Política de Investimento 2014 a 2018 SERPROS - Fundo Multipatrocinado Plano de Gestão Administrativa PGA Aprovada pelo Comitê de Aplicações CAP 13/2013 em 21/11/2013 Aprovada pelo Conselho Deliberativo CDE 12/2013 em 18/12/2013
Índice 1Introdução...3 2Governança Corporativa...3 3Diretrizes Gerais...3 4Plano de Gestão Administrativa...4 4.1 Identificação do Plano de Gestão...4 5Alocação de recursos e os limites por segmento de aplicação...5 6Limites...6 7Derivativos...6 8Apreçamento de ativos financeiros...6 9Benchmarks por segmento e metas de rentabilidade/atuarial...7 10Gestão de Risco...7 11Observação dos Princípios Sustentáveis...13 2/13
1 Introdução Visando atingir e preservar o equilíbrio atuarial, a segurança e a solvência do Plano de Gestão Administrativa (PGA), foi elaborada esta Política de Investimento (PI), que estabelece os princípios e diretrizes a serem seguidos na gestão dos investimentos dos recursos correspondentes às respectivas reservas técnicas, fundos e provisões, que estão sob a administração desta Entidade. Este documento foi elaborado com base na Resolução nº 3.792, de 24 de setembro de 2009, do Conselho Monetário Nacional (CMN), que "dispõe sobre as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar - EFPC" e nas alterações contidas na Resolução CMN nº 4.275, de 31 de outubro de 2013. A Entidade deve promover adequações nesta Política de Investimento sempre que ocorrerem alterações na legislação aplicável às EFPC. Se necessário, promoverá a realização de plano de ajustes, estabelecendo critérios e prazos para a sua execução de modo a preservar os interesses do Plano. A elaboração desta Política de Investimento foi conduzida pela Diretoria Executiva, referendada pelo Comitê de Aplicações (CAP) e aprovada pelo Conselho Deliberativo (CDE) em 18/12/2013. 2 Governança Corporativa A adoção das melhores práticas de Governança Corporativa garante que os envolvidos no processo decisório da Entidade cumpram seus códigos de ética pré-acordados a fim de minimizar conflitos de interesse ou quebra dos deveres. Assim, com as responsabilidades bem definidas compete à Diretoria Executiva elaborar a Política de Investimento e submetê-la para aprovação do Conselho Deliberativo, principal agente nas definições das políticas e das estratégias gerais da Entidade. Cabe ainda ao Conselho Fiscal, o efetivo controle da gestão da entidade, de acordo com o Art. 19º, da Resolução CGPC nº 13, de 1º de outubro de 2004, que deve emitir relatório de controle interno em periodicidade semestral sobre a aderência da gestão de recursos às normas em vigor e a esta Política de Investimento. Esta estrutura garante a adoção das melhores práticas de governança corporativa, evidenciando a segregação de funções adotada inclusive pelos órgãos estatutários. A adoção de Comitê de Investimento é considerada uma boa prática de mercado, sendo outra instância de decisão ou assessoramento aos Conselhos. O SERPROS, através do Regimento Interno instituiu seu Comitê de Aplicações, composto por pessoas tecnicamente qualificadas que subsidiam com informações o processo de análise e tomada de decisão da Diretoria Executiva. Ainda, podem participar especialistas externos para auxiliar em decisões mais complexas. 3 Diretrizes Gerais As diretrizes aqui estabelecidas são complementares, isto é, coexistem com aquelas estabelecidas pela legislação aplicável, sendo os administradores e gestores incumbidos da responsabilidade de observá-las concomitantemente, ainda que não estejam transcritas neste documento. 3/13
Os princípios, metodologias e parâmetros estabelecidos nesta PI buscam garantir, ao longo do tempo, a segurança, liquidez e rentabilidade adequadas e suficientes ao equilíbrio entre ativos e passivos do plano, bem como procuram evitar a exposição excessiva a riscos para os quais os prêmios pagos pelo mercado não sejam atraentes ou adequados aos objetivos do Plano. Esta Política de Investimento entrará em vigor em 01 de janeiro de 2014. O horizonte de planejamento utilizado na sua elaboração compreende o período de 60 meses que se estende de janeiro de 2014 a dezembro de 2018, conforme especifica a Resolução CGPC nº 7, de 4 de dezembro de 2003. Esta política está de acordo com a Resolução CMN nº 3.792, de 24 de setembro de 2009, mais especificamente em seu Capítulo 5 Da Política de