AULA AMÉRICA: INDEPENDÊNCIA DA ESPANHA E REPÚBLICAS CAUDILHISTAS

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Transcrição:

AULA 17 20 AMÉRICA: INDEPENDÊNCIA DA ESPANHA E REPÚBLICAS CAUDILHISTAS A colonização da América espanhola baseou-se na exploração do ouro e da prata que era relativamente abundante nas áreas do antigo Império Asteca e Inca. As demais áreas agrícolas, em geral, produziam gêneros tropicais que seriam comercializados na Europa, além dos alimentos que seriam consumidos nas áreas mineradoras. Com isso, os nativos tornaramse vítimas dessa exploração, uma vez que eram obrigados a trabalhar compulsoriamente pelo sistema de encomienda e repartición. As leis e a administração pública da colônia Espanhola eram totalmente controladas pela metrópole, assim, apenas os colonos nascidos na Espanha (que eram chamados de Chapetones), poderiam ocupar cargos públicos na colônia. Nesse contexto, os colonos filhos de espanhóis, nascidos na América (que eram chamados de Crioullos) tornaram-se uma elite local, sem grandes poderes políticos, mas muito enriquecida economicamente. Um dos meios adotados para aumentar o lucro da Espanha, foi impor as suas colônias o Pacto Colonial. Essa medida, obrigou os colonos a comercializar exclusivamente com a Espanha, ou seja, a metrópole detinha o monopólio sobre a produção e o consumo da colônia. Esse cenário tornou-se mais rígido, durante o reinado de Carlos III (entre 1759 e 1788), que implementou as Reformas Bourbônicas. Elas aumentaram a austeridade fiscal sobre as colônias da Espanha na América, e foi um dos motivos que agravaram o descontentamento das elites coloniais com a metrópole. Dessa forma, a exploração da América Hispânica tornouse mais intensa, o que desagradou de forma geral, a todos aqueles que viviam nessas regiões. O processo de independência A independência da América Espanhola foi motivada por uma somatória de fatores, que desgastou a relação entre os colonos e a metrópole. Um deles foi a expansão das ideias iluministas que defendiam a liberdade e a igualdade dos cidadãos perante a lei. Outro fator foi a experiência positiva dos Estados Unidos que conseguiram se emancipar da Inglaterra por uma grande e popular guerra de independência. Esses aspectos motivaram os crioullos, que eram desprovidos de direitos políticos e estavam impedidos de ocupar cargos nas instituições coloniais, a organizarem o movimento de independência da América Espanhola. Dessa forma, essa elite excluída politicamente encontrou nas propostas iluministas e na experiência norte-americana, os argumentos para questionar a estrutura colonial vigente e mobilizar as demais classes sociais a ingressarem nesse movimento emancipacionista. A intensa exploração do trabalho dos indígenas, dos escravos e até mesmo dos mestiços, também motivou as classes mais baixas a apoiarem o movimento de independência que estava sendo encabeçado pelas elites. Além disso a situação de miséria de boa parte dos colonos, mobilizaram setores populares variados das colônias hispânicas a aderirem a causa emancipacionista. Nesse contexto, um exemplo que pode ser observado, foi a rebelião de Pagina: 1

caráter indianista Tupác Amaru (guerrilha organizada pelos grupos indígenas do antigo império Inca que por anos lutou contra o domínio espanhol e buscou preservar a cultura nativa dos seus antepassados), que eclodiu em 1780, no Peru. O contexto externo, tornou-se favorável para eclodir as Guerras de Independência da América Espanhola, no momento que Napoleão Bonaparte, torna-se imperador da França e invade a Espanha, derrubando o monarca e nomeando José Bonaparte como o novo imperador do país. Assim, como as guerras napoleônicas tinham como foco o domínio político e econômico da Europa, uma revolta na América Hispânica nesse momento histórico, sofreria uma repressão menos intensa, já que Napoleão Bonaparte não deslocaria grandes contingentes militares para sufocá-las. Vale destacar que a Inglaterra e os Estados Unidos tinham grandes interesses econômicos em acabar com monopólio comercial espanhol de suas colônias, para entrarem com seus produtos industrializados nesse mercado. Isso justifica o interesse dos Estados Unidos em apoiar a Independência da América Hispânica, financiando as revoltas e reconhecendo os governos emergentes emancipacionistas pela Doutrina Monroe (América para os Americanos). Desse modo, os criollos aproveitaram todos esses cenários internos e externos para iniciar as guerras de independência. Para isso, eles convocaram todas as camadas sociais da colônia, a rebelarem-se contra a Espanha. Destacam-se assim, assumindo a liderança dessas revoltas, os crioullos Simon Bolívar e José de San Martin, que organizaram exércitos que tiveram sucesso na proclamação de independência de vários países latino-americanos. Para evitar a fragmentação da América em pequenas repúblicas, Simon Bolívar propõe em 1826, que as novas nações reúnam-se no Congresso do Panamá, para discutir um projeto de solidariedade e integração político-econômica. A independência, no entanto, não transformou radicalmente a organização socioeconômica da população, que manteve-se excluída e explorada pelas novas elites que tomaram o poder e ampliaram seus privilégios. Desse modo, não se observou após a independência, uma política de distribuição de renda ou de terras, e esses novos países mantiveram a estrutura agrário exportadora e a sua dependência econômica, em relação às potências industrializadas. O projeto de Simon Bolívar Simón Bolívar pertencia a aristocracia colonial, ou seja, era um crioullo, e tinha uma ampla formação filosófica clássica e iluminista. Ele comandou a independência da Venezuela, da Colômbia, do Equador, do Peru e da Bolívia. A declaração da independência, foi proclamada por Simón Bolívar na cidade de Caracas, e na sequência ele participou de uma missão diplomática na Inglaterra. Na volta, fez um forte discurso em favor da independência da América Espanhola. Pagina: 2

