Energia Solar no Brasil. 12/04/2012 Rio de Janeiro - RJ



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Transcrição:

Fórum Canalenergia/Cogen Potencial e Perspectivas da Energia Solar no Brasil O Processo da Regulação da Geração Distribuída Edvaldo Alves de Santana 12/04/2012 Rio de Janeiro - RJ

Objetivos e princípio Criar incentivos regulatórios Foco: Micro e Minigeração distribuída Fontes renováveis Princípio básico Menor potência, menos exigência! 2

Premissa básica Redução das barreiras regulatórias para GD Biomassa Solar Eólica GD <1MW Hídrica Cogeração Net Metering Solar Alteração <30MW na Res. 077 Aumentar desconto na TUSD e TUST De 50% para 80%

Consulta e Audiência Pública CP 15/2010 AP 42/2011 577 contribuições 403 contribuições 39 agentes 51 agentes Ideia do net metering Competência da ANEEL para regular o assunto (Procuradoria) 30% aceitas total ou parcialmente Menor exigência de pequenos geradores 4

Proposta de Resolução Definições: Sistema de Micro GD Mini GD compensação < 100 kw 100 1000 kw Net metering Fonte incentivada Fonte incentivada Para mini e micro GD Conectada na D com unidade consumidora Conectada na D com unidade consumidora 5

Proposta de Resolução Conexão rasa CUSD e CCD Net Metering Adesão por opção 240 dias PRAZO INICIAL: Distribuidoras adequarem sistemas comerciais e elaborarem de normas após publicação da Resolução 6

Proposta de Resolução Faturamento no Sistema de Compensação de Energia: Compensação do Excedente: 1. Outros postos horários (observada relação entre tarifas) 2. Meses Consumida subsequentes Injetada (até 36 meses) 3. Outras unidades do mesmo consumidor Líquido Mínimo: Custo de Disponibilidade (Grupo B) ou Demanda Contratada (Grupo A) Fatura = Líquido Líquido No mínimo: Custo de Disponibilidade (Grupo B) ou Demanda Contratada (Grupo A) Fatura = Mínimo 7

Proposta de Resolução Medição: Custos de adequação: Adequação: responsabilidade dos interessados Diferença entre o custo do Net Metering e o custo do medidor convencional responsabilidade d técnica da distribuidora ib id Dentro do prazo de vistoria Incorpora ao Ativo como Obrigações Esp. Distr. responsável por: operação, manutenção, eventuais substituições e adequações Especificações conforme PRODIST 8

Proposta de Resolução Comprovada irregularidade na medição os créditos de energia ativa gerados no período não poderão ser utilizados no sistema de compensação Consumidor responsável por danos ao sistema elétrico caso o dano seja devido à mini ou micro GD e não tenham sido observadas as normas e padrões da distribuidora 9

Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST Acesso de Micro e Minigeração Distribuída Etapas para viabilização do acesso Dados Necessários Distribuidora disponibiliza na internet a relação das informações necessárias para a solicitação de acesso e dados requeridos pela ANEEL para registro Registro na ANEEL Envio dos dados para registro da micro ou mini GD feito pela Distribuidora Acesso Etapas de Consulta de Acesso e Informação de Acesso não obrigatórias para mini e micro GD Parecer de Acesso emitido pela distribuidora, sem ônus para o acessante Caso necessários, estudos para integração da GD serão feitos pela distribuidora, sem ônus para o acessante 10

Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST Acesso de Micro e Minigeração Distribuída Critérios técnicos e operacionais Tensão de conexão: 100 kw BT 101 500 kw BT ou MT 500 kw MT Menor potência, menos exigência! Ponto de conexão: Micro GD o mesmo da unidade consumidora Mini GD único para a central geradora e unidade consumidora ficando na interseção das instalações de interesse restrito com o sistema de distribuição acessado Outros Exemplos: Micro GD redundância desnecessária se as proteções estiverem inseridas nos inversores Mini GD exigência de estudo de curto-circuito e de medidor de 4 quadrantes (não exigidos para Micro GD) 11

Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST Acesso de Micro e Minigeração Distribuída OperaçãoO ã da rede: Micro GD Relacionamento Operacional Sem contratos de geração Mini GD Acordo Operativo Sem contratos de geração 12

Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST Acesso de Micro e Minigeração Distribuída Prazos: 30 dias* 30 dias 15 dias 7 dias 82 dias Emissão do Parecer de Acesso Vistoria após solicitação do consumidor Entrega do Relatório de Vistoria Aprovação do ponto de conexão Efetivação da Conexão * Caso seja mini GD e haja necessidade de obras, o prazo é de 60 dias 13

Considerações finais Trata-se apenas de um primeiro passo regulatório São ótimas as perspectivas para a energia solar em todo o mundo O caso da Termosolar, com armazenamento, é um ótimo exemplo São naturais as restrições e barreiras à entrada o problema é novo É uma ótima saída para atendimento a sistemas isolados Vamos em frente 14

Muito Obrigado! edvaldo@aneel.gov.br (61) 2192-8604