Investimento que dispõe sobre parâmetros mínimos como alocação de recursos e limites, utilização de instrumentos derivativos, taxa mínima atuarial ou índices de referência do plano, as metas de rentabilidade, metodologias adotadas para o apreçamento dos ativos financeiros e gerenciamento de riscos, não se limitando a estes, além dos princípios de responsabilidade socioambiental adotados. Havendo mudanças na legislação que de alguma forma tornem estas diretrizes inadequadas, durante a vigência deste instrumento, esta PI e os seus procedimentos serão alterados gradativamente, de forma a evitar perdas de rentabilidade ou exposição desnecessária a riscos. Caso seja necessário, deve ser elaborado um plano de adequação com critérios e prazos para a sua execução, sempre com o objetivo de preservar os interesses do Plano. Se nesse plano de adequação o prazo de enquadramento estabelecido pelas disposições transitórias da nova legislação for excedido, a Entidade deverá realizar consulta formal ao órgão regulador e fiscalizador de acordo com a Instrução Normativa da PREVIC nº 4, de 6 de julho de 2010 que disciplina o encaminhamento de consultas à Superintendência Nacional de Previdência Complementar PREVIC. 4 Plano de Gestão Administrativa 4.1 Identificação do Plano de Gestão Esta Política de Investimento apresenta as diretrizes para a aplicação dos recursos garantidores do Plano de Gestão Administrativa, administrado pelo SERPROS cujas principais características são: Tipo de Plano: Plano de Gestão Administrativa (PGA); CNPB: 99.700.000.00; Meta Atuarial para 2014: INPC + 4,75% a.a. Exercício Taxa máxima real de juros 2014 4,75% a.a. 2015 4,50% a.a. 2016 4,25% a.a. 2017 4,00% a.a. 2018 3,75% a.a. 2019 3,50% a.a. 4/13
Administrador Responsável pelo Plano de Benefícios (ARPB): Diretor de Benefícios do SERPROS; Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ): Diretor de Investimentos do SERPROS. 5 Alocação de recursos e os limites por segmento de aplicação A Supervisão Baseada em Riscos apresentada pela PREVIC verifica a exposição a riscos e os controles sobre eles exercidos, atua de forma prudencial sobre as origens dos riscos e induz uma gestão proativa das entidades. A análise e avaliação das adversidades e das oportunidades, observadas em cenários futuros, contribuem para a formação de uma visão ampla do sistema de previdência complementar fechado e do ambiente em que este se insere, visando assim à estabilidade e solidez do sistema. A modalidade do plano, seu grau de maturação, suas especificidades e as características de suas obrigações, bem como o cenário macroeconômico, determinam as seguintes diretrizes dos investimentos: as metas de resultado do plano e dos segmentos de aplicação; a alocação dos recursos e os limites inferiores e superiores de aplicação em cada segmento. 5.1 Expectativas de Retorno A expectativa de retorno dos investimentos passa pela definição de um cenário econômico que deve levar em consideração as possíveis variações que os principais indicadores podem sofrer, mensuradas através de um modelo estocástico que observa a volatilidade histórica apresentada por eles para estimar as possíveis variações, dada uma expectativa de retorno. A correlação entre os ativos que já se encontram na carteira e os que são passiveis de aplicação também é uma variável importante para esta definição. O resultado desta análise se encontra no quadro abaixo, que demonstra a expectativa de retorno da Entidade em relação a cada segmento de aplicação, bem como os compara com o que foi observado nos últimos períodos. RENTABILIDADES SEGMENTO Estimativa 2012 2013 * 2014 Renda Fixa 15,25 6,22 6,33 * Acumulada até novembro. 5.2 Limites por segmento A tabela a seguir apresenta a alocação-objetivo e o limite de aplicação no segmento definido pela Resolução CMN nº 3.792/2009 e legislações posteriores. Essa alocação foi definida com base em estudo de macro-alocação de ativos, elaborado com o intuito de determinar a alocação estratégica a ser perseguida ao longo do exercício desta Política de Investimento que melhor reflita as necessidades do passivo. Esta definição está em linha com os itens 54 e 55 do Guia de Melhores Práticas para Investimentos Previc. 5/13
