JARDINS RESIDÊNCIAIS ARTE E BELEZA A SERVIÇO DO LAZER



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Transcrição:

JARDINS RESIDÊNCIAIS ARTE E BELEZA A SERVIÇO DO LAZER ARAÚJO, Emmanuelle Rodrigues Universidade Estadual da Paraíba UEPB manucg@gmail.com DANTAS, Ivan Coelho Universidade Estadual da Paraíba UEPB iv_dantas@hotmail.com RESUMO Desde que o homem primitivo começou a se distanciar das florestas, até os dias atuais, muitos dos elos naturais, de fundamental importância para o equilíbrio da vida, foram corrompidos pelo progresso da humanidade. Apesar dessa devastação da natureza, o homem continuou cultivando em seu íntimo a necessidade de reatar o elo com a Natureza. Desta maneira, o homem vem procurando desde a antiguidade trazer para seu convívio, algumas espécies vegetais que possam ser úteis em sua vida, surgindo assim os jardins. Nos dias atuais fica clara a importância dos jardins, já que estes promovem um reatamento dos elos do ecossistema com o homem, além de melhorar o visual da paisagem urbana sendo assim imprescindíveis para a melhoria da qualidade de vida nas cidades. Este trabalho objetivou realizar inventário das plantas existentes em jardins particulares para determinar as famílias e espécies existentes, analisar a origem das plantas (se exóticas ou nativas), catalogar os vegetais quanto ao porte (arbórea, arboretos, arbustos, ervas, lianas e reptante) e quanto à função de cada vegetal (ornamental, medicinal, frutífera, hortaliça e daninha). O estudo foi desenvolvido em jardins localizados no bairro do Catolé na cidade de Campina Grande PB, no período de janeiro a julho de 2004, utilizando como instrumento de pesquisa ficha de identificação das plantas, câmera digital e literatura especializada. O inventário realizado nos jardins revelou a existência de 164 espécies vegetais, distribuídas em 61 famílias, sendo as mais predominantes Liliaceae, Poaceae, Euphorbiaceae e Araceae cada uma com 6%; quanto ao porte das plantas observou-se o seguinte resultado: ervas (45%), arbusto (37%), árvore (8%), liana (5%), arboreto (4%) e reptante (1%); quanto à função das plantas foram catalogadas 63% das plantas como sendo ornamentais, 15% daninhas, 12% medicinais, 6% frutíferas e 4% hortaliças; quanto à origem foram catalogadas 109 espécies exóticas (66,5%) e apenas 55 nativas (33,5%). O inventário é uma forma de se conhecer melhor a flora do local estudado e tem uma importância significativa para estudos sobre a relação do homem com a natureza e sobre a flora regional. PALAVRAS-CHAVE: Jardim, Arborização, Inventário

ABSTRACT Since the primitive man began going away of the forests, until the current days, many of the natural links, of fundamental importance for the balance of the life, were rotten for the humanity's progress. In spite of that devastation of the nature for the capitalism, the man continued cultivating in his/her intimate the need to resume the link with the nature. Of this it sorts things out, the man is seeking from the oldest civilizations to bring for his/her conviviality, some vegetable species that you/they can be useful in his/her life, with that intention the gardens appeared. In the current days it is clear the importance of the gardens, since these promote a reatamento of the links of the ecosystem, besides improving the look of the landscape and they are indispensable for the improvement of the life quality in the cities. This work aimed at to accomplish inventory of the existent plants in gardens, determining the families and existent species, analyzing the origin of the plants (if exotic or native), to classify the vegetables as for the load (arboreal, arboretos, bushes, herbs, lianas and reptante) and to classify as for the function (ornamental, medicinal, fruitful, vegetable and harmful). The present work was developed in gardens of a located in the neighborhood of Catolé in the city of Campina Grande-PB, in the period of January to July of 2004, using as instrument of research record of identification of the plants, digital camera and specialized literature. The inventory accomplished in the gardens in subject revealed the existence of 164 vegetable species, distributed in 61 families, being most predominant Liliaceae, Poaceae, Euphorbiaceae and Araceae each one with 6%; as for the load of the plants it was obtained the following result: herbs (45%), bush (37%), tree (8%), liana (5%), arboreto (4%) and reptante (1%); as the function of the plants was classified 63% of the plants how being ornamental, 15% harmful, 12% medicinal, 6% fruitful and 4% vegetables; as the origin was classified 109 exotic species (66,5%) and only 55 native (33,5%). The inventory is a form of knowing the flora of the studied place better and he/she has a significant importance for studies about the man's relationship with the nature and on the flora of the area. WORD-KEY: Garden, Forestation, Inventory

