POLÍTICAS PÚBLICAS DE LEITURA Regina Janiaki Copes - UEPG (reginacopes@hotmail.com) Esméria de Lourdes Saveli - UEPG (esaveli@hotmail.com) Resumo O trabalho apresenta uma revisão de literatura sobre Políticas Públicas de Leitura no Brasil. Integra a dissertação de mestrado, em andamento, intitulada Políticas de Leitura: das intenções à prática efetiva. Pretende oportunizar a pesquisadores e interessados, em investigações na temática da leitura, uma aproximação com a produção acadêmica já realizada no Brasil de 1980 a 2005. Este texto é resultado de uma pesquisa bibliográfica em que se procurou identificar as produções acadêmicas teses, dissertações e artigos - que discutem as políticas públicas de leitura voltadas para a formação do leitor. Realizou-se um levantamento das publicações brasileiras acerca do tema em bases de dados nacionais, tais como catálogos universitários, livros, revistas, boletins informativos e em bibliotecas eletrônicas. No processo de estudo, encontrou-se uma produção ampla que trata do tema da leitura. Isto exigiu estabelecer um recorte neste trabalho. Desta forma, este texto centraliza-se em trabalhos que tratam da leitura na perspectiva da formação do leitor, nos que tratam das ações governamentais que contribuem para esta formação e, ainda, naqueles trabalhos que buscaram avaliar projetos e programas de incentivo à leitura. A partir disso, as produções encontradas foram distribuídas nas seguintes categorias: 1ª A escola e a formação do leitor ; 2ª Histórias da leitura e memórias de leitura ; 3ª Políticas públicas de leitura e 4ª Análise do discurso. Deu-se ênfase aos trabalhos da 3ª categoria, relacionados às políticas públicas de incentivo à leitura em âmbito nacional e verificou-se que não existem produções acadêmicas que analisam os Programas Federais de Incentivo à leitura desde a sua intenção até a implementação. O trabalho que mais se aproxima disso analisa dois órgãos promotores de incentivo à leitura. Palavras-chave: políticas públicas de leitura, programas de leitura, políticas de formação de leitor
2361 Introdução e método Na sociedade contemporânea, a leitura é valorizada como estratégia fundamental para o homem compreender, de forma crítica, os seus anseios e a realidade cotidiana em que está inserido. No processo de formação de leitores críticos, a escola assume um papel primordial, que não pode ser ignorado, pois ela abre um leque de possibilidades para transformar os seus alunos em leitores. Mas, é fundamental a atuação do governo, da sociedade e da família nesta formação. No entanto, a função do poder público não é criar estratégias que pretendam ensinar os alunos a gostar de ler, mas a de criar condições que possibilitem a melhoria do acervo das bibliotecas, das escolas, das salas de aula propiciando aos alunos maiores possibilidades de leitura. Para a elaboração deste trabalho, realizou-se um levantamento das publicações brasileiras acerca do tema leitura em livros, revistas, boletins informativos e em sites da internet. Inicialmente, procurou-se identificar, na literatura, trabalhos que tratam sobre a questão da leitura no seu aspecto geral. Nesta busca, teve-se contato com várias obras produzidas no Brasil e traduções de obras estrangeiras muito comentadas. Das obras encontradas pôde-se levantar quatro categorias que se destacam: (a) a escola e a formação do leitor; (b) histórias e memórias de leitura; (c) políticas públicas de leitura; e (d) análise de discurso: A primeira categoria (a), a escola e a formação do leitor, é a que mais tem despertado o interesse de estudiosos na questão da leitura. Os autores dialogam entre si, fazendo reflexões a respeito do papel da leitura na construção do conhecimento e, ainda, o papel desempenhado pela escola como principal agente formador leitores. Reconhecem que para a formação de leitores em nossos dias exigese bem mais que possuir ou ter escolas e bibliotecas em pleno funcionamento. É preciso ter professores e bibliotecários capacitados para exercer a função de mediadores da leitura. A categoria (b), histórias da leitura e memórias de leitura, apresenta as fascinantes histórias da leitura e memórias de leitura de diferentes tipos de leitores. Uns, autores convidam os leitores para uma viagem pelo mundo da leitura desde as primeiras formas de escrita até a pós-modernidade. Outros, apresentam as mais diferentes histórias de como se constituíram leitores e a trajetória da história da leitura ao longo do tempo. São depoimento dos próprios autores das obras, aqui mencionadas, de
