ACES Algarve II - Barlavento. Ana Cristina Costa Comissão de Qualidade e Segurança do Doente ACES Algarve II Barlavento

Documentos relacionados
SEMINÁRIO: IDOSOS... UM OLHAR PARA O FUTURO! PAINEL 4: CUIDAR E PROTEGER - CUIDADOS DE SAÚDE DIÁRIOS - VANESSA MATEUS FAÍSCA

Divulgação geral, Hospitais do SNS e Profissionais de Saúde

Hospitalizaçao domiciliária Integração de cuidados Um Projeto inovador para o futuro

EQUIPA DE SUPORTE A DOENTES CRÓNICOS COMPLEXOS. Unidade Local de Saúde de Matosinhos

Monitorização Qualidade e Segurança. Anabela Coelho Chefe da Divisão da Gestão da Qualidade Departamento da Qualidade na Saúde

ST+I - Há mais de 25 anos a pensar Saúde. Circuito do Medicamento. Ambulatório. Mais que ideias... Criamos Soluções... Saúde

Monitorização da Qualidade e Segurança. ANABELA COELHO Chefe de Divisão de Gestão da Qualidade Departamento da Qualidade na Saúde

ENFERMAGEM SAÚDE DO IDOSO. Aula 5. Profª. Tatiane da Silva Campos

Ambulatório. Circuito do Medicamento. Prescrição. Farmácia. Comunitária. Farmácia. Hospitalar. Validação Farmacêutica. Cirurgia de.

Gestão da Medicação nas Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI)

A experiência dos Serviços Farmacêuticos da ARSC

Apresentação: Rui Costa Francisco Sil. Soluções Hospitalar. CDM Circuito do Medicamento. Maternidade Augusto N'Gangula Exma Dra.

Plano Nacional para a Segurança dos Doentes ANABELA COELHO Chefe de Divisão de Gestão da Qualidade Departamento da Qualidade na Saúde

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR. SECÇÃO 1: Declaração de Princípios Introdutórios e Gestão

I Encontro Integrar + Proximidade + Saúde

Farmácia Clínica Farmácia Clínica

CIRCULAR INFORMATIVA CONJUNTA N.º 07 / 2016 / DGS / SPMS

Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR) - SIADAP 1 Ministério da Saúde

Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR) - SIADAP 1 - Ministério da Saúde

Rastrear Medicamentos em Ambiente Hospitalar

Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR) - SIADAP 1 - Ministério da Saúde

Autores/Editores Maria Helena Pimentel; Isabel Cristina Jornalo Freire Pinto; Olívia Rodrigues Pereira. Farmácia de Hoje, Fármacos

ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR PARA O ATENDIMENTO AOS PACIENTES DIABÉTICOS INTERNADOS

Estágio em Farmácia Hospitalar e Farmácia Comunitária FORMULÁRIO DE ACTIVIDADES. Nome:

Observações / Apoio (DGS) Observações / Apoio. Observações / Apoio (Informação n.º 001/2013) (Orientação n.º 002/2013)

Governo da Catalunha. Departamento de Saúde

Comissões da Qualidade e Segurança 6ª Reunião novembro/dezembro de 2015

Seminários TIC/SI ENSP

Dimensão Segurança do Doente Check-list Procedimentos de Segurança

Objectivos Operacionais (OO) Eficácia Ponderação: 50% Aumentar em 40% o número de USF em actividade na região Norte

Segurança no circuito do medicamento

Glintt. Sistemas e Tecnologias de Informação e Comunicação. Escola Nacional de Saúde Pública, 9 de Maio de 2015

Nacional de Cuidados Paliativos (RNCP) e indicadores de referência para a implementação e desenvolvimento destas equipas

PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DO CONDE E A ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO NORTE

O UTENTE OS PROCESSOS A INOVAÇÃO

CARTÃO DA PESSOA COM DOENÇA RARA Departamento da Qualidade na Saúde

Acesso e desempenho assistencial no SNS em 2017 REUNIÃO DE TRABALHO DE DIRIGENTES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Clostridium difficile

ST+I - Há mais de 25 anos a pensar Saúde. Circuito do Medicamento. Internamento. Mais que ideias... Criamos Soluções... Saúde

Comissões da Qualidade e Segurança. 7ª Reunião, março de 2016

GRUPO TÉCNICO DE FERIDAS

Farmácia Circuito do Medicamento integrado no SGICM

Orçamento do Estado 2016

Triagem. Prescrição. Urgência. Alertas MCDT. Administração. Monitorizações. Mais que ideias... Criamos Soluções...

Internamento. Circuito do Medicamento. Prescrição. Validação Farmácia. Alertas. Administração. Monitorizações. Mais que ideias... Criamos Soluções...

