PLANO DE SANEAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E MANEJO DE RESÍDUOS
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- Sophia Tuschinski Neves
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1 PLANODESANEAMENTODOSRESÍDUOSSÓLIDOSURBANOSE MANEJODERESÍDUOS CIVAP CONSÓRCIOINTERMUNICIPALDOVALEDOPARANAPANEMA 1
2 PLANODESANEAMENTODOSRESÍDUOSSÓLIDOSURBANOSEMANEJODERESÍDUOS A implementação da Política Municipal de Saneamento para os Resíduos Sólidos Urbanos, programaqueoraseapresenta,émaisumpassofundamentalnabuscadauniversalizaçãodas ações e serviços de saneamento ambiental nos municípios integrantes do Consórcio IntermunicipaldoValedoParanapanema,doraventedesignadoCIVAP,eregião. SegundoaLeiFederalNº11.445de05dejaneirode2007,otitulardosserviçospúblicosde saneamentobásicoformularáarespectivapolíticadesaneamentodevendo,paratanto: IelaborarosPlanosdeSaneamentoBásico,nostermosdestaLei; IIprestardiretamenteouautorizaradelegaçãodosserviçosedefiniroenteresponsávelpela suaregulaçãoefiscalização,bemcomoosprocedimentosdesuaatuação; III adotarparâmetrosparaagarantiadoatendimentoessencialàsaúdepública,inclusive quantoaovolumemínimopercapitadeáguaparaabastecimentopúblico,observadasas normasnacionaisrelativasàpotabilidadedaágua; IVfixarosdireitoseosdeveresdosusuários; Vestabelecermecanismosdecontrolesocial,nostermosdoincisoIVdocaputdoart.3 o da referidalei; VIestabelecersistemadeinformaçõessobreosserviços,articuladocomoSistemaNacional deinformaçõesemsaneamento; VII intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da entidade reguladora,noscasosecondiçõesprevistosemleienosdocumentoscontratuais. AreferidaLei,noseuArtigo19,determinaqueaprestaçãodeserviçospúblicosdesaneamento básicoobservaráplano,quepoderáserespecíficoparacadaserviçodedeveráabranger,no mínimo: I diagnósticodasituaçãoedeseusimpactosnascondiçõesdevida,utilizandosistemade indicadoressanitários,epidemiológicos,ambientaisesocioeconômicose,apontandoas causasdasdeficiênciasdetectadas; IIobjetivosemetasdecurto,médioelongoprazoparaauniversalização,admitidassoluções graduaiseprogressivas,observandoacompatibilidadecomosdemaisplanossetoriais; III programas,projetoseaçõesnecessáriasparaatingirosobjetivoseasmetas,demodo compatívelcomosrespectivosplanosplurianuaisecomoutrosplanosgovernamentais correlatos,identificandopossíveisfontesdefinanciamento; IVaçõesparaemergênciasecontingências; Vmecanismoseprocedimentosparaaavaliaçãosistemáticadaeficiênciaeeficáciadasações programadas. 2
3 1 o Osplanosdesaneamentobásicoserãoeditadospelostitulares,podendoserelaboradoscom baseemestudosfornecidospelosprestadoresdecadaserviço. 2 o Aconsolidaçãoecompatibilizaçãodosplanosespecíficosdecadaserviçoserãoefetuadas pelosrespectivostitulares. 3 o Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficasemqueestivereminseridos. 4 o Osplanosdesaneamentobásicoserãorevistosperiodicamente,emprazonãosuperiora04 (quatro)anos,anteriormenteàelaboraçãodoplanoplurianual. 5 o Seráasseguradaampladivulgaçãodaspropostasdosplanosdesaneamentobásicoedos estudosqueasfundamentem,inclusivecomarealizaçãodeaudiênciasouconsultaspúblicas. 6 o Adelegaçãodeserviçodesaneamentobásiconãodispensaocumprimentopeloprestador dorespectivoplanodesaneamentobásicoemvigoràépocadadelegação. 7 o Quandoenvolveremserviçosregionalizados,osplanosdesaneamentobásicodevemser editadosemconformidadecomoestabelecidonoart.14destalei. 8 o Excetoquandoregional,oplanodesaneamentobásicodeveráenglobarintegralmenteo territóriodoentedafederaçãoqueoelaborou. Combasenestalegislação,oCIVAPapresentanestedocumento,parteintegrantedoPlanode Saneamento Básico, o Plano de Saneamento dos Resíduos Sólidos Urbanos e Manejo de Resíduos,elaboradoporintermédiodosconceitoseparâmetrosenvolvidos,queconstituemo embasamentofundamentalparaoalcancedesoluçõesfactíveiseeficazes. ÉfundamentalcompreenderqueestePlanodeSaneamentodosResíduosSólidosUrbanosnão seencerracomaproduçãoepublicaçãodestetrabalho.oplanooraexpostoé,naverdade,um processoabsolutamentedinâmicodeplanejamentodasaçõeseserviçosdesaneamentodas cidadesdocivap.paratanto,éindispensávelummonitoramentopermanentedessasaçõese serviços,deformaquesejapossívelaprimorarasuagestão,atravésdaproduçãoedivulgação sistemática de dados e de informações atuais e confiáveis, da conseqüente geração de indicadoresedeíndicessetoriais,davalorizaçãoegarantiadocontroleedaparticipaçãopopular. EsseprocessoiráassegurarapermanenteatualidadedoPlanodeSaneamentodosResíduos SólidosUrbanoseManejodeResíduos,quedeverásofrerajustesemfunçãodeeventuais mudançasconjunturais. 3
4 SUMÁRIO 4
5 SUMÁRIO Introdução. CapítuloI:ConceituaçãodoSistemadeLimpezaUrbana I.1.ObjetodoEstudo I.2.AProblemáticadosResíduosUrbanos I.3.TiposdeProcessosdeAproveitamentodosResíduos I.4.AspectosLegais CapítuloII:DiagnósticodaSituaçãodoSistemaeseusImpactos II.1.CaracterizaçãodoMunicípio II.2.EstruturaAtualoSistema II.3.AvaliaçãodoModeloPraticado II.4.ImpactosAmbientais CapítuloIII:ObjetivoseMetasdoPrograma III.1.Objetivos III.2.AçõeseMetas III.3.AEstruturaparaaGestãodasAçõesPropostas Capítulo IV: Projetos para Implementação do Programa e Ações para Emergências e Contingências IV.1.ProjetodaLimpezaUrbana IV.2.EstimativadeInvestimentosdoProjeto IV.3.AçõesparaEmergênciaseContingências IV.4.Conclusões CapítuloV:ProcedimentosparaAvaliaçãodasAçõesProgramadas 5
6 INTRODUÇÃO 6
7 INTRODUÇÃO AelaboraçãodoPlanodeSaneamentoeManejodosResíduosSólidosUrbanosdosMunicípios integrantes do CIVAP exigiu a definição de uma metodologia capaz de diagnosticar satisfatoriamente o quadro do saneamento ambiental dessses município, no que tange aos resíduossólidos,edeproporaçõesaseremimplementadasnosentidodesebuscarasolução gradualeglobaldascarênciasdesteserviçonacidade.dessaforma,ametodologiautilizadanas diversasetapasincluiutantoatomadadedecisõesrelativasaaspectosconceituais,quantoo desenvolvimentodetrabalhosespecíficoseinterdisciplinares. ComaatribuiçãodeelaborarestePlano,foiconstituídoumgrupodetrabalhocompostopor representantesdosórgãosdocivapedasprefeiturasmunicipaisafetosaosaneamento,sob coordenaçãodosetorderesíduossólidos,responsávelpelosuportetécnico. Inicialmentee,parasubsidiaroconhecimentodosserviçosdesaneamentonomunicípio,foi elaboradodiagnósticosetorialrelativoaosresíduossólidos.essediagnósticofoiproduzidocom basenosdadoseinformaçõesdisponíveisnosdiversosórgãosdasadministraçõesmunicipaisdo Consórcio. Além da elaboração deste diagnóstico, foi realizada uma síntese dos planos e programas prioritáriosdosexecutivosmunicipaisqueincluemocomponentesaneamento,possibilitando assimumaanálisemaisabrangentedarealidademunicipal. Acrescentese,ainda,aconstataçãoimportantedapossibilidadedeatualizaçãopermanentedo bancodedadosgeradordoindicadorescolhido,desdequesemantenhaadecisãopolítica,a unidade de propósitos e a disposição das instituições envolvidas na produção do Plano de SaneamentodosResíduosSólidosUrbanosque,conformeojáressaltado,deveserencaradonão como um documento acabado, mas como um processo em constante transformação e aperfeiçoamento. LembramosqueesteestudoésetorialdoPlanodeSaneamentoBásicoesuaincidênciano contextogeral,podeserverificadapelaconstruçãodoisa(índicedesalubridadeambiental),que assumeumavariaçãoteóricadezeroaum,sendoque,quantomaispróximodaunidade,melhor éarealidadedoatendimentopordeterminadaaçãoouserviço,menoréacarência,menorsãoos riscossanitáriosou,maisambientalmentesalubrearegiãoavaliada. Assim,oISA,naprimeiraversãodoPlanodeSaneamentoBásico,poderáassumiraseguinte formulação: Temseque: ISA=[Iab]x0,05+[Ies]x0,45+[Irs]x0,35+[Idr]x0,05+[Icv]x0,10 Iab:ÍndicedeAbastecimentodeÁgua Ies:ÍndicedeEsgotamentoSanitário Irs:ÍndicedeResíduosSólidos 7
