AÇÃO SOCIAL DAS EMPRESAS DO CENTRO-OESTE: QUEM SÃO E ONDE ESTÃO, EM 2004?



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Transcrição:

Diretoria de Estudos Sociais - DISOC AÇÃO SOCIAL DAS EMPRESAS DO CENTRO-OESTE: QUEM SÃO E ONDE ESTÃO, EM 2004? Brasília, maio de 2006.

2 Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Luiz Henrique Proença Soares Diretora da Diretoria de Estudos Sociais Anna Maria Tiburcio Medeiros Peliano Coordenadora-geral da Pesquisa Ação Social das Empresas Anna Maria Tiburcio Medeiros Peliano Elaboração do documento Ana Carolina Aires Cerqueira Prata Luana Simões Pinheiro Equipe da Pesquisa Ação Social das Empresas Ana Carolina Aires Cerqueira Prata Alda Pimentel de Matos Guerreiro Chaves Luana Simões Pinheiro Marco Antonio de Sousa Nathalie Beghin Erico Caixeta Rose Roberto Sant Anna Matos Consultores Alfonso Rodriguez Arias Antonio Eduardo R. Ibarra Eliane Rocha Araújo Glauber Lesnau Joel Osório Alves Liseane Morosini Colaboradores CGMGI-DIRAF Bruno Caixeta Rose Elivan de Souza Martins Romy do Vale Campos Marcos Mello Nobrega Equipe da Pesquisa por Telefone Leonardo Neves Alves Ângela Alves de Matos Jacileide do Socorro Castro do Monte Katiane de Carvalho Lima Lidiane Silva Soares Agradecimentos Diretoria de Administração e Finanças do IPEA Apoio RedeIpea de Pesquisa Escritório da Cepal no Brasil

3 Sumário Apresentação I. O perfil das empresas pesquisadas II. Os resultados para a Região Centro-Oeste Quem são e onde estão III. Quem fez mais para a comunidade? A liderança dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul O destaque das grandes empresas As mais velhas são as mais atuantes O destaque das empresas agrícolas O combate à fome IV. Quem nada fez para a comunidade e porquê? O menor envolvimento do Goiás e do Distrito Federal A dificuldade das microempresas Os hábitos da idade O baixo envolvimento do setor de construção civil Por que motivos as empresas não atendem as comunidades? V. Quem fez mais para seus empregados? Destaque para o Distrito Federal As maiores fazem a diferença A idade não é determinante A construção civil sai na frente VI. Quem nada fez? O Goiás é o estado menos atuante As menores pesam Quanto mais velhas mais atuantes O menor envolvimento do comércio Conclusões Anexo: tabelas suplementares

4 Apresentação Dando continuidade à série de estudos realizados sobre o envolvimento do setor empresarial na área social, o IPEA atualiza agora, para 2004, a Pesquisa Ação Social das Empresas na região Centro-Oeste. O ineditismo continua sendo a marca da Pesquisa, uma vez que é a primeira investigação que produz dados comparativos no tempo para o universo das empresas da região com um ou mais empregados nas capitais e no interior dos estados. Inicialmente, é importante registrar que o conceito utilizado para definir ação social empresarial foi, deliberadamente, abrangente: para as comunidades, considerou-se quaisquer atividades que as empresas realizam, em caráter voluntário, nas áreas de assistência social, alimentação, saúde e educação, entre outras. Essas atividades incluem desde pequenas doações eventuais a pessoas ou instituições até grandes projetos mais estruturados. Já para os empregados e seus familiares, foram incorporadas como ações sociais não obrigatórias, as atividades desenvolvidas em áreas tais como saúde, educação, qualificação profissional, redistribuição de lucros e previdência complementar. Ressalte-se que atividades sociais, como a alimentação ao trabalhador acordadas em convenções coletivas, foram incluídas na Pesquisa como ações sociais, uma vez que pressupõem a anuência do empregador independentemente de legislação prévia. Foram, portanto, excluídas do conceito de ação social as atividades executadas por obrigação legal, como, por exemplo, o cumprimento de normas trabalhistas, o valetransporte, o salário-família e as contribuições compulsórias às entidades integrantes do chamado Sistema S, quais sejam, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). A Pesquisa foi realizada a partir de uma amostra de 1.930 empresas privadas lucrativas selecionadas no universo de empresas com um ou mais empregados para as quais se dispunha de endereço e CEP no cadastro mantido pelo Ministério do Trabalho e

5 Emprego, referente ao ano de 2004, e composto pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Este é o mais completo cadastro de âmbito nacional que identifica, localiza e fornece o número de empregados e a atividade econômica das empresas. Na região Centro-Oeste, das 1.930 empresas inicialmente selecionadas para compor a amostra, 1.151 (60%) foram diretamente contatadas pelo IPEA por intermédio de pesquisa telefônica. Desse conjunto de empresas, 15 corresponderam a unidades sem fins de lucro, extintas ou cuja matriz estava localizada fora da região. Em virtude destas características, tais empresas foram eliminadas da amostra inicial da Pesquisa. Outras 773 empresas não foram localizadas. Assim, a amostra final, de 1.111 empresas pesquisadas, representa um universo estimado de quase 80 mil empresas formais no Centro-Oeste com um ou mais empregados. Este trabalho divulga as informações obtidas na primeira etapa da Pesquisa, que foi realizada por telefone, entre os meses de agosto e dezembro de 2005. Embora para alguns dos grupamentos analisados os dados refiram-se a um número pequeno de empresas (i.e., setor de extrativa mineral), podendo eventualmente reduzir sua validade estatística, acredita-se que eles retratem com fidelidade o envolvimento na área social do empresariado da região Sul. Assim, os dados do setor de extrativa mineral estão agrupados com os dados do setor de indústria de transformação. Os resultados apresentados fornecem um retrato do conjunto das empresas privadas do Centro-Oeste com um ou mais empregados que realizaram ações sociais em 2004, por ano de criação, porte e setor de atividade econômica. Permitem, ainda, avaliar quem mais se destaca em cada um dos grupamentos pesquisados, levando-se em conta, por exemplo, quantas empresas da região realizaram ações sociais em 2004 como proporção do total de empresas existentes. Tais relações denotam a intensidade do envolvimento das empresas conforme sua localização, porte, ano de criação e setor de atividade econômica. A Pesquisa explorou, em caráter inédito na região Centro-Oeste, as razões pelas quais as empresas não realizaram atividade social em prol das comunidades mais pobres e quais os motivos que as levariam a atuar nesse campo. Questionou-se, também, se a empresa fez algum tipo de doação ou realizou ações sociais especificamente voltadas para o combate à fome. Essas informações mais específicas contribuem para formar um

