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Transcrição:

Sergio Amadeu da Silveira organizador cidadania e redes digitais Citizenship and Digital Networks 1 a edição 1 a impressão

Alguns direitos reservados ao Comitê Gestor da Internet no Brasil. Você pode copiar, distribuir, transmitir e remixar este livro, ou partes dele, desde que cite a fonte e distribua seu remix sob esta mesma licença. Coordenação editorial Maracá Educação e Tecnologias Tradução Daniela B. Silva, Diana Pellegrini, Flavio Augusto Paraná Pintinha e Renata Miyagusku Preparação dos textos em uguês Luciana Scuarcialupi Preparação dos textos em inglês Diana Pellegrini Revisão em uguês Bianca Santana e Diana Pellegrini Revisão em inglês Paulo Tiago Muliterno Capa e diagramação Carlos Eduardo Elmadjian Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Cidadania e redes digitais = Citizenship and digital networks. / Sergio Amadeu da Silveira, organizador. 1 a ed. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil : Maracá Educação e Tecnologias, 2010. Vários tradutores. 1. Cibercultura 2. Cidadania 3. Direitos sociais 4. Inclusão social 5. Internet (Rede de computadores) 6. Tecnologia da informação e da comunicação 7. Tecnologias digitais I. Silveira, Sergio Amadeu da. II. Título: Citizenship and digital networks. ISBN 978-85-63127-01-3 10-10922 CDD-306 Índices para catálogo sistemático: 1. Cultura digital : Sociologia 306 2010 1 a edição 1 a impressão Impressão e acabamento: Gráfica Artcolor Maracá Educação e Tecnologias. Casa da Cultura Digital Rua Vitorino Carmilo, 453, casa 2 Santa Cecília, São Paulo, Brasil (11) 3662.1790 www.maracaeducacao.com.br www.casadaculturadigital.com.br Comitê Gestor da Internet no Brasil

jomar silva Os padrões e o controle da comunicação Standards and the control of communication sobre o autor about the author Engenheiro eletrônico e diretor-geral da ODF Alliance América Latina. Atua como advisor de padrões abertos junto à indústria de software. É coordenador do Grupo e Trabalho na ABNT que tratou da adoção do ODF como norma brasileira e membro do OASIS ODF TC (comitê internacional que desenvolve o padrão ODF). Electronic engineer and general director of ODF Alliance América Latina. He is an advisor in open standards with the software industry. He is a coordinator of the Work Group in the ABNT [Brazilian Association of Technical Standards] that dealt with the adoption of the ODF as the Brazilian standard and a member of the OASIS ODF TC (international committee that develops the ODF standard).

Um amigo indiano, após assistir a uma palestra minha sobre o padrão aberto de documentos ODF, me contou uma história interessante sobre como um padrão já foi usado para limitar a disseminação de conhecimento em seu país. A disseminação irrestrita de informações e de conhecimentos na Índia representava uma forte ameaça ao sistema de castas vigente por lá. Para que a informação pudesse se manter restrita a apenas uma parte da população, a solução encontrada foi a criação de um idioma utilizado para a produção de livros no país que só pudesse ser ensinado aos membros das castas superiores. Assim, o sânscrito, idioma aprendido por poucos do país, foi utilizado para segregar a informação durante séculos. Os egípcios, diferentemente dos indianos, talvez não tivessem a necessidade de restringir a informação a apenas alguns membros de sua sociedade, mas ainda assim desenvolveram uma forma peculiar de escrita, os hieróglifos. Durante séculos, documentaram a sua história, ciências e organização social em paredes de suas próprias construções e papiros. Por volta do ano 300 D.C. morreu o último egípcio que sabia ler os hieróglifos 1, e por mais de 1.500 anos toda a humanidade se perguntou como viviam, como se organizavam, quais eram suas crenças e por que os egípicios gostavam tanto de fazer desenhos em paredes. O mistério egípcio só começou a ser desvendado quando o exército de Napoleão encontrou uma pedra entalhada na cidade de Rosetta, próxima a Alexandria 2. Na superfície dessa pedra, mundialmente conhecida como Pedra de Rosetta, está gravado um texto em três linguagens: hieróglifos, demótico e grego clássico. Através de engenharia reversa, depois de mais de duas décadas de trabalho comparando o texto em grego com os hieróglifos, foi finalmente possível desvendar o significado dos hieróglifos egípcios. Só então foi possível resgatar informações que estiveram perdidas por mais de 1.500 anos. Durante as últimas décadas, utilizando editores de texto, planilhas e apresentações (partes de uma suíte de escritório), acabamos fazendo o mesmo que os egípcios fizeram com seus hieróglifos, ainda que muitos de nós jamais tenha percebido tal semelhança. 1. De acordo com a Wikipédia (http://en.wikipedia.org/wiki/egyptian_hieroglyphs), a data de inscrição do hieroglifo mais tardio atualmente conhecido é a do Aniversário de Osíris, ano 110 [de Diocleciano], datada de 24 de agosto de 396. 2. http://en.wikipedia.org/wiki/rosetta_stone (acessado em 28/05/2010). 237