8 Idr:ÍndicedeDrenagemUrbana Icv:ÍndicedeControledeVetores Como se pode verificar nesta formulação, os serviços com maiores pesos são os que, pela ineficiência,poderãocausarmaioresimpactosambientais.ográficoaseguirilustraaponderação dosserviçospúblicosadotadaparaadeterminaçãodoisa. Índice de Saneamento Básico Controle de Vetores; 10,00% Abastecim ento de Água; 5,00% Drenagem Urbana; 5,00% Resíduos Sólidos; 35,00% Esgotam ento Sanitário; 45,00% Abastecim ento de Água Es gotam ento Sanitário Res íduos Sólidos Drenagem Urbana Controle de Vetores Por este trabalho ser parte integrante de um Plano de Saneamento Básico, os demais componentes(abastecimentodeágua,esgotamentosanitárioedrenagem)earesponsabilidade pelodesenvolvimentodosrespectivosestudosficarãoacargodosdemaissetores. TendoemvistaaimportânciadeseproduziraprimeiraversãodoPlanodeSaneamentode ResíduosSólidosUrbanos,optousepelaconstruçãodoIrs(ÍndicedeResíduosSólidos)que mediráaamplitudedoatendimentodalimpezaurbana,emrelaçãoàpopulaçãodomunicípio. Entendemosqueesseíndicedeveassumirumavalorizaçãosignificativa,quecorrespondeaum pesode0,35,tendoemvistaanecessidadedeexpansãodosserviçosdecoletadelixonacidade, principalmentenaárearuralenorespectivotratamentonadestinaçãofinal.oindicadorde coberturaporcoletadelixodomiciliar(icl)éexpressopelapopulaçãoatendidacomoserviçode coletaemrelaçãoàpopulaçãototaldaáreaconsiderada,formuladopelaseguinteexpressão: Sendo: IndicadordeCobertura(Icl)=Pcl/Pt Pcl:populaçãoatendida,naáreaconsiderada,comcoletadelixoportaàporta; Pt:populaçãototaldaáreaconsiderada. 8
9 Colocadas essas considerações, estruturouse este trabalho em cinco capítulos, cujos temas atendemàsrecomendaçõesdaleifederalnº11.445,quaissejam: CapítuloI ConceituaçãodoSistemadeLimpezaUrbana; CapítuloII DiagnósticodaSituaçãodoSistemaeseusImpactos; CapítuloIII ObjetivoseMetasdoPrograma; Capítulo IV Projetos para Implementação do Programa e Ações para Emergências e Contingências; CapítuloV ProcedimentosparaAvaliaçãodasAçõesProgramadas. 9
10 CAPÍTULOI:CONCEITUAÇÃODOSISTEMADELIMPEZAURBANA 10
11 CAPÍTULOI:CONCEITUAÇÃODOSISTEMADELIMPEZAURBANA Arealidadesocialmundialebrasileiraidentificaacrescenteurbanizaçãocomoumprocessode aumentodonúmerodecidadesoudeinchaçohorizontaldasjáexistentese,apontaparaa necessidadedeserestabelecidaumapolíticaadministrativacujagestãoestejaconectadaàs exigênciasdecorrentesdestasaglomeraçõesurbanas. Aestruturadosserviçospúblicosdevesefundamentarnumaanáliseprecisaeconcludenteque caracterizeoníveldeadensamentoededistribuiçãodasdiversasáreasdoespaçofísicourbano, especialmentenoatendimentodasnecessidadesrelacionadasàágua,aoesgotoeàlimpeza urbana. ParaefeitodaLeiFederalNº11.445de05dejaneirode2007,alimpezaurbanaemanejode resíduossólidoséoconjuntodeatividades,infraestruturaseinstalaçõesoperacionaisdecoleta, transporte,transbordo,tratamentoedestinofinaldolixodomésticoedolixooriginárioda varriçãoelimpezadelogradouroseviaspúblicas. Afimdequepossamserantevistasassoluções,sãoabordadosaseguirosprincipaisaspectosda limpezaurbana,noqueconcerneàcoletae,principalmente,aotratamentoeeliminaçãodos resíduosurbanos. Nessascondiçõesdestacamseosseguintesassuntos: ObjetodoEstudo; AProblemáticadosResíduosUrbanos;e AspectosLegais. 11
12 I.1 OBJETODOESTUDO EsteestudodoPlanodeSaneamentodosResíduosSólidosUrbanoseseusrespectivosManejos, conforme as diretrizes indicadas na Lei Federal Nº de 05 de janeiro de 2007, irá diagnosticareestabelecerumnovoprojetoparaascidadespertencentesaocivap,notemaque setratasobrearemoçãodelixoelimpezaurbana. Oobjetivoprincipaldeseteraregularremoçãodelixogeradopelacomunidadeéodeevitara multiplicação de vetores geradores de doenças, tais como: ratos, baratas e moscas, que encontramnosresíduosdescartadosascondiçõesideaisparasedesenvolverem.quandoolixo nãoécoletadoregularmente,osefeitossobreasaúdepúblicasóaparecemumpoucomaistarde e,quandoasdoençasocorrem,nemsempreestãoassociadasàpoluição. D AlmeidaeVilhena(2000)apontamalgumasdificuldadesenfrentadaspelosadministradoresna gestãodelimpezaurbanamunicipal,como: inexistênciadeumapolíticabrasileiradelimpezapública; limitações de ordem financeira, como orçamentos inadequados, fluxos de caixa desequilibrados,tarifasdesatualizadas,arrecadaçãoinsuficienteeinexistênciadelinhasde créditoespecíficas; deficiêncianacapacitaçãotécnicaeprofissional dogariaoengenheirochefe; descontinuidadepolíticaeadministrativa; ausênciadecontroleambiental. Tambémsesalientaqueparaqueacidadepermaneçalimpadeveexistirumbomrelacionamento entreaprefeituraeapopulação,comresponsabilidadedeambasaspartes: Sãodeveresdaadministraçãomunicipal: adotarasprovidênciasparaquetodososcidadãossejamatendidospelacoletaderesíduos domiciliares; assegurarparaqueosveículoscoletorespassemregularmentenosmesmoslocais,diase horáriose, divulgarcomadevidaantecedência,oprogramadecoletadosresíduosdomiciliares,bem como,deoutrostiposderesíduos. Sãodeveresdoscidadãos: colocarosresíduosemlocaisdefácilacessoaoscaminhõesdacoleta,acondicionadosem sacosplásticosfechados,evitandoassimoacessodeinsetos,roedoreseoutrosanimais; colocarosresíduosnoscontêineresparaqueaprefeiturarealizeacoletamecanizadados mesmos; 12
13 saber a hora aproximada em que o serviço de coleta será executado para colocar os recipientescontendoosresíduos,nodiaehoraprogramados,comnomáximoduashorasde antecedência; disporosrecipientesemlocaisforadealcancedosanimais,comoporexemplo:sobreomuro ousobrelixeiras,oqueevitaráoespalhamentodosresíduosnopasseiopúblicoe, acondicionar adequadamente objetos cortantes, especialmente, garrafas e lâmpadas quebradas. Assim,acreditaseserdefundamentalimportânciainvestigarquaissãoosprincipaisdesafios logísticosenfrentadospelosadministradoresdosserviçosdelimpezaurbana,especificamentena operaçãodacoleta,transporteetratamentodosresíduossólidosurbanos. Paratanto,inicialmenteapresentaseumaexplanaçãoteóricaarespeitodaclassificaçãodos resíduossólidosurbanos(rsu). 13
