MODELO MULTICRITÉRIO DE APOIO A DECISÃO PARA SELEÇÃO DE FORNECEDORES

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Transcrição:

MODELO MULTICRITÉRIO DE APOIO A DECISÃO PARA SELEÇÃO DE FORNECEDORES Andre Luis Almeida Bastos (FURB/UFSC) abastos@furb.br Kleberson Evandro Matias (FURB) Kleberem@hotmail.com Henriette Damm (FURB) henriettedamm@gmail.com Monica Maria Mendes Luna (UFSC) moniluna@secrel.com.br Este trabalho apresenta uma discussão da aplicação de um método multicritério - o Método AHP (ocesso de Análise Hierárquica) como recurso para auxiliar na visualização de diferentes cenários para seleção de fornecedores, no processo de aqquisição de um item para suprir o setor produtivo de uma organização. Para alcance dos objetivos, foi realizado um estudo de caso, por meio de uma pesquisa exploratória, na qual a coleta de dados foi realizada in loco na empresa em estudo, com interação direta com o decisor. Os resultados demonstram que o método AHP é eficiente no que tange à obtenção da definição dos critérios utilizados na seleção, à possibilidade de julgamento de importância relativa dos critérios definidos e, efetivamente, à obtenção de um ranking de fornecedores. Ressalta-se, entretanto, que apesar de eficiente recurso para tomada de decisão em múltiplos cenários de opções, o método é pouco difundido nas organizações. Palavras-chaves: Tomada de decisão. Seleção de fornecedores. Método AHP.

.1 1. Introdução Os gestores das organizações convivem diariamente com a necessidade de gerenciar e tomar decisões ante a uma diversidade de variáveis associadas ao seu negócio. Num sistema produtivo, por exemplo, destacam-se alguns fatores que influenciam no desempenho da empresa como um todo: variação dos estoques, deficiência em compras, demandas definidas em curto prazo, variações sazonais, seleção de fornecedores, considerando a diversidade de critérios em consonância aos objetivos estratégicos da empresa. Assim, cabe à gerência de produção desenvolver um plano de metas e mecanismos estratégicos que busquem atingir os objetivos traçado pela organização (RUFCA, 2004). Para auxiliar os gestores no alcance dos resultados desejados, uma das opções é a utilização de modelos matemáticos de planejamento. Eles auxiliam na visualização dos problemas e fazem com que o responsável pela tomada de decisão possa se basear em informações quantitativas que sirvam de base para a geração de ações e para a comparação das conseqüências absolutas ou relativas destas ações (CORRÊA, 1996). Deve-se destacar a importância dos instrumentos internos comumente utilizados na seleção dos fornecedores pela organização pois, é a partir destes instrumentos que a empresa analisa e decide qual dos fornecedores possui melhores condições de atender aos requisitos impostos para determinados produtos adquiridos. Em tais situações, um ocesso de Análise Hierárquica, conhecido como método AHP (Analytic Hierarchy ocess), torna-se um instrumento de grande relevância. O presente estudo objetiva discutir a aplicação do método AHP, como um eficiente método multicritério na seleção de fornecedores para a aquisição de um determinado item por uma organização. Para tanto, considera-se, inicialmente, a identificação dos critérios utilizados pela empresa para esta seleção bem como os julgamentos realizados por meio de notas individuais atribuídas aos fornecedores. Para alcançar os objetivos propostos, recorreu-se a um estudo de caso com a realização de entrevista estruturada para coleta de dados, com auxílio de um questionário previamente elaborado e aplicado presencialmente na empresa em estudo. Os dados obtidos foram analisados segundo a própria aplicação do método AHP. Dessa forma, a pesquisa caracteriza-se como exploratória. Este artigo está dividido nas seguintes fases: uma breve consideração conceitual e o histórico do método AHP, um estudo de caso contendo a aplicação de todas as etapas do método até a obtenção do ranking dos fornecedores, de acordo com o grupo de critérios envolvidos e, por fim, uma análise da comparação entre os critérios envolvidos, bem como as considerações finais. 2. Referencial teórico De acordo com Miranda (2008), as abordagens tradicionais de decisão surgiram com o desenvolvimento da pesquisa operacional, após a Segunda Guerra Mundial. O autor destaca que a modelagem matemática da pesquisa operacional trabalha com único critério ou com múltiplos critérios, os quais devem representar perfeitamente as preferências do decisor. O uso dos múltiplos critérios não é uma simples generalização das abordagens tradicionais, mas sim, constitui-se em um novo paradigma para analisar contextos decisórios e auxiliar à tomada de decisão. 2