Cada fabricante de suíte de escritório criou o seu próprio formato de documentos eletrônicos, que não passam de hieróglifos digitais, pois só conhece realmente o significado desses hieróglifos a empresa que os criou. Tal como no caso egípcio, não foram raros os casos de empresas que desapareceram deixando milhares de usuários sem acesso às informações que eles mesmos tinham armazenado em documentos eletrônicos. Esses formatos de documentos foram, e ainda são, utilizados pelas empresas de software como alavancadores de ciclos de atualização de hardware e software. Basta uma alteração no formato de documentos para que todos os usuários tenham que adquirir a versão nova da ferramenta, e eventualmente um novo computador, para continuar acessando as suas informações, codificadas em formatos proprietários: os hieróglifos digitais. Uma vez que a empresa de software tem controle sobre o formato dos arquivos, ela também pode controlar o fluxo das informações armazenadas nesses documentos. Isso propicia o ambiente técnico necessário para que toda e qualquer intervenção na comunicação possa ser realizada. Somos donos das informações, mas não temos controle algum sobre o formato do documento. Quando discutimos a transformação da web sintática existente atualmente para a web semântica que teremos em mais alguns anos, é imante notar que o acesso à informação é condição primária para todo e qualquer modelo de organização da informação. Não é possível indexar, analisar e referenciar qualquer informação que não possa ser acessada e, por isso, a utilização de um formato aberto de documentos é condição primordial para a troca de informações e sua utilização em qualquer ambiente. Mas ser um formato aberto não é suficiente. É fundamental que seja escolhido um formato que seja um padrão aberto. Durante os últimos anos, temos visto a definição de padrão aberto ser cada vez mais estendida para que possa acomodar toda e qualquer especificação disponível na internet, e por isso é imante ter em mente o que é verdadeiramente um padrão aberto. A definição utilizada pela e-ping 3 (referência de interoperabilidade e governo eletrônico brasileiro) é a definição criada pela União Europeia 4, que diz que é um padrão aberto todo aquele que foi desenvolvido através de um processo transparente, aberto e 3. e-ping: Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico (http://www.governoeletronico. gov.br/anexos/e-ping-versao-2010), versão 2010, página 50. 4. European Interoperability Framework for pan-european egovernment Services, versão 1.0 (2004), ISBN 92-894-8389-X, página 9. 239

