Síntese dos debates ocorridos nos fóruns anteriores relacionados ao tema. Inovação e Empreendedorismo. Data: 02/04/2014 Versão 1.0



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Transcrição:

Síntese dos debates ocorridos nos fóruns anteriores relacionados ao tema Inovação e Empreendedorismo Data: 02/04/2014 Versão 1.0

1. INTRODUÇÃO Os relatórios considerados para esta síntese foram: I Fórum São Paulo (2011) o Trilha 1 - Liberdade, Privacidade e Direitos Humanos o Trilha 2 - Governança democrática e colaborativa o Trilha 3 Universalidade e Inclusão Digital o Trilha 4 - Diversidade e Conteúdo o Trilha 5 - Princípios de Governança e uso da Internet do CGI.br relacionados o Trilha 6 - Ambiente legal, regulatório, segurança e inimputabilidade da rede II Fórum Olinda (2012) o Trilha 1 - Garantia de Direitos da Rede e Marco Civil da Internet o Trilha 2 - Propriedade Intelectual na Rede o Trilha 3 - Banda Larga no Brasil e a Inclusão Digital: O que fazer? o Trilha 4 - Como estimular conteúdos e plataformas nacionais na Rede Mundial o Trilha 5 - Governança Global da Internet III Fórum Belém (2013) o Trilha 1 - Universalidade, Acessibilidade e Diversidade o Trilha 2 - Inovação Tecnológica e Modelos de Negócios na Internet o Trilha 3 - Cultura, Educação e Direitos Autorais o Trilha 4 - Privacidade e Inimputabilidade da Rede e Liberdade de Expressão o Trilha 5 - Neutralidade de rede p. 2

2. SUB-TEMAS Os sub-temas considerados para esta síntese foram: 1. Cadeia Produtiva 2. Competição 3. Consumidor 4. Criação de Conteúdo 5. Desenvolvimento tecnológico 6. Empreendedor 7. Empreendedorismo 8. Formação 9. Inovação 10. Mercados baseados em Economia Solidária 11. Novos Modelos de Negócio 12. Pequenas Empresas 13. Produtos Independentes 14. Software Livre p. 3

2.1. Sub-Tema Cadeia Produtiva Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em 2 Trilhas no I Fórum e no II Fórum; não apareceu no III Fórum. Desonerar a cadeia produtiva ligada à conexão em banda larga. Preço de R$ 2,50 ainda é elevado e as pequenas prestadoras não atingem preços mais baixos pois não compram em grande volume. O correto seria os pequenos prestadores poderem pagar o preço que é cobrado das grandes empresas. Criação de fundos setoriais de estímulo à produção de conteúdo a partir de taxas pagas por provedores de acesso e empresas de telecomunicações e arrecadadas pela publicidade de videosblogs. Na proteção acredita-se que pode ter um incentivo na criação. Ganhando dinheiro com obra, haverá estímulos para criar mais obras. Sem remuneração financeira, não haverá motivação para criação. Desafios em relação à produção de conteúdos em plataformas nacionais: a) visão holística do assunto; b) Necessidade de professores e alunos e c) Infraestrutura de produção, armazenamento e distribuição. p. 4

2.2. Sub-Tema Competição Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu uma vez na trilha dos I, II e III Fóruns. Serviço de acesso à banda larga não deve ser prestado em regime público. Medidas voltadas a incrementar a competição são capazes de oferecer solução à penetração, custo e qualidade. Setor Governo aponta que o papel fundamental da Telebrás nas ofertas de atacado para gerar aumento no número de Prestadores e ressalta a importância de uma menor granularidade (lotes menores) no planejamento de licitações de radiofrequência de modo a incentivar as atuações locais. E, ainda, que a proposta de regulamento do SCM busca favorecer pequenos provedores por meio da redução do custo de outorga e assimetria regulatória. No II Fórum, em Olinda, esta temática teve como posicionamento: Criação e definição clara de uma política pública de massificação da banda larga onde, através da competição entre essas empresas, sejam gerados benefícios para o consumidor. No III Fórum, em Belém, esta temática teve como posicionamento: Estrutura de fibra ótica subutilizada na região Norte. É necessário criar competição para dar acesso e criar novos modelos de negócio. p. 5