Na prática, a análise de multicritério à decisão consiste em um conjunto de métodos e técnicas para auxiliar ou apoiar pessoas e organizações a tomarem decisões, sob a influência de uma multiplicidade de critérios. A aplicação de qualquer método de análise multicritério pressupõe a necessidade de especificação anterior sobre qual objetivo o decisor pretende alcançar, quando se propõe comparar entre si, várias alternativas de decisão, recorrendo ao uso de múltiplos critérios (GOMES, 2002). Segundo Santos (2009), o método AHP foi um dos primeiros métodos desenvolvidos no ambiente das decisões multicritério discretas. Este método foi criado em 1980 pelo professor Tomas L. Saaty sendo um dos mais usados no mundo. O tema vem evoluindo desde então, com uma diversidade de contribuições em pesquisas. O método AHP tem por definição uma função que busca agregar os valores de cada alternativa sujeita em cada critério. Isso representa que a importância relativa de cada critério advém do conceito de taxa de substituição (trade-off). A teoria da utilidade multiatributo possibilita definir uma medida de mérito (valor) global para cada alternativa, indicadora de sua posição relativa numa ordenação final e facilita o estabelecimento de hierarquias (GOMES, 2002). O processo básico de aplicação do AHP consiste em priorizar a importância relativa de n elementos de tomada de decisão em relação a um objetivo, através de avaliações parciais destes elementos, dois a dois facilitando a análise pelos avaliadores. Além disso, através de um índice de consistência de julgamento, verificam-se os valores atribuídos a cada par de critérios estão coerentes (RAFAELI, 2007) A seguir são apresentadas as principais etapas de anáise de decisão envolvendo múltiplos critérios no desenvolvimento de uma função de valor multiatributo (GOMES, 2004): a) Identificar os tomadores de decisão; b) Definir as alternativas; c) Estruturar em níveis hierárquicos; d) Avaliar as alternativas em relação aos critérios (denominado pontuação, scoring), quantificando o valor de cada alternativa; e) Verificar a consistência dos critérios; f) Determinar a avaliação global de cada alternativa. 3. Estudo de caso O presente estudo foi realizado numa empresa de pequeno porte do setor metal-mecânico. Tal empresa possui cerca de 40 funcionários produzindo esquadrias e estruturas metálicas na cidade de Guaramirim/SC. As informações foram obtidas por meio de entrevistas estruturadas, mediadas por um questionário previamente elaborado e respondido pelo responsável do setor de Suprimentos da empresa. 3.1 Identificação dos critérios O passo inicial para identificação dos critérios comumente utilizados para a seleção de fornecedores nas empresas, foi com base no trabalho de Bastos et al (2010). Este trabalho sugere uma diversidade de critérios a serem utilizados para a seleção de fornecedores recorrentes em grande parte das organizações. No presente trabalho, estes critérios foram submetidos a uma avaliação com 11 empresas de médio e grande portes do setor metalmecânico do Vale do Itajaí/SC. A avaliação dos critérios de seleção junto às empresas permitiu identificar o % de incidência com que tais critérios são utilizados. A Tabela 1 ilustra os resultados. 3