2362 escritores de ficção literária e de homens e mulheres que contam o que liam e como realizavam essas leituras na infância e na adolescência. Na categoria (c), políticas públicas de leitura, discutem as políticas públicas de incentivo à leitura e a precariedade dos espaços para a promoção da leitura. O objetivo das discussões é a redefinição do quadro cultural marcado por um crescente confinamento cultural. As obras desta categoria apontam a necessidade de se criar estratégias diversificadas de políticas públicas na área da cultura. Criticam a falta de compromisso de todos os seguimentos da sociedade na formação de leitores e ainda, indicam que não se supera uma dificuldade ou uma crise com ações isoladas. Apresentam a escola como sendo um dos principais espaços responsáveis pela formação do leitor. Defendem uma ação mais efetiva das esferas públicas na área. Analisam o universo cultural sob a ótica da dimensão sócio-antropológica visando criar estratégias para tornar o hábito da leitura uma cultura no Brasil. Os autores que foram agrupados na categoria (d), análise de discurso, apresentam a análise do discurso não como um método de interpretação ou uma atribuição de sentido ao texto, mas como uma problematização da relação com o texto, procurando apenas explicitar os processos de significação que nele estão configurados, os mecanismos de produção de sentidos que estão funcionando. A análise do discurso visa compreensão na medida em que visa explicitar a história dos processos de significação, para atingir os mecanismos de sua produção. Em espécie de trabalho acadêmico, encontrou-se um catálogo intitulado Leitura no Brasil: Catálogo Analítico de Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado: 1980 a 1995, de Norma Sandra de Almeida Ferreira, fruto de sua tese de Doutorado a qual teve como objetivo inventariar, descrever, analisar, levar em discussão a trajetória da pesquisa brasileira sobre leitura. O catálogo contém resumos de 189 trabalhos realizados nos programas de Pós Graduação em Educação, Psicologia, Biblioteconomia, Letras/Lingüística, Comunicações, no Brasil, no período de 1980 a 1995 e, traz ainda, como complemento, referências bibliográficas de 22 trabalhos realizados no período de 1965 a 1979 porém, não se teve acesso aos resumos dos mesmos. Foram encontradas, ainda, mais 20 dissertações relacionadas ao tema, produzidas a partir de 1996, que tem seus resumos publicados no Banco de teses da Capes. Foram encontrados ao todo 209 resumos de dissertações e de teses produzidos no período de 1980 a 2005. Os 209 trabalhos encontrados foram organizados em 8 categorias. A primeira categoria (71 textos) trata do tema do desempenho e compreensão de leitura; a segunda (69 textos) apresenta análise
2363 do ensino da leitura e proposta didática; a terceira (21 textos) se refere a preferências, hábitos, interesses e histórias relacionadas ao leitor; a quarta (10 textos) traz estudos sobre o professor e o bibliotecário como leitores; a quinta (8 textos) discute os tipos de textos para leitura na escola; o sexto (8 textos) traz memórias de leitura, do leitor e do livro; a sétima categoria (12 textos) apresenta concepções de leitura; e a oitava (10 textos) trata das políticas públicas de leitura. Dos 10 trabalhos que tratam sobre as políticas públicas de leitura, 7 estão relacionados a programas de incentivo à leitura promovidos por governos municipais e 3 discutem as políticas públicas de incentivo à leitura de âmbito nacional. Optou-se, neste texto, enfocar os três trabalhos acadêmicos que abordam a leitura na perspectiva das políticas públicas, mais especificamente, os que enfocam políticas de incentivo à leitura