Condições climáticas e arborização de cafezais

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Transcrição:

Condições climáticas e arborização de cafezais Márcio Luiz de Carvalho Eng Agrônomo Fazendas Reunidas Laia & Souza

MANEJO CAUSAS DA VARIABILIDADE DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA -Poda -Doenças -Pragas -Sementes -Variedades -Erosão -Correção -Adubação SOLO GENÉTICA 60 70% da Variabilidade da produção agrícola é decorrente do CLIMA ORTOLANI, 1995 -Sol -Chuva -Geada -Granizo C L I M A

Parâmetros técnicos para o zoneamento climático da cultura do café. Café arábica: (Coffea arabica L.) Planta tropical de altitude, de meia sombra. Origem: altiplanos da Etiópia, Sudão e Quenia: alt. 1.600-2.000m Temperatura média anual: 18-23 C Aptidão Temperatura( C) Déficit hídrico(mm) Regiões aptas 19 22 < 150 Regiões restritas 18 19 e 22 23 150 200 Regiões inaptas < 18 e > 23 > 200 Essas três classes de aptidão possuem as seguintes características: Aptas: quando a região apresenta condições térmicas e hídricas favoráveis à exploração da cafeicultura; Restrita:quando a região apresenta restrição térmica ou hídrica. Nesta classe, a cultura poderá, eventualmente, encontrar aptidão, desde que os fatores de restrição sejam controlados; Inapta: quando as características do clima não são adequadas à exploração comercial da cultura, em razão das limitações graves dos fatores térmicos e hídricos.

BALANÇO HÍDRICO REGIONAL Balanço Hídrico segundo Thornthwaite & Mather (1955) Márcio Luiz de Carvalho Eng agrônomo CIDADE São Domingos das Dores - MG LATITUDE S 19 32'24" CAD (mm) 100 ARM (mm) do ano anterior 100 ANO 2004 a 2011 Tempo T max. T min. T med. P ETP P-ETP NEG-AC ARM ALT ETR DEF EXC MESES o C o C o C mm T & M(1955) mm mm mm mm mm mm Jan 29,3 19,7 24,5 187,3 122,0 65,3 0,0 100,0 0,0 122,0 0,0 65,3 Fev 30,1 19,6 24,9 125,6 116,0 9,6 0,0 100,0 0,0 116,0 0,0 9,6 Mar 29,3 19,3 24,3 159,5 116,7 42,8 0,0 100,0 0,0 116,7 0,0 42,8 Abr 28,0 17,8 22,9 74,7 92,4-17,7-17,7 83,8-16,2 90,9 1,5 0,0 Mai 26,0 14,5 20,2 25,6 66,1-40,5-58,2 55,9-27,9 53,5 12,6 0,0 Jun 25,0 12,9 18,9 18,7 52,0-33,3-91,5 40,0-15,8 34,5 17,5 0,0 Jul 25,5 12,3 18,9 10,6 53,2-42,6-134,1 26,2-13,9 24,5 28,7 0,0 Ago 27,3 13,9 20,6 6,4 68,1-61,8-195,9 14,1-12,1 18,4 49,7 0,0 Set 27,8 15,9 21,9 42,8 80,4-37,7-233,6 9,7-4,4 47,2 33,3 0,0 Out 28,2 18,2 23,2 98,4 102,0-3,6-237,2 9,3-0,3 98,8 3,2 0,0 Nov 27,7 18,7 23,2 188,5 102,4 86,0-4,7 95,4 86,0 102,4 0,0 0,0 Dez 28,2 19,4 23,8 284,4 116,5 167,9 0,0 100,0 4,6 116,5 0,0 163,2 TOTAIS - - - 1222,3 1087,9 134,4-973,0 734,3 0,00 941,4 146,5 280,9 MÉDIAS 27,7 16,9 22,3 101,9 90,7 11,2-81,1 61,2 0,00 78,4 12,2 23,4

PRINCIPAIS CAUSAS DE QUEBRA DE PRODUTIVIDADE NA CAFEICULTURA -Deficiência hídrica:56% -Excesso hídrico:17% 73% -Temperatura adiversas:14% -Granizo: 8% -Vento: 3% -Outros: 2% (Schwanz, 1996)