6 referencial importante a fim de avaliar o grau de envolvimento do setor empresarial com a questão social no país. Cabe ressaltar que o contato direto por telefone é um método que se mostra de grande valia. Por desconhecerem o significado da noção de ação social, muitas vezes os empresários, principalmente os de pequeno porte, não informam que realizam algum tipo de atividade social. A interatividade proporcionada pelo telefone permite melhor esclarecimento sobre o conteúdo do que se busca pesquisar, o que ajuda as empresas a responderem mais adequadamente às perguntas, e fornecer, inclusive, informações complementares. Ademais, a pesquisa por telefone permite alcançar uma alta representatividade, visto que obteve-se respostas para cerca de 90% das empresas da amostra. Por fim, ainda restam as indagações sobre o tipo de ações que as empresas do Centro-Oeste realizam, como, por exemplo, porque atuam, como operam e a quem beneficiam, dentre outras questões. Estas respostas estarão disponíveis após a conclusão da segunda etapa da Pesquisa referente à apuração dos questionários enviados às empresas que declararam ter realizado, em 2004, algum tipo de ação social em benefício da comunidade em geral. A divulgação destes resultados está prevista para o primeiro semestre de 2006.

7 I. O perfil das empresas pesquisadas O universo analisado pela Pesquisa é composto por quase 80 mil empresas privadas da região Centro-Oeste, com um ou mais empregados. A maior parte delas (41%) está localizada no estado de Goiás e apenas 21% encontram-se no Distrito Federal. Predominam as empresas comerciais (59%) e as de pequeno porte (68%). Os gráficos 1 a 3 é possibilitam possível visualizar a distribuição das empresas na região, por estado, setor de atividade econômica e número de empregados. Gráfico 1 Região Centro-Oeste Distribuição das Empresas em 2004, por Estado Distrito Federal 21% Mato Grosso e Mato Grosso do Sul 38% Goiás 41% Total: 79.765 empresas

8 Gráfico 2 Região Centro-Oeste Distribuição das Empresas em 2004, por Setor de Atividade Econômica Serviços 23% Comércio 59% Indústria 13% Agricultura, Silvicultura e Pesca Construção Civil 2% 3% Total: 79.765 empresas Gráfico 3 Região Centro-Oeste Distribuição das Empresas em 2004, por Número de Empregados 1 a 10 empregados 68% 11 a 100 empregados 22% Não sabe/não respondeu 6% Mais de 500 empregados 1% 101 a 500 empregados 3% Total: 79.765 empresas Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro-Oeste IPEA/DISOC (2005)

9 II. Os resultados para a Região Centro-Oeste Do total de quase 80 mil empresas privadas do Centro-Oeste com um ou mais empregados, 61% declararam ter realizado, em caráter voluntário, ações sociais para a comunidade no ano de 2004, como pode ser observado no gráfico 4. São quase 49 mil empresas que incluem tanto as que fizeram pequenas e eventuais doações ocasionais até aquelas que executaram projetos mais estruturados. Gráfico 4 A Empresa Realizou Ações Sociais para a Comunidade, em 2004? Não 39% Sim 61% Total: 79.765 empresas Três resultados adicionais podem ser destacados: As empresas que realizaram atividades sociais não obrigatórias em benefício de seus empregados (60 mil) constituem um grupamento maior (76%) do que aquele que apoiou ações sociais para a comunidade 1 (61%); As empresas que não executaram qualquer espécie de ação social representam um número muito reduzido 9 mil ou 12% do total; e As empresas que atuaram exclusivamente em benefício da comunidade 10 mil ou 12% do universo equivalem a menos da metade daquelas que desenvolveram 1 Foram consideradas como empresas que realizam atividades em benefício de seus empregados tanto aquelas que atuaram exclusivamente dentro de seus muros, quanto aquelas que atenderam simultaneamente a empregados e comunidade. Da mesma forma, dentre as empresas que atuaram para a comunidade foram contabilizadas tanto as que atenderam somente à comunidade quanto as que realizaram ações sociais simultaneamente aos empregados e comunidades.

10 ações exclusivamente para seus empregados, 21 mil que equivale a 27% do total. Tal resultado parece indicar uma preocupação das empresas do Centro-Oeste em atuar primeiro dentro de seus muros para só então expandir seu envolvimento para as comunidades. A maioria das empresas, entretanto, (49%) combinou as duas formas de atuação (ver gráficos 5 e 6). Gráfico 5 A Empresa Realizou Ações Sociais para seus Empregados, em 2004? Não 24% Sim 76% Total: 79.765 empresas Gráfico 6 Quem se Beneficiou da Ação Social da Empresa, em 2004? Somente a Comunidade 12% Não Realizou Ação Social 12% Somente seus Empregados 27% Comunidade e Empregados 49% Total: 79.765 empresas

