TROCAS GASOSAS EM PLANTAS DE GIRASSOL SUBMETIDAS À DEFICIÊNCIA HÍDRICA NOS DIFERENTES ESTÁDIOS FENOLÓGICOS

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Transcrição:

TROCAS GASOSAS EM PLANTAS DE GIRASSOL SUBMETIDAS À DEFICIÊNCIA HÍDRICA NOS DIFERENTES ESTÁDIOS FENOLÓGICOS A. R. A. da Silva 1 ; F. M. L. Bezerra 2 ; C. F. de Lacerda 2 ; C. A. S. de Freitas 3 ; J. V. Pereira Filho 1 ; J. C. M. de Castro 4 RESUMO: O presente estudo avaliou o comportamento das trocas gasosas do girassol quando submetido a regimes de déficit hídrico nos diferentes estádios fenológicos. O experimento foi conduzido em Pentecoste, CE, sob delineamento experimental em blocos casualizados, em esquema de parcela subdividida no tempo, com oito parcelas, três subparcelas e quatro repetições. Nas parcelas, foram avaliados os tratamentos que foram definidos em função da época de indução do déficit hídrico nos diferentes estádios fenológicos, correspondendo à ocorrência de déficit hídrico em um, dois ou três estádios e nas subparcelas, as épocas de avaliação das características fisiológicas. Os resultados de temperatura foliar e das taxas de fotossíntese, transpiração, condutância estomática, concentração interna de CO 2 e as eficiências instantâneas e intrínsecas do uso da água, não mostraram efeitos do nível déficit hídrico avaliado, independentemente da época em que os mesmos foram aplicados. As épocas de avaliação influenciaram todas as variáveis analisadas, com exceção da eficiência intrínseca de uso da água. A cultura pode ser irrigada com 50% da ETo, durante todo o ciclo sem danos no aparelho fotossintético. PALAVRAS-CHAVE: Helliantus annuus L. Déficit hídrico. Fisiologia. GAS EXCHANGE IN SUNFLOWER PLANTS SUBJECTED TO WATER STRESS AT DIFFERENT PHENOLOGICAL STAGES SUMARY: This study evaluated the gas exchanging behavior of the Sunflower plant when subjected to water deficit in different phenological stages. The experiment was conducted at Pentecoste, Ce (Br), set in a randomized block design, with (time) split-plots, with eight plots, three subplots and four replications. The treatments, evaluated in the plots, were defined according to the time of induction of water deficit in the phenological stages, corresponding to the occurrence of water deficit in one, two or three stages. The treatments evaluated in the subplots were defined in according to the evaluation times of the physiological characteristics. The results of leaf temperature and rates of photosynthesis, transpiration, stomatal conductance, 1 Pós Graduando em Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici, Bloco 804, CEP 64006-220, Fortaleza, CE. Fone (85) 33669758. E-mail: alexandre_reuber@hotmail.com 2 Prof. Doutor, Depto de Engenharia Agrícola, UFC, Fortaleza, CE. 3 Prof. Doutor, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará,IFCE, Tianguá, Ceará. 4 Graduando em Agronomia, Universidade Federal do Ceará, UFC, Fortaleza, CE.