Componentes do balanço hídrico para condições naturais Entradas P=Precipitação + orvalho I= Irrigação Ee= Escorrimento superficial DLe= Drenagem lateral AC= Ascensão Capilar Saídas ET= Evapotranspiração Es= Escoamento superficial DLs= Drenagem lateral DP= Drenagem profunda Equacionando-se as entradas (+) e as saídas (-) de água do sistema, tem-se a variação de armazenamento de água no solo

mm Armazenamento de água no solo Armazenamento(ARM):Máximo, Médio e Mínimo Requerido 120 100 80 60 40 20 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Máximo Mínimo ARM Médio 04/11 2011 2012

mm BALANÇO HÍDRICO E FENOLOGIA DO CAFEEIRO ARÁBICA Deficiência,Excedente,Retirada e Reposição Hídrica 200 160 120 80 40 0-40 -80 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Granação dos frutos Maturação dos frutos Dormência Florada,chumbinho e expansão Excedente Deficiência Retirada Reposição 1 ano fenológico: 1.SET- MAR: Vegetação e formação das gemas vegetativas(seca:afeta gemas e produção do ano seguinte) 2. ABR-AGO: Indução, crescimento e dormência das gemas florais 2 ano fenológico: 3. SET-DEZ: Florada, chumbinho e expansão dos frutos(seca:peneira baixa) 4. JAN-MAR: Granação dos frutos(seca: chochamento) 5. ABR-JUN: Maturação dos frutos(seca:boa bebida) 6. JUL-AGO: Repouso e senescência dos ramos

Precipitação(mm) Temperatura( C) CLIMATOLOGIA PARA REGIÃO DE SÃO DOMONGOS DAS DORES 300 250 Climatologia-Temperatura Maxima,Mínima e Precipitação(2004-2011) 284,4 30,0 200 150 100 50 0 187,3 188,5 159,5 125,6 98,4 74,7 42,8 25,6 18,7 10,6 6,4 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Granação dos frutos Maturação dos frutos Dormência Florada,chumbinho e expansão 25,0 20,0 15,0 10,0 Precipitação Temperatura Maxima Temperatura Mínima Fonte: Estação meteorológica das Fazendas Reunidas Laia & Souza

Precipitação(mm) Temperatura( C) Precipitação(mm) Temperatura( C) Precipitação(mm) Temperatura( C) Precipitação(mm) Temperatura( C) CLIMATOLOGIA X PRODUÇÃO 300 250 200 150 100 50 0 Temperatura Maxima,Mínima e Precipitação ano de 2009 Acréscimo da safra em relação a previsão +10,3% Jan Fev Mar Granação dos frutos 31,0 29,0 27,0 25,0 23,0 21,0 19,0 17,0 15,0 250 200 150 100 50 0 Temperatura Maxima,Mínima e Precipitação ano de 2010 Decréscimo da safra em relação a previsão -31,7% Jan Fev Mar Granação dos frutos P: 626,0 mm Tm: 24,6 C P: 274,0 mm Tm: 25,8 C 33,0 31,0 29,0 27,0 25,0 23,0 21,0 19,0 17,0 15,0 Precipitação Temperatura Maxima Temperatura Mínima Precipitação Temperatura Maxima Temperatura Mínima 300 250 200 150 100 50 0 Temperatura Maxima,Mínima e Precipitação ano de 2011 Acréscimo da safra em relação a previsão +15,2% Jan Fev Mar Granação dos frutos 33,0 31,0 29,0 27,0 25,0 23,0 21,0 19,0 17,0 15,0 250 200 150 100 50 0 Temperatura Maxima,Mínima e Precipitação ano de 2012 Decrescimo da safra em relação a previsão -???????? Jan Fev Mar Granação dos frutos P: 509,3 mm Tm: 25,0 C P: 304,8 mm Tm: 24,5 C 35,0 33,0 31,0 29,0 27,0 25,0 23,0 21,0 19,0 17,0 15,0 Precipitação Temperatura Maxima Temperatura Mínima Precipitação Temperatura Maxima Temperatura Mínima Fonte: Estação meteorológica das Fazendas Reunidas Laia & Souza

mm T C mm mm GRÁFICOS Precipitação Normal Mensal Evapotranspiração Normal Mensal 400 150 350 300 140 130 120 250 200 150 110 100 90 80 100 50 70 60 50 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 40 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 2004/2011 2011 2012 Média 2004/2011 2011 2012 120 Armazenamento(ARM):Máximo, Médio e Mínimo Requerido 28 Temperatura Média 100 26 80 24 60 22 40 20 20 18 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Máximo Mínimo ARM Médio 04/11 2011 2012 16 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 2004/2011 2011 2012

