Angina. Prof. Claudia Witzel



Documentos relacionados
2. HIPERTENSÃO ARTERIAL

Hipert r en e são ã A rteri r a i l

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Índice. Como evitar um AVC e um Infarte do miocardio

Definição IAM. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (SERVIÇO DE CARDIOLOGIA E CIRURGIA CARDIOVASCULAR)

SISTEMA CIRCULATÓRIO. Afecções do Sistema Cardiovascular 02/06/ /06/2015

DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL

CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE

Colesterol O que é Isso? Trabalhamos pela vida

SIMPÓSIO DE ELETROCARDIOGRAMA

EXERCÍCIO E DIABETES

CORAÇÃO. Na Saúde combata...os inimigos silenciosos! Trabalho Elaborado por: Ana Cristina Pinheiro Mário Quintaneiro

INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS

O TAMANHO DO PROBLEMA

O que é O que é. colesterol?

Conheça mais sobre. Diabetes

16/05/2011. Objetivos da Aula. Apresentação Clínica. Classificação. Síndrome Coronariana Aguda O que é? Inclui: Angina Instável IAMEST IAMSEST

Cardiologia Hemodinâmica

TERAPÊUTICA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

O PAPEL DA ENFERMAGEM NA REABILITAÇÃO CARDIACA RAQUEL BOLAS

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

Síndrome coronária aguda Resumo de diretriz NHG M80 (dezembro 2012)

TES TE T S E ER GOMÉTRIC GOMÉTRIC (Te ( ste de esforço ç )

a. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS DE AVALIAÇÃO Objetivos do tratamento pré-hospitalar da síndrome coronariana aguda

Proteger nosso. Futuro

Cefaleia crónica diária

- Miocardiopatias. - Arritmias. - Hipervolemia. Não cardiogênicas. - Endotoxemia; - Infecção Pulmonar; - Broncoaspiração; - Anafilaxia; - Etc..

Conduta no paciente com. isquêmica

Emergências Cardiovasculares. Ana Carla Farias Pimentel Luana Fávaro Holanda

Programa Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) Campanha de Prevenção e Controle de Hipertensão e Diabetes

Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos

Professor: João Paulo ALGUNS PROBLEMAS CARDIOVASCULARES. Prof: João Paulo

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL

SISTEMA CARDIOVASCULAR

Síndrome Coronariana Aguda

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA - ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

O CALOR EXCESSIVO NO AMBIENTE DE TRABALHO A EXPOSIÇÃO AO CALOR PRODUZ REAÇÕES NO ORGANISMO

à diabetes? As complicações resultam da de açúcar no sangue. São frequentes e graves podendo (hiperglicemia).

I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS

Que tipos de Diabetes existem?

Participar em estudos de investigação científica é contribuir para o conhecimento e melhoria dos serviços de saúde em Portugal

Arritmias Cardíacas e Morte Súbita


O desafio de deixar de fumar

Recebimento de pacientes na SRPA

Doenças Vasculares. Flebite ou Tromboflebite. Conceito:

DOENTE DE RISCO EM CIRURGIA ORAL

Pós operatório em Transplantes

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ENFERMAGEM CIRÚRGICA MÓDULO III Profª Mônica I. Wingert 301E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS

HIPERTENSÃO ARTERIAL Que conseqüências a pressão alta pode trazer? O que é hipertensão arterial ou pressão alta?

HIPERTENSÃO ARTERIAL

MELHORE A SUA VIDA CUIDE DO SEU CORAÇÃO!

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS PREVENIR É PRECISO MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES VIGIAS DA PREFEITURA DE MONTES CLAROS

Assistência a clientes com comprometimento cardiocirculatório

Angina Instável-IAM sem supra de ST

DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO

Punção Venosa Periférica CONCEITO

INFORMAÇÃO IMPORTANTE, DESTINADA AOS DOENTES, SOBRE COMO TOMAR A SUA MEDICAÇÃO

REABILITAÇÃO CARDÍACA

AULA 11: CRISE HIPERTENSIVA

Exercícios e bem estar na gestação

TUTORIAL DE ANESTESIA DA SEMANA MONITORIZAÇÃO DOS BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS PRINCIPIOS DA INTERPRETAÇÃO DA CARDIOTOCOGRAFIA

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

DOENÇAS CORONARIANAS CARDIOPATIAS

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA. Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc

Gestos que Salvam Vidas..

Cardiologia - Síndromes Coronarianas Agudas 1 / 17

Cardiologia - Síndromes Coronarianas Agudas 1 / 17

DIABETES MELLITUS. Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS

Palpitações Arritmias Síncope Fibrilação atrial Sintomas, causas, cuidados

A patroa quer emagrecer

TIREÓIDE. O que é tireóide?

ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

Adaptações Cardiovasculares da Gestante ao Exercício

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.

Atividade física: pratique essa ideia.

