KICK IN THE NUTS FORMALIDADE EXCESSIVA NO ENSINO DE DISCIPLINAS DE EXATAS

Documentos relacionados
A INFLUÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS DE LÍNGUA INGLESA NA MOTIVAÇÃO DE ESTUDANTES DO SEXTO E SÉTIMO ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM COARI

MATRIZ CURRICULAR BACHARELADO EM ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO. 1º Período

Introdução à Computação: Máquinas Multiníveis

MAC Tópicos de P.O.O.

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DATAS DAS AVALIAÇÕES DO PERÍODO LETIVO 2017/1

1. Informações gerais

DISCIPLINA: Programação de Computadores II

4) Defina o que vem a ser um algoritmo, e porque, o mesmo depende do processo.

Como escrever um super-artigo

Computação com Mídias na Aprendizagem de Programação Orientada a Objetos em um Curso Técnico de Informática

Engenharia de Computação

O videogame nas aulas de educação física. A busca dos adolescentes por entretenimento está em constante

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS CAMPUS MONTES CLAROS 1 PERÍODO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIDADE ACADÊMICA DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO MATRIZ CURRICULAR CURRÍCULO PLENO SEMESTRALIZADO 10 SEMESTRES

DIVISÃO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS Secretaria Geral de Cursos PROGRAMA DE DISCIPLINA

Programação de Computadores

Primeiramente, é preciso que você estabeleça suas metas. Para isso, vamos pensar em algumas perguntas básicas.

Linguagens de Programação e Programação Funcional

Plano de Ensino de Disciplina Ciência da Computação 2º / 2016

UML: Introdução. História Visão geral Modelo conceitual da UML. Bibliografia. UML: introdução

Matriz Curricular Curso de Licenciatura em Computação Habilitação: Licenciatura em Computação

Introdução. Introdução. Introdução. Planejamento da disciplina. Modelagem de Processos de Negócio. Prof.: Clarindo Isaías Pereira da Silva e Pádua

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS IFMG

Introdução a Programação

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA - PPGEM

ANEXO F QUADRO RESUMO DOS NÚCLEOS DE SENTIDO POR ESTÁGIO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS IFMG

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS IFMG

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS IFMG

ENSINO DE VETORES POR MEIO DE MATHLETS EM WEBSITES

Ciência da Computação. Análise e Projeto Orientado a Objetos UML. Anderson Belgamo

CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO MATRIZ CURRICULAR MATUTINO Fase N.

1. Informações gerais

URI Câmpus de Frederico Westphalen Curso de Ciência da Computação Período 02/2018

COMPARATIVOS DE AMBIENTES DE PROGRAMAÇÃO GRÁFICOS PARA O KIT DE ROBÓTICA LEGO MINDSTORMS NXT

Universidade sem Fronteiras GIED Grupo de Informática Educativa. Atmosfera. Resumo Iconográfico. Pré-requisitos técnicos

Módulo I Princípios e Padrões de Projeto de SW em Java

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. Prof.ª Danielle Casillo

INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO SISTEMA OPERACIONAL: PROCESSOS E ARQUIVOS PROFESSOR CARLOS MUNIZ

Métodos de Ensino. Práticas de ensino de algoritmos (Hazzan, Cap. 7) Péricles Miranda

Informática Aplicada à Engenharia Florestal INTRODUÇÃO

HORÁRIO ESCOLAR - CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO 2017 Atualizado 02/02/2017 INGRESSANTES A PARTIR DE 2010

UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

CÓD CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO MATRIZ CURRICULAR Currículo nº1

O USO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA POR PROFESSORES NO ENSINO FUNDAMENTAL

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS IFMG

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC - UFABC BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE DISCIPLINAS 3o. Quadrimestre de 2017

Quem não se comunica, se estrumbica!