no âmbito Nacional: O leitor na cultura: a promoção da leitura infantil e juvenil, de Edmir Perrotti (1989); Leitura e literatura infantil: um olhar sobre a cultura brasileira, de Elisabeth D Ângelo Serra (s/d); Políticas sociais de leitura no Brasil: os discursos do PROLER e PRÓ-LEITURA, de Isabel Soares (2000). O primeiro trabalho citado, O leitor na cultura: a promoção da leitura infantil e juvenil, apresenta uma análise dos artigos publicados nos 70 primeiros números do Boletim Informativo da FNLIJ, que tratam da história da promoção da leitura. O autor defende que a formação de uma sociedade leitora não envolve apenas a criação de instituições indispensáveis à sua constituição como escolas, bibliotecas, editoras, livrarias, entre outras, segundo ele, é preciso, também, considerar a natureza dessas instituições, o sentido de suas orientações e de suas práticas. O segundo, Leitura e literatura infantil: um olhar sobre a cultura brasileira, traz um estudo sobre as práticas e políticas de leitura no Brasil, fazendo um levantamento dos pioneiros da promoção da leitura no Brasil. Afirma, ainda, que o acesso democrático à leitura e à escrita é uma das conquistas mais poderosa que os povos de todos os países devem almejar.no terceiro, Políticas sociais de leitura no Brasil: os discursos do PROLER e PRÓ-LEITURA, a autora desenvolve uma análise dos Programas Governamentais de Leitura, PROLER e PRÓ-LEITURA, verificando seus impactos e resultados, estabelecendo uma relação entre a proposta política e o sucesso ou fracasso na realização de seus propósitos. Segundo Soares (2000), quando as ações são desarticuladas, como é o caso das políticas de leitura, também são uma política. Isto quer dizer que tal forma de conduzir uma política, de
2364 maneira desarticulada, isolada, caracteriza também um ato político: o de não-formação de leitores (p.45). Deste universo de trabalhos acadêmicos que tratam da leitura, este texto faz um recorte e traz os que tratam das políticas públicas, em âmbito nacional, de incentivo à leitura. Políticas públicas de incentivo à leitura: da intenção à ação Observou-se, no decorrer das leituras, que há uma grande preocupação, por parte de alguns órgãos e instituições em divulgar e promover a leitura no Brasil: A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), instituição não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1968, que publica, mensalmente, o Boletim Informativo Notícias, onde promove e divulga estudos e pesquisas sobre todos os aspectos do livro infanto-juvenil e visa a promoção da leitura; a UNESCO que, ao declarar o livro como instrumento fundamental para o aperfeiçoamento do cidadão, em 1972, além reconhecimento da importância do livro para a educação, concebeu a leitura como um direito do homem, a ser assegurado pela sociedade e pelo Estado; a Faculdade de Educação da Universidade de Campinas, que, por iniciativa própria, desde 1978 promove o Congresso de Leitura (COLE); a Associação Internacional de Leitura - Conselho Brasil Sul, filiada ao Internacional Reading Association, criada em 1979; a Associação de Leitura do Brasil, fundada em 1982; a Fundação de Assistência ao Estudante (FAE); em 1997 a Secretaria de Estado da Educação do Paraná incentiva com a criação do Módulo Biblioteca, fornecendo verbas às escolas para a aquisição de livros para as bibliotecas escolares. Em busca da concretização desse ideal promovem congressos, simpósios, seminários e encontros com o objetivo de debater e discutir sobre as políticas de leitura e seus encaminhamentos metodológicos para a formação de leitores. Essas ações embora tenham reconhecido valor como medidas que buscam democratizar a leitura, não chegam a construir uma política cultural. E, para que tal política aconteça, muito deve ser feito, ainda, no sentido de desenvolver uma ação eficaz de valorização da leitura e do livro como elementos indispensáveis ao desenvolvimento integral do indivíduo, pois é ele que intermedia a aquisição da cultura, permitindo a ampliação desta a partir do que já é conhecido e está fixado verbalmente nos textos escritos. É no livro que o indivíduo busca informações e apesar do progresso