11 Quem são e onde estão O comércio (59%) e as empresas de menor porte (66%) formam a maioria absoluta entre as 48 mil empresas do Centro-Oeste que fizeram algum tipo de ação social para a comunidade em 2004. O grupamento dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul abriga um número também significativo dessas empresas 21,5 mil ou 44% do total (ver gráfico 7). Gráfico 7 Distribuição das Empresas que Realizaram Ações Sociais para a Comunidade, em 2004 Distrito Federal Por Estado Mato Grosso e Mato Grosso do Sul 44% Por Setor de Atividade Econômica Serviços 22% Goiás 36% Comércio 59% Por Número de Empregados Agricultura Silvicultura e Construção civil Pesca 1% 2% Indústria 16% 1 a 10 empregados 66% Não sabe/não respondeu 5% Mais de 500 empregados 1% 101 a 500 empregados 4% 11 a 100 empregados 24% Total: 48.793 empresas Essa predominância se reproduz, com algumas diferenças importantes, nos outros três conjuntos analisados: o das empresas que realizaram ação social para seus empregados, o das que não realizaram qualquer ação para a comunidade e o das que não realizaram ações sociais nem para comunidade nem para empregados (ver gráficos 8 a 10). Com efeito, destaque-se que entre aquelas empresas que não realizaram qualquer ação social para a comunidade, a maior parte localiza-se no estado de Goiás (49%). Da

12 mesma forma, as empresas goianas correspondem a 61% daquelas que não realizaram qualquer tipo de ação social, enquanto os estabelecimentos do Distrito Federal perfazem apenas 11% do total daquelas que atuam nem para a comunidade nem para empregados e familiares (ver gráficos 9 e 10). Também merece realce o fato de que são as microempresas (1 a 10 empregados) que têm maior participação no conjunto daquelas que não realizam ação social nem para dentro nem para fora de seus muros; elas são 70% e 91%, respectivamente. Por outro lado, é interessante notar que praticamente não há empresas de médio (101 a 500 empregados) e grande (mais de 500 empregados) porte que não se envolvam de alguma forma em ações sociais, não importando qual o público. Por fim, ressalta-se que entre as empresas que não realizaram qualquer tipo de ação social, independente do público, não há representação de estabelecimentos agrícolas ou da construção civil; 68% dessas empresas são comerciais. Gráfico 8 Distribuição das Empresas que Realizaram Ações Sociais para seus Empregados, em 2004 Por Estado Por Setor de Atividade Econômica Distrito Federal 24% Goiás 40% Mato Grosso e Mato Grosso do Sul 36% Comércio 54% Serviços 24% Indústria 16% Agropecuária, Silvicultura e Pesca 2% Construção civil 4% Por Número de Empregados 1 a 10 empregados 62% 11 a 100 empregados 26% Não sabe/não respondeu 7% Mais de 500 empregados 1% 101 a 500 empregados 4% Total: 59.946 empresas

13 Gráfico 9 Distribuição das Empresas que Não Realizaram Qualquer Ação Social para a Comunidade, em 2004 Por Estado Por Setor de Atividade Econômica Distrito Federal 24% Mato Grosso e Mato Grosso do Sul 27% Comércio 59% Serviços 26% Agricultura, Silvicultura e Pesca e Construção Civil 6% Goiás 49% Indústria 9% Por Número de Empregados 1 a 10 empregados 70% 11 a 100 empregados 19% Não sabe/não respondeu 9% 101 a 500 empregados 2% Total: 30.972 empresas

14 Gráfico 10 Distribuição das Empresas que Não Realizaram Qualquer Ação Social nem para a Comunidade, nem para seus Empregados, em 2004. Distrito Federal 11% Por Estado Mato Grosso e Mato Grosso do Sul 28% Comércio 68% Por Setor de Atividade Econômica Serviços 25% Indústria 7% Goiás 61% Por Número de Empregados 1 a 10 empregados 91% 11 a 100 empregados 9% Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - IPEA/DISOC (2005) Total: 9.882 empresas

15 III. Quem fez mais para a comunidade? A liderança dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul No atendimento às comunidades, são as empresas do grupamento formado pelos estados do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso as que mais se destacam na região Centro-Oeste: 72% delas declarou ter realizado algum tipo de ação social para este público em 2004 (ver gráfico 11). As empresas de Goiás e do Distrito Federal apresentaram percentuais bem mais baixos e mais próximos da média regional de 61%. Gráfico 11 Por Estado: Qual a Participação das Empresas em Ações Sociais para a Comunidade, em 2004? 80% 60% 72% Média da Região 61% 40% 54% 56% 0% Mato Grosso e Mato Grosso do Sul Goiás Distrito Federal O destaque das grandes empresas Quase a totalidade das empresas de grande porte (97%), que possuem mais de 500 empregados, realizou algum tipo de ação social para a comunidade em 2004 (ver gráfico 12). Vale destacar, também, a performance das microempresas (de 1 a 10 empregados) onde se verifica que 60% delas deu sua contribuição. Como elas representam cerca de 70% do universo empresarial da região, foram elas que influenciaram, de maneira mais forte, o percentual médio de atuação das empresas do Centro-Oeste (61%).

16 Gráfico 12 Por Número de Empregados: Qual a Participação das Empresas em Ações Sociais para a Comunidade, em 2004? 100% 80% 60% Média da Região 61% 40% 60% 67% 73% 97% 0% 1 a 10 11 a 100 101 a 500 Mais de 500 Número de Empregados Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro-Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) As mais velhas são as mais atuantes A idade da empresa parece interferir bastante na sua atuação no campo social. As empresas que apresentaram percentuais maiores foram aquelas criadas há mais de 20 anos: 87% delas realizaram, em 2004, ações sociais para a comunidade. Já os grupamentos com menor participação foram aqueles integrados por empresas mais novas, com até 5 anos de idade e de 6 a 10 anos de idade, respectivamente com 58% e 62% de empresas tendo atuado em prol da comunidade (ver gráfico 13). Vale ressaltar, entretanto, que os resultados desses itens devem ser relativizados, na medida em que pouco mais de um terço das empresas não respondeu ou não informou seu ano de fundação. 100% Gráfico 13 Por Idade: Qual foi a Participação das Empresas em Ações Sociais para a Comunidade, em 2004? 80% 87% 60% 58% 62% 71% 70% Média da Região 61% 40% 0% Até 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 Mais de 20 Anos