internal CO 2 concentration and instantaneous and intrinsic efficiencies of water use showed no effects of the evaluated level of water stress, regardless of evaluation time. The evaluation times affected all variables, except the intrinsic efficiency of water use. Therefore, the Sunflower culture can be irrigated with 50% of the ETo, throughout its cycle without impairment of its photosynthesis. KEYWORDS: Helliantus annuus L. Water deficit. Physiology INTRODUÇÃO O girassol (Helliantus annuus L.) ocupa uma posição de destaque entre as cinco mais importantes espécies anuais fornecedoras de óleo no mundo, e em virtude de suas características vantajosas sob o ponto de vista agrícola e econômico, caracteriza-se por ser uma das culturas que apresentam um dos maiores índices de crescimento em termos de área plantada e quantidade produzida (CASTRO et al., 2006). O déficit hídrico é um dos principais entraves responsáveis por acarretar reduções na produtividade agrícola, sobretudo, por comprometer praticamente todos os aspectos relacionados ao desenvolvimento das plantas, incluindo mudanças anatômicas, morfológicas, fisiológicas e bioquímicas, sendo que as magnitudes dos efeitos estão diretamente relacionadas à sua intensidade, duração e estádio de desenvolvimento da cultura (BEZERRA et al., 2003). Uma única variável fisiológica de forma isolada não deve ser considerada quando se analisa a capacidade de tolerância à seca (NASCIMENTO et al., 2011). Por isso, o ideal é que sejam analisadas um conjunto de variáveis, tais, como potencial hídrico, condutância estomática, temperatura e a transpiração foliar, que são coletivamente consideradas indicativos do desempenho dos vegetais diante do estresse hídrico. Neste contexto, o presente estudo avaliou o comportamento das trocas gasosas do girassol quando submetido a regimes de déficit hídrico nos diferentes estádios fenológicos, visando identificar as possíveis estratégias utilizadas pela espécie para tolerar os efeitos do déficit hídrico imposto ao longo de seus estádios fenológicos nas condições edafoclimáticas do Município de Pentecoste, Ceará. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi desenvolvido na Fazenda Experimental Vale do Curu (FEVC), que pertence a Universidade Federal do Ceará (UFC), em Pentecoste - CE, sendo conduzido de setembro a dezembro de 2010. As coordenadas geográficas locais de referência são latitude 3º49 25 S, longitude 39º20 20 W e altitude média de 50 m. Segundo Köeppen, o clima é do tipo BSw h. O solo onde foi instalado o experimento é da classe dos Neossolos flúvicos, textura franco arenosa. A cultura do girassol, cultivar Multissol, foi implantada no experimento, com espaçamento entre as fileiras de plantas de 0,9 m e 0,25 m entre as plantas nas fileiras. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema de parcela subdividida no tempo, com oito parcelas, 3 subparcelas e quatro repetições. Nas parcelas, com área de 21,6 m 2 (3,6 m x 6 m), foram avaliados os tratamentos que foram definidos em função

da época de indução do déficit hídrico nos diferentes estádios fenológicos da cultura e, nas subparcelas, as épocas de avaliação (52º, 68º e 110º dia após a semeadura - DAS). Os tratamentos alocados nas parcelas corresponderam à ocorrência de déficit hídrico em um, dois ou três estádios e foram assim agrupados: T1: tratamento em que a cultura não sofreu nenhum déficit hídrico nos três estádios fenológicos; T2: a cultura sofreu déficit hídrico no estádio de formação da produção; T3: déficit hídrico no estádio de floração; T4: déficit hídrico nos estádios de floração e formação da produção; T5: déficit hídrico no estádio vegetativo; T6: déficit hídrico nos estádios vegetativo e formação da produção; T7: déficit hídrico nos estádios vegetativo e floração; T8: déficit hídrico nos três estádios fenológicos. O experimento foi irrigado pelo método localizado, com o sistema do tipo gotejamento sobre linha. A área experimental foi irrigada diariamente com uma lâmina equivalente a 100 % da evapotranspiração de referência estimada através da evaporação medida em um tanque classe A. As unidades experimentais submetidas ao déficit hídrico ao longo do ciclo da cultura receberam 50% da lâmina de água aplicada no Tratamento 1.Durante o período de condução do experimento, procederam-se tratos culturais e controle fitossanitário, sempre que necessário. Foram realizadas medições da temperatura foliar e das taxas de fotossíntese, transpiração, condutância dos estômatos ao vapor d água e concentração inetrna de CO 2 em folhas totalmente expandidas utilizando-se um analisador a gases infravermelho portátil (Irga), modelo Li 6400XT (Portable Photosynthesis System-LI) da LICOR Os dados foram submetidos à análise da variância pelo teste F a 1% de probabilidade. Quando verificado efeito significativo, as médias obtidas nos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey (p 0,05), nessas análises foi utilizado o software estatístico ASSISTAT versão 7.6 BETA. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com relação às trocas gasosas verificaram-se diferenças significativas apenas para os efeitos principais do fator épocas de avaliação, para todas as variáveis analisadas, no nível de 1% de probabilidade pelo teste F, com exceção da eficiência intrínseca de uso da água. Todavia, estes fatores em estudo (tratamentos e épocas de avaliação) variaram de modo independente entre si e não foi verificada significância entre as interações. A comparação das médias das variáveis relacionadas às trocas gasosas para o efeito isolado do fator épocas de avaliação pode ser observada na Tabela 1. Constata-se que a maior taxa fotossintética foi verificada aos 52º DAS, com valor médio de 31,90 µmol m -2 s -1, que diferiu significativamente das demais (p 0,05), seguido da avaliação aos 68º e aos 110º DAS que também diferiram estaticamente entre si (p 0,05), de tal forma que as taxas fotossintéticas foram decrescendo ao longo das distintas etapas fenológicos da cultura, com uma redução de aproximadamente 33,51%, ao se comparar os valores extremos (Tabela 1). Conforme Taiz e Zeiger (2009), na medida em que as folhas crescem sua capacidade para produzir fotoassimilados aumenta até o alcance da maturidade, que consiste em seu crescimento final, fase na qual as taxas de fotossintéticas começam então a decrescer. Folhas velhas e senescentes eventualmente tornam-se amarelas e são incapazes de realizar a fotossíntese, pois a clorofila é degradada e o cloroplasto passa a perder sua funcionalidade, o que pode explicar, em

parte, as reduções estatisticamente significativas observadas nas taxas fotossintéticas e na eficiência instantânea de uso da água, com o avanço do ciclo cultural (Tabela 1). Com relação à transpiração, o maior valor com média de 16,33 mmol m -2 s -1 foi verificado na avaliação aos 68º DAS, cujo valor foi superior estatisticamente (p 0,05) àqueles obtidos aos 110º e 52º DAS, que, no entanto, não diferiram estatisticamente entre si (p 0,05), o que evidência que neste estádio fenológico a cultura possui uma maior demanda hídrica (Tabela 1). Tal constatação está em acordo com informações fornecidas por FAO (2011), ao relatar que ao se estimar os percentuais médios do total de água consumida nos diferentes períodos de crescimento da cultura, presume-se que aproximadamente 20% do total são utilizados durante o estádio vegetativo, 55% durante a floração, restando os demais 25% para o período de formação da produção, que corresponde às fases de enchimento e maturação dos aquênios. Quanto à condutância estomática, foi observado que o maior valor médio 1,42 mol m -2 s -1 foi registrado para a avaliação realizada aos 52º DAS, sendo superior estatisticamente (p 0,05) apenas aos valores observados aos 110º DAS cujo valor médio foi de 0,90 mol m -2 s -1 (Tabela 1), com uma redução de aproximadamente 37%, ao se comparar os valores extremos. Embora não tenham sido detectadas diferenças significativas na condutância estomática entre os 52º e 68º DAS (p 0,05), observa-se que a mesma se comportou de forma semelhante à fotossíntese, sugerindo que os declínios das taxas fotossintéticas estejam parcialmente relacionados com o fechamento parcial dos estômatos refletidos pelas reduções na condutância estomática (MACHADO et al., 2002). A concentração interna de CO 2 registrou o maior valor médio 267,56 mmol m -2 s -1 para a avaliação realizada aos 52º DAS, sendo superior estatisticamente (p 0,05) apenas aos valores observados aos 68º DAS cujo valor médio foi de 257,72 mmol m -2 s -1 (Tabela 1). A ampliação da concentração interna de CO 2 entre os 68º e 110º DAS são indicativos de que de fato não houve restrição na aquisição de CO 2 por parte da cultura ao longo dos diferentes estádios de desenvolvimento, porém, quando o mesmo alcançava as células do mesofilo, o processo de fixação durante a fase de carboxilação era comprometido (HABERMANN et al., 2007), fatos que supostamente podem estar relacionados à degradação do aparelho fotossintético em resposta ao processo de senescência foliar dos tecidos. A respeito da temperatura foliar, observa-se uma tendência de elevação dos valores ao longo dos estádios de desenvolvimento da cultura, de tal forma que o valor máximo (35,23º C) foi registrado aos 110º DAS, no qual não diferiu estatisticamente (p 0,05) daquele apontado aos 68º DAS (34,71ºC). Em contrapartida, quando esta variável foi analisada aos 52º DAS, constatou-se o menor dos valores (33,12º C), e este valor diferiu estatisticamente dos demais (p 0,05) (Tabela 1). Aos 52º DAS pode-se considerar que a cultura do girassol utilizou a água de forma mais eficiente, em função do maior valor médio de eficiência instantânea de uso da água registrada nesta época de avaliação (1,95 µmol CO 2 mol -1 H 2 O), indicando que maior quantidade de CO 2 foi absorvida, em detrimento a uma menor perda de água, no qual diferiu estatisticamente dos verificados aos 68º DAS (p 0,05), cujo valor foi de 1,64 mmol CO 2 mol -1 H 2 O e dos mensurados aos 110º DAS (1,33 mmol CO 2 mol -1 H 2 O) que por ventura apresentou o menor valor e também diferiu significativamente das demais épocas de avaliação (Tabela 1).

