Licitação do Sistema Ônibus de Porto Alegre. Anexo IV Sistema de Avaliação da Qualidade do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus de Porto Alegre



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Transcrição:

Licitação do Sistema Ônibus de Porto Alegre Anexo IV Sistema de Avaliação da Qualidade do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus de Porto Alegre

ANEXO IV SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS DE PORTO ALEGRE 1. DISPOSIÇÕES GERAIS O Sistema de Avaliação da Qualidade do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus de Porto Alegre constitui elemento de gestão dos serviços da relação contratual estabelecida com as concessionárias e tem como objetivos: Analisar, através de índices de desempenho operacionais (IDO s), o grau de qualidade do serviço prestado, permitindo a orientação de ações operacionais e de planejamento para a superação das principais deficiências observadas; Medir o desempenho das concessionárias em cada período; Estimular a melhoria contínua dos serviços por parte das concessionárias; Servir de processo e parâmetro para a avaliação da qualidade do serviço para gestão do contrato. Compete ao ÓRGÃO GESTOR realizar a avaliação da qualidade do serviço de Transporte por Ônibus de Porto Alegre, tendo como compromisso a gestão da mobilidade urbana de forma eficiente, eficaz e em sintonia com as necessidades da população. O ÓRGÃO GESTOR poderá a qualquer momento contratar auditoria independente para complementar a avaliação do serviço de transporte coletivo por ônibus no município. As CONCESSIONÁRIAS deverão fornecer os dados necessários para avaliação do desempenho, de acordo com especificações a serem fornecidas pelo ÓRGÃO GESTOR. A Avaliação dos serviços será realizada pelo Sistema de Avaliação da Qualidade do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus de Porto Alegre para cada CONCESSIONÁRIA, medidos através de Índices de Desempenho Operacionais (IDO s) associados aos aspectos de Confiabilidade, Segurança/Frota e Relacionamento com o 1

Usuário, definidos como atributos formadores do conceito de qualidade especificado pelo ÓRGÃO GESTOR. 1.1. O Sistema de Avaliação da Qualidade do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus de Porto Alegre poderá sofrer alterações (tanto na sua forma de cálculo quanto na variação de atributos e índices de desempenho operacionais) sempre que o ÓRGÃO GESTOR julgar necessário. 1.2. No caso de mudança na avaliação do Sistema de Avaliação da Qualidade do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus de Porto Alegre as CONCESSIONÁRIAS serão previamente avisadas, facultando-se a participação no processo, e concedendo prazo para a adaptação. 1.3. Para efeitos de medição dos IDO s (Índices de Desempenho Operacionais) serão utilizados os seguintes instrumentos: a) Índice de Cumprimento de Viagem: Inicialmente para efeitos de medição será utilizado o Sistema de Ônibus Monitorado Automaticamente SOMA. Após o período de atualização tecnológica os índices e atributos especificados serão adequados à nova tecnologia. b) Índice de Quebra: Registro de quebras c) Índice de Reprovação da Vistoria: Cadastro de Vistoria Periódica d) Índice de Acidentes: Registro de Ocorrências e) Índice de Autuações: Registro de Autos de Infração f) Índice de Reclamação de Pessoal Operacional / Índice de Reclamação de Viagem: Registros de Reclamações dos canais de Comunicação da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e órgão Gestor (156/118). 1.4. A coleta de dados dar-se-á de forma contínua. 1.5. Serão estabelecidas pelo ÓRGÃO GESTOR metas e objetivos para cada Índice de Desempenho Operacional (IDO) que compõe o Sistema de Avaliação da Qualidade do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus de Porto Alegre, conforme item 4 (quatro) deste ANEXO. 2

1.6. Os IDO s (Índices de Desempenho Operacionais) serão medidos e calculados mensalmente. 1.7. Os IDO s (Índices de Desempenho Operacionais) que não forem medidos, pelo órgão gestor, no período avaliado, serão considerados na avaliação, como meta cumprida, para todas as concessionárias do sistema. 1.8. O valor mensal de cada Índice de Desempenho Operacional (IDO) será obtido através do cálculo da média móvel da medição mensal dos três últimos meses. Sendo: M M1 Medição do mês 1 M M2 Medição do mês 2 M M3 Medição do mês 3 IDO = Mm1 + MM2 + MM3 3 1.9. O valor trimestral de cada Índice de Desempenho Operacional (IDOT) será obtido através da média das três médias móveis obtidas no trimestre. IDOT = IDO1 + IDO2 + IDO3 3 1.10. O valor anual de cada Índice de Desempenho Operacional (IDOA) será igual à média dos 04 (quatro) últimos índices trimestrais. IDOA = IDOT1 + IDOT2 + IDOT3 + IDOT4 4 A figura a seguir, a título ilustrativo, exemplo da medição e cálculo dos IDO s: 3