1.0. INTRODUÇÃO Segundo Lombardo (1990) o meio ambiente urbano é resultado de fatores naturais, biológicos e sócio-econômicos que compreendem o meio físico e o meio edificado pelo homem. O meio urbano transformado incessantemente está cada vez mais desgastado e sente a necessidade de respirar. São edifícios, estradas, fábricas, automóveis, e no meio de tantos aparatos modernos está o homem, buscando sempre a lucratividade e gerando problemas ao ambiente. Junto ao desenvolvimento desenfreado das grandes cidades cresce também a necessidade do homem em reconciliar-se com a natureza. Dessa necessidade é que surgem os projetos visando à implantação de áreas verdes nos espaços disponíveis entre as construções, fazendo com que um pouco da paisagem seja recomposta. As mais antigas civilizações já sabiam a importância das plantas em suas vidas (na alimentação, na cura de males, etc). Hoje, mais do que nunca, é inegável o benefício que as áreas verdes proporcionam para a vida das pessoas. As áreas verdes apresentam um papel fundamental na melhoria da qualidade ambiental, pois diminuem as poluições gasosa, sonora, visual promovendo assim a saúde física e mental da população (MILANO, 1992). Hoje em dia é imprescindível argumentar a necessidade do homem de estar em contato com as plantas para melhorar o ambiente desgastado em que vive. 2.0. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral: Realizar o inventário das plantas existentes em jardim 2.2. Objetivos Específicos: Determinar as Famílias e Espécies existentes em jardins, enfatizando as famílias mais representativas; Analisar a origem das plantas, se exóticas ou nativas; Catalogar as plantas do jardim como sendo: Ornamental, medicinal, frutífera, hortaliça e daninha; Catalogar as plantas do jardim quanto ao porte: arbórea, arboreto, arbusto, erva, liana e reptante. 3.0. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1. OS JARDINS 3.1.1. Conceito A palavra jardim é derivada da junção do hebreu gan (proteger, defender) e éden (prazer, delícia). O jardim é definido como sendo o local onde se cultivam flores, terreno onde se cultivam plantas para recreio ou estudo (Dicionário Brasileiro Globo, 1985). O Jardim situa-se entre aquelas produções do engenho humano cuja finalidade precípua é tornar a vida mais agradável, pelo repouso espiritual que nos proporciona. É uma obra de arte composta de elementos vivos e inertes, com predominância dos primeiros, na qual o homem, afeito