Critérios Porcentagem de critérios selecionados eço 22 Qualidade 19 Pontualidade 22 Flexibilidade 11 Idoneidade 8 Inovação 6 Capacidade administrativa/financeira 3 Referência de terceiros 6 Sistema da qualidade 3 Fonte: Elaborado pelos autores. Tabela 1 Critérios identificados pelos compradores Hickling (1981) apud Corrêa (1996) argumenta sobre os fatores que devem ser administrados no processo de tomada de decisão. O autor reforça que, na prática, este processo consiste em decisões relacionadas a muitas alternativas, variedade de efeitos, mudança de foco, etc. Gomes (2004) ressalta sobre a importância de se fazer uma pré-avaliação dos critérios envolvidos no processo de tomada de decisão. Em alguns casos, há a necessidade de definilos em outros e reduzir as alternativas em uma lista menor, visando facilitar o processo de tomada de decisão. Com base nestes argumentos, os autores fundamentaram a decisão de se trabalhar com quatro critérios apenas neste trabalho, tendo em vista a necessidade de minimizar as alternativas para o decisor mas, com base nos critérios de maior incidência no grupo de 11 empresas previamente entrevistadas. Assim os critérios de maior incidência nas empresas e utilizados no trabalho são: eço (A) Qualidade (B), Pontualidade (C) e Flexibilidade (D). 3.2 Estruturação dos níveis hierárquicos Nesta etapa aplicou-se um segundo questionário na empresa em estudo, visando comparar três de seus fornecedores de um item a ser adquirido, de acordo com os critérios A, B, C e D, identificados na etapa anterior. Com a estruturação em nível hierárquico, ilustrado na figura 1, pode-se visualizar os critérios dos fornecedores em relação a um objetivo, que é o fornecedor ideal. FORNECEDOR IDEAL eço Qualidade Pontualidade Flexibilidade Figura 1 Estrutura hierárquica para a seleção do fornecedor ideal. 3.3 Avaliação dos fornecedores pelos seus respectivos critérios 4

Para avaliar os critérios foi utilizada a escala fundamental de Saaty (1991). Segundo o autor, o motivo para se trabalhar com a lógica ilustrada no Quadro 1 é a existência do denominado limite psicológico, segundo o qual o ser humano pode, no máximo, julgar corretamente 7 ± 2 pontos, ou seja, nove pontos para distinguir essas diferenças. E acrescenta, um outro motivo da existência desta tabela ser de 1-9 é a habilidade para fazer distinções qualitativas, muito bem representadas entre os cinco atributos: igual, fraco, grande, muito grande e absoluta. Nesta situação, uma pessoa pode fazer a relação entre os atributos com grande precisão (SAATY, 1991). Em outro argumento para a consistência do julgamento, Saaty (2000) reforça que o ser humano tem a habilidade de estabelecer relações entre objetos ou idéias de forma que elas sejam coerentes, tal que estas se relacionem bem entre si e suas relações apresentem consistência. INTENSIDADE PONTUAÇÃO FORMA DE AVALIAÇÃO 1 Igual importância As duas atividades contribuem igualmente para o objetivo. 3 Importância pequena de uma sobre A experiência e o juízo favorecem uma a outra atividade em relação à outra. 5 Importância grande ou essencial A experiência ou juízo favorece fortemente em relação à outra. 7 Uma atividade é muito fortemente favorecida Importância muito grande ou em relação à outra. Pode ser demonstrada na demonstrada prática. 9 Importância absoluta A evidência favorece uma atividade em relação à outra, com o mais alto grau de segurança. 2, 4, 6, 8 Valores intermediários Quando se procura uma condição de compromisso entre duas definições. Fonte: SANTOS e VIAGI, 2009. Quadro 1 Escala Fundamental de Saaty (1991) Na aplicação do método, são considerados também os valores inversos do Quadro 1. Dessa forma, torna-se possível avaliar positiva e negativamente os critérios dos fornecedores. ocedimentos semelhantes foram adotados por Sellitto e Mendes (2006). Os resultados da avaliação dos critérios podem ser visto na Figura 2. eço Qualidade Pontualidade Flexibilidade eço 1 2-3 2 Qualidade 1 3 2 Pontualidade 1 3 Flexibilidade 1 Figura 2 Matriz de comparação entre critérios A figura 3 ilustra a aplicação do questionário na empresa em estudo, de acordo com os três fornecedores de um item a ser adquirido pela empresa. Observa-se a comparação entre os fornecedores para cada um dos critérios. 5

XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Análise dos critérios A eço Análise dos critérios B- Qualidade 1 6 5 1-2 1 1 2-3 1-2 1 Análise dos critérios C- Pontualidade Análise dos critérios D - Flexibilidade 1 2 2 1 2 1 1-3 4 1-3 1 3.4 Verificação de consistência Figura 3 Matriz de comparação entre os fornecedores. Nesta etapa da metodologia é determinada a Razão de Consistência (RC), ou seja evidencia-se a consistência sobre as notas de julgamento propostas pelo decisor pois, dependendo da nota proposta, o resultado indicará se os critérios estão consistentemente relacionados. Na primeira parte do cálculo é identificado o autovetor. O autovetor é o valor que direciona o cálculo, e para isso deve-se ser normalizado para que o somatório de seus elementos seja igual à unidade. Basta, para isto, calcular a proporção de cada elemento em relação à soma, conforme a Equação 1. w m C w C / m, j 1,..., m 1 i j 1 i j Considerando que no presente caso tem-se 4 critérios então m=4 e o desenvolvimento da equação é conforme a Tabela 2. w i C j / m C1 C2 C3 C4 1/5 12/23 1/14 1/4 1,043 0,260792 1/10 6/23 9/14 1/4 1,253 0,313432 6

3/5 2/23 3/14 3/8 1,276 0,319061 1/10 3/23 1/14 1/8 0,426 0,106716 Fonte: Elaborado pelos autores. Tabela 2 Desenvolvimento da equação 1 Para testar a consistência da resposta, o que indica se os dados estão logicamente relacionados, Saaty (1991) propõe o seguinte procedimento: Com os resultados da Tabela 2, são inseridas as informações na Equação 2. f m A w C v A, j 1,..., n 2 j i 1 j i j Assim, obtem-se a multiplicação das matrizes de preferências dos 4 critérios, conforme a Tabela 3. 1 2 1/3 2 0,260792 1,207 Aw = 1/2 1 3 2 0,313432 1,614 x = 3 1/3 1 3 0,319061 1,526 1/2 1/2 1/3 1 0,106716 0,500 Utilizando a equação do autovetor: Tabela 3 Multiplicação das matrizes de preferências dos 4 critérios máx 1 n m i 1 [ Aw] w i 1 1,207 1,614 1,526 0,500 4,813 4 0,261 0,313 0,319 0,107 4,813 máx Além disso, para verificar se existe consistência no desenvolvimento do método deve-se calcular o índice de consistência (IC) para posterior cálculo da razão de consistência (RC). O IC é dado pela Equação 3. IC = ( λ max - n)/(n - 1) (3) Substituindo os valores, tem-se: IC = (4,813-4)/(4-1) IC = 0,271 A Razão de Consistência (RC) é dada pela Equação 4. RC = IC / IR (4) Pela tabela 4 de índice aleatório, a quantidade de critérios no problema são 4 então RI é 0,90. 7