2.3. Sub-Tema Consumidor Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em 1 trilha do I Fórum e do III Fórum, não apareceu no II Fórum. No I Fórum, em São Paulo, esta temática teve como posicionamento: Discussão sobre aspectos de direito do consumidor em relação à internet, como comércio eletrônico, dados pessoais, superendividamento, dentre outros. No III Fórum, em Belém, esta temática teve como posicionamento: Respeitar os limites de privacidade dos consumidores e usuários. p. 6

2.4. Sub-Tema Criação de Conteúdo Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em 1 trilha do I Fórum, em 3 trilhas no II Fórum. A academia aponta necessidade de qualificar a conexão das escolas para que todos os alunos possam acessar serviços, conteúdos e aplicativos diversos fora do esquema de laboratório e preparar professores para usar Internet como fonte de criação de conteúdo. Realizar uma Mostra Nacional de Conteúdos Digitais Livres como incentivo para que as pessoas continuem a produzir e exijam condições para tanto. Cria-se um portal para hospedar os trabalhos, valorizando o compartilhamento de conhecimento. Não existe incentivo ao criador. Por que proteger 70 anos após a sua morte se não precisa mais de estímulos? Não deve haver sistema de notificação. Permitir a criação de um acervo especificando o que está livre e o que está protegido. povo indígena também é produtor de conteúdo; Cultura digital indígena e quilombola cresceu muito, independentemente da banda larga, mas essas populações não têm acesso à Internet. Garantia para o estímulo e fortalecimento à produção de conteúdos nacionais na rede Mundial; Evitar contratações em editais que focam no conteúdo. É necessário ter bons conteúdos que estimulem os alunos a acessarem a rede e acervos. É mais fácil produzir sobre o que outro já produziu que ter sistemas fechados de autorias. p. 7

2.5. Sub-Tema Desenvolvimento Tecnológico Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em 1 trilha do I Fórum, em 3 trilhas no II Fórum. Setor Empresarial posiciona que Recursos do FUNTTEL devem ser utilizados para financiar projetos em universidades e institutos de pesquisa para desenvolver a tecnologia de rádio cognitivo. Desenvolver políticas no sentido de tornar os telecentros pontos de capacitação de desenvolvimento tecnológico e alfabetização digital. Liberar ao máximo conteúdos na Internet, visando estimular a criação e o consequente potencial econômico dessa criação artística e científica no país. Desenvolvimento depende de fatores como a alta carga tributária, a falta de incentivos à pesquisa acadêmica e, especialmente, a falta de melhorias de infraestrutura na rede. Indamissibilidade de produzir conhecimentos nas universidades públicas que não estejam abertos a toda a população. p. 8

2.6. Sub-Tema Empreendedor Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em uma trilha do III Fórum e não apareceu nos I e II Fóruns. No III Fórum, em Belém, esta temática teve como posicionamento: Bons talentos, empreendedores, estão nas startups, não estão nas empresas de pequeno e médio porte. p. 9

2.7. Sub-Tema Empreendedorismo Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em uma trilha dos II e III Fóruns. No II Fórum, em Olinda, esta temática teve como posicionamento: Necessidade de investimento nas crianças, valorizando a educação e a cultura, estimulando a criatividade, bem como o livre acesso acadêmico. No III Fórum, em Belém, esta temática teve como posicionamento: Necessidade de incentivar a competitividade e o empreendedorismo local, que poderiam ser utilizados como estratégias para a Universalidade. p. 10