14 1.AClassificaçãodoLixo Considerandoseolixoquantoàsuanaturezaeestadofísico,podeseclassificálodaseguinte forma:sólido,líquido,gasosoepastoso.quantoaocritériodeorigemeprodução,podese classificálo como: residencial, comercial, industrial, hospitalar, especial e outros, independentementedepertenceremaoobjetodesteestudo. SegundoaNBR10004/04,avaliandoograudepericulosidadedosresíduossólidos,ouseja,os riscospotenciaisaomeioambienteeàsaúdepública,osmesmospodemserclassificadosem: a)resíduosclasseiperigosos OsResíduosClasseI Perigosossãoaquelesqueapresentampericulosidadeecaracterísticas como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. Um resíduo é consideradoinflamávelquandoesteforumlíquidocompontodefulgorinferiora60ºc,quando não for líquido, mas for capaz de produzir fogo por fricção, absorção de umidade ou por alteraçõesquímicasnascondiçõesdetemperaturaepressãode25ºce1atm,ouquandoforum oxidante,assimentendidocomosubstânciaquepodeliberaroxigênioouserumgáscomprimido inflamável. UmresíduoécaracterizadocomocorrosivoseesteforaquosoeapresentarpHinferiorouiguala 2ousuperiorouiguala12,5,ousuamisturacomágua,naproporçãode1:1empeso,produzir umasoluçãoqueapresentephinferiora2ousuperiorouiguala12,5,forlíquidaouquando misturadaempesoequivalentedeágua,produzirumlíquidoecorroeroaçoaumarazãomaior que6,35mmaoano,aumatemperaturade55ºc. Umresíduoéconsideradocomoreativoseelefornormalmenteinstávelereagirdeforma violenta e imediata, sem detonar, reagir violentamente com a água, formar misturas potencialmenteexplosivascomaágua,gerargases,vaporesefumostóxicosemquantidades suficientesparaprovocardanosàsaúdepúblicaouaomeioambiente,quandomisturadoscoma água,possuírememsuaconstituiçãoosíonscnous2emconcentraçõesqueultrapassemos limitesde250mgdehcnliberávelporquilogramaderesíduoou500mgdeh2sliberávelpor quilogramaderesíduo,quandoforcapazdeproduzirreaçãoexplosivaoudetonantesobaação de forte estímulo, ação catalítica ou temperatura em ambientes confinados, for capaz de produzir,prontamente,reaçãooudecomposiçãodetonanteouexplosivaa25ºce1atm,for explosivo,assimdefinidocomoumasubstânciafabricadaparaproduzirumresultadoprático, atravésdeexplosãoouefeitopirotécnico,estejaounãoestasubstânciacontidaemdispositivo preparadoparaestefim. Umresíduoécaracterizadocomopatogênicoseumaamostrarepresentativadelecontiverou houver suspeita de conter, microorganismos patogênicos, proteínas virais, ácidos desoxiribonucléico(adn)ouácidoribonucléico(arn)recombinantes,organismosgeneticamente modificados,plasmídios,cloroplastos,mitocôndriasoutoxinascapazesdeproduzirdoençasem homens,animaisouvegetais. 14
15 b)resíduosclasseii NãoPerigosos ResíduosClasseIIA NãoInertes:sãoaquelesquenãoseenquadramnasclassificaçõesde resíduosclasseiouderesíduosclasseiib.osresíduosclasseiiapodemterpropriedades taiscomo:biodegradabilidade,combustibilidadeousolubilidadeemágua. Resíduos Classe II B Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa,segundoaabntnbr10007,esubmetidosaumcontatodinâmicoeestático comáguadestiladaoudeionizada,àtemperaturaambiente,conformeabntnbr10006,não tiveremnenhumdeseusconstituintessolubilizadosaconcentraçõessuperioresaospadrões depotabilidadedeágua,excetuandoseaspecto,cor,turbidez,durezaesabor,conforme AnexoGdareferidanorma. c)classificaçãodolixodeacordocomasuaorigem: Olixotambémpoderáserclassificado,deacordocomasuaorigem,istoé:lixocomercial,de varriçãoefeiraslivres,serviçosdesaúdeehospitalares,portos,aeroportoseterminaisferroe rodoviários,industriais,agrícolas,entulhoseosresíduossólidosdomiciliaresurbanos. Lixocomercial É aquele originado dos diversos estabelecimentos comerciais, tais como, supermercados, estabelecimentosbancários,lojas,bares,restaurantes,etc.olixodestesestabelecimentose serviçostemumfortecomponentedepapel,plásticos,embalagenseresíduosdeasseiosdos funcionários,taiscomo,papéistoalha,papelhigiênicoetc. Lixopúblico Sãoaquelesoriginadosdosserviçosdelimpezapúblicaurbana,incluindotodososresíduosde varriçãodasviaspúblicas,limpezadepraias,degalerias,deesgotos,decórregosedeterrenos, restosdepodasdeárvoresedefeiraslivres. Lixohospitalar Constituemosresíduossépticos,ouseja,quecontêmoupotencialmentepodemcontergermes patogênicos.sãoproduzidosemserviçosdesaúde,taiscomo:hospitais,clínicas,laboratórios, farmácias,clínicasveterinárias,postosdesaúdeetc.sãoagulhas,seringas,gazes,bandagens, algodões,órgãosetecidosremovidos,meiosdeculturaseanimaisusadosemtestes,sangue coagulado,luvasdescartáveis,remédioscomprazosdevalidadevencidos,instrumentosderesina sintética,filmesfotográficosderaiosx,etc. Resíduosassépticosdesteslocais,constituídosporpapéis,restosdapreparaçãodealimentos, resíduosdelimpezasgerais(pós,cinzasetc.),eoutrosmateriaisquenãoentramemcontato diretocompacientesoucomosresíduossépticosanteriormentedescritos,sãoconsiderados comodomiciliares. 15
16 Lixodeportos,aeroportos,terminaisrodoeferroviários Constituemosresíduossépticos,ouseja,aquelesquecontêmoupotencialmentepodemconter germespatogênicos,trazidosaosportos,terminaiseaeroportos.basicamente,originamsede materialdehigiene,asseioerestosdealimentaçãoquepodemveiculardoençasprovenientesde outrascidades,estadosoupaíses. Lixoindustrial É aquele originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais como, metalúrgica, química,petroquímica,papelaria,alimentíciaetc.olixoindustrialébastantevariado,podendo serrepresentadoporcinzas,lodo,óleos,resíduosalcalinosouácidos,plásticos,papel,madeira, fibras,borracha,metal,escórias,vidros,cerâmicasetc.nestacategoria,incluiseagrandemaioria dolixoconsideradotóxico. SegundodadosdaOrganizaçãoparaaCooperaçãoeoDesenvolvimentoEconômico(OCDE),são produzidoscercade50milhõesdetoneladasderesíduosperigososanualmenteeasnações desenvolvidassãoresponsáveispor90%dageraçãodessetipoderesíduo. AResoluçãodoCONAMAnº06(federal 15/06/88)exigequeasempresasmantenhamum inventário dos resíduos gerados nos processos produtivos. Estes devem ser submetidos às agênciasambientaisnumafreqüênciaanual,segundoaclassificação(resíduosclassei,iieiii),de acordocomanbr ANBR10004tambémdisponibilizaumalistaderesíduosecontaminantesperigosos.Emalguns casos,deacordocomanbr10005,podemsernecessáriostestesdelixiviaçãoparadeterminare classificarosresíduos. Lixoagrícola Sãoosresíduossólidosdasatividadesagrícolasedapecuária,comoembalagensdeadubos, defensivosagrícolas,raçãoetc.emváriasregiõesdomundo,estesresíduosjáconstituemuma preocupaçãocrescente,destacandoseasenormesquantidadesdeestercoanimalgeradasnas fazendasdepecuáriaintensiva.tambémasembalagensdeagroquímicosdiversos,emgeral altamentetóxicos,têmsidoalvodelegislaçãoespecífica,quedefineoscuidadoscomasua disposiçãofinale,porvezes,coresponsabilizandoaprópriaindústriafabricantedestesprodutos. Lixoentulho Sãoosresíduosdaconstruçãocivil:demoliçõeserestosdeobras,solosdeescavaçõesetc.O entulhoégeralmenteummaterialinerteepassíveldereaproveitamento. Lixodomiciliar Éaqueleoriginadodavidadiáriadasresidências,constituídoporrestosdealimentos(taiscomo, cascasdefrutas,verdurasetc.),produtosdeteriorados,jornaiserevistas,garrafas,embalagens emgeral,papelhigiênico,fraldasdescartáveiseumagrandediversidadedeoutrositens.contêm, ainda,algunsresíduosquepodemserpotencialmentetóxicos. 16
