuxSE 300 000 000 283 351 925 301 935 000 285 197 107 295 095 000 abr-25 1,875% 2016 LuxSE 300 000 000 299 331 665 314 028 000 302 167 476 307 776 000 mar-23 2,000% 2017 LuxSE 300 000 000 298 823 625 303 381 000 - - mai-27 2,375% (a) Fonte: Bloomberg 1 487 474 284 1 573 515 000 1 209 113 061 1 269 291 000 Todas as emissões obrigacionistas enquadram-se num Euro Medium Term Note Programme, o qual poderá ascender até ao montante máximo de 3 000 000 000 Euros. No âmbito do processo de reorganização do Grupo Brisa, no dia 22 de dezembro de 2010, a Brisa Finance B.V. e a BAE foram substituídas pela BCR como emitente das obrigações emitidas até essa data, passando a BCR, a partir desta data, a assumir todas as obrigações decorrentes dessas emissões. A concretização desta substituição de emitente foi aprovada em Assembleia de Obrigacionistas realizada no dia 5 de novembro de 2010 para a emissão da Brisa Finance B.V. e no dia 15 de novembro de 2010 para as emissões da BAE. V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 41

EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, os empréstimos bancários obtidos tinham o seguinte detalhe: Montante 30.06.2017 Montante por liquidar Montante 31.12.2016 Montante por liquidar nominal Não nominal Não Amortizações Taxa de contratado Corrente Corrente contratado Corrente Corrente Maturidade Periodicidade juro 526 303 015 35 938 183 467 630 512 545 795 720 35 855 283 485 592 019 dez-30 Semestral Variável No âmbito do processo de reorganização do Grupo Brisa, foi negociada com o Banco Europeu de Investimento (BEI) a transferência para a BCR dos diversos financiamentos originalmente contratados entre a BAE e o BEI. O montante de dívida transferido no dia 22 de dezembro de 2010 ascendia a 779 708 171 Euros. Foi acordado com o BEI proceder, no momento da transferência, à consolidação dos 16 contratos de financiamento existentes num único contrato de financiamento, sujeito a regime de taxa de juro variável com indexação à Euribor a 6 meses e com um incremento substancial da maturidade média (o novo financiamento da BCR é reembolsado em prestações semestrais constantes no período de junho de 2011 a dezembro de 2030). Adicionalmente, a Empresa tem contratados instrumentos financeiros derivados afetos a este financiamento, designados como de cobertura (Nota 20). Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, os empréstimos bancários tinham o seguinte plano de reembolso definido: 30.06.2017 31.12.2016 Até 1 ano 35 938 183 35 855 283 Entre 1 e 2 anos 36 067 429 35 960 243 Entre 2 e 3 anos 36 286 149 36 182 738 Entre 3 e 4 anos 36 521 202 36 401 956 Entre 4 e 5 anos 36 751 068 36 637 160 Mais de 5 anos 322 004 664 340 409 922 503 568 695 521 447 302 V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 42

PAPEL COMERCIAL E LINHAS DE CURTO PRAZO Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, os restantes empréstimos obtidos tinham o seguinte detalhe: 30.06.2017 31.12.2016 Outros empréstimos Papel comercial 199 852 733 251 972 508 Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, a BCR mantinha contratados com o sistema bancário, entre linhas de crédito de curto prazo e programas para emissão de papel comercial com garantia de subscrição, um montante total máximo de 475 000 000 Euros, encontrando-se naquelas datas colocados 200 000 000 Euros e 250 000 000 Euros, respetivamente. Do montante total colocado em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, 150 000 000 Euros dizem respeito a um programa de papel comercial que beneficia de garantia de subscrição por período superior a um ano, pelo que foi considerado como sendo de médio e longo prazo. 16. PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade acumuladas durante os semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016 foram como segue: 30.06.2017 Saldo Redução Saldo inicial Reforço (Nota 3) final Perdas por imparidade: Contas a receber 21 133 541 316 098 ( 90 716) 21 358 923 30.06.2016 Saldo Redução Saldo inicial Reforço (Nota 3) final Perdas por imparidade: Contas a receber 20 349 729 440 114 ( 58 148) 20 731 695 V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 43