ás atividades mais ou menos sedentárias da urbe, procura nos momentos de lazer, um contato com a natureza. Os elementos vivos que integram e definem o jardim são as plantas, consociadas em alguns casos com variados espécimes da fauna. Os elementos inertes, acessórios decorativos na composição, advêm quase sempre de indústrias várias ou são produtos das Belas-Artes, cujo concurso e influencia são notáveis em quase todos os jardins (SANTOS, 1978). 3.1.2. Por que as pessoas querem jardins? Segundo Macunovich (1996) existe uma série de motivos que levam as pessoas a quererem um jardim. Entre estes motivos podem ser mencionados os seguintes: Para realçar algum aspecto da paisagem: Algumas características muito atraentes em casas e quintais podem ser ainda mais notáveis quando emolduradas por jardins: janelas de sacadas, estátuas, mirantes, etc; Para definir espaço: As pessoas precisam criar espaços pessoais. Num quintal muito grande para encontros e reuniões íntimas, um jardim pode delimitar ou circular uma área reservada; Para relaxar: O tempo gasto no jardim pode ser uma maneira de livrar-se do estresse e ficar entretido com aromas, sons, imagens e sensações provenientes de processos naturais; Para atrair pássaros, borboletas, e outros tipos de animais: O jardim pode ser uma reversa privada e a presença de seres vivos, um sinal de que tudo está bem neste pequeno ecossistema; Para conservar ou contribuir para o meio ambiente: Algumas plantas e espécies animais cujos ambientes naturais estão desaparecendo podem, às vezes, ser felizes vivendo em um jardim; Para as crianças aprenderem sobre a natureza: Há muito para ser aprendido com um jardim. Ele pode ser planejado para recepcionar crianças e encorajar a exploração e o aprendizado por parte delas; Para uso culinário: Um número surpreendente de flores de jardim passou a ser cultivado por pessoas que precisavam das folhas, flores ou raízes de plantas para dar sabor e conversar alimentos. 3.2. URBANIZAÇÃO E IMPACTO AMBIENTAL Segundo Magdalena (2000) a história da cultura humana e de sua relação com o planeta ainda não está esgotada, ela é um potencial que continua em constante reconstrução. As diferentes leituras acerca da organização do homem como um ser vivo e do seu convívio com a natureza e com os outros homens, foram realizadas ao longo do tempo e constituíram-se em contextos históricos diferenciados, a partir dos elementos gerados pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia, bem como das implicações e influências que tiveram no desenvolvimento das estruturas sociais. Nessa concepção, tanto a natureza como os seres vivos apresentam fenômenos e processos de caráter previsível, causal, com possibilidades de serem controlados. Das relações homem-natureza, se constitui o mundo propriamente humano, o mundo da cultura e da história. Este mundo, em recriação permanente, por sua vez, condiciona seu próprio criador que é o homem, em suas formas de enfrentá-lo e de enfrentar a natureza. Não é possível, portanto, entender as relações dos homens com a natureza, sem estudar os condicionamentos histórico-culturais a que estão submetidas suas formas de atuar (FREIRE, 1975). Os outros seres vivos também são componentes desde mundo, mas como o homem tem um pensamento racional acaba buscando modificar o ambiente de acordo com suas próprias necessidades, tornando-o assim um ambiente humano. Para entender a relação do homem com a natureza vale considerar que as modificações que o meio sofre hoje decorrem de mudanças ocorridas historicamente cujos reflexos perduram até os nossos dias. Por este motivo, a importância de se entender a razão pela qual o ambiente é transformado pelo homem, quais as conseqüências dessas ações e como cessar tantos impactos à natureza.

A questão urbana, no contexto histórico da relação homem-natureza, reflete a idéia de que é necessário conceituar o meio ambiente considerando os vários aspectos da relação da sociedade com o meio natural, assim como o homem dentro de sua própria sociedade. O homem cria riquezas com o trabalho, utilizando recursos naturais que lhe são disponíveis para suprir as necessidades humanas. A base da sustentação da espécie humana é o meio físico-natural, e o ser humano além de ser parte integrante da natureza é um ser social. Na história podemos comprovar que a transformação coletiva do ambiente provocou mudanças na dinâmica social. A urbanização aparece como parte evolutiva da cultura humana, que também, pode-se dizer, que é a história da relação homem-natureza (MARTINS JÚNIOR, 1996). A natureza cria os meios de sustentação das espécies inseridas no ambiente, e o homem, principal responsável por transformar o ambiente em que vive, muitas vezes, cria obstáculos para que tais meios possam chegar a todas as cadeias do ecossistema. Diversos são os impactos causados pelo homem na natureza, Geiser (1976) afirma que: o impacto do homem sobre o meio ambiente faz-se em grande intensidade. Tais impactos são refletidos na concorrência da cidade com o espaço verde (representado pela vegetação), que ocorre quando há a substituição das áreas verdes pelo piso urbano. Como se pode perceber a urbanização é um dos fatores que colocam em risco à harmonia do ecossistema, e cabe ao homem a grande responsabilidade de equacionar esses impactos em todos os ambientes. É o que enfatiza Lombardo (1990) quando diz que o meio ambiente urbano é o resultado de fatores naturais, biológicos e sócio-econômicos que compreendem o meio físico e o meio edificado pelo homem. Além disso, seu estudo é de natureza multidisciplinar, considerando-se a quantidade de variáveis e o dinamismo que possui a paisagem urbana. Cada cidade identifica-se com uma diversidade de elementos na qual o homem é o fator mais significativo e, como tal, o grande elemento responsável ou de forma direta ou indireta, pelas mudanças observadas na natureza. Neste sentido Cavalcanti (2001) advoga que apesar de todo o conhecimento científico disponível nos dias atuais, é difícil entender a razão pela qual o homem busca, na maioria das vezes, apenas o desenvolvimento econômico, e acaba deixando de lado as questões ambientais. 3.3. ÁREAS VERDES A área verde tem função de se construir em um espaço social e coletivo, sendo importante para a manutenção da qualidade de vida. Para facilitar o acesso de todos, independentemente de classe social, promove integração entre os homens (MARTINS JÚNIOR, 1996). Essas áreas verdes podem ser divididas em públicas e privadas. A importância de considerar as áreas verdes tem se revelado inclusive nos estudos de planos diretores urbanos, nos quais muitas vezes são divulgados índices de metros quadrados de áreas verdes por habitante, estimados através de critérios variados, como indicadores de qualidade de vida e qualidade ambiental. A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU (1992), afirma que, na virada deste século, quase metade da humanidade viverá em cidades, a vegetação remanescente existente em áreas urbanas passa a ser um importante indicador da qualidade ambiental, interferindo na qualidade de vida pela manutenção de funções ambientais, sociais e estéticas, contribuindo para mitigar as alterações adversas provocadas pelo processo de urbanização e industrialização. A cobertura vegetal apresenta influências positivas em relação à dinâmica do ambiente urbano e tem sido referendada por inúmeros autores (MILANO, 1992; DETZEL, 1992; SATTLER 1992; CAVALHEIRO, 1994; GOYA, 1994 apud HENKE-OLIVEIRA, 1996) enfatizando a sua importância para o controle climático, da poluição do ar e acústica, melhoria da qualidade estética, efeitos sobre a saúde mental e física da população, aumento do conforto ambiental, valorização de