SEGMENTO LIMITE LEGAL ALOCAÇÃO OBJETIVO INFERIOR LIMITES SUPERIOR Renda Fixa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% A alocação objetivo foi definida considerando o cenário macroeconômico e as expectativas de mercado vigentes quando da elaboração desta Política de Investimento, conforme descrito no item anterior. Conforme disposto na Resolução CMN nº 3.792/2009, não serão realizadas operações com participantes, empréstimos e/ou financiamentos, com recursos provenientes do Plano de Gestão Administrativa PGA. 6 Limites O SERPROS aplicará os limites de alocação dos recursos para o PGA conforme disposições previstas na Resolução CMN nº 3.792/2009 e regulamentações posteriores. 7 Derivativos Não serão realizadas operações com derivativos no PGA. 8 Apreçamento de ativos financeiros Os títulos e valores mobiliários integrantes das carteiras e fundos de investimentos, exclusivos ou não, nos quais o plano aplica recursos, podem ser marcados a valor de mercado ou contabilizados até o vencimento pela taxa do papel (marcação na curva), de acordo com os critérios recomendados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). A metodologia para apreçamento deve observar as possíveis classificações dos ativos adotados pela EFPC (para negociação ou mantidos até o vencimento), observado adicionalmente o disposto na Resolução CGPC nº 04, de 30 de janeiro de 2002, e respectivas alterações. O método e as fontes de referência adotados para apreçamento dos ativos pela Entidade são os mesmos estabelecidos por seus Agentes Custodiantes. Os títulos e valores mobiliários classificados no segmento de renda fixa devem, preferencialmente, ser negociados por meio de plataformas eletrônicas administradas por sistemas autorizados a funcionar pelo Bacen ou pela CVM, nas suas respectivas áreas de competência, observados os critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), visando assim, maior transparência. De acordo com o manual de boas práticas da Previc A verificação do equilíbrio econômico e 6/13
financeiro dos planos de benefícios depende da precificação dos ativos, ou seja, é preciso que a entidade busque, diretamente ou por meio de seus prestadores de serviços, modelos adequados de apreçamento. A forma de avaliação deve seguir as melhores práticas do mercado financeiro na busca do preço justo, considerando-se ainda a modalidade do plano. 9 Benchmarks por segmento e metas de rentabilidade/atuarial A Resolução CMN nº 3.792/2009 exige que as entidades fechadas de previdência complementar definam índices de referência (benchmarks) e metas de rentabilidade para cada segmento de aplicação. SEGMENTO BENCHMARK META DE RENTABILIDADE PLANO INPC + 4,75% INPC + 4,75% Renda Fixa INPC + 5,75% INPC + 5,03% 10 Gestão de Risco Em linha com o que estabelece o Capítulo III, Dos Controles Internos e de Avaliação de Risco, da Resolução CMN nº 3.792/2009, este tópico estabelece quais serão os critérios, parâmetros e limites de gestão de risco dos investimentos. Os procedimentos descritos a seguir buscam estabelecer regras que permitam identificar, avaliar, controlar e monitorar os diversos riscos aos quais os recursos do plano estão expostos, entre eles os riscos de mercado, crédito, liquidez, exposição em derivativos, operacional, legal e sistêmico. O gestor que eventualmente extrapolar algum dos limites de risco estabelecidos nesta Política de Investimento deve comunicar à Entidade, que deve tomar a medida mais adequada diante do cenário e das condições de mercado da ocasião. O SERPROS solicitará ao gestor o reenquadramento imediato das operações. Os limites de risco estabelecidos nesta Política de Investimento também podem ser monitorados pela própria Entidade, com eventual auxílio de consultoria externa, uma vez que a mesma responde pelos seus investimentos perante órgãos fiscalizadores. Esse tópico disciplina, ainda, o controle de riscos referente ao monitoramento dos limites de alocação estabelecidos pela Resolução CMN nº 3.792/2009 e por esta Política de Investimento. Em se tratando da terceirização dos recursos garantidores do Plano, caberá aos administradores/gestores externos zelar pelo controle e monitoramento de todos os riscos mencionados anteriormente, com observância aos ditames da Resolução CMN nº 3.792/2009. 10.1 Risco de Mercado Segundo o Art. 13 da Resolução CMN nº 3.792/2009, as entidades devem acompanhar e gerenciar o risco e o retorno esperados dos investimentos diretos e indiretos com uso de modelo que limite as perdas máximas toleradas para os investimentos. 7/13
