ANÁLISE DA TÉCNICA DO CURATIVO NO TRATAMENTO DE FERIDAS EM UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CORONEL FABRICIANO - MG



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Transcrição:

845 ANÁLISE DA TÉCNICA DO CURATIVO NO TRATAMENTO DE FERIDAS EM UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CORONEL FABRICIANO - MG TECHNICAL ANALYSIS OF HEALING IN THE TREATMENT OF WOUNDS IN UNITS OF PRIMARY HEALTH CARE IN THE CITY OF CORONEL FABRICIANO - MG Mariana Mara Almeida Fontes Enfermeira, Pós-graduada em Urgência e Emergência pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Unileste-MG. marianaafontes@yahoo.com.br Fernanda Nunes Gama Enfermeira, Mestre em Meio Ambiente e Sustentabilidade, Pós-graduada em Administração Hospitalar e Gestão de Projetos de Investimentos em Saúde, Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Unileste-MG. fernandagam@uol.com.br RESUMO Nas últimas décadas, surgiram diversos questionamentos a respeito da técnica de tratamento das feridas. Há uma dificuldade de organizar e sistematizar a assistência de enfermagem prestada ao paciente portador de ferida. Diante disso, realizou-se uma pesquisa de abordagem quantitativa a fim de averiguar a técnica utilizada no tratamento de feridas por profissionais de enfermagem em Unidades de Atenção Primária à Saúde no Município de Coronel Fabriciano MG. Os dados foram coletados por meio de uma observação do desenvolvimento da técnica de curativo em pacientes portadores de feridas, realizada pelos técnicos de enfermagem, através do seguimento de um checklist composto de 25 tópicos referente à realização da técnica de curativo. Verificou-se que a técnica de curativo não é desenvolvida da forma preconizada pelo checklist e que existe uma falha no processo de capacitação e educação continuada para os membros da equipe de enfermagem em relação ao procedimento técnico. PALAVRAS-CHAVE: Cicatrização de Feridas. Técnica. Curativo. Enfermagem. ABSTRACT In recent decades, there have been several questions about the technique of treatment of wounds. There is a difficulty in organizing and systematizing nursing care to patients with wounds. A time to search a quantitative approach to ascertain the technique used in wound care for nursing professionals in Units of Primary Health Care in Coronel Fabriciano - MG. Data were collected through an observation of the development of the technique in patients with healing wounds, performed by practical nurses, by following a checklist composed of 25 topics concerning the performance of the technique of dressing. It was found that the technique of dressing is not intended as recommended by the checklist and that there is a flaw in the process of training and continuing education for members of the nursing staff in relation to the technical procedure. KEY WORDS: Wound healing. Technique. Dressing. Nursing. INTRODUÇÃO