áreas para convívio social, valorização econômica das propriedades e formação de uma memória e de um patrimônio cultural. O estilo de vida urbano e a estrutura cultural das cidades são elementos associados à tendência ao sedentarismo, aumentando a demanda por áreas verdes e espaços para recreação. Sattler (1992 apud HENKE-OLIVEIRA, 1996) aborda os benefícios sociais das áreas verdes sob os aspectos de conforto térmico, lúmnico e acústico. A diminuição da temperatura, das amplitudes térmicas e a manutenção da umidade do ar são benefícios mantidos pela vegetação através de mecanismos de intercepção, reflexão, absorção e transmissão da radiação direta ou refletida e manutenção de elevadas taxas de evapotranspiração (DETZEL, 1992 APUD HENKE-OLIVEIRA, 1996). São diversos os benefícios gerados pelas áreas verdes, resgatado de Henke-Oliveira (1996):... estas são áreas permeáveis (sinônimo de áreas livres) públicas ou não, com cobertura vegetal predominantemente arbórea ou arbustiva que apresentem funções potenciais capazes de proporcionar um microclima distinto no meio urbano em relação à luminosidade, temperatura e outros parâmetros associados ao bem-estar humano (funções de lazer); com significado ecológico em termos de estabilidade geomorfológica e amenização da poluição e que suporte uma fauna urbana, principalmente aves, insetos e fauna do solo (funções ecológicas); representando também elementos estéticamente marcantes na paisagem (função estética), independentemente da acessibilidade a grupos humanos ou da existência de estruturas culturais como edificações, trilhas, iluminação elétrica, arruamento ou equipamentos afins; as funções ecológicas sociais e estéticas poderão redundar entre sí ou em benefícios financeiros De acordo com Guzzo (1999) as áreas verdes urbanas apresentam diversas funções e proporcionam melhorias no ambiente excessivamente impactado das cidades e benefícios para os habitantes das mesmas. Entre essas funções destacam-se: Função ecológica: A presença de vegetação, do solo não impermeabilizado e de uma fauna mais diversificada nessas áreas, promove melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar, água e solo; Função social: Está intimamente relacionada com a possibilidade de lazer que essas áreas oferecem à população; Função estética: Diversificação da paisagem construída e o embelezamento da cidade; Função educativa: Possibilidade que essas áreas oferecem como ambiente para o desenvolvimento de atividades extra-classe e de programas de educação ambiental; Função psicológica: As pessoas em contato com os elementos naturais das áreas verdes tendem a relaxar, desta forma acabam funcionando como locais anti-estresse. Este aspecto está relacionado com o exercício do lazer e da recreação nas áreas verdes. As funções associadas às áreas verdes na cidade geram implicações ecológicas, sociais e estéticas, e estas estão expostas na Tabela 1.0. Ainda segundo Guzzo (1999) a serventia das áreas verdes nas cidades está intimamente relacionada com a quantidade, a qualidade e a distribuição das mesmas dentro da malha urbana. 4.0. METODOLOGIA