Em atendimento ao que estabelece a legislação, o acompanhamento do risco de mercado será feito através do Value-at-Risk (VaR) que estima, com base nos dados históricos de volatilidade e correlação dos ativos presentes na carteira analisada, a perda esperada, por consultoria especializada aprovada pelo SERPROS. Cabe apontar que os modelos de controle apresentados nos tópicos a seguir foram definidos com diligência, mas estão sujeitos a imprecisões típicas de modelos estatísticos frente a situações anormais de mercado. 10.1.1 VaR O controle de risco de mercado será feito por meio do Value-at-Risk (VaR), com o objetivo da Entidade controlar a volatilidade dos retornos dos investimentos. O VaR será calculado segundo os seguintes parâmetros: Modelo: não-paramétrico. Intervalo de Confiança: 95%. Horizonte: 21 dias úteis. O controle de riscos deve ser feito de acordo com os seguintes limites: SEGMENTO LIMITE HORIZONTE DE TEMPO Renda Fixa 2,6% 21 d.u. 10.1.2 Análise de Stress A avaliação dos investimentos em análises de stress passa pela definição de cenários de stress, que podem considerar mudanças bruscas em variáveis importantes para o apreçamento dos ativos, como taxas de juros e preços de determinados ativos, conforme mercado. Embora as projeções considerem as variações históricas dos indicadores, os cenários de stress não precisam apresentar relação com o passado, uma vez que buscam simular futuras variações adversas. Para o monitoramento do valor de stress da carteira, serão utilizados os seguintes parâmetros: Cenário: BM&F. Periodicidade: mensal. O modelo adotado para as análises de stress é realizado por meio do cálculo do valor a mercado da carteira, considerando o cenário atípico de mercado e a estimativa de perda que isso pode gerar. Cabe registrar que essas análises não são parametrizadas por limites, uma vez que a metodologia considerada pode apresentar variações que não implicam, necessariamente, em possibilidade de perda. O acompanhamento terá como finalidade avaliar o comportamento da carteira em cenários adversos para que os administradores possam, dessa forma, balancear melhor as exposições. 8/13
10.2 Risco de Crédito O risco de crédito dos investimentos do plano será avaliado com base em estudos e análises produzidos pela própria Entidade ou contratados junto a prestadores de serviço. Além disso, a Entidade utilizará para essa avaliação uma metodologia de equivalência de ratings (Escala SERPROS). O estudo determina uma escala única de classificação de crédito para cada emissão. Os ativos serão enquadrados em duas categorias: Baixo Risco de Investimento; Médio/Alto Risco de Investimento. Para checagem do enquadramento, os títulos privados devem, a princípio, ser separados de acordo com suas características. Posteriormente, é preciso verificar se o papel possui nota, de acordo com a escala SERPROS, igual ou superior a classificação mínima. Os títulos emitidos por instituições não financeiras podem ser analisados pelo rating de emissão ou do emissor. No caso de apresentarem notas distintas entre estas duas classificações, será considerado, para fins de enquadramento, o pior rating. Os investimentos que possuírem rating igual ou superior às notas indicadas na tabela serão enquadrados na categoria Baixo Risco de Investimento, desde que observadas as seguintes condições: Os títulos que não possuem rating pelas agências elegíveis (ou que tenham classificação inferior às que constam na tabela) devem ser enquadrados na categoria Médio/Alto Risco de Crédito; O enquadramento dos títulos será feito com base no rating vigente na data da verificação da aderência das aplicações à Política de Investimento. Posteriormente, é preciso verificar se o papel possui rating por uma das agências elegíveis e se a nota é, de acordo com a escala da agência, igual ou superior à classificação mínima apresentada na tabela a seguir. 9/13