846 A pele é o maior órgão do corpo e como qualquer outro órgão, está sujeito a sofrer agressões como, por exemplo, as feridas cutâneas, podendo levar à sua incapacidade funcional. No Brasil, as feridas acometem a população de forma geral, independente de sexo, idade ou etnia, constituindo assim, um sério problema de saúde pública. Porém não há dados estatísticos que comprovem este fato, devido os registros desses atendimentos serem escassos. Contudo, o surgimento de feridas onera os gastos públicos e prejudica a qualidade de vida da população (MORAIS; OLIVEIRA; SOARES, 2008). Realizar a técnica do curativo no tratamento de feridas de maneira efetiva, confortável ao paciente e esteticamente aceitável, torna-se um desafio para a equipe de enfermagem (FIRMINO, 2005). Segundo Borges et al. (2008), o acompanhamento ambulatorial ou a hospitalização prolongada geram atitudes e vínculos importantes entre os pacientes e os profissionais de saúde, especialmente com os da área de enfermagem, em decorrência do maior tempo de permanência junto aos mesmos para a realização dos cuidados. As interações estabelecidas tendem a desencadear atitudes de frustrações em ambos, bem como saturação psicológica e sentimentos de ambivalência, oriundo de um eventual insucesso do tratamento. O tratamento de feridas implica aspectos sistêmicos e locais, que são desenvolvidos por profissionais de diferentes áreas. O tratamento local é denominado curativo, que constitui do procedimento de limpeza e cobertura de uma lesão, o qual deve ser realizado dentro de uma técnica estabelecida, com o objetivo de auxiliar o restabelecimento da integridade do tecido ou prevenir a colonização dos locais de inserção de dispositivos invasivos diagnósticos ou terapêuticos (PEREIRA; BACHION, 2005). Nas últimas décadas, surgiram diversos questionamentos a respeito da técnica de tratamento das feridas, uma vez que, a ferida é considerada, por si só, um insulto traumático à integridade do corpo, e qualquer trauma adicional infligido à mesma durante as tentativas de cuidar irá prolongar o tempo de cicatrização. Baseado nesta afirmativa, o profissional necessita aprimorar seus conhecimentos quanto à limpeza e ao desbridamento da ferida (BORGES et al., 2008). A ferida abrange o ser humano como um todo. Dessa forma, é fundamental que cada paciente seja visto como um ser único, e cada caso exige uma avaliação específica. O interesse em buscar evidências científicas para resolver problemas complexos da prática assistencial, assim como outras áreas de saúde, aumenta entre os profissionais de enfermagem (PEREIRA; BACHION, 2005). Dealey (2001), afirma que existe uma variedade de produtos que são utilizados no tratamento de feridas, no entanto a maneira como utilizá-los varia entre os profissionais, o que gera opiniões diferentes. Sendo assim, cabe a eles atualizar as práticas de realização de curativos. Apesar de alguns profissionais de enfermagem se interessar pelo tratamento com as feridas, é preciso buscar meios de promover um cuidado eficaz, que possa contribuir para realização de um curativo de boa qualidade.

847 De acordo com a lei do exercício profissional nº 7498/86 é privativo do enfermeiro a organização e direção dos serviços e unidades de enfermagem, a assistência direta ao paciente que necessita de cuidados, a execução de maior complexidade técnica e que exijam conhecimento de base cientifica e capacidade de tomar decisões. Desse modo, o enfermeiro deve estar preparado para orientar e capacitar os técnicos de enfermagem para prestar uma assistência aos clientes que necessitam de cuidados em relação às feridas apresentadas, livre de risco e na satisfação pessoal daqueles que trabalham nesta assistência (BRASIL, 2009; CORREIA; SERVO, 2006). Sendo as Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) uma das portas de entrada do sistema de saúde e consideradas uma prioridade na gestão do sistema, é importante que elas funcionem adequadamente, para que dessa forma a comunidade consiga resolver, com qualidade, a maioria dos seus problemas de saúde. Elas podem variar em sua formatação, adequando-se às necessidades de cada região (BRASIL, 2009). Há uma dificuldade de organizar e sistematizar a assistência de enfermagem prestada ao paciente portador de ferida, que desfruta dos serviços oferecidos pelas UAPS. Por isso, muitas vezes é relevante elaborar Protocolo de Assistência aos Portadores de Feridas, em prol de minimizar os problemas decorrentes de uma técnica inadequada. O protocolo visa instrumentalizar as ações dos profissionais e sistematizar a assistência a ser prestada ao portador de ferida, além de fornecer subsídios para a implementação deste tratamento (LORENZATO, 2003). Considerando, que a técnica de curativo para o tratamento de feridas ao ser realizada com qualidade, contribui significativamente para evolução de cicatrização delas, identificou-se a necessidade de investigar por meio de um estudo se a técnica é desenvolvida de maneira eficaz e correta pelos profissionais de enfermagem. O estudo realizado visa contribuir para que a equipe de enfermagem possa desenvolver um cuidado eficaz e terapêutico, possibilitando que as feridas sejam tratadas de forma holística, visando diminuir ao máximo o sofrimento físico e psicológico do portador de ferida, procurando alcançar melhor qualidade de vida para o paciente, sua família e comunidade. O estudo teve como objetivos observar o desenvolvimento da técnica realizada no tratamento de feridas; verificar se a técnica de curativo era realizada da forma preconizada pelo Manual do Estágio Supervisionado de Enfermagem I e II do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Unileste-MG. Como objetivo geral a pesquisa pretendeu averiguar a técnica utilizada no tratamento de feridas pelos técnicos de enfermagem em Unidades de Atenção Primária de Saúde (UAPS) no Município de Coronel Fabriciano - MG. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa de campo com abordagem quantitativa de caráter descritivo. Foi utilizada a abordagem quantitativa nesta pesquisa para traduzir os