17. PROVISÕES O movimento ocorrido nas provisões durante os semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016 foi o seguinte: 30.06.2017 Atualização Saldo Reversão financeira Saldo inicial Reforço Utilização (Nota 3) (Nota 5) Transferências final Provisões: Não corrente: Processos judiciais em curso 1 273 414 - ( 65 649) - - 1 207 765 Reposição de infraestruturas 166 171 545 11 763 046 ( 2 417 704) - 2 828 781 914 614 179 260 282 Outros riscos e encargos 198 955 - - - - - 198 955 167 643 914 11 763 046 ( 2 417 704) ( 65 649) 2 828 781 914 614 180 667 002 Corrente: Reposição de infraestruturas 23 073 083 10 440 994 ( 6 771 230) ( 3 191 188) 1 113 824 ( 914 614) 23 750 869 190 716 997 22 204 040 ( 9 188 934) ( 3 256 837) 3 942 605-204 417 871 30.06.2016 Atualização Saldo Reversão financeira Saldo inicial Reforço Utilização (Nota 3) (Nota 5) Transferências final Provisões: Não corrente: Processos judiciais em curso 1 340 715 - - ( 36 129) - - 1 304 586 Reposição de infraestruturas 159 588 861 8 820 794 63 605-2 870 903 ( 8 293 022) 163 051 141 Outros riscos e encargos 193 211 - - - - - 193 211 161 122 787 8 820 794 63 605 ( 36 129) 2 870 903 ( 8 293 022) 164 548 938 Corrente: Reposição de infraestruturas 13 275 439 11 356 277 ( 10 450 106) ( 1 527 104) 1 155 530 8 293 022 22 103 058 174 398 226 20 177 071 ( 10 386 501) ( 1 563 233) 4 026 433-186 651 996 A provisão para processos judiciais em curso destina-se a fazer face a responsabilidades estimadas pelo Conselho de Administração, com base em informações dos advogados, decorrentes de processos intentados contra a Empresa por acidentes de viação, prejuízos causados pela construção de autoestradas e de processos laborais. O valor total das indemnizações reclamadas, em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, ascendia a 9 878 764 Euros e a 11 183 815 Euros, respetivamente. A provisão constituída corresponde à melhor estimativa do Conselho de Administração quanto ao montante a que poderão ascender essas responsabilidades. A provisão para reposição de infraestruturas destina-se a fazer face a responsabilidades de reposição da camada de desgaste dos pavimentos flexíveis e é constituída, a valor presente, ao longo do período que decorre até à data prevista de ocorrência. A provisão é sujeita a atualização financeira em cada data de relato, por contrapartida de custo financeiro, utilizando-se a taxa média de custo de financiamento da Empresa. As reversões ocorridas resultam, essencialmente, da reavaliação das estimativas relativas aos gastos a incorrer com intervenções na infraestrutura e de alterações no planeamento dessas intervenções. V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 44

18. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, esta rubrica tinha a seguinte composição: 30.06.2017 31.12.2016 Compensação por perdas de exploração (a) 27 513 936 28 300 049 Justo valor de instrumentos derivados (Nota 20) 5 091 856 6 760 289 Comparticipações financeiras (b) 11 745 957 11 745 957 Receitas antecipadas de áreas de serviço (c) 280 224 560 447 44 631 973 47 366 742 (a) Esta rubrica compreende 73 669 709 Euros de compensações obtidas do Estado pela não cobrança de portagens em alguns sublanços das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, deduzido do montante de 44 583 548 Euros reconhecido em rendimentos pela BCR e pela BAE (até à transferência da Concessão Brisa para a BCR). Este montante encontra-se a ser reconhecido linearmente até ao final da Concessão. No semestre findo em 30 de junho de 2017, a BCR transferiu para rendimentos na rubrica Outros proveitos e ganhos operacionais o montante de 786 113 Euros (Notas 3 e 19). (b) Esta rubrica correspondente ao diferencial entre os valores recebidos do Estado, no âmbito do Acordo Global estabelecido com a BCR (Nota 10) e os saldos pendentes de regularização e reconhecidos nas demonstrações financeiras à data do referido acordo. De acordo com os termos contratados, encontram-se ainda pendentes de validação pela IGF os referidos saldos, da qual resultará a regularização do valor indicado. (c) Esta rubrica compreende os montantes entregues por subconcessionários de áreas de serviço por conta de rendas futuras (Nota 19). V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 45