) Valores de IR para matrizes quadradas de ordem n n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 RI 0 0 0,58 0,90 1,12 1,24 1,32 1,41 1,45 1,49 Fonte: Saaty (1991). Tabela 4 - Índice Aleatório (RI Dessa forma: RC = 0,271/ 0,90, ou seja, RC = 0,301. Para Gomes (2004), quanto maior for RC, maior será a inconsistência. Quando n=2, RC é nulo; quando n=3, RC deve ser menor que 0,05; quando n=4, RC deve ser menor que 0,09. Em geral, uma inconsistência aceitável para n > 4 é RC 0,10 (TREVIZANO & FREITAS, 2005). Para os 4 critérios avaliados, a razão de consistência resultou em 0,301, acima do valor determinado. Para valores maiores que 0,10 a literatura recomenda que se faça uma revisão da matriz de comparação. Dessa forma, a revisão da matriz foi efetuada reorganizando-se os critérios em 4 grupos com 3 critérios cada e verificando a consistência de cada grupo. A Tabela 5 ilustra os resultados obtidos nas matrizes de comparação: Critérios avaliados i Q Po F Po F Q Po F Q RC 0,5780 0,0310 0,1500 0,0309 Fonte: Elaborado pelos autores. Tabela 5 Razão de consistência para 3 critérios Na tabela 5, são ilustrados os resultados da razão de consistência dos grupos de critérios avaliados. Nota-se que os cálculos efetuados são os mesmos da razão de consistência (RC) para os de 4 critérios. Observa-se que os grupos (Q,, Po) e (F, Q, Po) resultou respectivamente em uma razão de consistência RC = 0,578 e RC = 0,150, ou seja, inconsistente. Portanto, estes grupos de critérios não devem ser considerados. Nas demais comparações a razão de consistência resultou menor que 0,05, ou seja, os dados estarão logicamente relacionados, podendo ser utilizado para determinar o fornecedor ideal. 3.5 Ranking dos fornecedores Nesta etapa foram utilizados os grupos de critérios descritos na tabela 5, que apresentaram consistência (valor abaixo de 0,05), juntamente com a avaliação dos fornecedores para criar o ranking dos fornecedores, resultando na Tabela 6. Grupo de critérios (F, Q, ) Grupo de critérios (F,, Po) Fornecedores Pontuação Fornecedores Pontuação 1 0,476 1 0,402 3 0,197 2 0,209 2 0,166 3 0,167 Fonte: Elaborado pelos autores. 8

Tabela 6 Ranking dos fornecedores para os dois grupos de critérios. Com o resultado do ranking ilustrado na Tabela 6, pelo método AHP e pelo grupo F, Q e, a ordem de prioridade das alternativas são, em primeiro F1, em segundo no ranking o F3, sendo que F2 é o que apresentou a menor pontuação. Para o grupo F,, Po, a ordem de prioridade das alternativas são, em primeiro F1, em segundo F2 e F3 apresentou a menor pontuação. Portanto, com estas análises é recomendada ao comprador que adquira a matéria-prima do fornecedor F1. 3.6 Análise da comparação entre os critérios A comparação entre os critérios é de extrema importância no modelo AHP pois, são eles que direcionam o estudo e indicam qual é a opção ideal, de acordo com a preferência do decisor. Uma leitura do gráfico da Figura 4 aponta para a seguinte preferência do comprador: - A pontualidade é 3 vezes mais importante que o preço; - O preço é 2 vezes mais importante que a qualidade; - A qualidade é 3 vezes mais importante que a pontualidade. Pode-se perceber que os critérios qualidade e preço se destacam em relação ao critério pontualidade. Dessa forma, não se apresenta uma preferência nestes critérios, ocasionando a inconsistência nesta matriz. Q Po 1 2 1/3 Q 1/2 1 3 Po 3 1/3 1 3 2 Po RC = 0,5780 1 0 Q Po Po Q Q Figura 4 Visualização da matriz de comparação entre os critérios preço, qualidade e pontualidade. Na Figura 5, pode-se destacar a preferência do decisor pelo critério pontualidade em comparação aos critérios preço e flexibilidade, resultando em um RC 0,035, abaixo do 0,05, o que demonstra consistência na comparação entre os critérios. Po F 1 1/3 2 Po 3 1 3 F 1/2 1/3 1 3 RC = 0,0310 2 1 0 Po F F Po F Po 9