848 elementos quantificáveis em opiniões e informações para analisá-las e classificá-las (MINAYO, 2007). Para Marconi e Lakatos (2005), a pesquisa de campo quantitativo-descritiva consiste em investigações empíricas. Uma pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar. É possível realizar um delineamento ou uma análise das características principais ou decisivas de um fenômeno. Coronel Fabriciano é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais. Pertencente à mesorregião do Vale do Rio Doce e microrregião de Ipatinga, localiza-se a nordeste da capital do estado, distando desta cerca de 198 quilômetros. Apresenta uma população de aproximadamente 105.037 habitantes. A rede de saúde é garantida por 12 Unidades Básicas de Saúde, três Equipes de Estratégia de Saúde da Família e uma equipe de Programa de Agentes Comunitários de Saúde. Possui um Serviço de Fisioterapia, um Centro Psicossocial, um Laboratório de Análises Clínicas, um Centro de Especialidades Médicas e Programas de Saúde, um Centro de Especialidades Odontológicas e uma Farmácia Popular do Brasil. O nível terciário é garantido por meio de convênio com hospital da rede privada, com 88 leitos para internação credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A população do estudo foi constituída de 12 técnicos de enfermagem, os quais realizam o procedimento técnico de curativo no tratamento de feridas com um grau menor de complexidade nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) do município de Coronel Fabriciano MG. Fizeram parte da amostra 10 técnicos, pois os profissionais das UAPS dos bairros Caladão e Cocais foram excluídos da pesquisa, pelo fato de que na primeira o atendimento é destinado a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e na segunda ao Programa de Agente Comunitário de Saúde (PACS), sendo assim optou-se em desenvolver a pesquisa em UAPS do modelo convencional. Para a coleta dos dados utilizou-se como instrumento um checklist composto por 25 tópicos definidos pela técnica de realização de curativo baseado no Manual de Normas de Procedimentos do Estágio Supervisionado I e II do Unileste-MG, o qual foi adaptado pela pesquisadora para enriquecer a pesquisa. A coleta de dados foi realizada no período de julho e agosto de 2010, quando a pesquisadora dirigiu-se as UAPS do município e foi recebida pelos profissionais de enfermagem, os quais permitiram que fosse estabelecida a observação do desenvolvimento da técnica do curativo pelos mesmos em pacientes portadores de feridas, através do seguimento do checklist, com duração de aproximadamente 30 minutos. A análise de dados foi representada através de tabelas e gráficos. Utilizou-se recursos e técnicas estatísticas como porcentagem e média, as quais auxiliaram o pesquisador na distinção de diferenças, semelhanças e relações. O projeto da pesquisa foi aprovado pelo Secretário Municipal de Saúde de Coronel de Fabriciano mediante a assinatura do Termo de Autorização para

849 realização da pesquisa. Os participantes que aceitaram participar da pesquisa e os pacientes portadores de feridas que foram submetidos ao desenvolvimento da técnica de curativo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para a avaliação do procedimento pela pesquisadora. A pesquisa foi desenvolvida de acordo com a Resolução 196/96 e o Conselho Nacional de Saúde, que dispõe sobre diretrizes de pesquisa envolvendo seres humanos (BRASIL, 1996). RESULTADOS E DISCUSSÃO A seguir, serão apresentados os resultados por meio de gráficos e tabelas, discutidos com base em literaturas pertinentes ao tema. Dentre os tópicos descritos no checklist, quatro deles relacionavam as ações que o profissional de enfermagem deveria realizar quanto à preparação do ambiente que foi desenvolvido a técnica do curativo, bem como a forma que esse profissional recepcionou o paciente portador da ferida. Foi realizada uma média entre os procedimentos realizados e não realizados e os tópicos foram apresentados no GRAF. 1. GRÁFICO 1 Análise dos Cuidados com o Ambiente da Sala de Curativo e Recepção dos Pacientes. Coronel Fabriciano, MG, 2010. 37,5% 62,5% Realizado Não Realizado FONTE: dados da pesquisa. Quanto à receptividade do paciente e os cuidados referentes ao ambiente da sala de curativo, apresentados no GRAF. 1, 62,5% dos profissionais avaliados realizaram essas ações. Corroborando com Borges et al. (2008); Oliveira e Rodrigues (2005), ao avaliar o portador de feridas é importante que se faça um exame físico para obtenção de informações adequadas ao tratamento. O