Outline. Linguagem de Modelagem Unificada. 1. Visualização 04/09/2017. Aula 10 - Introdução à UML e Instalação de Ferramentas de Modelagem

1º PERÍODO Carga horária Teórica Prática Total

Teorema de Green Curvas Simples Fechadas e Integral de

Introdução à Ciência da Computação ICC0001 Prof. Diego Buchinger

todo meu apoio e também com o apoio da equipe de tutores especialmente escolhida para acompanhar você ao longo dessa jornada. Boa sorte a todos. Neste

Curso de Engenharia Formação Geral 1º e 2º anos

GRADE CURRICULAR E CORPO DOCENTE. Fase 1 Carga horária total: 360h

Introdução à Computação Engenharia Civil

Planificação anual 2018/19

Do livro didático à prática em sala de aula: a importância da redação matemática no processo de ensino e aprendizagem

Introdução à Ciência da Computação

ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA "PIO DÉCIMO" S/C LTDA FACULDADE PIO DÉCIMO. Relatório horário Disciplinas por Curso

Pesquisa com os alunos do curso Tecnologia em Mecatrônica do IFSP campus Suzano

BSI º PERIODO Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Sabará, MG

Figura 4.2: Matriz Curricular

Java Básico. Aula 1 por Thalles Cezar

MATRIZ DE EQUIVALÊNCIA DO CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Dicas sobre o Relatório de Estágio

Afirmações Matemáticas

Refatoração: uma introdução. Prof. André Luiz Peron Martins Lanna

DISTRIBUIÇÃO DE SALAS 1º SEMESTRE DE 2017

PLANIFICAÇÃO MATEMÁTICA - 5º ANO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA D ESTE OPERACIONALIDADE DAS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS ANO LETIVO

SUGESTÃO DE FLUXO PARA INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR MATUTINO PRIMEIRO SEMESTRE

SCC Teoria da Computação e Linguagens Formais

Curso de C. Valeria Bastos

Matemática Aplicada à Informática

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

SUGESTÃO DE FLUXO PARA INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR MATUTINO E NOTURNO PRIMEIRO SEMESTRE

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS IFMG

FACULDADE DE CIÊNCIA DE ENGENHARIA DE SOFTWARE MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENGENHARIA DE SOFTWARE PRIMEIRO PERÍODO SEGUNDO PERÍODO

7º ANO PLANIFICAÇÃO A LONGO/MÉDIO PRAZO FINALIDADES

UMA ABORDAGEM SOBRE O ESTUDO DE FUNÇÕES QUADRÁTICAS USANDO O GEOGEBRA

Sergio Roberto de Mello Canovas Carlos Eduardo Cugnasca WTA 2015

3. Linguagem de Programação C

Escola Estadual Amélio de Carvalho Baís

O USO DO SOFTWARE MAPLE NO ENSINO DA GEOMETRIA ANALÍTICA

Fundamentos de Lógica e Algoritmos. Aula 2.3 Introdução a Algoritmos. Prof. Dr. Bruno Moreno

PLANIFICAÇÃO ANUAL ANO LETIVO PRÁTICAS ESSENCIAIS DE APRENDIZAGEM

Anderson L. S. Moreira

Aluno Surdo na Ciência da Computação: Discutindo os Desafios da Inclusão

Linguagens Formais e Autômatos. Autômatos Finitos Determinísticos (AFD)

Informática I. Aula 14. Aula 14-10/10/2007 1

SCC-5832 Teoria da Computação

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS IFMG

Agma Juci M. Traina. 22 de outubro de 2006

Softwares livres e sua utilização no ensino de engenharia

Grade Curricular do Curso de Graduação em Engenharia de Computação

INF1013 MODELAGEM DE SOFTWARE

DOCUMENTO DE ADEQUAÇÃO MESTRADO EM ENGENHARIA INFORMÁTICA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA PEÇA B

Transcrição:

KICK IN THE NUTS FORMALIDADE EXCESSIVA NO ENSINO DE DISCIPLINAS DE EXATAS anti-padrão didático Evidências anedóticas A explicação do professor durante a aula lembra a voz do professor do desenho do Snoopy. Ao ler uma apostila, um parágrafo chama sua atenção (como se fosse um alerta do Windows): - Cara, você tá entendendo a explicação que tá na lousa? - Eu não, e você? Meia hora depois... - Ah! Acho que ele só tava provando que seis é igual a ½ dúzia... O professor pergunta, após quase duas horas de explicações: - Alguma dúvida? E ninguém tem coragem de se manifestar, pois simplesmente não absorveram o suficiente para sequer formular uma pergunta. Kick In The Nuts 1