17 Qualquermaterialdescartadoquepossaporemriscoasaúdedohomemouomeioambiente, devidoàsuanaturezaquímicaoubiológica,éconsideradoperigoso. No lixo municipal são grandes as variedades de produtos com substâncias que conferem característicasdeinflamabilidade,corrosividade,óxidoreduçãooutoxidade. Pilhas, lâmpadas fluorescentes e frascos de aerossóis estãopresentes no lixo municipal em quantidadessignificativamentemaioresemrelaçãoaoutrosresíduospotencialmenteperigosos, principalmente,emcidadesdemédioegrandeporte.aspilhaseaslâmpadasfluorescentessão classificadas como resíduos perigosos por terem metais pesados que podem migrar e vir a integraracadeiaalimentardohomem. Ofatodosfrascosdeaerossóisseremclassificadoscomoresíduosperigososnãosedáemface dassuasembalagens,massimemfacedosrestosdesubstânciasquímicasqueessascontêm quandodescartadas.comorompimentodofrasco,essassubstânciaspodemcontaminaromeio ambiente,migrandoparaaságuassuperficiaise/ousubterrâneas. 17
18 2.AComposiçãodoLixo Acomposiçãofísicaequímicadolixo,assimcomoasdemaiscaracterísticasresultadasanálisese determinaçõesdescritasnositensanteriores.estesmétodossãorecomendadospororganizações internacionaiscomooinstituteofsolidwastedaamericanpublicworksassociationapwa. Aindicaçãodestasnormaséumatentativadepadronizaçãoquealgunsespecialistasemlimpeza pública recomendam no sentido de reduzir as incertezas nas análises e na formulação das composiçõesdolixo.dessemodo,éimportanteseguirestanormatizaçãoparaque,emfuturo próximo,sejapossívelobterresultadosmaisconsistentesehomogêneos. Talcomposiçãofísicaequímicadolixodeveráserrealizadacomestritaobediênciaàsinstruções técnicasdacompanhiadetecnologiadesaneamentoambiental CETESB,emsuapublicação: ResíduosSólidosDomésticos:TratamentoeDisposiçãoFinal. Oprincípiobásicodessaanáliseconsistenaclassificaçãodosbairrosdeacordocomasclassesde renda familiar, obtendose amostras com o emprego da fórmula estatística que expressa o teoremacentraldamédiadasamostras,edefineotamanhodaamostra,cujaexpressãoéa equaçãoquesesegue: N=((ZxDP)/E)**2 NestaequaçãotemsequeNéotamanhodaamostraexpressaemnúmeroderesidênciasa seremamostradas,zéointervalodeconfiançaquesedesejaobterporamostragem,dpéo desviopadrãodouniversodasentidadesdeondeserãoobtidasasamostras,expressoemvalores percentuaisdamédiae,eéofatordeerro,paramaisouparamenos,quepodeseradmitidono valordevariávelmensurada. Osprocedimentosbásicosnormalmenteadotadosparaacaracterizaçãoqualitativagravimétrica dosresíduossólidosdomiciliaresestãoaseguirdescritos: descarregamentodosveículoscoletoresempátiocoberto; separação de uma amostra inicial com, aproximadamente, 300 kg, formada de resíduos retiradosdediversospontosdolixodescarregado; rompimentodossacosplásticoserevolvimentodolixo(homogeneização); execuçãodoquarteamento,queconsisteemrepartiraamostraderesíduoemquatromontes deformahomogênea,escolhendosedoismontesdemaiorrepresentatividade; mistura e revolvimento dos montes escolhidos e execução de novo quarteamento, escolhendosedoismontessignificativosparaquesejaefetuadaatriagem.atriagemserá realizadaseparandoseosseguintescomponentes:papel,papelão,madeira,trapos,couro, borracha,plásticoduro,plásticomole,metaisferrosos,metaisnãoferrosos,vidro,entulhoe alumínio; osmateriaisorgânicosserãodeixadossobreosoloepesadosaotérminodaoperaçãoe 18
19 pesagemdoscomponentescomumabalançadesensibilidadede100gramas. Apósotérminodessasatividadesdecampo,osdadosdepesagemobtidosserãotabuladose, para equacionar corretamente o serviço de limpeza pública, fazse necessário conhecer as característicasdolixo,quesãovariáveisconformeacidade. Esta variabilidade se dá em função de fatores como, por exemplo, a atividade dominante (industrial,comercial,turísticaetc.),oshábitosecostumesdapopulação(principalmentequanto àalimentação),oclimaearenda. Estasvariaçõesacontecemmesmodentrodeumacidade,deacordocomobairroconsideradoe, também podem se modificar durante o decorrer do ano ou de ano para ano, tornando necessárioslevantamentosperiódicosparaatualizaçãodedados. Ascaracterísticasdolixopodemserdivididasemfísicas,químicasebiológicas(SUCEAM,1994). Característicasfísicas Composição gravimétrica, peso específico, teor de umidade, compressividade e geração per capita. Composiçãogravimétrica Éopercentualdecadacomponenteemrelaçãoaopesototaldolixo. Pesoespecífico Éarelaçãoentreopesodolixoeovolumeocupado,expressoemKg/m3.Suadeterminaçãoé fundamentalparaodimensionamentodeequipamentoseinstalações.opesoespecíficopoderá variardeacordocomacompactação. Teordeumidade Éumacaracterísticadecisiva,principalmentenosprocessosdetratamentoedisposiçãofinal,bem como para a avaliação do poder calorífico. Varia muito em função das estações do ano e incidênciadechuvas. Compressividade Indicaareduçãodevolumequeamassadelixopodesofrer,quandosubmetidaàdeterminada pressão.acompressividadesituaseentre1:3e1:4paraumapressãoequivalentea4kg/cm2. Estesdadossãoutilizadosparaodimensionamentodosequipamentoscompactadores. Geraçãopercapita Relacionaaquantidadedelixogeradodiariamenteeonúmerodehabitantesdedeterminada região.nobrasil,segundoaabrelpe,noestudo PanoramadosResíduosSólidosnoBrasil 2006,afaixamédiadevariaçãoéde0,4a1,1kg/habitante/dia,dependendodaquantidadede habitantes.jánoestudofeitopeloministériodascidadesnoanode2006,amédiadegeração 19
20 percaptaparacidadesdafaixa3depopulação,queéoobjetodopresenteestudo,foide0,92kg pordia. Característicasquímicas Definiçãodetratamentos,graudedegradaçãodamatériaorgânicaeteorcalorífico. Dadosparadefiniçãodetratamentos Teoresdecinzastotaisesolúveis,pH,matériaorgânica,carbono,nitrogênio,potássio,cálcio, fósforoegorduras. Graudedegradaçãodamatériaorgânica Relaçãocarbono/nitrogênioouC/Nqueindicaograudedegradaçãodamatériaorgânicaeéum dosparâmetrosbásicosparaacompostagem. Podercalorífico Indicaacapacidadepotencialdeummaterialdesprenderquantidadedecalorquandosubmetido àqueima. Característicasbiológicas Éoestudodapopulaçãomicrobianaedosagentespatogênicospresentesnolixourbano. ParaefeitodeestudonestePlanodeSaneamentodosResíduosSólidosseráutilizadocomo parâmetroacomposiçãogravimétricaapropriadanolixodacidadedesãocarlos,poresta possuiromesmoporteecaracterísticadeassis,realizadaem1989.