850 profissional de enfermagem ao iniciar o desenvolvimento da técnica de curativo deve procurar estabelecer um bom vínculo com o cliente e família, proporcionando condições que possam favorecer a cura da ferida. Preparar o ambiente de modo que a privacidade do paciente seja mantida, além de recebê-lo com atenção e cortesia, explicando e esclarecendo para o mesmo o cuidado que será realizado. Foram analisados itens que abordavam: a organização da sala de curativo, o cuidado dos profissionais com a lavagem das mãos, com o preparo do material utilizado para a realização da técnica de curativo e os cuidados gerais que deve adotar para prevenir infecções. Esses itens estão expressos na TAB. 1. TABELA 1 - Observação dos procedimentos realizados pelo profissional de enfermagem quanto à organização da sala de curativo e preparo do material para o desenvolvimento da técnica. Coronel Fabriciano, MG, 2010. Tópicos Avaliados Realizado % Não Realizado % Lavou as mãos. 8 80 2 20 Posicionou o paciente de modo a 10 100 0 0 permitir o acesso ao curativo. Descobriu a área a ser tratada e protegeu a cama com forro de papel, 6 60 4 40 pano ou impermeável. Reuniu o material necessário. 8 80 2 10 Calçou as luvas. 9 90 1 10 Abriu o pacote de curativo, colocando as pinças com os cabos voltados para 1 10 9 90 a borda do campo. Colocou gazes em quantidade suficiente, sobre o campo estéril. 3 30 7 70 FONTE: dados de pesquisa. Com os dados demonstrados na TAB. 1 verifica-se que 80% dos profissionais realizaram a lavagem das mãos e 90% deles calçaram as luvas. Diante desses dados, considera-se um fator relevante os cuidados adotados pelos profissionais de enfermagem do município em busca de minimizar a disseminação de infecções. Diversas são as publicações científicas que demonstram a correlação entre a higienização das mãos e a redução da transmissão de infecções. Recomenda-se a lavagem das mãos entre contatos com pacientes, após contato com sangue, secreções corporais, excreções, equipamentos ou artigos que possam estar contaminados; imediatamente após a retirada de luvas e entre atividades com o mesmo paciente para evitar transmissão cruzada (DEALEY, 2001). Quanto o manuseio e preparação do material utilizado para realização da técnica, 90% dos profissionais não realizaram os mesmos e 70% deles, não acrescentaram gazes em quantidade suficiente, sobre o campo estéril. As feridas, principalmente as crônicas, para se manterem colonizadas, prevenir infecção e reduzir o tempo demandado para a cicatrização, precisam ser submetidas ao procedimento curativo que seja desenvolvido de forma asséptica (BORGES et al., 2008).