O presente trabalho foi desenvolvido em jardins localizados no bairro do Catolé na cidade de Campina Grande PB, no período de janeiro a julho de 2004, com o intuito de realizar inventário (levantamento) florístico da área. Para a realização deste trabalho os dados foram coletados in loco utilizando equipamentos como câmera digital, ficha de identificação das espécies vegetais, além da literatura especializada. A ficha de identificação, assim como a câmera digital ajudou no que diz respeito à identificação de cada planta existente no jardim. Na ficha de identificação constam dados relevantes como o nome científico, nome popular, família e origem das plantas. A literatura especializada foi crucial para a identificação eficaz dos vegetais existentes no jardim, já que tais referências bibliográficas possuem fotografias bem como dados importantes sobre cada planta. As plantas presentes no jardim foram identificadas e classificadas quanto à função como sendo ornamental, medicinal, frutífera, hortaliça e daninha; quanto ao porte, como sendo: arbórea, arboreto, arbusto, erva, liana e reptante; como também foram subdivididas em famílias, evidenciando as famílias mais representativas; e identificadas às plantas nativas e exóticas. Além do inventário realizado nos jardins em questão, também foi abordado no trabalho o valor ecológico e psicológico de um jardim para uma sociedade cada vez mais capitalista. 5.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO No inventário realizado na residência em questão constatou-se a presença de 164 espécies de plantas. Estas foram catalogadas de acordo com seu porte (erva, arbusto, arboreto, árvore, ou liana e reptante); de acordo com suas funções (ornamental, frutífera, medicinal, hortaliça e daninha); e quanto à origem (se exótica ou nativa). As 164 espécies vegetais relatadas no inventário estão distribuídas em 61 famílias, sendo que as famílias mais representativas encontradas no jardim foram Gramineae (6%), Araceae (6%), Euphorbiaceae (6%) e Liliaceae (6%) cada uma com 10 espécies, como pode-se observar no Gráfico 1.0. Foram catalogadas algumas famílias com pouca representatividade, estas juntamente com a relação de todas as famílias e suas respectivas freqüências aparecem na Tabela 1.0. GRÁFICO 1.0 - Percentual das Famílias mais representativas encontradas no Jardim. 60% 3% 4% 4%5% 6% 6% 6% 6% Bromeliaceae Compositae (Asteracea) Rubiaceae Labiatae (Lamiaceae) Araceae Euphorbiaceae Gramineae (Poaceae) Liliaceae Outras

TABELA 1.0 Freqüência das Famílias encontradas no Jardim NOME DA FAMÍLIA FREQÜÊNCIA Aizoaceae 1 Acanthaceae 3 Amaranthaceae 2 Amaryllidaceae 4 Anacardiaceae 4 Apocynaceae 3 Araceae 10 Araliaceae 2 Arecaceae (Palmae) 2 Asclepiadaceae 1 Balsaminaceae 1 Bignoniaceae 2 Boraginaceae 1 Brassicaceae (Cruciferae) 3 Bromeliaceae 5 Cactaceae 4 Cannacae 1 Caricaceae 1 Casuarinaceae 1 Chenopodiaceae 2 Commelinaceae 2 Compositae (Asteracea) 6 Convolvulaceae 1 Crassulaceae 3 Cucurbitaceae 1 Cupressaceae 1 Cyperaceae 2 Davalliaceae 3 Euphorbiaceae 10 Geraniaceae 1 Gesneriaceae 2 Gramineae (Poaceae) 10 Iridaceae 1 Labiatae (Lamiaceae) 8 Lauraceae 1 Leguminosae 1 Liliaceae 10 Malpighiaceae 1 Malvaceae 2 Moraceae 1 Musaceae (Heliconiaceae) 4