Produtividade, em scs/ha, e rendimento em cafeeiros da variedade 785-15, em tratamentos com e sem irrigação. Imbé de Minas-MG, 2012 Tratamentos Produtividade (em scs por ha) 2010 2011 2012 Média Relativo (%) Dados seguidos pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de tukey a 0,05. Rendimento 2012 (litros por saca) Irrigado 73,6 96,3 88,6 86,1 a 154,3 450 Não irrigado 54,9 55,8 56,8 55,8 b 100 514 C.V. % 21,7 Produtividade, em scs por ha, e rendimento em cafeeiros da variedade Acauã, em tratamentos com e sem irrigação. Inhapim-MG, 2011. Tratamentos Produtividade (em scs por ha) Rendimento 2011 (Coco/benef.) (%) 2008 2009 2010 2011 Média R(%) Irrigado 105,5 70,5 58,8 64,1 74,7 158 58,3 Não irrigado 34,7 80,5 34,2 38,9 47,1 100 52,1

01/09/2011 03/09/2011 05/09/2011 07/09/2011 09/09/2011 11/09/2011 13/09/2011 15/09/2011 17/09/2011 19/09/2011 21/09/2011 23/09/2011 25/09/2011 27/09/2011 29/09/2011 01/10/2011 03/10/2011 05/10/2011 07/10/2011 09/10/2011 11/10/2011 13/10/2011 15/10/2011 17/10/2011 19/10/2011 21/10/2011 23/10/2011 25/10/2011 27/10/2011 29/10/2011 31/10/2011 02/11/2011 04/11/2011 06/11/2011 08/11/2011 10/11/2011 12/11/2011 14/11/2011 16/11/2011 18/11/2011 20/11/2011 22/11/2011 24/11/2011 26/11/2011 28/11/2011 30/11/2011 Situação climática e tática usada pela Fazenda para controle de Phoma spp. 40,0 35,0 30,0 Setembro Temperatura Máx.: 35,0 C Temperatura Méd.: 22,2 C Temperatura Mín.: 11,6 C Precipitação: 11,4 mm Insolação: 207,3 horas Dias nublados: 7 dias Temperatura máxima,média e mínima Outubro Temperatura Máx.: 32,8 C Temperatura Méd.: 20,8 C Temperatura Mín.: 14,0 C Precipitação:114,3 mm Insolação: 48,9 horas Dias nublados:28 dias Novembro Temperatura Máx.: 31,1 C Temperatura Méd.: 20,7 C Temperatura Mín.: 11,2 C Precipitação: 235,0 mm Insolação: 59,1 horas Dias nublados: 24 dias 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 Primeira pulverização (Controle de Phoma) (16/09 a 27/09) Intervalo de aplicação: 48 dias Segunda pulverização (Controle de Phoma) (29/10 a 15/11) Média linear indicado queda de temperatura de 1,5 C - Obs.: dados climáticos coletados na estação meteorológica da Fazendas Reunidas Laia & Souza até o dia 30/11/11 Márcio Luiz de Carvalho Eng Agrônomo Fazendas Reunidas Laia & Souza Média Máxima Mínima

Resultados em sacos por hectare nas diferentes épocas e formulação de fungicidas 1. Cantus + Break Thru:(150 g/há + 0,025%) A B e (Comet 0,3 L/há) B Ópera + Break Thru: (1,5 L/há Dez. e 1,0 L/há Fev/Mar + 0,025%) Kocide: (1,7 kg/há) Dez e Fev/Mar) + Buran 5,0l/há Dez. 2. Cantus + Break Thru:(150 g/há + 0,025%) B Ópera + Break Thru: (1,5 L/há Dez. e 1,0 L/há Fev/Mar + 0,025%) Kocide: (1,7 kg/há) Dez e Fev/Mar) + Buran 5,0 l/há Dez. Tratamentos Scs/há R% 3. Rovral + Folicur + Break Thru:(0,5 L/há + 0,5 L/há + 0,025%) A B e (Sphere Max 0,3 L/há) B Sphere Max + Break Thru: (0,4 L/há Dez. e 0,3 L/há Fev/Mar) + 0,025%) Kocide: (1,7 kg/há) Dez e Fev/Mar) + Premier Plus 3,0 l/há Dez. 4. Rovral + Folicur + Break Thru:(0,5 L/há + 0,5 L/há + 0,025%) B Sphere Max + Break Thru: (0,4 L/há Dez. e 0,3 L/há Fev/Mar) + 0,025%) 80,1 a 132,6 78,5 a 129,9 71,4 a 118,2 75,7 a 125,3 Kocide: (1,7 kg/há) Dez e Fev/Mar) + Premier Plus 3,0 l/há Dez 5. Testemunha 60,4 b 100,0 CV(%) 18,3 Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si,pelo teste de Scott-Knott a 0,05. Obs.: épocas de aplicação=> A=Setembro(Pré florada); B=Outubro(Pós florada).

