INTERAÇÃO DAS ENGENHARIAS COM O ENSINO MÉDIO: ENGENHARIAS EM PRÁTICA OFICINA SOBRE ROTULAGEM E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS



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Transcrição:

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( x ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA INTERAÇÃO DAS ENGENHARIAS COM O ENSINO MÉDIO: ENGENHARIAS EM PRÁTICA OFICINA SOBRE ROTULAGEM E LEGISLAÇÃO DE ALIMENTOS 1 : Juliana Gorte Dolinski 2 : Bruna Gonçalves Penteado 3 : Profa. Dra. Mareci Mendes de Almeida 4 : Profa. Dra. Nelci Catarina Chiquetto RESUMO O Programa de Extensão Interação das Engenharias com o Ensino Médio está cadastrado na Proex e incorpora o Projeto PROMOVE/UEPG Interação dos cursos de Engenharia da Universidade Estadual de Ponta Grossa com o Ensino Médio aprovado pelo Edital FINEP - Chamada Pública MCT/FINEP/FNDCT PROMOVE Engenharia no Ensino Médio 05/2006/64 tem como objetivo principal despertar o interesse dos alunos do ensino médio público a cursar Engenharia. O projeto está em andamento tendo sido realizadas diversas atividades como; Curso de Extensão aos professores do Ensino Médio, palestras através do evento de extensão Engenharias em Foco e Mostra Tecnológica de Engenharia. Neste trabalho está apresentada uma atividade do curso de Engenharia de Alimentos integrante do Evento de Extensão Engenharias em Prática. A atividade desenvolvida foi na forma de oficina aos alunos do Colégio Estadual João Ricardo Borell du Vernay, apresentando o que é a profissão de Engenharia de Alimentos, atividades e responsabilidades, divulgando o curso, mostrando conceitos e ações do mesmo que estão presentes no dia-a-dia das pessoas. A Rotulagem de Alimentos é uma destas ações. Na Oficina foi apresentada aos alunos a responsabilidade do Engenheiro de Alimentos ao elaborar rótulos, ao divulgar todas as informações possíveis sobre um alimento e instigou-se a percepção do quão importante é a leitura deste rótulo, a atenção que deve ser dada a todos os símbolos presentes no alimento, que tem função muito além de estética. Ainda foi demonstrado como realizar buscas nos sites de legislação de alimentos. Participaram da Oficina 24 alunos que ao final afirmaram terem recebido novas informações e mesmo que não tinham conhecimento deste campo de atuação da Engenharia de Alimentos. Evidenciando assim que a Oficina alcançou os resultados esperados. PALAVRAS CHAVE extensão, engenheiro de alimentos, educação. 1 Bolsista Proex, Acadêmica do Curso de Engenharia de Alimentos, juh.dolinski@hotmail.com 2 Bolsista Pet, Acadêmica do Curso de Engenharia de Alimentos, bru_penteado@hotmail.com 3 Profa. Dra do Departamento de Engenharia de Alimentos, nccsilva@uepg.br 4 Profa. Dra do Departamento de Engenharia de Alimentos, mareci@uepg.br