2365 dos meios eletrônicos, o conhecimento depende majoritariamente do livro e das habilidades do leitor, seja ele criança ou adulto. Mesmo assim, com tantas discussões sobre a importância da leitura no universo escolar e campanhas externas de incentivos a essa prática, ao completar 30 anos, a maior incentivadora da leitura, a FNLIJ, ainda, não pode dizer que conseguiu a segurança financeira necessária para desenvolver seus objetivos institucionais: oportunizar a todos os indivíduos o acesso ao livro de literatura e tornar a promoção da leitura um dever de todos os cidadãos. Serra (2003), diz que a biblioteca pública apresenta-se como o espaço de acesso democrático ao livro e é considerada como o símbolo institucional de promoção à leitura. É um serviço que deve ser desejado pela população. Esse espaço cultural nem sempre foi adequadamente prestigiado pelo poder público ou pelas elites, não tendo o reconhecimento necessário que justificasse o investimento público na formação de quadros especializados e na formação do número de seus profissionais para atender de maneira satisfatória a população leitora. As bibliotecas, além de funcionarem como centros de promoção da leitura, atuam como construtoras da verdadeira democracia brasileira; promovendo o livre acesso ao livro, à leitura e à escrita, instrumentos básicos para uma educação de qualidade. Isso significa dar a uma população historicamente excluída da sociedade a oportunidade de exercer plenamente a sua cidadania. Entender a necessidade de criação de bibliotecas é como entender a necessidade de leitura, é uma questão cultural, parte de um processo integrado à educação do qual a maioria dos brasileiros está excluída. Segundo Serra (op.cit.), a transformação necessária para a formação de uma sociedade leitora só começará quando todos começarem a exigir dos governantes e empresários o comprometimento em criar e manter as condições de acesso à variedade e a qualidade dos livros para a maioria dos excluídos do convívio com a leitura. Campanhas televisivas vêm incentivando as famílias a participarem do dia-a-dia escolar dos seus filhos, sugerindo que pais, mães e responsáveis leiam para as crianças, todos os dias, desenvolvendo assim, o prazeroso hábito da leitura compartilhada. Da mesma forma, o Governo Federal, através da lei de incentivos fiscais, vem incentivando empresas a patrocinarem projetos de leitura, para atender as prerrogativas da Constituição Federal Brasileira que preceitua, em seu artigo nº. 215, que o Estado deve garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes de cultura nacional, que deve, também, apoiar e incentivar a
2366 valorização e a difusão das manifestações culturais. Pode-se dizer que esta Lei tenha desencadeado uma série de estudos relacionados à questão da leitura. Por trás das ações governamentais e não governamental está a FNLIJ, que luta para que os direitos apregoados na Constituição Federal sejam concretizados. Nos últimos 25 anos, foram desenvolvidos, a nível nacional, mais de 25 programas com o objetivo de promover e incentivar a leitura. O estranho é que esses programas elaborados com a finalidade de promover a leitura, como base da formação de cidadãos intelectualizados e conscientes, capazes de se expressar, com clareza, oralmente e através da escrita, não tenham surtido os resultados esperados. Embora todos os programas apresentassem, na época da formulação, objetivos bem definidos no que diz respeito ao incentivo da leitura, não há análise de dados concretos que comprovem a eficácia deles. Estudos feitos por Werthein (2005) representante da UNESCO, no Brasil, com base no Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional (INAF), apontam que 66% dos brasileiros lêem, mas não entendem sequer textos simples. Esses dados, segundo ele, revelam a necessidade de se investir na melhoria da qualidade do ensino para recuperar o tempo perdido e colocar o País no circuito das idéias contemporâneas, entre as quais se destaca a luta pela universalização da cidadania. Urge a formação de uma