2.8. Sub-Tema Formação Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em 1 trilha do I e II Fórum e em 3 trilhas no III Fórum. No I Fórum, em São Paulo, esta temática teve como posicionamento: Estabelecer diretrizes para cidades digitais, incluindo infraestrutura, governo eletrônico, inclusão digital e formação. Fomentar o uso da Internet para a educação. Fortalecimento de uma política pública de polos regionais, pois não adianta pensar em plataformas digitais e estimular a criatividade do cidadão se os jovens não são aproveitados, assim como é o caso de Belém No III Fórum, em Belém, esta temática teve como posicionamentos: Capacitação profissional tem como problemas a quantidade de profissionais, a qualidade dos cursos, a baixa qualidade da educação de base (ensino fundamental e médio), a discrepância regional entre oferta e demanda, baixa atratividade pelos cursos da área. Preocupação sobre como o empreendedorismo e o mercado na Internet é ensinado nas universidades particulares e públicas. No III Fórum, em Belém, esta temática teve como consenso: Melhorar a formação do docente efetivo e a curto prazo. Aproveitamento maior das tecnologias na educação, principalmente na formação dos professores. p. 11

2.9. Sub-Tema Inovação Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em 2 trilhas do I Fórum, 3 trilhas no II Fórum e em 4 trilhas no III Fórum. Apoio à inovação através do desenvolvimento de tecnologia nacional. Inovação como ferramenta de resolução dos problemas de escassez de acesso. Investimento em inovação deve ser prioridade. Adoção de novos modelos para provimento de acesso usando a inovação, de modo aproveitar os recursos existentes de maneira mais eficiente e barata. Continuar o investimento e a inovação na produção de equipamentos nacionais. Internet como espaço de colaboração, liberdade como incentivo à inovação. Há a problemática da inovação, pois o Brasil ainda é o décimo sexto no ranking global. A indústria resiste à inovação ao fazer lobbys nos Estados Unidos e na União Europeia por meio de leis como SOPA, PIPA e o Trans-Pacific Partnership. No III Fórum, em Belém, esta temática teve como posicionamentos: Necessidade de investir em pesquisa de ponta para ter como resultados empreendimentos na área de inovação tecnológica. Inovação tecnológica não está necessariamente vinculada com tecnologia. Há um potencial existente de geração de riquezas a partir das Universidades brasileiras. Necessidade de uma legislação mais permissiva que incentive a ampliação e circulação de produtos culturais, científicos, tecnológicos e educacionais produzidos no País. Neutralidade é a equanimidade, a partir deles, se mantém um ambiente que promove inovação e diversidade. Aprovar o Marco Civil para dar segurança jurídica e deste modo empresas de inovação vão trazer capital e trabalho para nosso país devido a essa segurança jurídica com uma Internet de fato com neutralidade. No III Fórum, em Belém, esta temática teve como consensos: Inovação tecnológica está ligada diretamente ao desenvolvimento econômico. Perigo das leis se tornarem um gargalo para a inovação e desenvolvimento do setor. No II Fórum, em Olinda, esta temática teve como dissensos: Advogados só pensam em produção analógica e em restringir ao invés de estimular a abundância do aumento da produção cultural. p. 12

2.10. Sub-Tema Mercados Baseados em Economia Solidária Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em uma trilha no I Fórum. Fomentar mercados regionais baseados na economia solidária e em softwares livres, criando espaços de trabalho de economia criativa. p. 13

