AVC Acidente Vascular Cerebral Baixas temperaturas aumentam risco de AVC 1
Avaliando a ocorrência de 55.633 mortes em São Paulo entre 2002 e 2011, pesquisadores da USP notaram a ocorrência de um maior numero de casos em dias com temperatura inferior a 15 C. O inverno, que chegou, vem acompanhado de um novo alerta de saúde. Além de provocar o já conhecido aumento de doenças respiratórias, as baixas temperaturas estão associadas também a um crescimento do risco de acidente vascular cerebral (AVC). 2
Cerca de 17 milhões de pessoas sofrem um Acidente Vascular Cerebral (AVC) anualmente. Desse total, 6,5 milhões não resistem às sequelas do problema. O número parece alarmante, mas, segundo especialistas, pequenas mudanças na rotina, como a prática de exercícios físicos e a adoção de hábitos saudáveis, podem prevenir o aparecimento do problema neurológico, popularmente chamado de derrame. 3
O AVC é dividido em dois subtipos, o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro caso é o mais comum e se refere à obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo de uma artéria cerebral. O outro é o mais grave, sendo causado pela ruptura espontânea de um vaso dentro ou ao redor do cérebro, com o vazamento de sangue no organismo. Ambos podem ocorrer em qualquer hora do dia, inclusive durante o sono. 4
De acordo com a vice-presidente da Associação Brasil AVC (ABAVC), Carla Moro, a causa mais comum do problema é a hipertensão arterial sistêmica, também chamada de pressão alta, além do diabetes, do sedentarismo, da obesidade e da fibrilação arterial, que é um tipo de arritmia cardíaca. Outra influência pode ser o uso de pílulas contraceptivas: "Alguns anticoncepcionais podem causar o que a gente chama de estado pré-trombótico, aumentando a chance de fazer trombose, que nada mais é do que a eclosão de um vaso, explica. Segundo a especialista, o problema atinge principalmente idosos com mais de 65 anos, mas, em 10% dos casos, afeta também pessoas com menos de 45 anos. 5
Trabalho, liderado pela geógrafa Priscilla Ikefuti, pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, observou que em uma faixa considerada de conforto térmico entre 17 C e 24 C estão as menores ocorrências de morte por AVC. Se a temperatura cai ou sobe, o risco piora. E essa variação nem precisa ser muito extrema. 6
Valores já abaixo de 15 C começam a ser significativos para o aumento dos casos de derrame. Para o AVC hemorrágico, o tipo mais fatal, o risco é de 2,43 vezes maior em homens de todas as faixas etárias quando a temperatura fica abaixo de 10 C. Em mulheres, o risco de AVC hemorrágico nessa temperatura é de 1,39. Mas naquelas com mais de 65 anos o risco é quase 2 vezes maior. Na outra ponta, com temperaturas acima de 26 C, o risco de derrame (em geral) para homem acima de 65 anos aumenta 2,12 vezes. 7
Uma pessoa não vai ter AVC só porque está frio, mas a baixa temperatura pode acelerar o processo em quem já tem fatores de risco, como pressão alta, tabagismo, diabetes. Pessoas assim precisam ter cuidado e não se exporem, explica Priscilla. 8
FAZER SEGURANÇA TREINAMENTOS A Fazer Segurança é uma empresa dedicada a realização de treinamentos técnicos e prestação de consultoria nas áreas de saúde e segurança do trabalho e de energia elétrica em alta e baixa tensão. Nossos cursos são realizados in-company na forma presencial, ou totalmente à distância, ou ainda de forma parcialmente presencial com complementação da carga horária e conteúdo através do treinamento à distância. Para ter acesso a maiores informações quanto ao programa de treinamentos e serviços oferecido, contate-nos pelo e-mail: contato@fazerseguranca.com ou através do telefone (11) 99105.8777 9