Unidade de Gestão do Acesso. Teresa Mariano Pêgo ACSS

ANO: saúde. Ministério da Saúde DESIGNAÇÃO REGIÃO NORTE E BEM GERIDO EFICÁCIA 45,0. 1 utentes inscritos em. Peso: 10,,0.

Eficácia Ponderação: 50% Aumentar para 40% o número de utentes inscritos em USF na região Norte até 31 de Dezembro de % 40% 15%

APOIO DOMICILIÁRIO AOS DOENTES DA CONSULTA DE HIPOCOAGULAÇÃO DO CHCB, E.P.E.

Plano Nacional Segurança do Doente Formação-Ação

Prof. Coordenador - Escola Sup. de Enfermagem do Porto. Presidente da Sociedade Port. de Enf. de Saúde Mental

Projeto de Integração de Cuidados

INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA NA TERCEIRA IDADE: UMA VULNERABILIDADE?

N. 8/2017/CNCP/ACSS DATA: CIRCULAR NORMATIVA

Plataforma de Dados da Saúde

Fórum de Nutrição e Farmácia

REGULAMENTO EQUIPA INTRA-HOSPITALAR DE SUPORTE EM CUIDADOS PALIATIVOS

Bolsa de. Objetivos Individuais

Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR) - SIADAP 1 Ministério da Saúde

ST+I - Há mais de 25 anos a pensar Saúde. Urgência. Mais que ideias... Criamos Soluções... Saúde

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 2082/XIII/4ª INVESTIMENTO NAS FARMÁCIAS HOSPITALARES DOS HOSPITAIS DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

Clínica Organizacional. Inovação

Integração O papel do Hospital na Comunidade

Internamento. Circuito do Medicamento. Prescrição. Validação Farmácia. Dose Unitária. Alertas. Administração. Monitorizações

Saúde Algarve

PLANO INDIVIDUAL DE CUIDADOS NO SNS PATRÍCIA BARBOSA NÚCLEO DE APOIO ESTRATÉGICO

SIADAP AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS SERVIÇOS

O processo de contratualização nos CSP no Algarve em números

Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR) SIADAP 1 - Ministério da Saúde

ST+I - Há mais de 25 anos a pensar Saúde. Nutrição. Mais que ideias... Criamos Soluções... Saúde

CARTILHA SEGURANÇA DO PACIENTE. Como você pode contribuir para que a saúde e segurança do paciente não seja colocada em risco na sua instituição?

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO. Novo Portal RAM. Célia Alves. Diretora Direção de Gestão de Informação e Comunicação

Nutrição. Dietas Hospitalares Prescrição. Pedidos. Questionários Nutricionais. Etiquetas. Reports. Custos. Mais que ideias... Criamos Soluções...

Projecto MobES, Mobilidade e Envelhecimento Saudável

Factores que influenciam a actividade dos fármacos esquema/regime terapêutico.

Dimensão Segurança do Doente Check-list Procedimentos de Segurança

Promover padronização das prescrições médicas, referentes aos medicamentos/materiais; Estabelecer fluxo seguro de dispensação medicamentos/materiais.

Plano Nacional de Saúde Contributo da Ordem dos Farmacêuticos

Ana Fernanda Yamazaki Centrone Enfermeira Centro de Oncologia e Hematologia Hospital Albert Einstein

Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Dor

CONFERÊNCIA. Segurança nos cuidados de saúde pilar essencial da qualidade

Monitorização mensal da atividade assistencial maio 2013

Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil: A implementação e a sustentabilidade

Uma nova dinâmica do SNS

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA DE SAÚDE MATERNA

ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS

Financiamento Hospitalar Cirurgia em ambulatório Vs Cirurgia em Internamento. Papel da Informática na Facturação

Triagem. Prescrição. Urgência. Alertas MCDT. Administração. Monitorizações. Saúde. Mais que ideias... Criamos Soluções...

Agendamento. QuimioProcess. Prescrição. Validação. Segurança. Manipulação. Administração. Saúde. Saúde. Mais que ideias... Criamos Soluções...

APROVADO EM INFARMED

NOF FC.IF p. 1 de 8k

MANUAL DE ACOLHIMENTO SERVIÇO DE CUIDADOS PALIATIVOS SCP

Valorização do Percurso dos Doentes no SNS

ST+I - Há mais de 25 anos a pensar Saúde. QuimioProcess. Mais que ideias... Criamos Soluções... Saúde

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

INTEGRAÇÃO. O PAPEL DO HOSPITAL NA COMUNIDADE. 09/11/2010 Luciana Monteiro

Transcrição:

ACES Algarve II - Barlavento Ana Cristina Costa Comissão de Qualidade e Segurança do Doente ACES Algarve II Barlavento 19 Abril 2017

2 Esperança média de vida Envelhecimento populacional Prevalência das doenças crónicas Polimedicação Interações, reações adversas e erros de medicação