PROGRAMA TEÓRICO E PRÁTICO PARA ESTÁGIO EM CARDIOLOGIA 2014 Credenciado e reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS 8 AN0

Doenças do Sistema Circulatório

Riley Rodrigues, MSc

O que é diabetes mellitus tipo 2?

hipertensão arterial

2000 Nacional Heart Attack Alert Program: diretrizes para protocolos e programas de UDTs

TREINAMENTO FUNCIONAL PARA GESTANTES

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP)

Marco Aurélio Nerosky Hospital Cardiológico. Costantini

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU

Transcrição:

Angina

Angina Angina de peito ou angor pectoris é uma dor no peito devida ao baixo abastecimento de oxigênio ao músculo cardíaco; São devidas a aterosclerose nas artérias cardíacas (coronárias). O termo deriva do grego ankhon ("estrangular") e do latim pectus ("peito"), e pode, portanto, ser traduzido como "um estrangulamento do peito".

Fatores que podem desencadear excesso de stress emocional, esforço físico, depois de uma refeição farta, e temperaturas frias. acompanhada por suores e náuseas em alguns casos. dura cerca de 1 a 5 minutos, e é acalmada pelo descanso ou medicação específica.

Sinais e sintomas angina Sudorese e palidez náusea e vômito, tontura, síncope, diaforese Dor retroesternal, pode se irradiar para o braço

Sintomas Desconforto no peito e não dor; o desconforto é habitualmente descrito como pressão, peso, aperto, ardor, ou sensação de choque. localizada principalmente no centro do peito, costas, pescoço, queixo ou ombros. A irradiação da dor ocorre, tipicamente, para os braços (esquerdo principalmente), ombros e pescoço. Uma característica importante da dor anginosa é que ela regride quando o fator que a causou é afastado.

Histórico familiar de doenças cardíacas prematuras Tabagismo, Diabetes colesterol alto hipertensão Obesidade Sedentarismo.

Epidemiologia Ocorre em pacientes com artérias coronárias normais ou com níveis de arteroesclerose insignificantes. Ocorre preferencialmente em mulheres jovens. Durante a dor podem ser observadas modificações do eletrocardiograma. Para detectar estas variações podem ser feitos eletrocardiogramas enquanto o paciente corre numa esteira

Diagnóstico Avaliação das manifestações clínicas da dor e pela história da pessoa. Exames diagnósticos : eletrocardiograma, Hollter, cintilografia miocárdica e/ou cateterismo cardíaco.

Tratamentos tratamento clínico, angioplastia coronariana e a cirurgia de revascularização miocárdica. O objetivo do tratamento é aumentar a oferta de oxigênio ao miocárdio, Utilizar nitroglicerina, Controlar os fatores de risco (fumo, obesidade, hipertensão arterial, hipercolesterolemia e hiperglicemia).

Nitroglicerina Administrada por via sublingual : Alivia a dor anginosa em até 3 minutos, Este medicamento deve ser conservado em recipiente escuro e fechado, pois sua ação é alterada na presença de luz; Manter a língua imóvel e não deglutir a saliva; para evitar as crises de angina, Efeitos indesejáveis : rubor, cefaléia, hipotensão e taquicardia.

Cuidados de enfermagem Repouso ao início da dor Programa diário de atividades físicas que não produzam desconforto torácico, falta de ar e/ou fadiga Alternar as atividades diárias com períodos de repouso Fracionar as alimentações em menores porções e maior freqüência, evitando esforço físico durante 2 horas após as refeições Evitar ingestão excessiva de cafeína (café e bebidas com cola), que pode fazer subir a freqüência cardíaca.

Cuidados de enfermagem Não usar comprimidos para emagrecer e descongestionantes nasais ou quaisquer outros medicamentos vendidos sem prescrição médica e que podem aumentar os batimentos cardíacos Evitar o fumo, o que eleva a freqüência cardíaca, a pressão arterial e diminui os níveis sangüíneos de oxigênio Utilizar roupas adequadas às variações de temperatura, Melhorar hábitos de vida, para reduzir a freqüência e a gravidade dos ataques de angina, bem como prevenir-se de outras complicações.

CONCEITO - IAM Popularmente conhecido como ataque cardíaco, é um processo que pode levar à necrose de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio. É causado pela redução do fluxo sangüíneo coronariano de magnitude e duração suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas.

IAM Infarto Agudo do Miocárdio

Causas Doença aterosclerótica do coração (acúmulo de gorduras que engrossa as paredes das artérias); Embolia da artéria coronária, coágulo; Diminuição do fluxo sangüíneo coronariano com choque e hemorragia; Hiper tensão arterial = aumento da pressão;

Sintomas / sinais - IAM. Náuseas, sudorese Taquipnéia,pele fria e pegajosa,tontura Dor pré-cordial, dor epigástrica, pode irradiar pelos ombros braço esquerdo. Sensação de morte., hipotensão,taquicardia ou bradicardia.