Trimestre 4 Trimestre 3 2013 Trimestre 2 Trimestre 1 2012 EXEMPLO CÁLCULO IDO - IDOT - IDOA - ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DE VIAGEM 1 Informações Índice Índice de Partida META IDOT META IDOA Índice de Cumprimento 92,50% Aumentar 0,0625% a cada trimestre 92,7500% de Viagem Seq. Mês Medição do Mês * Índice Mensal - IDO Meses Considerados no Cálculo do IDO Meta Trimestral Índice Trimetral - IDOT Situação Índice Anual - IDOA Situação 1 Novembro 92,00% 2 Dezembro 93,00% 3 Janeiro 93,00% 92,67% nov. - dez. - jan 4 Fevereiro 92,50% 92,83% dez. - jan. - fev 92,5625% 92,78% 5 Março 93,00% 92,83% jan. - fev. - mar. 6 Abril 92,66% 92,72% fev. - mar. - abr. 7 Maio 92,40% 92,69% abr. - mai. - jun 92,6250% 92,64% 8 Junho 92,45% 92,50% mai. - jun. - jul 9 Julho 94,00% 92,95% jun. - jul. - ago. 10 Agosto 95,00% 93,82% jul. - ago. - set. 92,6875% 93,37% 92,80% 11 Setembro 91,05% 93,35% ago. - set. - out. 12 Outubro 92,50% 92,85% set. - out. - nov. 13 Novembro 92,00% 91,85% out. - nov. - dez. 92,7500% 92,40% Reprovado 14 Dezembro 93,00% 92,50% nov. - dez. - jan * Os valores utilizados são meramente ilustrativos. Figura 1- Tabela ilustrativa de medição e cálculo dos IDO's. 4

1.11. Além dos IDOA s as CONCESSIONÁRIAS serão avaliadas também em relação ao valor Desempenho Total Anual (VDTA), onde deverão atingir 90% das metas trimestrais estabelecidas. VDTA >90% A figura a seguir, a título ilustrativo, exemplo da medição e cálculo dos VDTA: EXEMPLO CÁLCULO DO VALOR DE DESEMPENHO TOTAL ANUAL - VDTA IDO's Índice de Cumprimento de Viagem Índice de Quebra Índice de Reprovação da Vistoria Índice de Acidentes Índice de Autuações Índice de Reclamação de Pessoal Operacional Índice de Reclamação de Viagem Situação Reprovado Total de Índices Aprovados 6 90% Total de Índices 7 100% VDTA O valor de 90% foi arrendondado para fins de cálculo. Figura 2 - Exemplo de medição e cálculo dos VDTA. 1.12. Será gerado pelo ÓRGÃO GESTOR um Relatório de Avaliação Trimestral dos Índices de Desempenho Operacionais do Sistema de Transporte Público Coletivo por Ônibus de Porto Alegre (RAT) o qual será apresentado trimestralmente às CONCESSIONÁRIAS, com a Avaliação de cada IDO. 1.13. O RAT será realizado da seguinte forma: 1.13.1. Serão comparados IDOT S, em cada trimestre com o valor de sua respectiva meta trimestral. Se o IDOT for inferior a sua meta trimestral, o índice será reprovado. 5