acessível a todos os interessados, que possui seu documento de especificação publicado e disponível a qualquer interessado, que permita que sua implementação seja feita sem o pagamento de royalties e que não coloque nenhum limite à sua reutilização. Com base nessa definição, fica evidente que nem toda especificação publicada na internet é, necessariamente, um padrão aberto. Existe ainda uma nova abordagem para esse tema sendo debatida pela comunidade internacional. A Declaração Universal dos Direitos Humanos 5, assinada há 60 anos, foi escrita em uma época em que a relação entre cidadãos e governos era feita de forma presencial. Hoje em dia, grande parte dessa interação acontece com o apoio de meios eletrônicos. No entanto, apesar da mudança do meio, os Direitos Humanos devem continuar sendo respeitados 6. Os artigos 2 e 7 da Declaração acima citada apresentam o direito de ser livre de discriminação pelo governo ou lei. O mundo digital parece ignorar sua existência. Quantas vezes tentamos acessar um site governamental e descobrimos que ele só funciona em um navegador específico, que por sua vez necessita de sistema operacional específico? Se eu não tiver adquirido o sistema operacional e o navegador exigidos eu não posso me comunicar com o governo? Outras vezes, nos vemos diante de documentos publicados, em um site de governo, em formatos que exigem a aquisição de um software específico para acessar sua informação. Será que nos dois casos foram problemas técnicos que impediram o acesso à informação ou estaríamos diante de situações de violação de artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos? Já existem diversos padrões abertos em contínuo desenvolvimento, que eliminam essas amarras artificiais que prendem usuários a fornecedores de software. Os dois exemplos apresentados acima podem ser resolvidos utilizando os padrões W3C 7 para o desenvolvimento de páginas web e sites, e o padrão ODF (Open Document Format) 8 para o armazenamento e troca de documentos eletrônicos. A utilização desses padrões abertos tem sido a escolha crescente de governos, 5. The Universal Declaration of Human Rights, disponível em http://www.un.org/en/documents/ udhr/index.shtml. 6. Declaração de Haia, disponível em http://www.digistan.org/hague-declaration:pt-br. 7. World Wide Web Consortium (W3C): www.w3.org. 8. Open Document Format for Office Applications (ODF), disponível em http://www.oasis-open. org/committees/tc_home.php?wg_abbrev=office. 241

empresas e organizações no mundo todo. Privilegiando a livre circulação e a perenidade da informação. A informação é perene; o meio, não. Em seu ciclo de vida útil ela será transada de um formato a outro (e de um meio a outro) e não podemos admitir perda de informação nesses processos. Para os documentos eletrônicos editáveis (textos, planilhas e apresentações), temos o padrão ODF, que é desenvolvido por um comitê internacional (Oasis) 9 e foi aprovado como uma norma internacional em 2006 (ISO/IEC 26.300) 10. Ele foi ainda adotado como norma brasileira em 2008, a NBR ISO/IEC 26.300 11. Documentos ODF (os arquivos.odt para texto,.ods para planilhas e.odp para apresentações) podem ser manipulados por uma gama enorme de aplicações que vão desde suítes de escritório (como o BrOffice.org) até ais web que possibilitam a edição de documentos, como o Google Docs 12. O usuário tem total liberdade para escolher. Esses documentos salvos em formatos de padrão aberto, teoricamente, poderão ainda ser acessados daqui a 50 ou 100 anos, pois todas as informações sobre como os dados são armazenados estão disponíveis na internet e podem ser utilizadas por qualquer pessoa, sem a necessidade de licenciamento algum. Quem controla um padrão de armazenamento e troca de informações controla na verdade a própria comunicação determinando por quem, quando, onde e como cada informação poderá ser acessada, compartilhada e manipulada. A única forma de garantir que a comunicação seja verdadeiramente aberta é através da utilização de padrões abertos. Fazendo uso da tecnologia de modo a torná-la aliada e não fonte de armadilhas para a comunicação e armazenamento de informações. Para saber mais sobre o padrão ODF, visite: www.odfalliance.org. 9. Consórcio Oasis (Organization for the Advancement of Structured Information Standards): http:// www.oasis-open.org. 10. ISO/IEC 26.300:2006 Information technology Open Document Format for Office Applications (OpenDocument) v1.0 : http://www.iso.org/iso/catalogue_detail.htm?csnumber=43485. 11. ABNT NBR ISO/IEC 26300:2008, disponível em http://www.abntcatalogo.com.br/norma. aspx?id=1549. 12. Application sup for the OpenDocument format, disponível em http://opendocumentfellowship. com/applications. 243