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 Introdução Dentre os principais desafios da educação pública superior do País, destacam-se a necessidade de aumento no número de alunos e profissionais nas Engenharias e a redução das desigualdades regionais. O crescimento econômico sustentado, os projetos das Olimpíadas de 2016, a exploração do petróleo na camada do pré-sal e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), são indicativos de que o desenvolvimento nacional pode sofrer um apagão, conseqüência da falta de mão-de-obra especializada (PARAGUASSÚ, 2009). Há necessidade de engenheiros. Faltam estudantes de engenharia e pessoas interessadas em começar os estudos na área (FAZZIO, 2009). Para mudar esta realidade, os cursos de Engenharia (Alimentos, Computação, Civil e Materiais) da Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG promovem a interação desses cursos com o Ensino Médio público, através de um Programa de Extensão que engloba várias atividades como; Curso de Extensão aos professores do Ensino Médio, palestras através do evento de extensão Engenharias em Foco e Mostra Tecnológica de Engenharia. Neste trabalho está apresentada uma atividade da Engenharia de Alimentos integrante do Evento de Extensão Engenharias em Prática. Assim como as atitudes no cotidiano, as fábricas e estabelecimentos alimentícios têm certas leis a seguir. Se o alimento que está à mesa todos os dias não for produzido de maneira correta, com higienização apropriada, poderão haver sérias conseqüências para o organismo, e existem algumas doenças transmitidas por alimentos que podem causar até a morte. Além disso, a legislação envolvendo os alimentos também estabelece regras para os rótulos dos produtos, para os aditivos colocados, quantidade de conservantes, etc. É necessário que haja um regulamento para o comércio e produção de alimentos, assim o consumidor terá acesso a produtos regulamentados e permitidos para consumo através de análises de segurança alimentar para que venham a ter um padrão de qualidade aceitável. É muito importante conhecer e saber que esses manuais para a produção dos produtos alimentícios estão disponíveis na Internet, ao acesso de qualquer pessoa. Assim, a população pode saber o que está consumindo e como isso deve ser produzido, e exigir os seus direitos quando vir algo sendo feito fora dos padrões exigidos pela Legislação. A rotulagem é uma forma legal, que assegura a defesa e a proteção ao consumidor, apresentando todas as informações necessárias para que esse consumidor saiba o que está adquirindo, assim como fornece todas as bases necessárias para que os órgãos competentes realizem seu trabalho de fiscalização. É de suma importância conhecer os termos usados nos rótulos, os símbolos, de onde surgem os valores, e, principalmente, saber que a leitura do rótulo é fundamental ser feita antes do consumo e também antes da compra do produto. O rótulo é como a identidade do produto, e nele estão registradas todas as características de necessário conhecimento. Objetivos A Oficina sobre Rotulagem e Legislação teve por objetivos demonstrar que a elaboração de rótulos de alimentos é uma função do Engenheiro de Alimentos e que necessita de conhecimentos de matemática, química, física e informática para serem elaborados. Metodologia Os alunos do Colégio Estadual João Ricardo Borell du Vernay foram deslocados da escola até a UEPG e distribuídos para realizarem oficinas nas quatro Engenharias da UEPG (Engenharia de Alimentos, Civil, Computação e Materiais), em seguida fizeram uma visita aos laboratórios para conhecerem a infra-estrutura dos Cursos. Para a organização da Oficina da Engenharia de Alimentos foi preparada uma apostila sobre Rótulos e Legislação de Alimentos que foi entregue para todos os alunos. A primeira parte da Oficina foi realizada no laboratório de informática do curso de Engenharia de Alimentos para os alunos acessaram os sites da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Ministério da Agricultura aprendendo a consultá-los e utilizar as ferramentas de informática. Sendo feita a demonstração passo a passo em projetor de multimídia e os alunos acessavam simultaneamente e individualmente. Na segunda parte os alunos tinham várias embalagens com rótulos de alimentos para destacar e interpretar os símbolos, identificar os compostos obrigatórios a serem colocados da tabela de valor nutricional e calcular as porcentagens dos valores diários estabelecidos com base em uma dieta de 2000 quilocalorias/dia.

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 Resultados Os alunos acessaram os sites da ANVISA e Ministério da Agricultura, sendo ambos órgãos federais, sendo exemplificado várias formas de busca. A ANVISA tem como finalidade promover a proteção da saúde da população através do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária regulamenta a legislação sobre alimentos de origem vegetal industrializados, com alegações funcionais (produtos alimentares que fornecem benefícios específicos à saúde, superiores aos nutrientes tradicionais que o contém); suplementos de vitamina e/ou de minerais (a prescrição de suplementos tem sido feita para corrigir manifestação de deficiência e assegurar que a ingestão por indivíduos com dieta deficiente de vitaminas e minerais atinja os níveis recomendados); alimentos para fins especiais (são aqueles destinados a um público restrito, por exemplo, um público que possui alergia a glúten); aditivos (são utilizados para conseguir a praticidade e durabilidade dos produtos); embalagens. Uma das simulações realizadas está representada na Figura 1, que demonstra a busca pela legislação sobre as Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Figura 1 - Página do site da ANVISA referente ao item Legislação de Boas Práticas para Serviços de Alimentação O Ministério da Agricultura reúne atividades de fornecimento de bens e serviços à agricultura, produção agropecuária, processamento, transformação e distribuição de produtos de origem agropecuária até o consumidor final. A ele cabe a legislação sobre produtos de origem animal, vegetais e cereais (grãos), in natura (naturais), bebidas, vinagres e mel. Para acessar o portal de dados do Ministério da Agricultura, seguimos os seguintes passos: 1 Passo: acessar www.agricultura.gov.br; 2 Passo: nas palavras no canto esquerdo superior da tela, clicar em Legislação; 3 Passo: surgirá um texto explicando sobre o banco de dados. Clicar no link localizado no segundo parágrafo: Sistema de Consulta à Legislação (Sislegis); 4 Passo: aqui nesse portal, pode-se pesquisar a legislação de qualquer alimento que se inclua nos citados anteriormente cabíveis ao Ministério da Agricultura: produtos de origem animal, vegetais e cereais in natura, bebidas, vinagres e mel. A busca pala legislação do mel, que foi realizada na oficina, está representada na Figura 2.