17 O destaque das empresas agrícolas No atendimento às comunidades, o ramo da agricultura, silvicultura e pesca apresentou a melhor performance: 97% das empresas declararam realizar, em 2004, alguma ação social para as comunidades. Na indústria esse percentual, ainda que mais baixo do que o setor agrícola, também é alto, com 73% das empresas atuando voluntariamente em prol das comunidades. Foi o setor de construção civil, contudo, o que mais se destacou em função do baixo envolvimento de suas empresas. De fato, apenas 23% do empresariado desse setor informou atuar para as comunidades carentes. É importante ressaltar, porém, que como será visto mais adiante, as empresas do setor de construção civil participam ativamente quando analisamos o seu envolvimento em ações para seus empregados. Gráfico 14 Por Setor de Atividade Econômica: Qual a Participação das Empresas em Ações Sociais para a Comunidade, em 2004? 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 10% 0% 61% 73% 57% 23% 97% Comércio Indústria Serviços Construção Civil Agricultura, Silvicultura e Pesca Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro-Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Média da Região 61%

18 O combate à fome Dentre as empresas que declararam ter realizado algum tipo de ação social para a comunidade, em 2004, questionou-se a respeito da sua atuação específica no combate à fome. A percepção das empresas é de que, no geral, as atividades sociais que realizam contribuem de alguma forma para o enfrentamento da insuficiência alimentar e da miséria. Assim, perguntou-se na Pesquisa se foram feitas ações direcionadas especialmente para a questão da fome (i.e., participação em mutirões, campanhas ou programas governamentais e não governamentais). Observou-se que foi expressivo o número de empresas que respondeu positivamente: cerca de 10 mil, o que corresponde a daquelas empresas do Centro-Oeste que declararam atuar para a comunidade (ver gráfico 15). Gráfico 15 A Empresa Realizou Ações Sociais Especificamente Direcionadas para o Combate à Fome, em 2004? Não Sabe /Não Respondeu 5% Sim Não 75% Total: 48.793 empresas Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - IPEA/DISOC (2005) Cabe ressaltar que o comportamento das empresas na realização de atividades de combate à fome variou conforme sua localização, porte, ramo de atividade econômica e idade. Destacaram-se as empresas do setor agrícola com uma performance bastante expressiva (65%), as de pequeno porte - 11 a 100 empregados - (28%), as que foram fundadas entre 1994 e 2000 (25%) e as do estado de Goiás (23%), conforme mostram os gráficos 16 a 19.

19 Gráfico 16 Por Estado: Qual o Percentual de Empresas que Realizou Ações Sociais Especificamente Direcionadas para o Combate à Fome, em 2004? 30% Média da Região 19% 23% 10% 16% 0% Mato Grosso e Mato Grosso do Sul Goiás Distrito Federal Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Regão Centro-Oeste - IPEA/DISOC (2005) Gráfico 17 Por Número de Empregados: Qual o Percentual das Empresas que Realizou Ações Sociais Especificamente Direcionadas para o Combate à Fome, em 2004? 30% 28% Média da Região 10% 15% 17% 22% 0% 1 a 10 11 a 100 101 a 500 Mais de 500 Número de Empregados

20 Gráfico 18 Por Setor de Atividade Econômica: Qual o Percentual das Empresas que Realizou Ações Sociais Especificamente Direcionadas para o Combate à Fome, em 2004? 70% 60% 65% 50% 40% 30% 10% 0% 5% 18% 25% 17% Construção Civil Comércio Indústria Serviços Agricultura, Silvicultura e Pesca Média da Região Gráfico 19 Por Idade: Qual o Percentual de Empresas que Realizou Ações Sociais Especificamente Direcionadas para o Combate à Fome, em 2004? 30% 25% Média da Região 10% 11% 17% 12% 0% Até 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 Mais de 20 Anos Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - IPEA/DISOC (2005)

21 Do universo de empresas que realizou ações sociais à comunidade especificamente no combate à fome, 98% atuou doando alimento (ver gráfico 20). Gráfico 20 Qual a Principal Forma de Atuação das Empresas que Realizaram Ações Sociais Especificamente Direcionadas para o Combate à Fome, em 2004? Doação de alimentos 98% Doação de recursos financeiros 11% Doação de roupas/agasalhos Outros 4% 3% 0% 10% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Total: 9.772 empresas

22 IV. Quem nada fez para a comunidade e porquê? Pouco mais de um terço das empresas do Centro-Oeste (39%) não realizou qualquer atividade social para comunidades em 2004, o que corresponde à cerca de 31 mil empresas (ver gráfico 4). Cabe ressaltar que isso não significa que não tenham atuado de forma alguma. Nesse conjunto também estão incluídas as empresas que concedem, de forma exclusiva, benefícios para os seus empregados. O perfil dos estabelecimentos que nada fazem nem para comunidade nem para funcionários será analisado mais adiante, na seção VI. A intensidade da atuação social para as comunidades variou de acordo com o estado em que as empresas estavam localizadas, seu porte, idade e o setor de atividade em que atuavam. Tais detalhamentos são apresentados a seguir. O menor envolvimento do Goiás e do Distrito Federal Menos de um terço das empresas do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul declararam não ter realizado qualquer tipo de ação social para a comunidade em 2004. Este comportamento mostrou-se bastante abaixo da média da região Centro-Oeste, que foi de 39%. As empresas goianas e do Distrito Federal apresentaram percentuais bem mais elevados de atuação, com 46% e 44%, respectivamente, das empresas tendo declarado não realizar qualquer atividade social comunitária (ver gráfico 21). Gráfico 21 Por Estado: Qual o Percentual de Empresas que Não Realizou Qualquer Ação Social para a Comunidade, em 2004? 50% 40% 44% Média da Região 39% 30% 46% 28% 10% 0% Mato Grosso e Mato Grosso do Sul Goiás Distrito Federal