(fonte:zaninemancini,2004). Essa análise gravimétrica indicou que os principais componentes dos Resíduos Sólidos Domiciliaressão:amatériaorgânicacom56,7%,opapeleassemelhadoscom21,3%,oplástico com8,5%,metalcom5,4%evidroscom1,4%.estesúltimos,juntamentecomoutrosdemenor peso,formamosdenominadosmateriaisrecicláveisoumateriaispassíveisdereciclagem. Observouse, nestes últimos anos, um grande avanço na separação de materiais recicláveis efetuados por associações civis, religiosas, condomínios, empresas públicas e privadas e principalmentepeloscatadoresderua. Oestímulomaiorparaqueissoocorressefoiáelevaçãodospreçosdessesmateriaisnomercado comprador,oquedeterminouamelhorremuneraçãodotrabalhoderecolhimentoeestocagem dessesprodutos.salientaseaindaqueoincrementonacoletademateriaisrecicláveisdeveuse também ao surgimento de um contingente cada vez maior de catadores de rua, face ao desempregoexistente,provocadopelasituaçãoeconômicofinanceiraqueatravessamascidades doestadodesãopaulo. Essaatividade,disseminadaentrediversossetoresdasociedade,jáapresentaefeitosobrea composiçãodosresíduossólidosdomiciliares,alémdetercontribuídoparaquehouvesseuma diminuiçãonaquantidadecoletada,nosúltimosanos. 20
21 Assim,aseparaçãodosmateriaisrecicláveisreduzapresençadoscomponentescorrespondentes norsdprovocandoumacréscimonopercentualdematériaorgânicasemquehajamotivo aparente,ouseja,umaumentodaquantidadeempesodamatéria. Valedizer,opercentualdematériaorgânicavemsofrendoainfluênciadeduasvariáveis,de formaantagônica,poisdeumladotemseumatendênciadediminuiçãodopercentualdevidoàs alteraçõesdehábitosdeconsumoedeoutroseverificaatendênciadecrescimentodevidoà separaçãodosrecicláveisantesdacoleta. 21
22 I.2APROBLEMÁTICADOSRESÍDUOSURBANOS Natentativaderetrataraproblemáticadosresíduosurbanos,enfocandotantoasnecessidades regionais de processamento e disposição final, quanto o potencial de recuperação destes, recentestrabalhostêmsedestinadoaolevantamentoeàcompilaçãodedadosreferentesaesta questão. Aconsistênciadedadosextraídosdefontesdiversasconstituiumaprimeirapreocupaçãoquando seanalisaaquestãodosresíduossólidos.nestesentido,osdadosaquiapresentadossofreramum intensotratamento,comváriaschecagensecruzamentodeinformaçõesdefontesdiversas,oque nãosignificaumafielrepresentaçãodarealidade,massimumamelhoraproximação.apósa homogeneizaçãodosdados,foipossívelamontagemdeumconjuntoagregadodeinformações quepermite,senãoconcluiracercadaquestão,pelomenospercebersuagravidade. Quantoaosdadospopulacionais,adetecçãodediferençasentreosdadosobtidosatravésdas pesquisaseestimativasdoibgepermiteconstatarasincertezasassociadastambémaesses levantamentos. Umadificuldadeadicionalcomrelaçãoaosdadoslevantadossurgeaosetentaratribuirníveisde confiabilidadeparaquaisquerdasfontesutilizadas. Tomandose,porexemplo,asestimativasdoIBGE,notasequeadespeitodahomogeneidade metodológica,estasestimativasnãoconseguemcaptaralteraçõespopulacionaisdecurtoemédio prazo,induzidaspormudançasestruturaisefuncionaisemumadadaregião.poroutrolado,os dadosfornecidosporentidadesestaduaisoumunicipaisapresentamcomoprincipalcausade distorções,asdiferençasmetodológicasedequalidadeouconfiabilidadedoslevantamentos. Comrelaçãoaosdadosderesíduosurbanos,osproblemasvãodesdeaprópriaconceituaçãode lixourbano,atéaprecariedadedascondições,materiaisehumanas,encontradasnasexecuções doslevantamentos. Quantoàabrangênciadaamostragem,noquedizrespeitoaopercentualdapopulaçãourbana regionalinseridanoscentrospesquisados,osdadosapresentadosnareferidapesquisatêmuma significativarepresentatividade. Nestefinaldedécada,ageraçãoderesíduosvemtomandoproporçõesassustadorasemfunção doshábitos,cadavezmaisreforçados,dachamadasociedadedeconsumo,quevêemcom absolutanaturalidadeeimparcialidade,asubstituiçãomassificadadeprodutosebensduráveis poroutrosdescartáveis. Aliadaaodescarte,afaltaderacionalidadenoestabelecimentodetecnologiasdeprodução,no usodeenergia,dematériasprimas,derecursosnãorenováveisedetodaasortedemateriais, compõemumtristequadrodecontraste. Acrescenteseàausênciadeumapolíticaespecíficaparaosresíduosurbanos,umalegislação deficienteeaformaçãoinsatisfatóriadeprofissionaisparaosetor,pararelegaraquestãodos resíduosaoúltimograudeprioridadenasdiscussõesadministrativasmunicipaiseestaduais. 22
23 Para a superação deste cenário e em consonância com os princípios do desenvolvimento sustentáveldevesebuscaraimplantarumsistemaquepossapromoverasegregaçãonasfontes geradoras, visando a minimizar os efeitos ambientais negativos decorrentes da geração dos resíduoseámaximizarosbenefíciossociaiseeconômicosparaomunicípio. Estapolíticadegerenciamentodosresíduosincentivaaparticipaçãopopularnadiscussãoe implantaçãodeváriasações,reservandoaopoderpúblicoopapeldearticuladordesoluções integradasporintermédiodeparceriascomsetoresdasociedadecivil,empresarialetecnológica. Ultimamente os municípios têm procurado adotar um Programa de Manejo Integrado e diferenciadodosresíduos,queviabilizaageraçãodenovosempregos,permitedescentralizaro tratamentoe,nestescasos,reduzopercursodetransportedolixodentrodomunicípio.o Programavisaaomáximoaproveitamentodosmateriaiscomasuareintroduçãonosistema produtivoatravésdareciclagem,ouretornandoosaomeioambientedeformarecuperadora. Levantamentosrealizadosemusinasdecompostagemdelixoapontamque,emmédia,depoisde devidamenteprocessado,chegaseaumaproduçãodecompostoorgânicodaordemde40%da quantidadeinicialdelixochegadaàusina.até12%dototalderesíduospodemserrecicladosem indústriasdepapel,metais,plásticosevidros. Écertoqueacomposiçãodolixovariademunicípioparamunicípio,porém,seumapartedeste lixoforutilizadaemproduçãodecompostoorgânicoeoutrarecicladaemindústria,ovolume finalcomdestinoaaterrossanitáriosserábastantereduzido. NocasodosmunicípiosaderentesaoCIVAP,comocrescimentodacidade,odesafiodalimpeza urbananãoconsisteapenasemremoverolixodelogradouroseedificações,mas,principalmente, emdarumdestinofinaladequadoaosresíduoscoletados. Peranteograndevolumedelixorecolhido,observasecadavezmaisadificuldadenotratamento enadisposiçãodosresíduossólidos.paraenfrentarestesproblemas,omunicípioconstruiuo AterroSanitário,ondesepreviuainstalaçãodeunidadesespecíficasdetratamentodosresíduos classeii. Quando se fala em geração de resíduos, um dos principais problemas relacionados é a desfiguraçãodapaisagem,infiltraçãodechorume,comaconseqüênciadapoluiçãodosrecursos hídricos,sejamsuperficiaisousubterrâneos,semcontaraindacomaemanaçãodegazesea proliferaçãodeinsetosevetores. OcrescimentoaceleradodaregiãodoMédioParanapanemae,aomesmotempo,amudançano consumodoscidadãostambémsãofatorescomunsnaquestãodageraçãoderesíduos,oquevem gerandoumlixomuitodiferentedaquelequeascidadesproduziamhá30anos.olixoatualé diferenteemquantidadeequalidade,emvolumeeemcomposição.sabeseque,comoaumento consideradodapopulação,surgeánecessidadeporingestãoeutilizaçãodeágua,oqueacarreta aumentonaliberaçãodeesgoto,geraçãoderesíduossólidos,ecomissoocomprometimentodos serviçosdesaneamentoambiemtal. 23