CONCLUSÕES Dentre os principais fatores que influenciam na produção do cafeeiro destacam-se as condições climáticas, que são praticamente incontroláveis. O clima possui forte influência sobre a cultura do cafeeiro, sendo de suma importância o conhecimento climático regional para definir melhor a época do controle de doenças,pragas e aplicação de fertilizantes.

Arborização de cafezais

Objetivos O cafeeiro (Coffea arabica L.) é uma planta originária da Etiópia, onde se desenvolveu sob ambiente de sub-bosques de sombra moderada, indicando ser uma espécie não tolerante a temperaturas extremas. No Brasil, o cultivo do café se desenvolveu extensivamente em ambientes a pleno sol. O objetivo deste trabalho foi quantificar as modificações microclimáticas, com ênfase em temperatura do ar em diferentes escalas de tempo, em agrossistema de cultivo de café consorciado com Cedro Australiano(Toona ciliata) em comparação com sistema a pleno sol. Estudar o efeito da arborização em cafeeiro arábica, avaliando a produtividade e qualidade.

Importância da arborização A arborização de cafezais é uma técnica agrícola muito usada em outros países para proteção contra adversidades climáticas e promover a sustentação da cafeicultura. A função da arborização não é, na verdade, sombrear o cafezal. O grande benefício é a proteção dos cafeeiros contra os danos da intempérie, como os causados pelo vento frio predominante, pelos extremos de temperatura, pela chuva violenta, pela deficiência hídrica prolongada, pela erosão e desgastes do solo, etc. A arborização é uma prática micro climática muito importante, que pode beneficiar bastante o ambiente do cafezal. A experiência tem mostrado que a arborização, cobrindo cerca de 20% a 30% do solo do cafezal, reduz a temperatura média diária do ambiente em cerca de 2ºC

Efeitos favoráveis da arborização Redução da temperatura ambiente, a florada fica muito menos sujeita ao abortamento das flores e à ocorrência das estrelinhas. Diminui os problemas da seca de ponteiros. O mato fica enormemente reduzido, diminuindo o número de capinas. Aumenta a duração da fase de café cereja. Aumenta a longevidade e a sustentabilidade do solo do cafezal. Aumenta a disponibilidade de água no solo, o que permite evitar, muitas vezes, a irrigação.

Efeitos desfavoráveis da arborização Aumento da incidência da broca do café, que é associada à melhoria do ambiente microclimático do cafezal arborizado, favorecendo a propagação do inseto. A arborização dos cafezais dificulta o uso de colhedeiras mecânicas nas linhas com arborização. Essas linhas têm de ser colhidas a mão ou com colhedeiras pequenas, de aplicação lateral.

Metodologia O ensaio está montado em uma lavoura de Catucaí 785-15 com 4 anos de idade e espaçamento de 2,5 x 0,7 m numa altitude de 860 m na sede das Fazendas Reunidas Laia & Souza. A arborização foi feita utilizando Cedro Australiano(Toona ciliata), plantado num espaçamento de 7,5 x 8,0 m sendo plantado em Novembro de 2008. Para efeito de avaliação do microclima foi instalado tanto na área arborizada e na área a pleno sol um termo-higrômetro com data logger com registro de dados a cada 60 minutos.os termohigrômetros foram instalados no dia 10/01/2012.

Termohigrômetro( C) Correlação do termohigrômetro e os dados da Estação automática 35 30 25 y = 1,1779x - 3,7215 R² = 0,9527 20 15 10 10 15 20 25 30 35 Estação automática( C)