3 Segurança na utilização dos medicamentos A forma como acondicionamos os medicamentos nas unidades de saúde, nas nossas casas Literacia em saúde da população Cuidados a ter com os medicamentos, tomas, uso desnecessário, duplicação de fármacos, interações com outros medicamentos, com a alimentação, com o álcool, erros relacionados com a medicação, custos

4 A população que recorre aos serviços de saúde é cada vez mais idosa, polimedicada Esta população constitui um grupo de risco para os erros de medicação Apesar da Reconciliação da Terapêutica (RT) ser um importante contributo para a segurança do doente e qualidade dos serviços, sabemos que, frequentemente, não é feita nas unidades de saúde, mas não sabemos precisar o nível de RT

5 Avaliar o nível de Reconciliação da Terapêutica nos serviços de internamento de um hospital Estudo transversal, exploratório, realizado no período entre 16 de Maio e 30 de Junho 2016 Abrangidos 5 serviços hospitalares Amostra aleatória de 30 doentes, retirada da população de doentes internados entre Dezembro de 2015 e Fevereiro 2016 Fontes de informação - SClinic, SAM

6 Nome do medicamento Medicação habitual do doente Medicação nova prescrita Justificação das alterações de medicação

7 3 6 8 13 TOTAL= 30 Sem informação Não conforme Não efectuada Efectuada

8 Desenvolver Protocolo de Reconciliação Terapêutica nos doentes internados Formar e apoiar os profissionais de saúde sobre Reconciliação Terapêutica Auditar trabalho desenvolvido Melhorar articulação entre os profissionais de saúde do hospital, dos cuidados de saúde primários e continuados, no âmbito da Reconciliação Terapêutica

9 ACES Algarve II - Barlavento Aumentar a segurança na utilização da medicação Estimular a adesão dos profissionais e cidadãos à notificação de incidentes e reações adversas a medicamentos Verificar a lista completa da medicação de cada doente, com denominação, dose, frequência e via administração, sempre que haja nova prescrição, através da confrontação com a já existente Realizar a RT nas admissões, transferências entre serviços e altas

10 Avaliar/Reavaliar a terapêutica farmacológica - na admissão - nova prescrição - episódio de urgência - transferência - internamento e alta - trimestralmente Calendarização e controlo EquipaCuidadosContinuadosIntegrados(ECCI)4Lagoa QuadrodeTerapêuticaFarmacológica Folhanº Nome: Idade: Nºut: NºProc: Data: / / Alergias/Intolerâncias: Revera: / / Fármaco Dose Via Data Data Jejum Pequeno Almoço Tarde Jantar Deitar Outras Observações Admin. Início Fim 4almoço posologias Fornecer quadro de terapêutica farmacológica após cada avaliação (se alterações)

11 Estimular a afixação do quadro de terapêutica farmacológica em local acessível e visível Estimular a utilização desse quadro nas consultas, episódio de urgência, etc...

12 Incentivar - a comunicação de reações adversas e interações dos medicamentos - a separação dos medicamentos em uso, dos não usados - a verificação da data de validade dos medicamentos - a eliminação das caixas de medicamentos antigos - o acondicionamento adequado dos medicamentos Desencorajar - a automedicação - a partilha de medicamentos com outras pessoas - a toma dos medicamentos pelo aspeto

13 Ensino a cuidadores formais e informais sobre preparação de medicação semanal Distribuição de folheto de cuidados a ter com os medicamentos. Não se esqueça ainda Sempre que sinta ou observe alguma reação adversa ou interação de um medicamento, comunique ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico. CUIDADOS A TER COM OS SEUS MEDICAMENTOS Faça isso, pela sua segurança. Utilize os medicamentos de forma segura, para si e para os outros. Alguma dúvida por favor contate a Equipa da ECCI Lagoa Horário de at endimento: 8 às 17 horas Ao tomar medicamentos, existem certos cuidados que precisa de ter, para o fazer em segurança. ECC I L A GOA - U C C D A L A GOA Urbanização dos Vales 8400-833 Lagoa Telefone: 282 340 377 Fax: 282 340 378 email: eccilga@acesbarlavento.min.saude.pt

14 Falhas de comunicação na transferência/transição de cuidados - Aplicativos informáticos (desenvolver sistemas informáticos para a RT SPMS 2015-2017) - Incongruência entre a medicação existente no domicílio e a que consta na PDS Desresponsabilização na gestão do regime terapêutico do doente/cuidador (cultural, paternalismo, iliteracia em saúde) Avaliações periódicas

15 Os utentes de uma ECCI têm normalmente polipatologias logo polimedicados por isso, torna-se muito relevante promover a segurança na utilização de medicamentos: Implementar a reconciliação terapêutica periodicamente Promover um papel ativo do utente/prestador de cuidados/família na utilização dos seus medicamentos Planear estratégias para aumentar a segurança na utilização dos medicamentos a fim de evitar erros, duplicações, interações, etc.

16