1.13.2. Para cada índice reprovado a CONCESSIONÁRIA deverá apresentar um Plano de Melhorias. 1.14. O Plano de Melhorias para cada IDO reprovado deverá ser entregue num prazo de 07 (sete) dias úteis, contados da apresentação do RAT com cronograma de execução/ implantação. 1.15. Caso o órgão gestor recuse o Plano de Melhorias apresentado, a empresa prestadora de serviço deverá elaborar um novo Plano de Melhorias obedecendo ao prazo de 07 (sete) dias úteis. 1.16. Após a aprovação do Plano de Melhorias por parte do ÓRGÃO GESTOR a CONCESSIONÁRIA deverá executar o Plano de Melhorias aprovado para o IDO em questão. 1.17. O ÓRGÃO GESTOR realizará um Relatório de Avaliação Anual dos Índices de Desempenho Operacionais do Sistema de Transporte Público Coletivo por Ônibus de Porto Alegre (RAA) dos IDO s e o VDTA, cujo objetivo é avaliar o desempenho alcançado pelo conjunto de IDO s. As CONCESSIONÁRIAS poderão ter apenas um IDO reprovado, conforme item 2.11, para não sofrer as penalidades previstas neste ANEXO. 1.18. O RAA (Relatório de Avaliação Anual dos Índices de Desempenho Operacionais do Sistema de Transporte Público Coletivo por Ônibus de Porto Alegre) será divulgado para a população. 2. DESCUMPRIMENTO DO VALOR TOTAL ANUAL(VTDA) 2.1. No primeiro ano de operação, o não cumprimento do valor de desempenho total anual (VDTA), implicará na aplicação da penalidade de advertência por escrito por parte do ÓRGÃO GESTOR. 2.2. A CONCESSIONÁRIA que descumprir o Valor de Desempenho Total Anual (VDTA) dos Índices de Qualidade estabelecidos neste Anexo terá descontada de sua 6

remuneração, no ano seguinte a medição, o percentual de até 1,00% (um por cento), conforme indicado abaixo: a) De 2 a 3 índices reprovados: 0,50% (zero vírgula cinquenta por cento) de desconto; b) De 4 a 5 índices reprovados:0,75% (zero vírgula setenta e cinco por cento) de desconto; c) De 6 a 7 índices reprovados: 1,00% (um por cento) de desconto. 2.3. A forma de desconto está prevista no Anexo VI deste Edital. 2.4. Os percentuais referidos acima incidirão sobre a receita ajustada de cada CONCESSIONÁRIA. 2.5. Caso ocorram por mais de três anos consecutivos ou nove anos alternados o não cumprimento do VDTA, poderá ensejar a rescisão do contrato de concessão, sem gerar quaisquer direitos à indenização. 3. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SERVIÇO DE TRANSPORTE POR ÔNIBUS DE PORTO ALEGRE Para compor o Sistema Avaliação da Qualidade do Serviço de Transporte por Ônibus de Porto Alegre e obtenção do VDTA e dos IDO s das CONCESSIONÁRIAS relacionam-se, a seguir, as definições, método de cálculo, valor de referência, meta a ser cumprida, objetivo, período de medição e avaliação conforme figura 3 a seguir: 7

Estrutura do Sistema de Avaliação da Qualidade do Serviço de Transporte por Ônibus de Porto Alegre Figura 3 Estrutura do Sistema de Avaliação da Qualidade 3.1. CONFIABILIDADE é a dimensão da qualidade percebida pela eficiência do Sistema de Transporte Público de Passageiros, que representa o grau de credibilidade atribuído à operadora, mediante os cumprimentos dos serviços, dentro dos parâmetros contratuais especificados e estabelecidos nesta metodologia 3.1.1. Índice de Cumprimento de Viagem ICV Forma de Cálculo: A base de cálculo do ICV é o total de viagens realizadas (ou seja, as viagens que foram realizadas dentro dos critérios de largada e passagem em antenas, sem atrasos) dividido pelo total de viagens previstas (viagens da tabela horária). Este cálculo irá gerar o ICV de cada linha. Critérios de Cumprimento de Viagem Antenas com problemas e transponders com problemas são desativadas no sistema da EPTC, ou seja, desta forma este veículo (transponder) é contabilizado como viagem realizada. O mesmo critério é adotado para antenas com problemas. 8

Para o fechamento mensal são consideradas também as anormalidades no Sistema de Monitoramento SOMA, logo para fins de cálculo, este período será expurgado. As piores linhas entram no cálculo do ICV, e os consórcios são alertados para corrigirem o problema. Será considerada Viagem Realizada as VCAs (Viagens em condição anormal), ou seja, viagens que sofreram atrasos em função de contingências mediante solicitação do consórcio e confirmação da equipe responsável da EPTC. Para ser considerada realizada a viagem deve atender todos os critérios de largada e passagem por antenas e situações passíveis de expurgos. As descrições das tolerâncias, expurgos bem como o método de medição dos trechos encontramse no ANEXO III. C Manual de Regularização e Normas do Sistema de Oficialização e Monitoramento de Transporte Coletivo por Ônibus de Porto Alegre. Valor de Referência: Índice de Cumprimento de Viagem Ano Índice de Cumprimento de Ano Viagem - ICV 2007 92,03% 2008 90,66% 2009 92,37% 2010 93,94% 2011 93,77% Média Total 92,55% Desvio Padrão 1,21% Fonte: Transporte em Números 2012 EPTC Índice de Partida: 92,5% por Concessionárias. Meta: Aumentar o Índice em 0,0625% ao trimestre por Concessionárias. Medição: Mensal Objetivo: atingir um ICV de no mínimo 97,5%, devendo manter este índice a partir do momento que ele for atingido. Avaliação: Trimestral e Anual 9