Escala de Compatibilização de Ratings entre Agências Escala SERPROS Moody's S&P Fitch SR Rating LF Rating Austin AAA Aaa AAA AAA AA+ Aa1 AA+ AA+ AAA AAA AAA AA Aa2 AA AA AA+ AA+ AA+ AA- Aa3 AA- AA- AA AA AA A+ A1 A+ A+ AA- AA- AA- A A2 A A A+ A+ A+ A- A3 A- A- A A A BBB+ Baa1 BBB+ BBB+ A- A- A- BBB Baa2 BBB BBB BBB+ BBB+ BBB+ BBB- Baa3 BBB- BBB- BBB BBB BBB BB+ Ba1 BB+ BB+ BBB- BBB- BBB- BB Ba2 BB BB BB+ BB+ BB+ BB- Ba3 BB- BB- BB BB BB+ B+ B1 B+ B+ BB- BB- BB- B B2 B B B+ B+ B+ B- B3 B- B- B B B CCC+ Caa1 CCC+ CCC+ B- B- B- CCC Caa2 CCC CCC CCC CCC CCC CCC- Caa3 CCC- CCC- CC CC CC CC Ca CC CC C C C Ratings Admitidos pela Tabela SERPROS: Risco de Crédito Bancário: => BBB+ Risco de Crédito Não Bancário: => A- Os investimentos que possuírem rating SERPROS igual ou superior às notas A- e BBB+ (em destaque na tabela), serão enquadrados na categoria baixo risco de investimento, desde que observadas as seguintes condições: No caso de emissões de instituições financeiras, para fins de enquadramento, a avaliação deve considerar o rating do emissor; nos demais casos consideram-se o rating da emissão; No caso específico de DPGE (Depósitos a Prazo com Garantia Especial), esses títulos serão considerados na categoria baixo risco de investimento, desde que o investimento observe o limite da garantia do Fundo Garantidor de Crédito - FGC; Para os investimentos já realizados que não estiverem enquadrados na escala SERPROS, devem ser enquadrados na categoria médio/alto risco de investimento; Caso duas ou mais agências elegíveis classifiquem o mesmo papel, será considerado, para fins de enquadramento na Escala SERPROS, o menor rating; Ao longo da vigência desta Política de Investimento poderão ser consideradas as novas agências de crédito em funcionamento no país, que não se encontram listadas na tabela anterior (Escala SERPROS). Seu enquadramento se dará da mesma forma que as demais, considerando a abrangência de atuação (local ou internacional). 10/13
10.2.1 Exposição a Crédito O controle da exposição a crédito privado é feito através do percentual de recursos alocados em títulos privados, considerada a categoria de risco dos papéis. O controle do risco de crédito deve ser feito em relação aos recursos garantidores, de acordo com os seguintes limites: CATEGORIA DE RISCO LIMITE Total de Crédito Privado 80% Médio/Alto Risco de Crédito 15% O limite para títulos classificados na categoria Médio / Alto Risco de Investimento visa a comportar eventuais rebaixamentos de ratings de papéis já integrantes da carteira consolidada de investimentos, papéis que já se enquadram nesta categoria e eventuais ativos presentes em fundos de investimentos condominiais (mandato não-discricionário). Nesse sentido, o limite acima previsto não deve ser entendido, em nenhuma hipótese, como aval para aquisição de títulos que se enquadrem na categoria Médio / Alto Risco de Investimento por parte dos gestores exclusivos das carteiras e fundos. 10.3 Risco de Liquidez O risco de liquidez pode ser dividido em duas classes: possibilidade de indisponibilidade de recursos para pagamento de obrigações (Passivo); possibilidade de redução da demanda de mercado (Ativo). Os itens a seguir detalham as características destes riscos e a forma como eles serão geridos. É importante registrar que os instrumentos de controle apresentados são baseados em modelos estatísticos, que por definição estão sujeitos a desvios decorrentes de aproximações, ruídos de informações ou de condições anormais de mercado. 10.3.1.1 Indisponibilidade de recursos para pagamento de obrigações (Passivo) O risco de liquidez está relacionado ao casamento dos fluxos de ativos e passivos, de forma que os recursos não estejam disponíveis na data do pagamento dos benefícios e demais obrigações do plano. A medida que os prazos de vencimentos das obrigações se aproximam, a alocação dos recursos deve privilegiar ativos mais líquidos. Além disso, o planejamento garante que as alienações dos ativos ocorram no prazo certo e no preço justo. O controle desse risco no SERPROS é feito através do ALM Estocástico. A metodologia utilizada no modelo de ALM consiste na projeção da carteira de ativos e do fluxo de caixa previdenciário do Plano. Na simulação são consideradas premissas de reinvestimento para a liquidez. 10.3.1.2 Redução de demanda de mercado (Ativo) A segunda classe de risco de liquidez pode ser entendida como a possibilidade de redução ou inexistência de demanda pelos títulos e valores mobiliários integrantes da carteira. A gestão deste risco será feita com base no Percentual da carteira que pode ser negociada em condições adversas. 11/13