Myrtaceae 2 CONT. TABELA 1.0 NOME DA FAMÍLIA FREQÜÊNCIA Nyctaginaceae 2 Oleaceae 1 Orchidaceae 1 Piperaceae 1 Plumbaginaceae 1 Polygonaceae 1 Polypodiaceae 4 Portulaceae 1 Rosaceae 2 Rubiaceae 6 Rutaceae 1 Scrophulariaceae 2 Solanaceae 3 Umbelliferae (Apiaceae) 2 Urticaceae 1 Verbenaceae 4 Victaceae (Leeaceae) 1 Vitaceae 1 Zingiberaceae 3 TOTAL 164 Quanto ao porte das plantas pode-se observar a predominância de 76 ervas (45%); 60 arbustos (37%); 13 árvores (8%); 8 lianas (5%); 6 arboretos (4%) e apenas 1 reptante (1%), como expresso no Gráfico 2.0. Quanto ao porte das espécies vegetais podem ser observadas as figuras 1.0 (Gazânia) e 2.0 (Riso-dos-anjos) que são respectivamente uma erva e um arbusto. Este resultado se contradiz com o relatado por Lira (2002) no Inventário realizado no Parque da Criança na cidade de Campina Grande PB onde foi observada a presença de 89,8% de espécies arbóreas. GRÁFICO 2.0 Percentual das Plantas quanto ao Porte 4% 5% 1% 8% 37% 45% Árvore Erva Arbusto Arboreto Liana Reptantes

Fig. 1.0. Fig. 2.0. Riso-dos-anjos (Arbusto) Gazania rigens (L.) Gaertn Gazânia (Erva) Antigonon leptopus Hook. & Arn Quanto à função as plantas do jardim foram catalogadas como sendo ornamentais, frutíferas, medicinais, hortaliças e daninhas. Sob este aspecto foram obtidos os seguintes resultados: 104 plantas ornamentais (63%); 24 plantas daninhas (15%); 19 plantas medicinais (12%); 10 plantas frutíferas (6%) e 7 plantas consideradas hortaliças (4%), como pode-se observar no Gráfico 3.0. GRÁFICO 3.0 Percentual das espécies vegetais quanto à função 15% 4% 12% 6% 63% Ornamental Frutífera Medicinal Hortaliça Daninha

Como exemplo de planta catalogada quanto a função pode-se observar a roseira, nas figuras 3.0 e 4.0 Fig. 3.0. Roseira (Ornamental) Rosa grandiflora Hort. Fig. 4.0. Roseira (Arbusto) Rosa grandiflora Hort Enquanto que no inventário realizado nos jardins em questão foram catalogados 63% de espécies ornamentais, no estudo realizado por Lira (2002) no Parque da Criança foram encontradas apenas 10,2% de plantas ornamentais. No inventário realizado por Cavalcanti (2002) no Horto Florestal Lauro Pires Xavier localizado na cidade de Campina Grande-PB foram catalogadas 166 espécies vegetais, estas distribuídas em 64 famílias, com predominância de 59,4% de plantas ornamentais, e apenas 15% de plantas de cunho medicinal. Em seu estudo no Parque da Criança, Lira (2002) verificou a presença de 12,7% de plantas medicinais, percentual este, compatível com o do jardim residencial em estudo onde foram encontrados 12% deste tipo de plantas. Quanto à origem das espécies encontradas no jardim foram encontradas 109 espécies exóticas (66,5%) e 55 espécies nativas (33,5%), como é perceptível no Gráfico 4.0. GRÁFICO 4.0 Freqüência da Origem das Espécies Vegetais encontradas no Jardim. Quantidade de espécies 120 100 80 60 40 20 0 109 Exótica 55 Nativa Exótica Nativa Origem das espécies