851 Os procedimentos referentes à troca do curativo, tratamento, limpeza e desbridamento da ferida e a escolha da cobertura foram observados e serão listados na TAB.2 TABELA 2 - Análise da troca do curativo, tratamento e limpeza da ferida e os cuidados desenvolvidos com a mesma pelo profissional. Coronel Fabriciano, MG, 2010. Tópicos Avaliados Realizado % Não Realizado % Umedeceu o adesivo do curativo com 3 30 7 70 SF 0,9%, para facilitar sua retirada. Removeu o curativo anterior com pinça, desprezando-a na borda do campo. 0 0 10 100 Desprezou o curativo anterior no saco plástico. 9 90 1 10 Limpou a ferida com jatos de SF 0,9% morno. 0 0 10 100 Realizou ação mecânica se necessário. 1 10 9 90 Secou a borda da ferida. 10 100 0 0 Utilizou a cobertura adequada dentro da técnica preconizada. 7 70 3 30 Protegeu com gaze ou compressa e fixou a proteção (cobertura secundária). 10 100 0 0 FONTE: dados da pesquisa. Observou-se dos profissionais analisados que 100% não utilizaram o SF 0,9% morno para irrigar o leito da ferida, além de não utilizarem a pinça estéril para remover o curativo anterior. Esse fato torna-se preocupante, sendo necessário que eles busquem informações e realizem uma reciclagem ou capacitação que possam contribuir para a realização da técnica de forma adequada e que o enfermeiro responsável pela equipe técnica estabeleça uma supervisão de modo a atentar-se para obter melhores resultados em relação ao processo de cicatrização e cura da ferida. A retirada do curativo anterior com a pinça estéril evita o aumento de contaminação e infecção na ferida e a temperatura do SF 0,9% a 37º C (morno) favorece o nível de oxigenação no tecido, aumentando a atividade dos neutrófilos que tem como função fagocitar as bactérias, o que contribui para promover a cicatrização (MATOS et al., 2010). Quando os profissionais foram submetidos à análise da escolha da cobertura para o tratamento da ferida, identificou-se que 70% utilizaram a cobertura primária dentro da técnica preconizada e 100% a cobertura secundária, o que contribui para o desenvolvimento de uma possível técnica adequada e obtenção de um resultado eficaz. Conforme Matos et al. (2008), o curativo ideal deve proporcionar conforto ao paciente, ser de fácil aplicação e remoção, não exigir trocas frequentes, ter uma boa relação custo benefício. É importante a manutenção da umidade no leito da ferida, pois auxilia na migração das células da epiderme, porém o excesso de umidade provoca maceração da pele vizinha, sendo necessário aplicar uma cobertura

852 secundária. O ambiente úmido aumenta os processos autolíticos naturais, ajudando na quebra do tecido. O curativo serve para um ou mais dos seguintes propósitos: manter a ferida limpa, absorver drenagem, controlar sangramento, proteger a ferida contra danos, manter medicamentos no local e manter ambiente umedecido (TIMBY, 2007). Quanto aos cuidados desenvolvidos pelos profissionais de enfermagem com o material utilizado durante a técnica de curativo, a organização da sala e do ambiente durante a finalização da técnica, serão representado no GRAF. 2. GRÁFICO 2 Análise dos Cuidados com o Material Utilizado. Coronel Fabriciano, MG, 2010. 80% 80% 80% 70% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 20% 20% 30% Realizado Não Realizado 10% 0% Desprezou as pinças envolvendo-as no próprio campo. FONTE: dados da pesquisa. Deixou o paciente confortável e ambiente em ordem. Tirou as luvas e lavou as mãos. A equipe de enfermagem precisa atentar em função dos cuidados que devem ser estabelecidos com o material utilizado durante o procedimento técnico, já que 80% dos profissionais avaliados não desprezaram as pinças envolvendo-as no próprio campo, além de que apenas 30% deles lavaram as mãos após retirar as luvas. De acordo com Dealey (2001), a organização da sala de curativo e o manejo do material empregado, o qual será esterilizado, são ações relevantes durante a finalização da técnica de curativo. Desse modo, é de suma importância que haja uma preocupação do enfermeiro em averiguar o desenvolvimento da técnica de curativo pelos técnicos de enfermagem sob sua responsabilidade visando amenizar o cultivo e difusão de infecções, bem como contribuir para a realização de um cuidado de qualidade. Após a realização do tratamento, foi verificado se o profissional orientou o paciente quanto os cuidados que ele precisa seguir em relação ao curativo e foram estabelecidas as anotações de enfermagem. Isso pode ser averiguado na TAB. 3.