3.1.2. Índice de Quebra Forma de Cálculo: Considera-se índice de quebra o valor percentual obtido pela divisão entre o número de quebras de veículo mensais informadas através do BAD à EPTC e a frota operante. Índice de Quebra = Quantidade de Quebras por Dia Frota Operante das Concessionárias Valor de Referência: Ano Quantidade de Quebras - Ano Frota Operante Número de Quebras - Dia Número de Quebras por Dia / Frota Operante 2007 4.123 1113 11,30 1,0% 2008 3.035 1113 8,32 0,7% 2009 2.292 1128 6,28 0,6% 2010 2.902 1160 7,95 0,7% 2011 2.967 1168 8,13 0,7% Média Total 3.064 1136 8,39 0,7% Desvio Padrão 0,2% Obs.: Para efeitos de cálculo foi considerada a frota total de três consórcios bem como a quebra dos mesmos. Fonte: Transporte em Números 2012 GPOT - EPTC Índice de Partida: 0,5% por Concessionárias. Meta: reduzir de 0,005% ao trimestre até atingir o objetivo. Medição: Mensal Objetivo: Alcançar 0,3% de Índice de Quebra. Avaliação: Trimestral e Anual 3.2. SEGURANÇA E FROTA É o atributo fundamental para garantia da integridade dos usuários e do pessoal da operação do Sistema de Transporte Coletivo de Porto Alegre. 10

3.2.1. Índice de Reprovação da Vistoria Forma de Cálculo: Considera-se Reprovação da Vistoria o número de carros vistoriados comparativamente aos números de carros reprovados na vistoria de acordo com os critérios estabelecidos pelo ÓRGÃO GESTOR. Índice de Reprovação da Vistoria = Número de carros Reprovados na Vistoria Número de Carros Vistoriados Valor de Referência: Ano Índice de Reprovação na Vistoria 2007 16,55% 2008 14,69% 2009 15,46% 2010 18,36% 2011 23,12% Média Total 17,64% Desvio Padrão 3,01% Fonte: Transporte em Números 2012 EPTC Índice de Partida: 10% por Concessionárias. Meta: reduzir o índice em 0,1% ao trimestre. Medição: Mensal Objetivo: Alcançar 5% de Índice de Reprovação na Vistoria. Avaliação: Trimestral e Anual 3.2.2. Índice de Acidentes de Trânsito Forma de Cálculo: O índice de acidentes de trânsito é obtido através do quociente da quantidade de acidentes registrados pelo ÓRGÃO GESTOR e o total da frota operante do consórcio. Índice de Acidentes = Total de Acidentes registrados pelo Órgão Gestor Frota Operante do Consórcio x 12 meses 11

Valor de Referência: Ano Total de Acidentes Frota Operante do Sistema Índice de Acidentes do Sistema 2007 1.160 1.403 7% 2008 1.347 1.414 8% 2009 1.283 1.433 7% 2010 1.556 1.485 9% 2011 1.265 1.493 7% Média 1.322 1.446 8% Desvio Padrão 1% Fonte: Transporte em Números 2012 GPOT EPTC Índice de Partida: 8% por Concessionárias. Meta: Reduzir o índice em 0,05% ao trimestre. Medição: Mensal Objetivo: Alcançar 5% de Índice de Acidentes de Trânsito. Avaliação: Trimestral e Anual 3.2.3. Índice de Autuações Forma de Cálculo: O índice de Autuações é obtido através da quantidade de Autuações emitidas pelo ÓRGÃO GESTOR comparativamente ao total da Frota Total das concessionárias. Índice de Autuações = Quantidade de Autuações emitidas pelo Órgão Gestor Frota Operante das Concessionárias x 12 meses Valor de Referência: Ano Total de Autuações do Sistema Frota Operante do Sistema Índice de Autuações do Sistema 2007 823 1.403 5% 2008 1.471 1.414 9% 2009 1.354 1.433 8% 2010 1.071 1.485 6% 2011 3.336 1.493 19% 12