23 A dificuldade das microempresas Como era de se esperar, foram as empresas com menor porte (1 a 10 empregados) as que menos realizaram ações sociais para fora de seus muros. Cerca de 40% do total desses estabelecimentos não atuou em prol das comunidades, em 2004. A despeito desse resultado, deve-se levar em conta que, aproximadamente, 32 mil empresas deste porte deram sua contribuição. As demais empresas mantiveram-se abaixo da média da região (39%), com destaque para as grandes empresas (mais de 500 empregados): apenas 3% delas não realizaram qualquer ação social para as comunidades (ver gráfico 22). Gráfico 22 Por Número de Empregados: Qual o Percentual de Empresas que não Realizou Qualquer Ação Social para a Comunidade, em 2004? 40% 40% Média da Região 39% 30% 33% 27% 10% 0% 1 a 10 11 a 100 101 a 500 Mais de 500 3% Número de Empregados

24 Os hábitos da idade Como já apontado anteriormente, a atuação das empresas parece ser muito influenciada pela data de sua fundação. Assim, as empresas mais novas foram as que menos realizaram ações sociais para as comunidades: 42% das empresas com até 5 anos e 38% das empresas com idade variando entre 6 e 10 anos nada fizeram nesse sentido. No entanto, o comportamento das empresas mais velhas, com mais de 20 anos de fundação, difere bastante das mais novas: apenas 13% não apresentaram algum envolvimento em ações sociais para as comunidades (ver gráfico 23). Gráfico 23 Por Idade: Qual o Percentual de Empresas que Não Realizou Qualquer Ação Social para a Comunidade, em 2004? 40% 42% 38% Média da Região 39% 30% 29% 30% 10% 13% 0% Até 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 Mais de 20 Anos O baixo envolvimento do setor de construção civil A análise por setor de atividade econômica revela que foram as empresas de construção civil as que menos participaram na área social: mais de três quartos delas (77%) declarou nada fazer para as comunidades, percentual bastante acima da média regional, que foi de 39% (ver gráfico 24). No entanto, como essas empresas representam apenas 3% do total de empresas do Centro-Oeste, o seu comportamento pouco influenciou a performance geral da região. O destaque positivo fica para as empresas do setor de agricultura, silvicultura e pesca, onde apenas 3% das empresas declararam não ter se envolvido em ações para a comunidade.

25 Gráfico 24 Por Setor de Atividade Econômica: Qual o Percentual de Empresas que Não Realizou Qualquer Ação Social para a Comunidade, em 2004? 80% 70% 77% 60% 50% 40% 43% 39% Média da Região 39% 30% 27% 10% 0% 3% Agricultura, Silvicultura e Pesca Serviços Comércio Indústria Construção Civil Por que motivos as empresas não atendem comunidades? A Pesquisa buscou explorar, em caráter inédito, porque razões os empresários nada fizeram no atendimento às comunidades. Assim, das 31 mil empresas nessa situação, 66% alegaram a falta de dinheiro como principal motivo para tal comportamento. Uma proporção bem menor, 9%, justificou nada fazer devido à ausência de incentivos governamentais e outros 5% disseram que nada faziam porque ninguém havia pedido (ver gráfico 25). Gráfico 25 Qual o Principal Motivo de a Empresa Não Ter Realizado Qualquer Ação Social para a Comunidade, em 2004? Falta dinheiro 66% Falta de incentivo governamental Não é papel da iniciativa privada Nunca pensou na possibilidade Ninguém pediu 9% 7% 6% 5% Não sabe como fazer 2% Outros 4% Não sabe/não respondeu 1% 0% 10% 30% 40% 50% 60% 70%

26 Um ponto importante a ser destacado é o pequeno percentual de empresários que informou não ter realizado qualquer atividade social para comunidades por nunca ter pensado nessa possibilidade (6%) ou por acreditar que este não seja seu papel (7%). Considera-se, pois, que mesmo entre as empresas que nada fizeram para fora de seus muros há um conhecimento generalizado sobre a possibilidade de atuação no campo social. Quando indagadas sobre o que as levaria atuar no campo social, 65% das empresas referiram-se à já apontada limitação de recursos: mais dinheiro nas empresas seria a principal motivação para dar início à realização de ações sociais na comunidade. Outras empresas, 24%, revelaram que atuariam caso recebessem algum incentivo do governo. Vale notar que apenas 6%, ou seja menos de 2 mil empresas do universo analisado, afirmaram que nada as levaria a atuar em prol das comunidades. Esses resultados mostram que ainda há espaço para crescimento da atuação das empresas nas áreas sociais (ver gráfico 26). Gráfico 26 Qual a Principal Razão que Levaria a Empresa a Realizar, em Caráter Voluntário, Ações Sociais para a Comunidade, em 2004? Mais dinheiro para as empresas 65% Incentivos governamentais 24% Nada faria realizar 6% Maior confiança nas entidades executoras Outros 2% 1% Não sabe/não respondeu 3% 0% 10% 30% 40% 50% 60% 70% Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centr- Oeste - IPEA/DISOC (2005)

27 V. Quem fez mais para seus empregados? Conforme apresentado anteriormente, no gráfico 5, 76% das empresas da região Centro-Oeste realizaram, em 2004, atividades sociais voltadas para seus empregados e familiares. Destaque-se, também, que dessas empresas, 65% promoveram atividades sociais também para a comunidade. Vale lembrar, contudo, que os resultados dessa primeira etapa não possibilitam auferir as especificidades desse atendimento, tampouco as razões que levam os empresários a realizar tais ações. Acredita-se, por exemplo, que grande parte dos benefícios não obrigatórios concedidos pelas empresas aos seus empregados e familiares é conquista de negociações entre os trabalhadores e seus empregadores. Destaque para o Distrito Federal Diferentemente do que se observa na atuação das empresas junto às comunidades, quando se trata da atuação para dentro de seus muros o comportamento nos estados é diferente. Agora quem lidera o grupo são as empresas do Distrito Federal (86%) seguida por Goiás (73%) e o grupamento do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (72%), como pode ser visto no gráfico 27. Gráfico 27 Por Estado: Qual a Participação das Empresas em Ações Sociais para seus Empregados, em 2004? 90% 80% 70% 60% 86% Média da Região 76% 50% 40% 72% 73% 30% 10% 0% Mato Grosso e Mato Grosso do Sul Goiás Distrito Federal