O resultado obtido pode ser comparado com o resultado encontrado por Lira (2001) no Parque da Criança, onde o mesmo relatou 45% das espécies como sendo nativas e os 55% restantes de plantas exóticas. Fazendo a relação com as espécies utilizadas na arborização de Campina Grande, catalogadas no inventário de Souza (2001) mostra também a grande maioria de plantas exóticas na região, já que foi observada a presença de 67,2% de plantas de origem exótica e apenas 32,2% de espécies nativas. Ainda no inventário realizado por Cavalcanti (2002) no Horto foi observado que 60% das espécies vegetais eram de origem exótica e 29% de origem nativa, enquanto que 11% das espécies não tiveram uma definição quanto este aspecto. Algumas espécies que foram catalogadas nos jardins quanto à origem podem ser observadas nas figuras 5.0 (Onze-horas) e 6.0 (Gérbera). Fig. 5.0. Onze-horas (Nativa) Portulaca grandiflora Hook Fig. 6.0. Gérbera (Exótica) Gerbera jamesonni Adlam 6.0. CONCLUSÃO De acordo com o inventário realizado no jardim particular em questão pode-se concluir que: Foram determinadas 164 espécies existentes no jardim estas distribuídas em 61 famílias; As famílias com mais representatividade foram: Gramineae, Araceae, Euphorbiaceae, Liliaceae cada uma com 10 espécies (6% cada); Analisando a origem das espécies vegetais constatou-se que 109 são exóticas (66,5%) e 55 espécies são nativas (33,5%); Quanto à função foram catalogadas 104 plantas ornamentais (63%); 24 plantas daninhas (15%); 19 plantas medicinais (12%); 10 plantas frutíferas (6%) e 7 plantas consideradas hortaliças (4%); Quanto ao porte pode-se dizer que houve uma predominância das ervas, sendo catalogadas 45%; 37% de arbustos; 8% de árvores; 5% de arboretos; 4% lianas e apenas 1% reptantes. BIBLIOGRAFIA 1. CAVALCANTI, C. Sustentatibilidade da Economia: Paradigmas alternativos de realização econômica. In: CAVALCANTI, C. (Org.). Desenvolvimento e Natureza:

Estudos para uma sociedade sustentável. 3. ed. São Paulo: Cortez; Recife, PE: Fundação Joaquim Nabuco, 2001. 2. CAVALCANTI, M. L. F. Inventário dos Vegetais produzidos no Horto Florestal Lauro Pires Xavier. 2002. 74p. Monografia (Graduação) Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2002. 3. DICIONÁRIO BRASILEIRO GLOBO. FRANCISCO FERNANDES, CELSO PEDRO LUFT, F. MARQUES GUIMARÃES. 4 Ed., 1985 4. FREIRE, P. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975. 5. GEISER, R. R. Implantação de áreas verdes nas grandes cidades. São Paulo: Espade, 1976. v 1. 6. GUZZO, P. Estudos dos Espaços Livres de Uso Público da Cidade de Ribeirão Preto/SP, com detalhamento da Cobertura Vegetal e Áreas Verdes públicas de dois setores urbanos. Dissertação de Mestrado do Instituto de Geociências Exatas, UNESP, Rio Claro, 1999. 7. HENKE DE OLIVEIRA, C. Planejamento Ambiental na Cidade de São Carlos (SP) com ênfase nas áreas públicas e áreas verdes: diagnóstico e propostas. Dissertação de Mestrado, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de São Carlos, 1996. 8. LIRA, R. S. Arborização do Parque da Criança. 2002. 39p. Monografia (Graduação) Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2002 9. LOMBARDO, M. A. Vegetação e clima. In: ENCONTRO NACIONAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 3., Curitiba, 1990. Resumos. Curitiba: FUPEF, 1990. p. 1-13. 10. MACUNOVICH, J. É fácil construir um jardim: 12 etapas simples para criar jardins e paisagens. São Paulo: Nobel, 1996. 182 p. 11. MAGDALENA, B. COSTA, Í. Nada do que foi será do jeito que já foi um dia. Saberes, Jaraguá do Sul: FERJ/SC, v.1, n.1, abr. 2000. In: RUSCHEINSKY, Aloísio e colaboradores. Educação Ambiental: Abordagens Múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 2002. 12. MARTINS JÚNIOR, O. P. Uma cidade ecologicamente correta. Goiânia: A B Editora, 1996. 224 p. 13. MILANO, M. S. A cidade os espaços abertos e a vegetação. In: Congresso Brasileiro sobre Arborização Urbana, 1, Vitória, Anais da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, 1992. 14. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. O desafio urbano. In: Da Terra ao Mundo Visão Panorâmica da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Rio de Janeiro: ECORIO 92, 1992. 15. SOUZA, M. C. de. Arborização urbana: inventário e suas espécies. 2001. 44p. Monografia (Graduação) Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2001.