24 Muitosetemouvidofalaremsustentabilidadenosdiasatuais,eemboraamaiorpartedas abordagens,atéagora,tenhaprivilegiadooimpactonomeioambiente(biodiversidade,nívelde tolerânciadanaturezaedosrecursos),estacomeçaamudar(ouaserampliada),especialmente nospaísesnãodesenvolvidos,entreelesobrasil,devidoànecessidadedepriorizaçãotambémde aspectoseconômicos,sociaiseculturais. Quantoàreciclagem,dopontodevistaeconômico,segundo(CALDERONI,2003:319),nãoreciclar significadeixardeauferirrendimentosdaordemdebilhõesdereaistodososanos.segundoo mesmoautor,aeconomiadematériaprimaconstituioprincipalfatordeeconomia,seguidada economiadeenergiaelétrica. Edopontodevistasocial,atecnologiadereciclageméapontadacomoumadasalternativaspara ageraçãodeempregoerenda.oresultadoéquealémdaeconomiadematériaprimaeenergia naproduçãodenovosagregados,ousoeareciclagemderesíduosdaconstruçãoedemolição proporcionam novas oportunidades de emprego para uma parcela da população que freqüentementeéexcluída,quepassaaseorganizaremgruposeefetivamenteagerarrenda, tanto na coleta (catadores) quanto em cooperativas de reciclagem (na produção de novos materiaisecomponentes).éinegável,portanto,obenefíciotrazidoparaaindústria,sucateiros, carrinheirosecatadoresemgeral. Nos municípios participantes do CIVAP algumas iniciativas, particularmente parcerias entre secretariasgovernamentaiseainiciativaprivada,têmsidotomadasparaminimizarosdanos causadospelosseusresíduos.estasiniciativas,aindaemestágioinicial,buscamaadequaçãodas atividadesdecoleta,transporteedisposiçãodosresíduosurbanos,alémdeinúmerosbenefícios sociais, ambientais, econômicos, políticos e de direitos humanos, e apesar de serem muito importantes,sãoaindainsuficientesparaaresoluçãodoproblema,querequeremcaráterde urgênciaodesenvolvimentoeaimplantaçãodeumplanointegradoderesíduossólidosparaa cidade,tendoemvistaaintegraçãodetodososagentesenvolvidosnoprocesso. Naquestãodosresíduosdaconstruçãocivil,atualmenteosresíduosproduzidosnaconstrução civil,quandonãoutilizadoscomocapeamentodeviasmunicipais,têmosseguintesdestinos: aterroselixõesou,nocasodomunicípiuoderancharia,oaterrodeinertes.issoquandonãosão depositadosemlugaresimpróprios,comomargensderios,córregoseterrenosbaldios.além disso,háoutrograndeproblemaqueacometeasobrasdiariamente:odesperdício.toneladasde materiaissãojogadasforapormês,oquepodesercomprovadopelasinúmerascaçambasque ficamestacionadaspelosmaisdiferentespontosdascidades. 24
25 I.3 TIPOSDEPROCESSOSDEAPROVEITAMENTODOSRESÍDUOS OsaspectoslegaisrelativosaosresíduossólidostêmsidodisciplinadospelaUnião,quelegisla sobrenormasdeâmbitogeral,pelosestados,quelegislamdeformacomplementaràuniãoe, pelosmunicípiosdeformadetalhada,atravésdesuasposturasmunicipais,quandosetratamde assuntosligadosaosresíduossólidosdomiciliareseaosserviçosdelimpezapública. Osresíduos sólidossãomateriaise subprodutoscomvalor potencialmente negativoparao proprietário,masosatuaissistemasderecuperaçãoereciclagemajudamacompreenderovalor que pode ser agregado ao resíduo e permitem modificar este quadro. O resíduo pode ser transformadoemumrecursoeconômicoaosersimplesmentetriadoetransportadoparaum novolocaloupassarporumbeneficiamento. Asoluçãoparaosproblemasdogerenciamentoderesíduosnãodeveserdelegadaaumúnico tipodesistemadeeliminação,masaumaredeintegradademedidascapazesdesatisfazeras necessidadesdaeliminação,nãosódascorrentesprimáriasderesíduos,mas,também,das correntessecundárias(porexemplo,resíduosderivadosdetratamentoedeusinasdeeliminação deoutrosresíduos)enãosomenteemcurtoprazo,mastambémemmédioprazo. A hierarquia dos princípios de Sistemas Integrados de Gestão de Resíduos SIGR aceita, é baseadanoquesechama4rs:redução(ouprevenção),reutilização,reciclagemerecuperação (domaterialoudaenergia): ARedução:oprocessodereduçãodafontedeproduçãoderesíduoséumaestratégiapreventiva epodeserrealizadasomentecomumapolíticaespecíficaexecutadapormeiodeinstrumentos regulatórios,econômicosesociais.desdequeaproduçãopercapitãanualderesíduossólidos municipaisvemaumentandoconstantementeeesteaumentoédevido,substancialmenteaos resíduosdeembalagens,épossívelconcluirqueapolíticadeveserdirigida,sobretudoparaas embalagenseparaareduçãodessetipoderesíduo.areduçãonafontevem,cadavezmais, ganhandoatençãocomoimportanteformadegerenciamentodosresíduossólidos,sendoquea maneiramaisefetivadeatingiresteobjetivoéevitarageraçãodoresíduo.tambémconhecida como prevençãoderesíduo,édefinidacomoqualquermudançanoprojeto,fabricação,compra ouusodemateriaisouprodutos,inclusiveembalagens,demodoareduzirsuaquantidadeousua toxicidade,antesdesetornaremresíduossólidosurbanos. Têmse, como exemplos de atividades de redução: o design dos produtos ou embalagens, voltadosparaareduçãodaquantidadeoudatoxicidadedosmateriaisutilizados,ouafimde tornálosmaisaptosparaoreuso;oreusodeprodutosouembalagenscomo,porexemplo, garrafasrecicláveis,palletsrecicláveis,barrisetamboresrecondicionados;oaumentodavidados produtos, de modo a evitar o máximo possível a necessidade de produzilos e, conseqüentemente, dispôlos; a utilização de embalagens que diminuam os danos ou o derramamentodoproduto;ogerenciamentoderesíduosorgânicoscomorestodealimentose resíduosdejardinagem,pormeiodacompostagemnoprópriolocalouporoutrasalternativasde disposição(comodisporrestosdepodasobreogramado). Háváriostiposdereduçãonafontequeacontecemnopontodegeração(comonaprópria residência ou escritório). A compostagem de resíduos de jardinagem e de certos alimentos descartadosnopróprioquintal,éumapráticacrescentederedução;outrasaçõesquecontribuem 25
26 parareduziradisposiçãodeorgânicossereferemaoestabelecimentodetaxasvariáveisparaa coletaderesíduos,demodoaestimularareduçãodaquantidadederesíduosdispostos,ao aprimoramentodatecnologia,aopaisagismocomplantasquedemandampoucaáguaegeram resíduomínimoe,inclusive,umalegislaçãoque,porexemplo,proíbaadisposiçãoderesíduosde jardinagemematerros. Aprevençãotambémincluioreusodeprodutosoumateriais;assim,asatividadesdereduçãona fonteinfluenciamofluxodoresíduoantesdopontodegeração.