Figura 5 Visualização da matriz de comparação entre os critérios preço, flexibilidade e pontualidade. Na Figura 6, é evidenciado que o comprador possui duas preferências de dois critérios, pontualidade em comparação a flexibilidade e qualidade em comparação a pontualidade. Além disso, pode-se perceber que o RC está baixo pois o critério qualidade apresentou uma maior preferência, mas não o suficiente para atingir um nível de consistência. Q Po F Q 1 3 2 Po 1/3 1 3 F 1/2 1/3 1 RC = 0,1500 Figura 6 Visualização da matriz de comparação entre os critérios flexibilidade, qualidade e pontualidade. Na figura 7 está expressa a preferência do decisor pelos critérios preço e qualidade. No entanto, pela comparação entre outros critérios, preço apresentou uma maior preferência, resultando no direcionamento deste critério e tornando-o consistente. Q F 1 2 2 Q 1/2 1 2 F 1/2 1/2 1 RC = 0,0309 2 1 1/2 1 1/2 0 Q F F Q F Q Figura 7 Visualização da matriz de comparação entre os critérios preço, qualidade e flexibilidade. Na figura 4 verificou-se que quando comparados os critérios qualidade e preço, o decisor ficou em dúvida e quantificou de igual maneira para ambos os critérios. O mesmo ocorreu na figura 6, pontualidade e qualidade apresentaram resulta semelhantes, no entanto qualidade se sobre saiu diante do critério flexibilidade o que reduziu a razão de inconsistência indicando a preferência do decisor pela opção qualidade. 10

Entre as quatro figuras analisadas, destacam-se as figuras 5 e 7, tendo em vista que os os critérios pontualidade e preço apresentaram maior destaque em seus respectivos grupos. Estes dois critérios serão decisivos para selecionar o fornecedor ideal. 4. Considerações finais O Setor de Suprimentos possui um papel muito importante na organização, indo muito além da simples generalização do conceito de movimentar bens e armazená-los, minimizando custos. É uma concepção fundamentalmente estratégica voltada a operações de médio e longo prazo, como geração e manutenção de alianças comerciais apropriadas à obtenção das respostas rápidas exigidas pelo mercado, gerenciamento eficiente de informações, previsões, promoções, prospecção de novos nichos de consumo e o desenvolvimento colaborativo de novos produtos. Com base nestes conceitos, este artigo buscou contribuiu para o desenvolvimento de uma ferramenta que auxilie na escolha de fornecedores. Servindo de suporte para tomada de decisão em situação de múltiplas escolhas com a utilização do método AHP, adequando à realidade de uma empresa metal mecânico e servindo de suporte para tomada de decisão na seleção de um fornecedor ideal. O método demonstrou ser eficaz para o fim proposto, pois direcionou de uma maneira objetiva para um fornecedor ideal, chegando ao seguinte ranking fornecedor 1 peso 0,474, fornecedor 3 peso 0,197 e fornecedor 2 peso 0,166, portanto a recomendação ao decisor a compra de matéria-prima do fornecedor 1. No entanto, verificou-se durante o desenvolvimento do método que para os 4 critérios adotados, a razão de consistência ficou em 0,301, acima do nível de consistência, que é de 0,10. Por isso, concluímos que para os critérios preço, qualidade e pontualidade não devem ser comparadas juntas, pois segundo a literatura, quando o resultado for inconsistente é porque os critérios não estão logicamente relacionados, ou seja, o decisor não está demonstrando uma preferência por um critério. Após esta etapa, foi necessário reavaliar os critérios e identificar os motivos pelo qual não foi atingida a consistência desejada. Para isso, os critérios foram avaliados e reagrupados em grupos de 3 e verificado a consistência em cada grupo. Verificou-se que os critérios preço, qualidade e pontualidade em uma razão de consistência RC = 0,578, demonstrando a inconsistência na tomada de decisão, outro grupo de critério pontualidade, qualidade e flexibilidade também apresentaram inconsistência, pois diferente do cálculo para 4 critérios os de 3 critérios o nível de consistência é de 0,031 e mesmo assim continuam acima do nível de consistência, no entanto o grupo de critérios flexibilidade, qualidade e preço apresentaram uma razão de consistência igual a 0,0309 e o grupo que apresenta os critérios flexibilidade, qualidade e preço resultou na razão de consistência de 0,034, ambos com nível de consistência abaixo de 0,05, que é aceitável para 3 critérios. Com isto pode-se concluir que o diferencial na tomada de decisão para a escolha de um fornecedor ideal são as preferências por pontualidade que obteve o RC = 0,031, e o preço com RC = 0,0309. Sendo que diferença entre este dois critérios alterou somente a colocação entre os segundo e terceiro lugar no ranking. Por fim, é importante frisar que o modelo multicritério é muitas vezes desvalorizado e, conseqüentemente pouco utilizado para processos de tomada de decisão, especialmente pela sua complexidade numérica, e pela não obrigatoriedade da utilização do mesmo. Dessa forma, normalmente as decisões são tomadas avaliando o cenário superficialmente, desconsiderando, sistematicamente, fatores que interferem direta e indiretamente no processo, contribuindo para 11