Objetivos Este anti-padrão caracteriza o uso indiscriminado e indevido de formalidade em explicações e textos exclusivamente didáticos, especificamente da área matemática e de áreas relacionadas. Sendo assim, colocamos as seguintes considerações abaixo: São objetivos desse anti-padrão: Apresentar de uma forma clara e bem humorada os problemas existentes nos materiais e aulas voltados para o ensino matemático Ajudar a conscientizar os autores que utilizam esse anti-padrão, contribuindo assim para a melhoria de seus textos e de seu método de ensino Propor soluções para tornar a didática de exatas mais compreensiva e agradável Não são objetivos desse anti-padrão: Agredir moralmente profissionais, alunos e simpatizantes da área da matemática e de áreas relacionadas Criticar o uso do formalismo matemático em materiais científicos. O escopo desse anti-padrão é limitado apenas aos materiais didáticos Raízes do problema Ocorre com freqüência em professores de matemática ou áreas relacionadas (ciência da computação, física, etc). Alguns desses professores acham que o rigor formal é mais importante do que o entendimento da matéria em questão. Normalmente, tratam-se de pessoas com forte formação matemática (o que não é algo ruim, mas que pode induzir a manifestação do anti-padrão). O uso do KICK IN THE NUTS pode ser visto como uma tentativa de programar a cabeça dos alunos por parte do professor, através de fórmulas e definições matemáticas. O erro é achar que esse método produz melhores resultados do que expor as idéias de uma maneira mais clara. Podemos fazer uma analogia com a prática de programação de computadores. Ainda nos dias de hoje poderíamos continuar tentando escrever nossos programas e sistemas utilizando apenas uma linguagem de montagem, ou mesmo a linguagem de máquina. Essas linguagens são orientadas à arquitetura do computador, não são adequadas para seres humanos. Porém existem as linguagens de alto nível que são orientadas aos problemas da realidade e elas adicionam uma camada de abstração sobre as linguagens de baixo nível. Da mesma forma, as equações fazem uso de uma linguagem orientada a uma representação numérica. A utilização de exemplos práticos e de uma linguagem que estimule o entendimento intuitivo seria uma camada acima das equações, que permite descrever o problema em mais alto nível. Isso não invalida a necessidade do uso de equações, apenas facilita o seu entendimento. Uma representação muito sucinta da matéria pode fazer muito sentido para o professor ou autor, já que o mesmo pode estar intimamente familiarizado com o assunto. Kick In The Nuts 2

Não se deve, no entanto, achar que os alunos também se sentirão confortáveis, ao abrir o livro ou ver a lousa, cheia de equações e definições, sem que haja uma explicação ou justificativa para cada uma delas. Outro erro é escrever o texto supostamente didático levando em consideração o fato de que os alunos que irão estudá-lo sempre estarão dispostos e descansados. Assim, podem ser levados a achar que a explicação de pequenos detalhes implícitos nas definições pode ser descartada, o que não é sempre verdade. Sintomas e conseqüências Apostilas muito enxutas para explicar assuntos muito densos, o que é um indício de que exemplos e explicações não acompanham as definições e teoremas. Muitas fórmulas matemáticas para pouco texto, o que pode desestimular a leitura por parte do aluno. Fórmulas escritas com notação complicada, podendo levar o leitor a tomar mais tempo para entender a fórmula propriamente dita do que para entender o seu significado. Ausência de gráficos e diagramas, que ajudam a visualizar o que está acontecendo e a estimular o entendimento por parte do aluno. Falta de variedade torna o texto chato e cansativo para a maioria dos alunos. Quando o vocabulário utilizado é muito rebuscado, a dificuldade na leitura pode levar o aluno a duvidar de sua capacidade de interpretação do português (ou inglês). A presença do anti-padrão favorece o surgimento de erros em índices, sinais e variáveis nas equações. São aqueles famigerados errinhos que fazem os alunos perderem muitos minutos achando que não entenderam algo que parece estar correto. A exposição contínua do aluno a este anti-padrão pode fazer com que ele comece a avaliar a sua própria capacidade intelectual. Em casos extremos, o aluno pode apresentar stress, depressão e problemas emocionais. Causas típicas O professor, por dominar bem a matéria (ou não), acha que a forma em que estão escritas as coisas está suficientemente clara. Um segundo motivo é o de que o professor simplesmente acha que é importante aos alunos aprenderem o formalismo matemático, sem levar em conta se isso faz parte do objetivo da disciplina que está sendo ministrada. Ou seja, coloca as suas convicções acima do próprio objetivo do curso. Um terceiro motivo, mais sombrio ainda por parte do professor, é o de que ele simplesmente quer que os alunos não entendam a matéria ou então que a mesma tenha um grande índice de reprovações, para que seu legado de sombras e terror NÃO TERMINE NUNCA! HaAhahaHAahAhaHAHaHA!!! (é claro que esse motivo não passa de uma brincadeira, mas a ilustração abaixo o representa convenientemente) Kick In The Nuts 3