éconsideradoresíduosólido urbanogeradoaquelelocalizadoemumacalçadaouemumrecipientecoletor,ouselevadopelo geradoraoutrolocalparareciclagemoudisposição.alémdeaumentaravidadoproduto,oreuso deprodutoseembalagensretardamotempoemqueositensdevemserfinalmentedescartados comoresíduos.quandoumprodutoéreutilizado,apresumívelcompraeousodeumnovo produtoégeralmenteretardado. AReutilização:oprocessodereutilizaçãoéummétododegerenciamentoderesíduos,baseado noempregodiretodoprodutonomesmouso,paraoqualfoioriginalmenteconcebido:um exemplotípicoéareutilizaçãodasgarrafasdevidro.reutilizaçãoéummétododecontroleútilna minimizaçãodaproduçãoderesíduos,combasenasuaredução,umavezqueosbensenvolvidos retêmsuascaracterísticasefunçõesoriginais. AReciclagem:oprocessodereciclageméummétododegerenciamentoderesíduosbaseadono reaproveitamentodomaterialpeloqualoprodutoécomposto,prevendo,paraomesmo,uso diferentedaqueleparaoqualforaoriginalmenteconcebido:umexemplotípicoéareciclagemde papel, papelão e plástico; a reciclagem se diferencia da reutilização porque aqui não há a reutilização direta do produto propriamente dito, mas do material de que é feito; em conseqüência,reciclageméummétododereaproveitamentonoqualénecessárioselevarem contaumaprovávelperdadevalor,mesmoquesensível,doprodutooriginal.areciclagem,como definidaacima,étambémconhecidacomoreciclagemmecânica. ARecuperação:oprocessoderecuperaçãoéummétododegerenciamentoderesíduosbaseado natransformaçãotérmica,química,físicae/oubiológicadomaterialdoqualoprodutoéfeito, visandoproduzirmateriale/ouenergiadiretamentedisponívelparauso:exemplostípicossão: incineraçãocomrecuperaçãodeenergia;reciclagemderesíduosplásticos;produçãodederivados depetróleo;compostagemeadigestãoanaeróbicaeproduçãodebiogás.emconseqüência,a recuperaçãoéummétododereaproveitamentonoqualénecessáriolevarseemcontauma possívelperdasubstancialdevalordoprodutooriginal.arecuperação,comodefinidaacima, podeserclassificadacomorecuperaçãodematerialouenergia. ADestinaçãoFinal:oprocessodedestinaçãofinaléoúltimométododegerenciamentode resíduos e deve ser restrita somente ao lixo ou suas frações, que não sejam reutilizáveis, recicláveisnemrecuperáveis.aeliminaçãofinalérealizadaematerros.porconseguinte,os aterrossãoelementosindispensáveisemumsistemadegerenciamentoderesíduos,sendoideal queapenasosrejeitosdosprocessosdetriagem,reciclagem,recuperaçãoeincineraçãocom recuperação de energia sejam depositados nos mesmos. Os aterros devem, ainda, ser consideradoselementosnoplanejamentoeprojetodapaisagem,sendomaisdoquemeroslocais dedepósito. 26
27 I.4 ASPECTOSLEGAIS OsaspectoslegaisrelativosaosresíduossólidostêmsidodisciplinadospelaUnião,quelegisla sobrenormasdeâmbitogeral,pelosestados,quelegislamdeformacomplementaràuniãoe, pelosmunicípiosdeformadetalhada,atravésdesuasposturasmunicipais,quandosetratamde assuntosligadosaosresíduossólidosdomiciliareseaosserviçosdelimpezapública. Enfatizasequetantoalegislaçãofederalcomoaestadualabordadeformagenéricaaquestão dosresíduos,aocontráriodotratamentodadoaosassuntosligadosàpoluiçãodaságuasedoar. Asmesmascarecemdecomplementaçõesnormativasquecontemplemtodososaspectosdo problema. Aseguirsãoapresentadasasprincipaisnormaslegaiseatualmentevigentes,tantonoâmbito federal,comonoâmbitoestaduale,asnormastécnicasrelativasaosresíduossólidos. AspectosLegais União Decreton.º50.877,de29/06/61 Dispõesobreolançamentoderesíduostóxicosouoleosos naságuasinterioresoulitorâneasdopaísedáoutrasprovidências; DecretoLein.º1.413,de14/08/75 Dispõesobreocontroledapoluiçãodomeioambiente provocadaporatividadesindustriais; DecretoLein.º76.389,de03/10/75 Dispõesobreasmedidasdeprevençãoecontroleda poluiçãoquetrataodecretolei1.413edáoutrasprovidências(alteradapelodecreton.º ,de25/09/80); PortariadoMinistériodoInteriorn.º53,de01/03/79 Dispõesobreosproblemasoriundos dadisposiçãodosresíduossólidos; ResoluçãoCONAMAn.º3,de03/06/90 Dispõesobrepadrõesdequalidadedoar; Portaria Normativa do IBAMA n.º 1.197, de 16/07/90 Dispõe sobre a importação de resíduos,sucatas,desperdíciosecinzas; Resolução CONAMA n.º 2, de 22/08/91 Estabelece que as cargas deterioradas, contaminadas,foradeespecificaçãoouabandonadassãotratadascomofonteespecialde riscoaomeioambiente; Resolução CONAMA n.º 6, de 19/09/91 Desobriga a incineração ou qualquer outro tratamentodequeimaderesíduossólidosprovenientesdosestabelecimentosdesaúde, portoseaeroportos,ressalvadososcasosprevistosemleieacordosinternacionais; ResoluçãoCONAMAn.º5,de05/08/93 Dispõesobrenormasmínimasparatratamentode resíduossólidosoriundosdesaúde,portoseaeroportos,terminaisferroviárioserodoviários; ResoluçãoCONAMAn.º37,de30/12/94 Dispõesobreasdefiniçõeseclassificaçõessobreos tiposderesíduossólidosedádiretrizesparacirculaçãoderesíduosperigososnobrasil; 27
28 Lein.º9.055,de01/06/95 Disciplinaaextração,industrialização,utilização,comercialização etransportedoasbesto/amiantoedosprodutosqueocontenham,bemcomodasfibras naturaiseartificiais,dequalquerorigem,utilizadaparaomesmofim; PortariaIBAMAn.º45,de29/06/95 ConstituiaRedeBrasileirademanejoAmbientalde resíduos REBRAMAR,integradaàRedePanAmericanadeManejoAmbientalderesíduos REPAMAR,coordenadaaníveldeAméricaLatinaeCaribepeloCentroPanAmericanode EngenhariasanitáriaeCiênciasAmbientaisCEPIS; ResoluçãoCONAMAn.º4,de09/10/95 Proíbeainstalaçãodeatividadesqueseconstituam em focodeatraçãodepássaros emáreadesegurançaaeroportuária; ResoluçãoCONAMAn.º23,de12/12/96 Dispõesobreomovimentotransfronteiriçode resíduos; PortariaIBAMAn.º113,de25/09/97 ObrigaaoregistronoCadastroTécnicoFederalde AtividadesPotencialmentePoluidorasdeRecursosAmbientais,àspessoasfísicasoujurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporteecomercializaçãodeprodutospotencialmenteperigososaomeioambiente,assim comodeminerais,produtosesubprodutosdafauna,floraepesca; Decreton.º2.350,de15/10/97 RegulamentaaLein.º9.055,de1ºdejunhode1995que disciplina a extração, industrialização, utilização, comercialização e transporte do asbesto/amiantoedosprodutosqueocontenham,bemcomodasfibrasnaturaiseartificiais, dequalquerorigem,utilizadaparaomesmofim; Resolução CONAMA n.º 237, de 19/12/97 Dispõe sobre o processo de Licenciamento Ambiental,eestabelecearelaçãomínimadasatividadesouempreendimentossujeitosaeste Licenciamento.Dentreelesconsta:tratamentoe/oudisposiçãoderesíduossólidosurbanos, inclusiveaquelesprovenientesdefossas; Lein.º9.605,de28/01/98 Dispõesobreassançõespenaiseadministrativasderivadasde condutaseatividadeslesivasaomeioambienteedáoutrasprovidências(conhecidacomolei decrimesambientais); ResoluçãoCONAMAn.º257,de30/06/99 Dispõesobreodescarteeogerenciamento adequados de pilhas e baterias usadas, no que tange à coleta, reutilização, reciclagem, tratamentooudisposiçãofinal; PortariaMMEMMAn.º1,de29/07/99 Declararesponsáveispelorecolhimentodeóleo lubrificanteusadooucontaminado,oprodutor,oimportador,orevendedoreoconsumidor finaldeóleolubrificanteacabado; ResoluçãoCONAMAn.º258,de26/08/99 obrigaasempresasfabricanteseasimportadoras de pneumáticos a coletar e dar destinação final ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução relativamenteàsquantidadesfabricadase/ouimportadas; 28