Resultados iniciais Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Tratamentos Temperatura média( C) Temperatura media( C) Média UR Média(%) UR Média(%) Média Eto(mm) Maxima Minima Diurna Noturna diaria( C) Maxima Minima Diurna Noturna diaria(%) Pleno sol 36,1 17,2 28,3 19,6 24,3 98,8 39,3 63,1 90,2 75,2 133,4 Sombreado 34,8 17,3 26,3 19,6 23,3 98,8 43,5 69,7 90,7 79,1 120,2 Pleno sol 37,3 17,4 28,7 19,7 24,6 98,7 37,0 61,8 87,9 73,4 113,4 Sombreado 36,1 17,3 26,5 19,9 23,4 98,7 38,1 59,6 91,2 76,6 103,6 Pleno sol 34,1 17,2 26,9 18,9 23,3 98,7 45,4 67,7 91,2 78,3 101,6 Sombreado 31,3 17,5 24,7 19,2 22,3 98,9 54,0 75,5 91,2 82,6 92,8 Pleno sol 32,2 17,2 25,5 18,4 22,2 98,2 49,7 71,9 95,0 82,4 80,8 Sombreado 30,2 17,7 24,1 18,8 21,7 98,0 56,9 77,2 94,3 84,9 77,6 Pleno sol 28,8 14,4 21,9 15,9 19,2 98,7 53,4 76,2 95,6 85,0 64,9 Sombreado 25,8 15,0 20,6 16,4 18,7 98,7 62,8 81,5 95,4 87,8 63,1 Pleno sol 29,8 14,8 22,5 17,2 19,4 98,7 50,4 76,5 91 85,0 58,8 Sombreado 26,5 15,4 20,7 17,6 18,9 98,6 62 83,1 91,4 88,1 56,9 Pleno sol 29,9 13,6 22,3 15,8 19,3 96,1 42,8 67,4 86,2 75,9 63,7 Sombreado 27,4 14,2 21,0 16,2 18,8 95,6 50,6 71,9 85,8 78,1 62,0 Obs.: Temperatura e Umidade relativa média diurna: Calculada entre 06:00 e 18:00 Temperatura e Umidade relativa média noturna: Calculada entre 19:00 e 05:00 Eto: calculado pelo método THORNTHWAITE (1948)

Temperatura( C) Temperatura( C) Evapotranspiração(mm) Temperatura( C) Resultados iniciais Evapotranspiração a Pleno sol x Sombreado Temperatura Diurna a Pleno sol x Sombreado 140 120 100 80 60 40 20-40,4 mm(404.000 L/há) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 30 29 28 27 26 25 24 23 22 21 20 19 18-1,8 C Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Eto pleno sol Eto Sombreado T Diurna Pleno sol T Diurna Sombreado Temperatura Noturna a Pleno sol x Sombreado Temperatura média a Pleno sol x Sombreado 21 20 19 18 17 16 15 +0,3 C Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 25 24 23 22 21 20 19 18 17-0,8 C Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez T Noturna Pleno sol T Noturna Sombreado T média Pleno sol T média Sombreado Márcio Luiz de Carvalho Eng. Agrônomo

Fotos Temperatura da folha sombreado Temperatura do solo sombreado Temperatura da folha a pleno sol Temperatura do solo a pleno sol

Café a pleno sol em 06/06/12

Café sombreado em 06/06/12

Café sombreado 06/06/12 Café a pleno sol 06/06/12 5% 25% 35% 50% 60% 25%

Quadro 01: produtividade de cafeeiros a pleno sole sombreado e percentual de grãos secos,maduros e verdes em 2012. Tratamentos sc/há 2012 Rendimento(L/sc) Peneira > 17(%) Café a pleno sol 90,7 a 487 56 Café sombreado 84,3 a 456 68 Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si, pelo teste Tukey a 0,05 Pleno sol Sombreado 25 25 Seco Maduro 60 5 35 Seco Maduro 50 Verde Verde

Café a pleno sol em 20/08/12

Café a pleno sol em 20/08/12

Café sombreado em 20/08/12

Café sombreado em 20/08/12

Cálculo do volume de madeira cerrada: -160 árvores/há -0,5 m de circunferência -V(m³)=0,5/4=>0,125²=0,0156 -V(m³)=0,0156*3 m de altura -V(m³)=0,047*160 árvores -V(m³)=7,5 m³*r$ 600,00=>R$4.500,00 Equivale a: 11,8 sacos de café

Conclusões Os valores observados demonstram o potencial do sistema de arborização, em comparação com o café a pleno sol. Ocorre redução dos valores de temperatura do ar máximos diários na ordem de 1,8ᵒ C, tornando o ambiente mais ameno para o cultivo. A arborização reduz a temperatura média diária em até 0,8ᵒ C. A arborização promove a economia de água, devido a uma menor ETc,aumentando a disponibilidade de água no solo, o que permite evitar, muitas vezes, a irrigação.

Obrigado! Márcio Luiz de Carvalho Eng Agrônomo Fazendas Reunidas Laia & Souza ml.carvalho@hotmail.com