O controle do risco de liquidez de demanda de mercado será feito por meio do controle do percentual da carteira que, em condições adversas (20% do volume médio de negócios), pode ser negociada em um determinado horizonte de tempo. Esses valores deverão obedecer aos seguintes limites mínimos: HORIZONTE PERCENTUAL DA CARTEIRA 1 (um) dia útil 5,00% 21 (vinte e um) dias úteis 7,50% 21 (vinte e um) dias úteis 10,00% 10.4 Risco Operacional O Risco Operacional é a possibilidade de perdas decorrentes da inadequação na especificação ou na condução de processos, sistemas ou projetos de entidade, bem como de eventos externos que causem prejuízos nas suas atividades normais ou danos a seus ativos físicos. A gestão destes riscos é realizada de forma preventiva pela adoção de normas, políticas e instruções normativas e de forma corretiva através da identificação de eventos e do valor de exposição dos riscos, resultando na melhoria constante dos processos da Entidade alinhada aos artigos 1º e 13º da Resolução CGPC nº 13, de 01 de agosto de 2004. 10.5 Risco de Terceirização Na administração dos recursos financeiros há a possibilidade da terceirização total ou parcial dos investimentos da Entidade. Esse tipo de operação delega determinadas responsabilidades a gestores externos, porém não isenta a Entidade de responder legalmente perante os órgãos fiscalizadores. Mesmo que a Entidade possua um modelo de gestão interna, o risco de terceirização está presente pelo fato do processo operacional da gestão depender de terceiros em determinadas etapas. Na execução das ordens de compra e venda é necessária a utilização de uma corretora de títulos e valores mobiliários e na precificação e guarda dos ativos é necessário um agente custodiante. Deste modo é importante a fundação também possuir um processo formalizado para escolha e acompanhamento destes prestadores de serviço. 10.6 Risco Legal O risco legal está relacionado a autuações, processos ou mesmo a eventuais perdas financeiras decorrentes da não execução de contratos e/ou do não cumprimento de normas legais. O controle dos riscos dessa natureza, que incidem sobre atividades e investimentos que envolvam a elaboração de contratos específicos, será feito por meio: Da realização periódica de relatórios que permitam verificar a aderência dos investimentos às diretrizes da legislação em vigor e à Política de Investimento; Da revisão periódica dos regulamentos dos fundos, exclusivos ou não; Da utilização de pareceres jurídicos para contratos com terceiros. 12/13
10.9 Risco Sistêmico O risco sistêmico se caracteriza pela possibilidade de que o sistema financeiro seja contaminado por eventos pontuais, como a falência de um banco ou de uma empresa. Por concepção é um risco que não se controla, o que não significa que deve ser relevado. Para tentar reduzir a suscetibilidade dos investimentos a esse risco, a alocação dos recursos deve levar em consideração os aspectos referentes à diversificação de setores e emissores, bem como a diversificação de gestores externos de investimento. Como medida de avaliação dos investimentos são realizadas análises de stress que passam necessariamente pela definição de cenários de stress, que podem considerar mudanças bruscas em variáveis importantes para o apreçamento dos ativos, como taxas de juros e preços de determinados ativos. As análises de stress são realizadas por meio do cálculo do valor a mercado da carteira, considerado o cenário atípico de mercado, e a estimativa de perda que isso pode gerar à Entidade. 11 Observação dos Princípios Sustentáveis O SERPROS observa em seus processos de gestão de investimentos formas de respeito socioambiental que sejam relevantes para a sociedade e estuda adotar parâmetros e critérios de investimento responsável para serem incluídos no processo decisório de investimento. Em 2013 o SERPROS foi contemplado com o Selo de Pró-Equidade de Gênero e Raça. O Selo é uma marca de gestão eficiente concedida às empresas que desenvolvem novas concepções de gestão de pessoas e cultura organizacional para alcançarem a equidade entre homens e mulheres no mundo do trabalho, eliminando todas as formas de discriminação, evidenciando publicamente o compromisso da Entidade com a equidade de gênero e étnico-racial na promoção da cidadania e a difusão de práticas exemplares no mundo do trabalho para a efetivação da equidade. 13/13