sociedade leitora. A leitura é um dos meios que o indivíduo tem de se comunicar com o mundo, de ter contato com novas idéias, pontos de vista e experiências que talvez sua prática jamais lhe proporcionasse. Não ler, traz prejuízos que vão desde o desenvolvimento pessoal e profissional até a ampliação das desigualdades sociais, pois, a leitura é um processo que está atrelado à educação de indivíduos. As ações não devem acontecer isoladamente é preciso que governo, empresários, escola e família se movam em parceria à promoção da leitura e que seja dada a ela o destaque merecido. Sendo assim, qualquer programa que tenha a intenção de promover a leitura precisa olhar para os dois ambientes em que a criança costuma estar: escola e a casa. Mas para que isso aconteça é preciso que haja vontade política para que tais programas obtenham resultados. A escola pública, como uma das formadoras das bases de uma sociedade leitora, por sua vez, tem um papel importante quanto a criar uma cultura de valorização de bibliotecas públicas iniciando o aluno através da biblioteca escolar na prática social de partilhar acervos (Serra, idem). Portanto, esta agência educativa precisa começar a questionar-se sobre a sua atuação na formação de leitores críticos e assumir o compromisso de despertar o gosto de ler e o hábito de leitura. KOSIK (1989) diz que na modificação existencial o sujeito do indivíduo desperta para as próprias potencialidades e as escolhe.
2367 Não muda o mundo, mas muda a própria posição diante do mundo. Assim, os objetivos das políticas de leitura devem estar relacionados ao contexto do processo ensino-aprendizagem, oportunizando aos sujeitos envolvidos penetrar no universo transformador da leitura. As leituras preliminares desenvolvidas para a elaboração deste texto possibilitaram a percepção de que existe um comprometimento por parte dos envolvidos na promoção e divulgação da leitura e uma preocupação em fazer com que os programas cheguem até as escolas com uma política de implantação que supra as dificuldades do professor e do aluno. No entanto, os programas de incentivo à leitura têm chegado às escolas e não têm tido sucesso na formação do leitor. As pesquisas, já elencadas, apontam que o povo brasileiro continua lendo muito pouco e, o que é pior, uma grande parcela da população não entende o que lê. Conclusão Neste trabalho foi apresentado um panorama geral das pesquisas que tratam das Políticas Públicas de Leitura no Brasil. Foram destacadas as que discutiam as políticas públicas de incentivo à leitura. A análise dos trabalhos acadêmicos apresentados, embora não tenha sido ainda muito aprofundada e minuciosa, já mostra que existem lacunas nos estudos sobre as políticas públicas de incentivo à leitura. Embora existam muitos trabalhos relacionados à leitura, não foram encontrados estudos sobre os caminhos percorridos pelos Programas Federais de Incentivo à Leitura desde a intenção de sua criação até a sua concretização no âmbito escolar. Essa é uma das lacunas que se pretende preencher na Dissertação de Mestrado em andamento, ao analisar um dos Programas de incentivo à Leitura promovidos pelo Governo Federal: Literatura em Minha Casa. Na análise desse Programa, pretende-se enfocar as políticas de leitura na dimensão sócioantropológica, uma vez que esta possibilita a criação de estratégias de ação nos contextos macro e micro.
2368 Referências KOSIK, Karil. Dialética do Concreto. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1989. PERROTTI, Edmir. Confinamento cultural, infância e leitura. São Paulo: Summus, 1990. SERRA, Elizabeth D Angelo. Balanço FNLIJ 2002. Notícias, nº. 12 Volume 23 dezembro de 2002. SERRA, Elizabeth D Angelo. Leitura e Literatura Infantil: um olhar sobre a Cultura Brasileira. São Paulo: Dissertação (Mestrado). (s/d) Disponível em <http://www.minc.gov.br/ textos/olhar/literaturainfantil.htm>. Acesso em: nov. 2005. SOARES, Isabel. Políticas Sociais de Leitura no Brasil: Os Discursos do PROLER e PRÓ- LEITURA. Minas Gerais, 2000. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação/ Programa de Pós- Graduação em Educação.