19. OUTROS PASSIVOS CORRENTES Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, esta rubrica tinha a seguinte composição: 30.06.2017 31.12.2016 Estado e outros entes públicos: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares: Retenções de impostos sobre o rendimento 53 622 34 987 Imposto sobre o Valor Acrescentado 16 841 554 12 540 447 Contribuições para a Segurança Social 54 593 35 324 16 949 769 12 610 758 Acréscimos de custos: Remunerações a liquidar 290 197 417 638 Empresas do grupo e partes relacionadas (Nota 22) 933 467 974 014 Outros 69 059 65 874 1 292 723 1 457 526 Proveitos diferidos: Receitas antecipadas de áreas de serviço (Nota 18) 1 572 828 560 447 Compensação por perdas de exploração (Nota 18) 1 572 225 1 572 225 Outros 627 107 43 159 3 772 160 2 175 831 22 014 652 16 244 115 20. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS A Empresa tem contratado um conjunto de instrumentos financeiros derivados, que se destinam a minimizar os riscos de exposição a variações das taxas de juro. A contratação deste tipo de instrumentos é efetuada tendo em conta os riscos que afetam os ativos e passivos e após a verificação de quais os instrumentos existentes no mercado que se revelam mais adequados à cobertura desses riscos. Estas operações, cuja contratação é sujeita a aprovação prévia do Administrador com o pelouro Financeiro e/ou do Conselho de Administração, são permanentemente monitorizadas, nomeadamente através da análise de diversos indicadores relativos a estes instrumentos, em particular a evolução do seu valor de mercado e a sensibilidade dos cash-flows estimados e do próprio valor de mercado a alterações nas variáveis-chave que condicionam as estruturas, com o objetivo de avaliar os seus efeitos financeiros. O registo dos instrumentos financeiros derivados é efetuado de acordo com as disposições da IAS 39, sendo mensurados pelo seu justo valor, considerando, para tal, avaliações efetuadas por instituições financeiras baseadas em modelos matemáticos, como por exemplo option pricing models e discount cash flows models para instrumentos não cotados em bolsas de valores (instrumentos over-the-counter). Estes modelos baseiam-se, essencialmente, em informação de mercado. V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 46

Os instrumentos financeiros derivados utilizados pela Empresa consistem em swaps de taxa de juro. Procede-se à qualificação dos mesmos enquanto instrumentos de cobertura ou instrumentos detidos para negociação, em observância às disposições da IAS 39. A contabilidade de cobertura é aplicável aos instrumentos financeiros derivados que são eficientes no que respeita ao efeito de anulação das variações de cash flows dos ativos/passivos subjacentes. A eficiência de tais operações é verificada numa base trimestral. Instrumentos de cobertura de cash flows são instrumentos financeiros derivados que cobrem o risco de taxa de juro. A parcela efetiva das variações de justo valor das coberturas de cash flows é reconhecida em capital próprio na rubrica Outras Reservas, enquanto a parte não eficiente é imediatamente registada na demonstração dos resultados. Coberturas de cash-flow Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, a Empresa tinha contratado os seguintes instrumentos derivados de taxa de juro: 30.06.2017 31.12.2016 Montante Justo valor Montante Justo valor Tipo de operação Maturidade Contraparte subjacente (Nota 18) subjacente (Nota 18) Swap tx. juro var./fixa 15 de junho de 2019 BBVA e BST 51 176 471 ( 2 216 912) 63 970 588 ( 3 298 638) Swap tx. juro var./fixa 15 de junho de 2023 Caixa-BI 25 000 000 ( 2 874 944) 27 083 333 ( 3 461 651) 76 176 471 ( 5 091 856) 91 053 921 ( 6 760 289) Os referidos instrumentos financeiros derivados foram originalmente contratados pela BAE. No âmbito do processo de reorganização societária do Grupo, a posição contratual naqueles instrumentos foi transferida para a Empresa em 22 de dezembro de 2010, como parte integrante dos ativos e passivos enquadráveis na entrada em espécie para a realização de capital aumentado naquela data (Nota 14). V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 47