28 As maiores fazem a diferença Com exceção das microempresas (1 a 10 empregados), para as quais observa-se que 69% concederam benefícios sociais não obrigatórios para seus empregados, no geral, qualquer que seja o porte, mais de 85% das empresas declararam atender seus funcionários com atividades sociais (ver gráfico 28). Destaque-se as empresas de médio e grande porte (mais de 100 empregados) nos quais delas 99% declarou conceder benefícios sociais para seus empregados além daqueles previstos em lei. É importante mencionar que o comportamento da região (76%) é influenciado decisivamente pela atuação das microempresas, que foi a mais baixa dentre os diferentes portes analisados. Isso porque as empresas com até 10 funcionários representam cerca de 2/3 do universo de empresas da região. Gráfico 28 Por Número de Empregados: Qual a Participação das Empresas em Ações Sociais para seus Empregados, em 2004? 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 10% 0% 99% 99% 86% 69% 1 a 10 11 a 100 101 a 500 Mais de 500 Média da Região 76% Número de Empregados A idade não é determinante Ao contrário do que ocorre para as empresas que atendem às comunidades com ações sociais, os dados apontam que quando analisa-se as que atuam para dentro de seus muros, a idade da empresa pouco interfere na sua atuação. Assim, as empresas mais velhas (mais de 20 anos) foram as que menos realizaram ações sociais para seus empregados

29 (69%). No entanto, o comportamento das empresas mais novas, fundadas nos últimos 5 anos, e daquelas empresas com idade entre 16 e 20 anos não difere significativamente do das mais antigas: 75% e 77% delas, respectivamente, atuaram na concessão de benefícios não obrigatórios para seus funcionários em 2004. São as empresas com idade entre 6 e 15 anos as que apresentaram maior proporção de atuação em benefício dos empregados. Com efeito, mais de 80% delas declararam atuar nesse sentido, percentual este superior à média regional (ver gráfico 29). Gráfico 29 Por Idade: Qual a Participação das Empresas em Ações Sociais para seus Empregados, em 2004? 90% 80% 70% Média da Região 76% 60% 50% 40% 75% 81% 83% 77% 69% 30% 10% 0% Até 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 Mais de 20 Anos Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro-Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) A construção civil sai na frente Se as empresas de construção civil pouco atuavam no atendimento às comunidades carentes, quando se trata do envolvimento em ações sociais para dentro de seus muros, quase a totalidade das empresas desse setor (99%) realizou alguma ação social, não obrigatória, a seus empregados. Destaque-se, também, os estabelecimentos do setor de agricultura, silvicultura e pesca e da indústria, que também apresentaram percentuais elevados de atuação: 97% e 89%, respectivamente. As empresas do comércio foram as que apresentaram a pior performance: apenas 69% delas declarou conceder benefícios sociais para seus empregados além daqueles previstos em lei, percentual este inferior à média regional. Vale ressaltar, porém, que mesmo com um percentual menor do que os dos demais setores, o comércio equivale a 59% do número total de empresas e que esses 69% que atuam beneficiando seus funcionários equivalem a mais de 32 mil empresas (ver gráfico 30).

30 Gráfico 30 Por Setor de Atividade Econômica: Qual a Participação das Empresas em Ações Sociais para seus Empregados, em 2004? 100% 90% 80% 70% 60% 99% 97% Média da Região 76% 50% 40% 69% 78% 89% 30% 10% 0% Construção Civil Comércio Serviços Agricultura, Silvicultura e Pesca Indústria É importante ressaltar que, na média, apenas 26% das empresas do Centro-Oeste realizaram ações sociais exclusivamente para seus empregados. Esse percentual, no entanto, variou segundo o setor de atividade em que as empresas atuam, atingindo quase 76% na construção civil e apenas 3% na agricultura.

31 VI. Quem nada fez? Os dados mostram que apenas 12% das empresas da região Centro-Oeste não realizaram qualquer tipo de ação social em 2004, seja para a comunidade, seja para seus empregados e familiares (ver gráfico 31). Isso significa que a grande maioria do empresariado brasileiro (88%) tem a percepção de que é preciso trabalhar além das fronteiras legais e atuar, de uma forma ou de outra, beneficiando exclusivamente comunidades, empregados ou os dois grupos simultaneamente. Gráfico 31 A Empresa Realizou Ações Sociais para a Comunidade e/ou para seus Empregados, em 2004? Não 12% Sim 88% Total: 79.765 empresas Goiás é o estado menos atuante O Distrito Federal se sobressai no atendimento social: apenas 7% de suas empresas nada fizeram para atender às comunidades ou a seus empregados em 2004. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também tiveram um percentual baixo de abstenção, com apenas 9% das empresas tendo declarado nada fazer no social. Já entre as empresas goianas, 18% absteve-se de qualquer contribuição de cunho social, um percentual acima da média do Centro-Oeste (ver gráfico 32).

32 Gráfico 32 Por Estado: Qual o Percentual de Empresas que Não Realizou Qualquer Ação Social, em 2004? 18% Média da Região 12% 10% 9% 7% 0% Mato Grosso e Mato Grosso do Sul Goiás Distrito Federal Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - IPEA/DISOC (2005) As menores pesam Embora as empresas menores sejam as que, proporcionalmente, contribuíram menos para o social em 2004, como mostra o gráfico 33, esses dados não podem obscurecer o número expressivo de cerca de 45 mil microempresas que, de alguma forma, deram sua colaboração para comunidades e/ou para seus empregados e familiares. Os 17% de microempresas que não realizaram qualquer espécie de ação social totalizam cerca de 9 mil; e são exatamente essas empresas, pelo seu peso no universo, que elevaram a média da região para 12%. Dentre as empresas de médio e grande porte, quase todas realizaram algum tipo de ação social em 2004. Gráfico 33 Por Número de Empregados: Qual o Percentual de Empresas que Não Realizou Qualquer Ação Social, em 2004? 17% 10% Média da Região 12% 5% 0% 0% 0% 1 a 10 11 a 100 101 a 500 Mais de 500 Número de Empregados Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - IPEA/DISOC (2005)