diminuir a confiabilidade da decisão frente ao alcance dos objetivos estratégicos explícitos ou implícitos da organização. Referências BASTOS, A. L. A.;LUNA, M. M. M.; MARTINS, F. G., DAMM, H.; SANTOS, L.Caracterização das Relações de Parceria nas Cadeias de Suprimentos das Empresas do Setor Metal-mecânico do Vale do Itajaí-SC. Anais do XVII Simpósio de Engenharia de odução, SIMPEP 2010 Bauru, SP. Disponível em: <http://www.simpep.feb.unesp.br/anais_simpep.php?e=5>. Acesso em: 10 abr. 2010. CORRÊA, E. C. Construção de Um Modelo Multicritérios de Apoio ao ocesso Decisório. 1996. 227p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de odução). Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1996. GOMES, L. F. A. M; GOMES, C. F. S; ALMEIDA, A. T. Tomada de decisão gerencial: Enfoque multicritério. São Paulo: Atlas. 2002. 264p. GOMES, L. F. A. M.; ARAYA, M. C. G.; CARIGNANO, C. Tomada de Decisões em Cenários Complexos: introdução aos métodos discretos do apoio multicritério a decisão. São Paulo: Thomson. 2004.168p. MIRANDA, L. M. Contribuição a um Modelo de Análise Multicritério para Apoio à Decisão da Escolha do Corredor de Transporte para Escoamento da odução de Granéis Agrícolas de Mato Grosso. 2008. 272p. Tese (Doutorado em Engenharia de Transporte). Centro Tecnológico, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. RAFAELI, L.; MÜLLER, C. J. Estruturação de um Índice Consolidado de Desempenho Utilizando o AHP. odução, v.14, n.2, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/gp/v14n2/12.pdf>. Acesso em: 11 set. 2009. RUFCA, R. L. Modelo Multicritério de Planejamento de odução de Curto azo para uma Empresa de odutos Alimentícios. 2004. 95p. Dissertação (Mestre em Ciências) Setor de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal do Paraná, Paraná. 2004 SAATY, T. L. Método de Análise Hierárquica. São Paulo: McGraw-Hill, Makron, 1991. Decision making for leaders. Pittsburg, USA: WS. Publications, 2000. SANTOS, R. F.; VIAGI, A. F. Uso do Método AHP (Analytic Hierarchy ocess) para Otimizar a Cadeia de Suprimentos Durante o Desenvolvimento Integrado de odutos. Anais do XII Simpósio de administração da produção, logística e operações internacionais, SIMPOI 2009 FGV/EAESP. Disponível em: < http://www.simpoi.fgvsp.br/arquivo/2009/artigos/e2009_t00337_pcn85503.pdf>. Acesso em: 11 set. 2009. SELLITTO, M. A; MENDES L. W. Avaliação comparativa do desempenho de três cadeias de suprimentos em manufatura, 2006. TREVIZANO, W. A; FREITAS, A. L. P. Emprego do Método da Análise Hierárquica (A.H.P.) na seleção de ocessadores. Anais do XXV Encontro Nac. de Engenharia de odução Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov. de 2005. Disponível em: < http://www.abepro.org.br>. Acesso em: 10 abr. 2010. 12