CONCLUSÕES As trocas gasosas do girassol toleraram o déficit hídrico imposto, indicando que a cultura pode ser irrigada com 50% da ETo, nas diferentes fases de seu desenvolvimento sem danos no aparelho fotossintético. REFERÊNCIAS BEZERRA, F.M.L.; ARARIPE, M. A. E.; TEÓFILO, E. M.; CORDEIRO, L. G.; SANTOS, J. J. A. dos. Feijão caupi e déficit hídrico em suas fases fenológicas. Revista Ciência Agronômica, v. 34, n. 01, p. 5-10, 2003. CASTRO, C. de; MOREIRA, A.; OLIVEIRA, R. F. de; DECHEN, A. R. Boro e estresse hídrico na produção do girassol. Ciência agrotécnica. Lavras, v. 30, n. 2, p. 214-220, mar.-abr., 2006. FAO - Organização das Nações Unidas Para a Agricultura e Alimentação. Crop Water Information: Sunflower. Disponível em: <http://www.fao.org/nr/water/cropinfo_sunflower.html>. Acesso em 25 ago. 2011. HABERMAN, G.; MACHADO, E. C.; RODRIGUES, J. D.; MEDINA, C. L. CO2 assimilation, photosynthetic light response curves, and water relations of Pêra sweet orange plants infected with Xylella fastidious. Brazilian Journal of Plant Physiology, v. 15, n. 2, p. 79-87, 2003. MACHADO, E. C.; MEDINA, C. L.; GOMES, M. de M. de A.; HABERMANN, G. Variação sazonal da fotossíntese, condutância estomática e potencial da água na folha de laranjeira Valência. Revista Scientia Agricola, v.59, n.1, p.53-58, 2002. NASCIMENTO, S. P. do; BASTOS, E. A.; ARAÚJO, E. C. E.; FREIRE FILHO, F. R..; SILVA, E. M. da. Tolerância ao déficit hídrico em genótipos de feijão-caupi. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.15, n.08, p.853-860, 2011. Tabela 1 Fotossíntese, Transpiração, Condutância estomática, Concentração interna de CO2; Temperatura foliar e Eficiência instantânea de uso da água do girassol aos 52º, 68º e 110º DAS. Pentecoste, Ceará, 20101 DAS A E g s C I T F A E -1 52º 31,90 a 16,33 b 1,42 a 267,56 a 33,12 b 1,95 a 68º 28,89 b 17,64 a 1,29 a 257,72 b 34,71 a 1,64 b 110º 21,21 c 15,86 b 0,90 b 265,03 a 35,23 a 1,33 c DMS 1,59 0,91 0,20 6,46 0,70 0,07 1 : DAS Dia após a semeadura; A - Fotossíntese (µmol m -2 s -1 ); E - Transpiração (mmol m -2 s -1 ); g s Condutância estomática (mol m -2 s -1 ); C I Concentração interna de CO 2 (mmol m -2 s -1 ); T F Temperatura foliar (ºC); A E -1 Eficiência instantânea de uso da água (mmol CO 2 mol -1 H 2 O); DMS Diferença mínima significativa; Médias seguidas de letras iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.