33 Quanto mais velhas mais atuantes São as empresas mais novas as que fazem menos: 12% das que foram criadas nos 5 anos anteriores à realização da Pesquisa declararam não ter realizado qualquer ação social em 2004. Na medida em que as empresas ficam mais velhas o seu envolvimento social tende a crescer de maneira proporcional. Assim, entre os estabelecimentos fundados há mais de 20 anos, apenas 4% deles declarou nada fazer para comunidades e ou para seus empregados e familiares (ver gráfico 34). Gráfico 34 Por Idade: Qual o Percentual de Empresas que Não Realizou Qualquer Ação Social, em 2004? Média da Região 12% 10% 12% 11% 7% 6% 4% 0% Até 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 Mais de 20 Anos O menor envolvimento do comércio Corroborando os dados anteriormente apresentados, que indicavam alta participação das empresas de construção civil em ações sociais para a comunidade e das empresas do setor de agricultura, silvicultura e pesca tanto para comunidades quanto para seus próprios empregados e familiares, o gráfico 35 mostra que praticamente todas as empresas desses setores realizaram algum tipo de ação social em 2004. Esses números tornam-se ainda mais significativos, quando se verifica que a média de abstenção das empresas do Centro-Oeste é de 12%. Já o comércio, mais uma vez, é o setor onde as empresas mais se abstiveram de qualquer contribuição de cunho social (14%).

34 Gráfico 35 Por Setor de Atividade Econômica: Qual o Percentual de Empresas que Não Realizou Qualquer Ação Social, em 2004? 10% 14% 13% 7% Média da Região 12% 0% Agricultura, Silvicultura e Pesca 0% 0% Construção Civil Comércio Serviço Indústria Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - IPEA/DISOC (2005)

35 Conclusões Os principais resultados da Pesquisa estão resumidos a seguir. A participação das empresas do Centro-Oeste em ações sociais voltadas para a comunidade é bastante elevada. Por volta de 49 mil empresas, o que corresponde a 61% dos estabelecimentos privados lucrativos com um ou mais empregados, revelaram realizar, em caráter voluntário, atividades sociais em benefício das comunidades. Em relação ao atendimento aos empregados, uma porcentagem um ainda maior (76%) informou atuar para dentro de seus muros. Isso não significa, porém, que beneficiaram exclusivamente seus empregados. Na realidade, a grande maioria das empresas do Centro-Oeste que realizaram ações sociais voltaram-se, simultaneamente, para comunidades e empregados: são quase 40 mil empresas, o que equivale à metade dos estabelecimentos do universo pesquisado. No atendimento à comunidade destaque-se: a) as empresas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: 72% delas informaram realizar ações sociais para fora de seus muros; b) as grandes empresas (mais de 500 empregados): 97% delas realizaram de atividades sociais direcionadas para comunidade; c) as empresas mais antigas: 87% das empresas com mais de 20 anos de fundação declarou realizar atividades que beneficiaram diretamente a comunidade; d) as empresas agrícolas por um lado e as de construção civil, por outro. Enquanto entre as primeiras o percentual de atuação social comunitária foi de 97%, o setor da construção civil envolveu apenas 23% de suas empresas. No combate à fome, cerca de das empresas que atuaram em prol das comunidades revelaram que agiram especificamente nesse sentido. Note-se que a maioria absoluta dos empresários (98%) atuou doando alimento.

36 Das quase 80 mil empresas do Centro-Oeste aproximadamente 31 mil, o que corresponde a 39% das empresas, declararam nada fazer para o atendimento das comunidades. Destaque-se, aqui, que 77% das empresas do setor de construção civil informaram não realizar qualquer tipo de atendimento à comunidade. É importante ressaltar, porém, que quando analisadas sob outra ótica, as empresas desse setor são bastante atuantes. Com efeito, 100% delas desenvolvem ações sociais voluntárias para empregados e familiares. Quando indagadas sobre os motivos pelos quais não se envolveram em atividades sociais para as comunidades, cabe observar que a maioria das empresas do Centro-Oeste (66%) que não realizou ações sociais alega a falta de recursos na empresa para tanto. Como era de se esperar, cerca de 65% do universo de não atuantes informa que passaria a atuar no social caso houvesse mais dinheiro na empresa e 24 % caso contassem com maiores incentivos por parte do governo. Sob outra ótica, fica claro que o fenômeno do ativismo social empresarial vem se generalizando de tal forma que apenas 6% destas empresas afirmam que nada as levaria a atuar no social, valor este que corresponde a menos 2 mil empresas. Por fim, é muito pequeno o número de empresas que declara nada fazer nem para seus empregados, nem para as comunidades. São cerca de 10 mil empresas, ou 12% do universo. Os resultados até aqui obtidos mostram que as empresas da região Centro-Oeste estão fazendo muito mais do que apenas cumprir com suas obrigações legais e sociais, como pagar impostos, gerar empregos e garantir a qualidade de seus produtos e serviços. A Pesquisa confirma que o setor privado lucrativo no Brasil é um ator importante na provisão de bens e serviços sociais e que seu envolvimento não pode ser desprezado. A segunda etapa da Pesquisa Ação Social das Empresas, que está em andamento, pretende aprofundar o conhecimento sobre o que fazem, porque fazem e como atuam as empresas do Brasil na área social. Espera-se, a partir dela, extrair conhecimentos úteis para o melhor entendimento da realidade apresentada nesta primeira fase da pesquisa, os quais vão possibilitar a formulação de políticas direcionadas ao estimulo do ativismo social.