Média 1.611 1.446 9% Desvio Padrão 891,50 36,8 7% Fonte: EPTC ECAT/ GPOT Índice de Partida: 9% por Concessionárias. Meta: Reduzir o índice em 0,1% ao trimestre. Medição: Mensal Objetivo: Alcançar 5% de Índice de Autuações. Avaliação: Trimestral e Anual 3.3. RELACIONAMENTO COM O USUARIO 3.3.1. Índice de Reclamação de Pessoal Operacional Forma de Cálculo: O Índice de Reclamação de Pessoal Operacional será obtido através da relação entre o número de Reclamações pelo total de pessoal operacional (motoristas, cobradores e fiscal) de cada CONCESSIONÁRIA. As reclamações referentes ao pessoal operacional são: abandonar veículo com máquina ligada, arrancar antes de concluir embarque/desembarque, dirigir com excesso de velocidade e/ou imprudência, estacionar fora da parada, interromper viagem sem justificativa, motorista conversando com passageiro, motorista faltou com urbanidade, motorista fumando, permitir desembarque pela porta da frente, trafegar com portas abertas, permitir embarque pela porta traseira, recusar desembarque de passageiro, recusar embarque de idoso, recusar embarque de passageiro, recusar embarque de passageiro no corredor, cobrador faltou com urbanidade, cobrador fumando, negar troco ao passageiro, fiscal faltou com urbanidade, e outros que sejam identificados ao longo da vigência do contrato. Índice de Partida: 1,90 reclamações de pessoal operacional por CONCESSIONÁRIAS. Meta: Reduzir o índice em 1,2% ao trimestre. Medição: Mensal Objetivo: Alcançar uma reclamação de pessoal operacional. Avaliação: Trimestral e Anual. 13

3.3.2. Índice de Reclamação de Viagens As reclamações referentes às viagens são: falha no cumprimento da tabela horária, fiscalização na linha, superlotação, trafegar com má ou sem identificação, trafegar fora do itinerário, veículo em mau estado de conservação e/ou higiene, e outros que sejam identificados ao longo da vigência do contrato. Índice de Partida: Uma reclamação de viagem a cada 441 viagens realizadas por Concessionárias. Meta: Reduzir o índice em 1,25% ao trimestre. Medição: Mensal Objetivo: Alcançar uma reclamação de viagem a cada 220 viagens realizadas por CONCESSIONÁRIAS. Avaliação: Trimestral e Anual. Valor de Referência: Classificação e Quantidade de Reclamações Tipo de Reclamação Total Classificação Abandonar veículo com máquina ligada 15 Pessoal Arrancar antes de concluir embarque/desembarque 531 Pessoal Cobrador faltou com urbanidade 2012 Pessoal Cobrador Fumando 20 Pessoal Dirigir com excesso de velocidade e/ou imprudência 2635 Pessoal Estacionar fora da parada 375 Pessoal Falha no cumprimento Tabela Horária 13990 Viagem Fiscal faltou com urbanidade 80 Pessoal Fiscalização na Linha 1564 Viagem Interromper viagem sem justificativa 89 Pessoal Motorista Conversando com passageiro 105 Pessoal Motorista faltou com urbanidade 1686 Pessoal Motorista Fumando 157 Pessoal Negar troco ao passageiro 14 Pessoal Outros 293 Outros 14

Permitir desembarque pela porta frente 29 Pessoal Permitir embarque pela porta traseira 36 Pessoal Recusar desembarque de Passageiro 874 Pessoal Recusar embarque de idoso 174 Pessoal Recusar embarque de passageiro 4823 Pessoal Recusar embarque de passageiro no corredor 349 Pessoal Superlotação 419 Viagem Trafegar com má ou sem identificação 472 Viagem Trafegar com portas abertas 21 Pessoal Trafegar fora do itinerário 400 Viagem Utilização de aparelhos sonoros 108 Outros Veículo em mau estado de conservação e/ou higiene 685 Viagem Fonte: EPTC - ANO 2013 Quantidade de Reclamações Reclamações Variável "Pessoal" 14497 46% Reclamações Variável "Viagens" 17058 54% Total de Reclamações 31425 100% 15