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 Figura 2 - Acesso ao sistema SisLegis do Ministério da Agricultura para encontrar a legislação sobre o mel A Figura 3 ilustra a realização da parte da Oficina referente a busca pela Legislação de Alimentos. Figura 3 Alunos acessando os sistemas de Legislação A segunda parte da Oficina, destinada ao estudo dos rótulos dos alimentos foram apresentadas informações como: Os rótulos devem ser claros e não devem conter nenhuma informação que possa fazer com que o consumidor se engane em relação ao alimento. O rótulo de qualquer alimento deve apresentar OBRIGATORIAMENTE as seguintes informações: Denominação de venda do alimento: a rotulagem deve conter o nome e a marca do alimento; Tipo: existem alimentos que são produzidos de maneira diferente segundo a região de produção. O tipo do alimento deve constar no rótulo. (Ex: Salsicha tipo Viena); Lista de ingredientes: pode ser representada por ingredientes: ou ingr:. Deve contar se houver algum aditivo no alimento; Conteúdo líquido/drenado; Identificação da Origem: nome e endereço completo do fabricante; Identificação do Lote; Prazo de Validade; Data de Fabricação; Preparo e Instruções sobre o Produto; Número de Registro; Informação Nutricional. Os alunos tiveram a oportunidade de buscar estas informações em rótulos disponíveis para o aprendizado. Foi observada a presença de frases de advertência, de grande importância em embalagens, e viu-se o regulamento para alimentos funcionais. De acordo com a Resolução n 19 da ANVISA,