Anexo: Tabelas suplementares 37

38 Tabela 1 Número de Empresas Privadas segundo Atividade Social Realizada em 2004, por Estado. Estados Mato Grosso e Mato Grosso do Sul Não Realizou Realizou Exclusivamente para os Empregados Atividade Social Realizou para Empregados e Comunidade Realizou Exclusivamente para a Comunidade Total 2.772 5.713 15.915 5.674 30.074 Goiás 5.997 9.023 14.699 2.948 32.667 Distrito Federal 1.113 6.354 8.242 1.315 17.024 Total 9.882 21.090 38.856 9.937 79.765 Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Tabela 2 Número de Empresas Privadas segundo Atividade Social Realizada em 2004, por Número de Empregados. Atividade Social Número de Empregados Não Realizou Realizou Exclusivamente para os Empregados Realizou para Empregados e Comunidade Realizou Exclusivamente para a Comunidade Total Até 10 8.943 12.744 24.307 7.854 53.848 De 11 a 100 932 4.981 10.489 1.497 17.899 De 101 a 500 4 731 1.943 4 2.682 Mais de 500 0 12 432 0 444 Não sabe/não respondeu 3 2.622 1.685 582 4.892 Total 9.882 21.090 38.856 9.937 79.765 Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro-Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Tabela 3 Número de Empresas Privadas segundo Atividade Social Realizada em 2004, por Setor de Atividade Econômica. Atividade Social Setor de Atividade Econômica Não Realizou Realizou Exclusivamente para os Empregados Realizou para Empregados e Comunidade Realizou Exclusivamente para a Comunidade Total Agricultura, Silvicultura e Pesca 0 34 1.049 32 1.115 Indústria 736 2.047 7.272 401 10.456 Construção Civil 7 1.853 568 3 2.431 Comércio 6.731 11.605 21.007 7.742 47.085 Serviços 2.408 5.551 8.960 1.759 18.678 Total 9.882 21.090 38.856 9.937 79.765 Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro-Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005)

Tabela 4 39 Número de Empresas Privadas segundo Atividade Social Realizada em 2004, por Idade. Atividade Social Idade Não Realizou Realizou Exclusivamente para os Empregados Realizou para Empregados e Comunidade Realizou Exclusivamente para a Comunidade Total Até 5 anos 1.955 4.681 7.272 1.945 15.853 De 6 a 10 anos 2.135 5.113 10.386 1.570 19.204 De 11 a 15 anos 959 2.794 7.816 1.286 12.855 De 16 a 20 anos 488 1.882 4.148 1.340 7.858 Mais de 20 anos 346 663 4.721 2.098 7.828 Não sabe/não respondeu 3.999 5.957 4.513 1.698 16.167 Total 9.882 21.090 38.856 9.937 79.765 Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Tabela 5 Número de Empresas Privadas que Fizeram Ações Sociais Especificamente Voltadas ao Combate à Fome, por Estados. Estados Realizou Ações de Combate à Fome Mato Grosso e Mato Goiás Distrito Federal Total Grosso do Sul Sim 4.189 4.007 1.576 9.772 Não 16.048 12.758 7.910 36.716 Não sabe/não respondeu 1.352 882 71 2.305 Total 21.589 17.647 9.557 48.793 Fonte : Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Tabela 6 Número de Empresas Privadas que Fizeram Ações Sociais Especificamente Voltadas ao Combate à Fome, por Número de Empregados. Realizou Ações de Combate à Fome Número de Empregados Até 10 11 a 100 101 a 500 Mais de 500 Não sabe/ Não respondeu Sim 4.869 3.324 326 93 1.160 9.772 Não 25.996 8.130 1.427 316 847 36.716 Não sabe/não respondeu 1.296 532 194 23 260 2.305 Total 32.161 11.986 1.947 432 2.267 48.793 Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro-Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Total

40 Tabela 7 Número de Empresas Privadas que Fizeram Ações Sociais Especificamente Voltadas ao Combate à Fome, por Setor de Atividade Econômica. Realizou Ações de Combate à Fome Agricultura, Silvicultura e Pesca Indústria Setor de Atividade Econômica Construção Civil Comércio Serviços Total Sim 700 1.890 27 5.318 1.837 9.772 Não 365 5.581 492 22.197 8.081 36.716 Não sabe/não respondeu 16 202 52 1.234 801 2.305 Total 1.081 7.673 571 28.749 10.719 48.793 Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro-Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Tabela 8 Número de Empresas Privadas que Fizeram Ações Sociais Especificamente Voltadas ao Combate à Fome, por Idade. Realizou Ações de Combate à Fome Idade da Empresa Até 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos 16 a 20 anos Mais de 20 anos Não sabe/ Não respondeu Sim 1.009 2.997 1.848 950 843 2.125 9.772 Não 8.198 8.899 6.640 4.085 5.727 3.167 36.716 Não sabe/não respondeu 10 60 614 453 249 919 2.305 Total 9.217 11.956 9.102 5.488 6.819 6.211 48.793 Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Total Tabela 9 Número de Empresas Privadas que Fizeram Ações Sociais Especificamente Direcionadas ao Combate à Fome, por Tipo de Doação. Tipo de Doação Total Doação de roupas/agasalhos 371 Doação de alimentos 9.561 Doação de recursos financeiros 1.031 Outros 316 Total de Empresas* 9.772 Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro-Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Nota: * As empresas, tinham a opção de escolher mais de uma alternativa de resposta à essa pergunta. Sendo assim, o total de doações é maior do que o total de empresas.

41 Tabela 10 Número de Empresas Privadas que Não Fizeram Ações Sociais Comunitárias, segundo Motivos. Motivo Total Falta dinheiro 20.350 Falta de incentivo governamental 2.918 Não é papel da iniciativa privada 2.041 Nunca pensou na possibilidade 1.953 Ninguém pediu 1.465 Não sabe como fazer 684 Outros 1.357 Não sabe/não respondeu 204 Total 30.972 Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Tabela 11 Número de Empresas Privadas que não Fizeram Ações Comunitárias segundo Motivos que as Levariam a Fazer. Motivo Incentivos governamentais Maior confiança nas entidades executoras Mais dinheiro para as empresas Nada faria realizar Outros Não sabe/não respondeu Total Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas na Região Centro Oeste - Primeira Etapa IPEA/DISOC (2005) Total 7.317 477 20.138 1.891 367 782 30.972