21. PASSIVOS CONTINGENTES Em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, a Empresa tinha responsabilidades por garantias bancárias solicitadas a favor de terceiros como segue: 30.06.2017 31.12.2016 Garantias prestadas: Estado português (Base XX do Contrato de Concessão) 61 242 834 60 892 886 Outras garantias prestadas a terceiros 523 496 523 496 61 766 330 61 416 383 No âmbito da estrutura contratual de financiamento (ring-fencing) da Empresa foi constituído um conjunto de garantias a favor dos credores seniores da BCR, que incluem, entre outros, um penhor sobre as ações detidas pela BCR SGPS no capital social da BCR, bem como um penhor sobre os saldos das contas bancárias da BCR. Adicionalmente, decorrente dos processos de execução fiscal instaurados sobre a BAE com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Nota 6), a BCR apresentou fianças em 22 de setembro de 2016 e 29 de dezembro de 2015, respetivamente, a favor da AT, nos montantes de 30 947 514 Euros e 25 550 860 Euros, respetivamente, com vista a suspender os referidos processos. 22. PARTES RELACIONADAS Os saldos com empresas do grupo e partes relacionadas, em 30 de junho de 2017 e 31 de dezembro de 2016, apresentavam o seguinte detalhe: Clientes e outros devedores Fornecedores Fornecedores de investimentos Outros credores Outros ativos correntes Outros passivos correntes (Nota 19) 30.06.2017 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2016 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2016 Empresa-mãe: BAE 104 541 104 541 4 272 761 4 242 422 - - - - - - 926 978 Partes relacionadas: Brisa O&M, S.A. ("BOM") 913 16 832 18 018 701 17 534 548 85 820 1 184 032 - - - - - BGI - Brisa Gestão de Infraestruturas, S.A. ("BGI") - - 314 759 349 151 1 011 248 1 321 230 - - - - - Brisa Inovação e Tecnologia, S.A. ("BIT") - - 43 453-170 383 1 426 635 - - - 832 957 - Via Verde 316 976 1 476-175 136 - - - - 482 613 - - Auto-Estradas do Atlântico, S.A. ("AEA") - - - - - - - - - 100 510 47 036 Controlauto - Controlo Técnico Automóvel, S.A. ("Controlauto") - 10 378 61 - - - - - - - - Iteuve Portugal, Sociedade Unipessoal, Lda. ("Iteuve") - 1 767-31 - - - - - - - AEDL - Auto-Estradas do Douro Litoral, S.A. ("AEDL") 27 518 7 632 - - - - - - - - - AEBT - Auto-Estradas do Baixo Tejo, S.A. ("AEBT") - - - - - - 9 9 - - - Sicit - Sociedade de Investimento e Consultoria em Infra-estruturas de Transportes, S.A. ("Sicit") - 141 - - - - - - - - - Via Verde Serviços, S.A. ("VVS") 5 424 - - - - - - - - - - Brisa Áreas de Serviço, S.A. ("BAS") 892 461 - - - - - - - - - - Grupo José de Mello - - - - - 3 044 - - - - - Grupo Efacec - - - - - 2 822 - - - - - 1 347 833 142 767 22 649 735 22 301 288 1 267 451 3 937 763 9 9 482 613 933 467 974 014 V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 48

Adicionalmente, as transações realizadas com empresas do grupo e partes relacionadas nos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016, foram como segue: Prestações de Fornecimentos e Encargos associados Ativos fixos serviços (Nota 3) serviços externos (Nota 4) a serviço de construção tangíveis 30.06.2017 30.06.2016 30.06.2017 30.06.2016 30.06.2017 30.06.2016 30.06.2017 30.06.2016 Empresa-mãe: BAE - - 10 421 368 10 344 292 - - - - Partes relacionadas: BOM - - 43 921 693 42 265 054 13 054 81 803 - - Via Verde - 5 205 5 466 726 5 622 334 - - - - BGI - - 802 898 768 184 2 144 154 2 311 236 - - BAS 931 455 - - - - - - - BIT - - 35 328 29 370 - - 982 829 150 515 VVS 4 410 - - - - - - - AEDL 60 931 - - - - - - - AEBT - - - - - - - - Controlauto 55 130 52 742 92 191 - - - - Iteuve 11 212 10 764 - - - - - - Mcall 5 464 4 743 - - - - - - VVC - - - 633 - - - - BCI - - - 1 826-2 770 - - Sicit 599 704 - - - - - - M Dados Sistemas de Informação, S.A. - - 13 485 7 691 - - - - 1 069 201 74 158 60 661 590 59 039 575 2 157 208 2 395 809 982 829 150 515 Nos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016, as remunerações dos membros dos órgãos sociais da Empresa foram como segue: 30.06.2017 30.06.2016 Administradores não executivos: Remuneração fixa 105 888 105 888 Conselho fiscal - 67 180 105 888 173 068 Nos semestres findos em 30 de junho de 2017 e 2016, as remunerações das pessoas chave de gestão da Empresa podem ser apresentadas como segue: 30.06.2017 30.06.2016 Pessoas chave de gestão: Remuneração fixa 274 844 207 742 Remuneração variável 156 997 109 038 Benefícios definidos 10 707 10 707 442 548 327 487 V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 49

23. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2017 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 22 de agosto de 2017. S. Domingos de Rana, 22 de agosto de 2017 O Contabilista Certificado nº 62018 João Miguel Rodrigues O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Vasco Maria Guimarães José de Mello João Pedro Stilwell Rocha e Melo João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho António José Lopes Nunes de Sousa Daniel Alexandre Miguel Amaral Michael Gregory Allen V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 50

Manuel Eduardo Henriques de Andrade Lamego Fernando Aboudib Camargo António José Louçã Pargana Miguel José Pereira Athayde Marques João Filipe Maia de Lima Mayer Emanuel José Leandro Maranha das Neves V - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO & CONTAS 1º SEMESTRE 2017 51