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 publicada em dezembro de 1999, as alegações de propriedades funcionais ou de saúde contidas nos rótulos dos produtos vendidos no mercado serão aceitas desde que acompanhadas de evidência científica de sua eficácia. Além disso, foi estabelecido que a alegação colocada no rótulo do produto sempre deve estar relacionada com hábitos saudáveis, de vida e de alimentação. Não são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou prevenção de doenças. Também foi observada a rotulagem nutricional. Ela é toda descrição destinada a informar ao consumidor sobre as propriedades nutricionais de um alimento. A rotulagem nutricional se aplica aos alimentos produzidos e comercializados, qualquer que seja sua origem, embalados na ausência do cliente e prontos para serem oferecidos aos consumidores. É obrigatório apresentar as quantidades de: Valor energético / calórico; Carboidratos; Proteínas; Gorduras totais; Gorduras saturadas; Gorduras trans; Fibra alimentar; Sódio;Qualquer outro componente que se considere importante para a informação nutricional. Definiu-se porção e medida caseira, apresentada também no rótulo. Segundo a ANVISA, porção é a quantidade média do alimento que deveria ser consumida por pessoas sadias, maiores de 36 meses de idade em cada ocasião de consumo, com a finalidade de promover uma alimentação saudável. Quando é citado que 200 ml equivalem a um copo, demonstrou-se uma medida caseira do alimento consumido. A medida caseira é um utensílio comumente utilizado pelo consumidor para medir os alimentos. Uma parte da oficina foi destinada ao cálculo da %VD dos rótulos entregues aos alunos, como ilustra a Figura 4. Nos rótulos dos alimentos, em sua informação nutricional, aparece a sigla VD que resume Valores Diários, ou seja, as quantidades de nutrientes que as pessoas devem consumir para ter uma alimentação saudável, em uma dieta de 2000 quilocalorias. Para cada nutriente, o Valor Diário é diferente, pois cada um tem um papel na alimentação e deve ser consumido numa quantidade específica. Figura 4 Auxílio aos alunos ao realizarem o cálculo de %VD O percentual do VD (que aparece como %VD nas tabelas) é o quanto aquela porção de alimento contribui para atingir a necessidade diária daquele nutriente. Esta necessidade diária possui valores de referência, ou seja, para cada nutriente teremos que ingerir determinada quantidade deste diariamente. Esta quantidade, portanto os VD de cada nutriente correspondem a 100% da quantidade de nutrientes que deve ser consumido. Apresentou-se uma tabela de referência para os cálculos e pode-se ensinar os alunos a calcularem a %VD dos alimentos que tinham em mãos. Ainda os alunos aprenderam a diferença entre os termos DIET e LIGHT. Poucos alunos tinham conhecimento do verdadeiro significado dos termos. DIETS são alimentos adequados para a utilização em dietas diferenciadas ou opcionais, normalmente com restrição do nutriente que não se pode ingerir. A expressão diet pode ser utilizada também para alimentos sem adição de açúcar e para controle de peso. LIGHTS são alimentos cujo valor energético (calorias) ou conteúdo de algum nutriente (açúcares, gorduras, sódio, etc.) é baixo ou reduzido em pelo menos 25%, quando comparado ao produto na sua apresentação normal. Ou seja, a expressão DIET se refere à restrição de qualquer nutriente, enquanto a LIGHT é apenas para a redução em pelo menos 25%. A apresentação dos selos para os alunos também foi importante. Os alunos puderam visualizar os selos, buscá-los nas embalagens e tirar dúvidas sobre eles.

9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 6 Participaram da Oficina 24 alunos que ao final afirmaram terem recebido novas informações e mesmo que não tinham conhecimento deste campo de atuação da Engenharia de Alimentos. Conclusões A partir das atividades realizadas, demonstrou-se grande interesse de alguns alunos do Ensino Médio e Técnico pelas oficinas e também pelo curso de Engenharia de Alimentos. Conseguiuse demonstrar com êxito como devem ser realizadas buscas nos sites principais que regem a legislação de alimentos: ANVISA e Ministério da Agricultura. Na segunda parte da Oficina demonstraram-se questões sobre rotulagem de alimentos despertando o interesse dos alunos quanto às principais informações presentes nos rótulos, como valores de determinados nutrientes, diferenças entre produto DIET e produto LIGHT e o que deve ser observado de mais relevante nos rótulos dos alimentos para manter uma alimentação saudável e nutritiva. Referencias ALMEIDA, Frederico F. de B. Rotulagem de Alimentos. Disponível em <http://www.professor.ucg.br>. Acesso em 15 de março de 2011. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em <http://www.anvisa.org.br>. Acesso em 15 de março de 2011. BARROSO, Pedro T. W., PEREIRA, Emiliane D. Gordura Trans. Disponível em <http://gordurastrans-ufrj.blogspot.com>. Acesso em 17 de abril de 2011. FAZZIO, Adalberto; MILIONI,Z.Armando. UFABC: quebrando paradigmas no ensino de engenharia no Brasil. 2009. Disponível em < http://blogln.ning.com/profiles/blogs/ufabc-quebrando-paradigmasno>. Acesso em 11 de março de 2011. FURTADO, Sandra T. F., SILVA, Rejane M. G. Diet ou light: qual a diferença? Disponível em < http://qnint.sbq.org.br>. Acesso em 17 de abril de 2011. Ministério da Agricultura. Disponível em <http://www.agricultura.org.br>. Acesso em 15 de março de 2011. MURADIAN, Ligia B. A. Legislação de Alimentos. Disponível em <http://www.fcf.usp.br>. Acesso em 15 de março de 2011. PARAGUASSÚ, Lisandra. Falta de engenheiros pode ameaçar crescimento do País. 2009. Disponível em <http://opovo.uol.com.br/opovo/brasil/822791.html> Acesso em 14 de março de 2011.