Em alguns momentos Simón Bolivar une forças com San Martin para concretizar a independência da América Hispânica, porém, devido a rivalidades pessoais e disputas pelo poder das elites locais, essa união não foi duradoura. Ambos desejavam uma América unida, mas San Martin acreditava que ela deveria estar sob o comando de um monarca europeu, enquanto que Simón Bolívar desejava, formar uma confederação capaz de integrar uma faixa de terra que se estendia da Guatemala até a Bolívia. Dessa forma, essa grande nação unida passaria a se chamar Grã Colômbia e não incluiria o México, a região do Prata e o Brasil. No entanto, Estados Unidos e Inglaterra se opuseram a esse projeto, pois ele ameaçava seus interesses econômicos no continente, na medida que esse grande país poderia se tornar cada vez mais forte. Por isso, para evitar que o projeto de Simón Bolívar de formar a Grã Colombia prosperasse, essas nações incentivaram o conflito e as disputas internas das elites locais, que desencadeou uma série de guerras civis. Por exemplo, em 1828, Simón Bolívar sofreu um atentado, do qual ele sobreviveu e em 1829, a Venezuela e a Colômbia se separaram dessa confederação. Na sequência, o Peru emancipa-se e a província de Quito torna-se independente, adotando o nome de Equador. Com o fracasso do projeto de Simón Bolivar, a América Latina acabou mantendo-se fragmentada e politicamente desunida. A consequência disso é a manutenção do subdesenvolvimento e da dependência econômica que marcou a história dessas pequenas repúblicas que se formaram. Curiosidade: Anos da independência dos principais países da América Espanhola: México: 1821 Peru: 1821 Argentina: 1816 Paraguai: 1813 Uruguai: 1815 Venezuela: 1811 Bolívia: 1825 Colômbia: 1811 Equador: 1811 Chile: 1818 As repúblicas caudilhistas Pagina: 3

As Repúblicas que surgiram na América Espanhola após a independência, eram governadas por uma autoridade política local de perfil autoritário e paternalista. Nesse contexto, as antigas elites crioullas passaram a se denominar de caudilhos que eram ricos fazendeiros que controlavam pequenos exércitos e tinham forte influência política no governo. A necessidade de reorganização da estrutura política e econômica na América Latina, sem mudar a organização social e a política de privilégios da elite, favoreceu que esses caudilhos criassem governos autoritários que pouco respeitavam as ideias democráticas que uma república prevê. Desse modo, as chamadas Repúblicas Caudilhistas, tornaram-se governos ditatoriais que exerciam um forte controle social e regional, impondo-se muitas vezes pela censura e perseguição dos seus opositores. Muitos deles usaram seu poder muitas vezes irrestrito, para aumentar sua riqueza particular e promover os seus próprios interesses em um governo que pouco fazia pelo povo. De modo geral, o caudilhismo torna-se uma característica comum de todos os países da América Hispânica e só entrou em decadência quando grupos organizados por trabalhadores passaram a questionar esses governos autoritários e organizando-se em revoluções que derrubaram algumas dessas ditaduras. REFERÊNCIAS BAQUERO, Marcelo. Democracia e desigualdades na América Latina: novas perspectivas. Porto Alegre: UFRGS, 2007. BARBOSA, Alexandre de Freitas. A independência dos países da América Latina. São Paulo: Saraiva, 1997. BARSOTTI, Paulo; PERICÁS, Luiz Bernardo. América Latina: história, ideias e revolução. São Paulo: Xanã, 1998. BETHEL, Leslie. (Org). História da América Latina. São Paulo: EDUSP/ Fundação Alexandre de Gusmão, 1999. FICO, Carlos (org.). Ditadura e democracia na América Latina: balanço histórico e perspectivas. Rio de Janeiro: FGV, 2008. FUVEST. Prova de Primeira Fase do Vestibular da USP de 2010. Disponível em:. Acesso em 31 mar. 2016. 16h. 1994. PRADO, Maria Ligia C. A formação das nações latino-americanas. São Paulo: Atual, SOUSA, Rainer Gonçalves. Independência do Haiti. Brasil Escola. Disponível em:. Acesso em: 23 mai. 2016. 16h30min. VUNESP. Prova do primeiro dia do Vestibular da Unesp de 2013. Disponível em:. Acesso em 31 mar. 2016. 16h. WIKIMEDIA COMMONS. Guerra de Independência do México. Disponível em:. Acesso em: 23 mai. 2016. 10h. Pagina: 4

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