2.11. Sub-Tema Novos Modelos de Negócio Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em 2 trilhas do I Fórum, em 3 trilhas no II Fórum. Incentivar novos modelos de negócios considerando a Cultura digital. Incentivar o desenvolvimento nacional de softwares livres e Abertos. Realizar mais oficinas de formação para jovens em cultura digital, software livre e economia solidária para potencializar o acesso, produção de conteúdo e integração regional com o global a partir das bases das comunidades. Discutir modelo de investimento conjunto em infraestrutura (governo, empresas). A Internet pode ensinar um novo modelo de gestão, em vez de tentar adaptar ao modelo que já existe, deve ocorrer o contrário. Este é o modelo, com projetos de grande porte que agreguem pessoas, financiem pesquisas para projetos estruturantes e com pessoal qualificado. Estado deve deixar de ser o executor e passar a ser o catalisador da capacidade criativa da população. Não há produção de conteúdo digital sustentável vindo somente da arte. É preciso trabalhar outros mercados para que essa indústria se estabeleça permanentemente. Existem Modelos de negócios padrões, mas há outra área de governança democrática para novas formas de atuação nestes modelos pulverizados de empreendedorismo. No II Fórum, em Olinda, esta temática teve como dissensos: Modelo de compartilhamento gratuito não estimularia criações; A propriedade intelectual não é barreira para inovação. Nos EUA, por exemplo, a legislação de direitos autorais não impediu o surgimento de empresas como o Facebook. Modelo de negócio baseado em respeito aos direitos Autorais. Novos mercados como por exemplo o Gay. Novos mercados sustentáveis como por exemplo o de software livre. p. 14

2.12. Sub-tema Pequenas Empresas Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em uma trilha do I Fórum e em 2 trilhas no II Fórum. Desenvolver políticas de inclusão digital para pequenas empresas para empreendedorismo. Diminuição de valores dos postes para pequenas empresas para aumentar competição e empreendedorismo local. A prestação do serviço pelos pequenos provedores de acesso e telecomunicações é uma oportunidade para o desenvolvimento do empreendedorismo no setor. 94% das empresas brasileiras são micro e pequenas empresas. Elas são frágeis para expandir economicamente e de cadeia de valor nem no Brasil, quanto mais no exterior, pois apenas 1% representa grandes empresas. Promover auxílio a microempreendedores criativos. No II Fórum, em Olinda, esta temática teve como consenso: A competição dos pequenos provedores é desleal em relação aos gigantes do setor. p. 15

2.13. Sub-tema Produtos Independentes Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em uma trilha nos I e II Fóruns, em 2 trilhas no III Fórum. Desenvolvimento de massa crítica para lidar com as questões Contemporâneas. Campeonatos e torneios são boas estratégias para a produção de milhares de softwares. Pontos ou garagens digitais podem ser fundamentais em uma perspectiva de não se pensar que conhecimentos vão ser produzidos por mestres e intelectuais nas universidades, mas como escola broadcasting, produzidos por outros atores. No III Fórum, em Belém, esta temática teve como posicionamentos: É necessário fomentar a cultura de compartilhamento como outra lógica de produção de conteúdos digitais e educacionais. Essa outra lógica pode gerar outros modelos de negócio. No III Fórum, em Belém, esta temática teve como consensos: Fomentar a criação de aplicações e modelos de negócios com foco no desenvolvimento loca; Respeitar os limites de privacidade dos consumidores e usuários. Criar mecanismos de remuneração de produção de commons educacionais (bens comuns) para substituir material didático pago. Marco Civil é uma carta de Princípios, que não deve tratar de modelos de negócio. p. 16

2.14. Sub-tema Software Livre Durante os 3 anos de Fóruns da Internet no Brasil, esta temática apareceu em 2 trilhas no I Fórum e em uma trilha nos II e III Fóruns. Como remunerar produtores independentes. Incentivo ao desenvolvimento de softwares livres e abertos. Criação de uma plataforma virtual de cadastro de mídias alternativas do país vinculada ao site do Ministério das Comunicações, legitimando estes meios de comunicação. Criação e manutenção do Portal do Software livre pelo Governo Federal. Criação e manutenção de Portal de Dados Abertos pelo Governo Federal. No Brasil não há estímulos para software livre e os existentes são de baixa qualidade. No III Fórum, em Belém, esta temática teve como consensos: Estimulo de produção de recursos didáticos em plataformas livres. Incentivar a criação e produção de softwares, ambientes colaborativos e plataformas de ensino de redes colaborativas digitais sob licenças livre. p. 17