Exceções conhecidas Monkey Island 2: LeChuck s Revenge Até onde se sabe, não existe exceção conhecida. Se um material tem propósito didático então é de suma importância que a informação contida nele esteja clara de forma a ser compreendida pelo maior número possível de pessoas. Em alguns casos talvez realmente seja necessário alto nível de formalismo matemático, sem a obrigação de enriquecer o texto com explicações elucidativas, como por exemplo, em textos científicos, dissertações de mestrado e doutorado, especificações técnicas e etc. Porém, materiais dessa natureza não destinam-se a propósitos didáticos e não se encontram no escopo deste antipadrão. Solução refatorada Sempre expor a motivação do assunto que está sendo estudado antes de iniciar a explicação da teoria. Exemplos práticos são muito bem-vindos nessa fase. Até o século passado, a matemática sempre foi motivada por aplicações; somente neste século passou-se a pesquisá-la como se fosse um fim em si mesma, o que acabou por refletir-se na educação. Kick In The Nuts 4

Durante as demonstrações é útil acompanhá-las de exemplos numéricos, pois apresentar uma simulação dos conceitos apresentados torna mais fácil convencer o aluno de que aquilo faz sentido. Dependendo da natureza dos exemplos apresentados, torna-se necessário anexar também um diagrama ou gráfico, pois isso facilita a visualização. Pesquisas apontam que aproximadamente 70% das informações que são absorvidas pelas pessoas são visuais [3]. O professor ou autor precisa se valer de um método bem definido, as explicações devem seguir o mesmo padrão, assim como a formatação do texto, a organização da lousa e as notações das fórmulas. Partes importantes da matéria devem ser apresentadas em detalhes na teoria, não se deve em hipótese alguma apenas sugeri-las na forma de exercícios e depois utilizálas posteriormente, como se já tivessem sido explicadas. Bom professor é aquele que entusiasma seus alunos pela matéria e, a partir daquele entusiasmo, propicia o desenvolvimento adequado e necessário de seus estudantes. (Valdemar W. Setzer, em suas Leis de Setzer ) Exemplo A seguinte implicação (, x 1, x 2 ) 0,1 A A ( x 1 + (1 ) x 2 λ λ λ ) poderia ficar mais clara e elegante da seguinte forma: λ 0,1, x, y A ( λx + (1 λ) y) Padrões Relacionados [ ] A [ ] A Um anti-padrão relacionado é o POLTERGEIST. Ele é comum entre programadores muito especialistas nas especificidades de uma determinada linguagem e que usam esse conhecimento para o mal. Por exemplo, programadores que escrevem trechos de código ultra-eficientes e geniais que ninguém entende a não ser o próprio programador. Se um desses trechos de código aparecer durante a explicação de um algoritmo em aula, poderíamos ver esse POLTERGEIST também como uma instância de KICK IN THE NUTS. Outro anti-padrão relacionado é o anti-padrão É FÁCIL VER QUE, que expõe os problemas de didática de forma bastante pontual ao dissertar sobre a visão dos professores a respeito das provas de teoremas. Um padrão relacionado é o TEORIAS FORMAIS, que explica como utilizar a formalidade em áreas cujo conhecimento seja formal, mas de uma maneira clara e seguindo um método definido. Referências 1. Samuel Kamin. Programming Languages: An Interpreter-Based Approach, Addison-Wesley, 1998 Kick In The Nuts 5

2. Leônidas de Oliveira Brandão. Introdução à Programação Linear, 2002 3. Luciano da Fontoura Costa, Roberto M. César Junior. Shape Analysis and Classification, CRC Press, 2000 4. Valdemar W. Setzer. Leis e aforismos de Setzer 5. Valdemar W. Setzer. Computadores na educação: por quê, quando e como, Anais do 5º. Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Sociedade Brasileira de Computação, 1994 6. Lloyd N. Trefethen e David Bau, III. Numerical Linear Algebra, SIAM, 1997 7. W. Brown, R. Malveau, H. McCormick III e T. Mowbray. AntiPatterns Refactoring Software, Architectures, and Projects in Crisis, J.S. Wiley and Sons, 1998 8. Paulo F. K. Negrão e Adroaldo L. Moreira Borges. É Fácil Ver Que 9. Ana Paula Mota e Daniel Ribeiro. Teorias Formais Kick In The Nuts 6