853 TABELA 3 - Análise das orientações realizadas aos pacientes em relação aos cuidados que eles devem adotar com o curativo e a ferida, e das anotações feitas pelos profissionais em relação ao cuidado desenvolvido. Coronel Fabriciano, MG, 2010. Tópicos Avaliados Realizado Porcentagem Fez as orientações quanto aos cuidados em relação ao curativo. 3 30 % Fez as anotações de enfermagem, registrando a classificação e condição da pele circundante no prontuário do 2 20 % paciente e na folha de produção da UBS. Anotou o cuidado prestado e as observações necessárias. 2 20 % FONTE: dados da pesquisa. É importante fornecer conhecimento ao paciente, buscando esclarecer e estimular o auto-cuidado em relação aos cuidados com a pele e a boa ingesta hídrica e alimentar, obedecendo ao seu nível de independência (BORGES et al., 2008). Com os dados apresentados na TAB. 3, verifica-se que 30% dos técnicos de enfermagem orientaram os pacientes portadores de feridas quanto aos cuidados em relação ao curativo e fizeram as anotações de enfermagem em relação ao aspecto que a ferida apresentava, sendo esta uma atitude precisa para seguir o processo de cicatrização da ferida e 20% deles, anotaram o cuidado prestado e as observações necessárias. A classificação e uma avaliação minuciosa de uma ferida constitui importante forma de sistematização, necessária para o processo de avaliação e registro. A eficácia do tratamento das feridas depende da educação e orientação do paciente, fazendo com que ele torne um participante ativo no processo de cicatrização e o mais importante, que ele atue diretamente na prevenção de feridas (BLANES, 2004; SMELTZER; BARE, 2005). CONCLUSÃO Fundamentado em um conjunto de análises, a partir da observação feita através do seguimento do checklist composto de tópicos referente à técnica de curativo, verificou-se que ela não é desenvolvida da forma adequada pelos técnicos de enfermagem, apesar de alguns procedimentos terem sido realizados da forma preconizada pelo checklist. Devido a essa situação, é importante que haja uma sistematização dos procedimentos técnicos utilizados na realização do curativo e um acompanhamento e uma supervisão minuciosa do enfermeiro de cada unidade. Constatou-se que existe uma falha no processo de capacitação e educação continuada para os demais membros da equipe de enfermagem em relação à técnica de curativo, já que eles em sua maioria não realizaram procedimentos importantes para uma cicatrização de ferida menos tardia. Processo no qual o enfermeiro tem a obrigação legal de ser o facilitador, além de preocupar constantemente em aperfeiçoar e atualizar, face aos rápidos avanços técnicocientíficos.

854 O profissional técnico de enfermagem que atua no tratamento de feridas que apresentam um menor grau de complexidade é o grande responsável pela avaliação do cliente e de sua ferida, necessitando, portanto de um conhecimento específico e atualizado. Cabe ao enfermeiro de cada Unidade de Atenção Primária à Saúde juntamente com os demais membros da equipe de enfermagem buscar estabelecer um protocolo de atendimento, para que o tratamento de feridas não se perca em meio a várias opções e que a técnica de curativo seja desenvolvida de forma organizada e adequada, pois por meio desse, criam-se condições para uma análise mais fidedigna dos resultados e evolução da ferida. Os enfermeiros e a equipe necessitam ter um conhecimento ampliado e atualizado em relação ao tratamento e cuidado de feridas, adotando medidas que favoreçam um atendimento humanizado e qualificado, que possa contribuir para melhorar a qualidade de vida do paciente portador de ferida. REFERÊNCIAS BLANES, Leila. Tratamento de feridas. Cirurgia vascular: guia ilustrado. São Paulo: editora, 2004. Disponível em: URL: http://www.bapbaptista.com. Acesso em: 10 mar. 2010. BORGES, Eline L.; SAAR, Sandra R. C.; LIMA, Vera L. A. N; GOMES, Flávia S.L.; MAGALHÃES, Miryn B. B. Feridas: como tratar. Belo Horizonte: Coopmed, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n.196 de outubro de 1996. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília,16 out.1996. BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. 2009. Disponível em: <http:// http://dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/topicos/topico_det.php?co_topico=590&letra>. Acesso em: 20 nov. 2010. CORREIA, Valesca S.; SERVO, Maria Lúcia S. Supervisão da enfermeira em Unidades Básicas de Saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 59, n. 4, p. 527-531, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 20 nov. 2010. DEALEY, Carol. Cuidando de feridas: um guia para as enfermeiras. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2001. FIRMINO, Flávia. Pacientes Portadores em Feridas Neoplásicas em Serviços de Cuidados Paliativos: contribuição para elaboração de protocolos de intervenção de enfermagem. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, v.29, n. 1, jan./jul., 2005. Disponível em: <http:// www.inca.gov.br/rbc/n_51/v04/pdf/revisao6.pdf >. Acesso em: 25 jul. 2010.

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