Organização Mundial de Saúde Diagnóstico de IAM é necessária a presença de critérios diagnósticos em três áreas: Clínica Eletrocardiográfica. Bioquímica

ENZIMAS Creatinofosfoquinase (CK) Fração MB da Creatinofosfoquinase (CK-MB). A CK-MB é mais específica para diagnóstico de necrose miocárdica, sendo sua curva característica, obtida pela dosagem seriada, padrão para diagnóstico de IAM. Troponinas T e I - não são detectadas em indivíduos normais, sendo que sua elevação, mesmo mínima, pode significar algum grau de lesão miocárdica (microinfartos).

Valores CPK (24-195 U/L); CKMB ( até 16 U/L);

Tratamento A Meta é reduzir a lesão miocárdica. Vasodilatadores - Anticoagulantes- Heparina Trombolíticos - Oxigênio Analgésico - morfina

Ácido acetilsalicílico (aas) Este fármaco tem a ação antiplaquetária e antitrombolitica, inicia seu efeito dentre 1 a 7,5 minutos e deve ser administrado de acordo com o Formulário Terapêutico Nacional a todos os pacientes com IAM. Nitratos O dinitrato de isorssobida 5mg SL é utilizado para alívio da dor durante a crise anginosa e tem início de ação de 2 a 10 minutos. O fármaco nitroglicerina é um vasodilatador coronariano. Morfina Analgésico narcótico potente é uma droga de escolha para dor intensa Heparina A dose utilizada de 5.000 UI SC tem efeito de 1 a 2 horas após administração, e quando feita IV em bolus o efeito é imediato, podendo ser continua em bomba de infusão na dose de 1.000 U/hora em 48 horas

Betabloquadores reduzem a pressão arterial e o inotropismo ( aumento da força de contração ), fazendo com que o consumo de oxigênio no miocárdio diminua. Melhoram a função cardíaca e diminuem a mortalidade tanto precoce como tardia como exemplo, o propanolol, atenolol, brisopolol, metoprolol. Estreptoquinase (SK), utilizada pela maioria dos Serviços de Urgência, devido ao custo inferior aos outros trombolíticos, e por ser paga pelo SUS. O MONAB (Morfina, Oxigênio, Nitratos, Ácido Acetil Salicílico (AAS) e Betabloqueador) é também considerado tratamento inicial.

Diagnóstico de Enfermagem 1. Ansiedade 2. Diminuição do débito cardíaco 3. Troca de gases prejudicada 4. Dor.

Assistência enfermagem - IAM Monitorizar o paciente. Avaliar e/ou visualizar continuamente a freqüência e o ritmo cardíaco, para detectar precocemente o aparecimento de arritmias. Observar e comunicar imediatamente o aparecimento de dor torácica (com ou sem irradiação), dispnéia, palpitações, desmaio, transpiração excessiva. Anotar a hora, duração e se há fatores precipitantes e atenuantes.

Avaliar níveis de consciência, orientação no tempo e espaço. Alterações de consciência podem ser produzidas por medicamentos, choque cardiogênico iminente, má perfusão cerebral. Verificar pulso periférico, freqüência, ritmo e volume. Ex: um pulso rápido (P>140) regular, porém fraco, indica redução do débito cardíaco. Um pulso lento (P<60 )pode indicar bloqueio cardíaco. Um pulso irregular pode sugerir arritmias.

Ausência de pulso pode indicar tromboembolia. Verificar e anotar volume urinário (>40ml/hora). A oligúria é um sinal precoce do choque cardiogênico. Fazer balanço hídrico. Anotar líquidos infundidos, ingeridos e perdidos (diarréia, suor, sangue, urina e vômitos ). A atenção cuidadosa para o volume hídrico evitará sobrecarga cardíaca e pulmonar

Administrar medicamentos de acordo c.p.m. Observar e comunicar efeitos colaterais (hipotensão, depressão respiratória e diminuição da acuidade mental. Oferecer dieta de acordo c.p.m. (branda, hipossódica e hipocalórica). Normalmente nas primeiras 12hs o paciente permanece em jejum.

Assegurar repouso absoluto no leito (o repouso diminui o consumo de oxigênio pelo miocárdio). Proporcionar ambiente repousante e tranquilizante, limitando o número e o tempo das visitas (o estresse aumenta o consumo de oxigênio pelo miocárdio) Promover conforto físico ao paciente, dispensando-lhe cuidados individualizados de enfermagem.

Medidas Preventivas Exercício físico; Não fumar; Evitar obesidade; Evitar dietas ricas em calorias, gorduras, colesterol, carboidratos e sal; Fazer exames laboratoriais, lipídeos sangüíneos elevados, detectar diabetes mellitus; Tratar hipertensão;