29 Decreton.º3.179,de21/09/99 especificaassançõesadministrativasaplicáveisàscondutas eatividadeslesivasaomeioambiente,dispostas,dentreoutrasnormas,nalei9.065,de 28/01/98; Resolução CONAMA n.º 283, de 12/07/01 aprimora, atualiza e complementa os procedimentoscontidosnaresoluçãoconama05/93.estaresoluçãoestabelecequeos medicamentos impróprios para o consumo, ou com prazo de validade vencidos, serão devolvidosaosfabricantesedefineoprazode12mesesparaqueosmesmosintroduzamos procedimentosparaoperacionalizarosistemadedevolução; Lein.º11.445,de05/01/07 Estabelecediretrizesnacionaisparaosaneamentobásico. AspectosLegais EstadodeSãoPaulo Decreton.º52.497,de21/07/70 Proíbeolançamentodosresíduossólidosacéuaberto, bemcomoasuaqueimanasmesmascondições; Lein.º997,de31/05/76 Dispõesobreaprevençãoeocontroledomeioambiente; Decreton.º8.468,de08/09/76 RegulamentaaLein.º997,de31/05/76; ResoluçãoSecretariaEstadualdoMeioAmbiente SMAn.º42,de29/12/97 Estabeleceo RelatórioAmbientalPreliminar RAPparaoprocessodeatividadespoluidoras; Resolução Conjunta Secretaria da Saúde SS e SMA n.º 01, de 02/04/96 Estabelece instruçõesnormativasreferentesaosresíduossólidosdosserviçosdesaúde; ResoluçãoSecretariaEstadualdoMeioAmbiente SMAn.º50,de25/07/97 Estabelece alterações para o processo de licenciamento ambiental de aterros sanitários, usinas de reciclagemecompostagemcomrecebimentoinferioresuperiora10toneladaspordia; Leinº7.663de30/12/91defineaPolíticaEstadualdeRecursosHídricoseoSistemaEstadual derecursoshídricos.instituiosistemaintegradodegerenciamentodosrecursoshídricose osistemaestadualdegestãodosrecursoshídricos,objetoprincipaldalei; ALeiEstadualnº6.134,de02/06/1988dispõesobreapreservaçãodedepósitosnaturaisde águas subterrâneas no estado de São Paulo. O Decreto nº de , que regulamentaaleinº6.134,estipulaanecessidadedecaracterizaçãohidrogeológicaede vulnerabilidadedosaqüíferos,assimcomotodasasmedidasdeproteçãodomesmo,em todososprojetosdeimplementaçãodeempreendimentosdealtoriscoambiental.também proíbeolançamentooutransportederesíduossólidos,líquidosougasososquepoluíremas águassubterrâneas; AspectosLegaisCIVAP Estatuto; ProtocolodeIntençõesdoConsórcioCIVAP; 29
30 LeiNº5.201,de02dedezembrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeAssis; LeiNº515,de21deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeBorá; LeiNº442,de18denovembrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeCampos NovosPaulista; LeiNº1.417,de14denovembrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeCândido Mota; LeiNº360,de01dedezembrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeCruzália; LeiNº1.548,de22deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeEchaporã; LeiNº289,de16deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeFlorínea; LeiNº1.520,de30deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeIbirarema; LeiNº290,de20deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeIepê; LeiNº38,de18denovembrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeLutécia; LeiNº1.589,de24deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeMaracaí; LeiNº293,de30deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeNantes; LeiNº952,de15deoutubrode2008 ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeOscar Bressane; LeiNº2.308,de24denovembrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodePalmital; LeiNº2.589,de23deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeParaguaçu Paulista; LeiNº986,de29deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodePlatina; LeiNº2.394,de26denovembrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeQuata; LeiNº64,de31deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeRancharia; LeiNº825,de16deoutubrode2008ProtocolodeIntençõesdoMunicípiodeTarumã; LeisOrgânicasMunicipais. 30
31 CAPÍTULOII:DIAGNÓSTICODASITUAÇÃODOSISTEMAESEUSIMPACTOS 31
32 CAPÍTULOII:DIAGNÓSTICODASITUAÇÃODOSISTEMAESEUSIMPACTOS Asatividadespertencentesaosistemadelimpezapúblicaestãodiretamenteassociadasaobem estardapopulação,àsaúdepúblicae,porquenãodizer,àimagemdacidade,lembrandoainda que,deacordocomaconstituiçãobrasileirade1988,emseuart.23,incisoix,osserviçosde LimpezaPúblicanoBrasilsãoderesponsabilidadedosmunicípios. Nessesentidoosresíduossólidosurbanos,denominadospopularmentedelixo,sãoumadas principais preocupações da sociedade contemporânea. O crescimento da população, o desenvolvimentoindustrialeaurbanizaçãoaceleradavêmcontribuindoparaoaumentodouso dosrecursosnaturaiseconseqüentementedageraçãodelixo. Nagestãodalimpezaurbana,nosmunicípiosintegrantesdoCIVAP,consideramseosaspectos tecnológicoseoperacionaisaliadosàmobilizaçãodapopulaçãoeàqualificaçãodostrabalhadores numconjuntoarticuladodeaçõesvisandoaumsaltoambientaldacidadeedaqualidadedevida doscidadãos. Aplicando princípios preconizados na Agenda 21, buscase no agir localmente, pensar globalmente provocarmudançasnocomportamentodecadacidadãonosentidodeestabelecer amanutençãodalimpezanacidadecomoumaresponsabilidadedacoletividadeenãosomente dopoderpúblico. Deformaestratégicaatuasejuntoaostrabalhadoresdalimpezaurbana,despertandoosparaa importânciadotrabalhoquerealizam,sobretudo,comoaçãodepreservaçãodasaúdepública. NoCIVAPessasarticulaçõeseasaçõesdalimpezaurbana,ficamsobresponsabilidadedossetores deresíduossólidosedomeioambiente,quetemcomofinalidadecoordenaraelaboraçãoea implementaçãodaspolíticasdelimpezaurbana,bemcomominimizarosimpactosambientais decorrentes da geração dos resíduos sólidos. Para tanto, possuem uma estrutura para desempenhodasatividadesdemobilizaçãosocial,planejamento,normatização,monitoramento, disposiçãoetratamentodosresíduos. Apresentarseáaseguir,odiagnósticodalimpezaurbanaafimderepassar,aoconjuntode interessadosnesteestudo,àsinformaçõesdidaticamentesistematizadasacercadainfraestrutura eserviçosimplantadosnosmunicípiosintegrantesdocivap. ConformesepercebefacilmenteaolongodaapresentaçãodoPlanodeSaneamentodeResíduos SólidosUrbanos,todaalógicadeplanejamentopropostapretendegerarumaabordagemde diagnósticoedeproposiçãodeintervençõesemconsonânciacomoquehádemaisavançadono setor. Aprópriaopçãoporumametodologiadeavaliaçãoeplanejamento,calcadanageraçãode indicadoreseíndicessetoriaisqueconvergemparaaformaçãodoisa ÍndicedeSalubridade Ambiental,buscaavencerodesafiodeultrapassaraanálisecartesianaepossibilitaravançarpara umavisãointegradaeintegraldaproblemáticadosaneamentoambiental. 32
33 Odiagnósticoapresentadorefleteoconhecimentodarealidadedosserviçoseaçõeslocaisparao sistema de limpeza urbana dos municípios, associados aos dados, cadastros e informações disponibilizadospelocivap,pelasprefeiturasmunicipaisepelapesquisadecamporealizadapela equipetécnicaemnovembrode
34 II.1 CARACTERIZAÇÃODOVALEDOPARANAPANEMA ORioParanapanemaéumdosriosmaisimportantesdointeriordoEstadodeSãoPaulo.Eleé umdivisornaturaldosterritóriosdosestadosdesãopauloeparanáetemumaextensãototalde 929km em um desnível de 570m, desenvolvendose no sentido geral lesteoeste e desenvolvimentonorioparanánumaaltitudede239maproximadamente. AsnascentesdoRioParanapanemaestãolocalizadasnaserraAgudosGrandes,noSudestedo EstadodeSãoPaulo,aaproximadamente100kmdacostaAtlântica,numalatitudede24 51'sule longitude48 10'oeste,acercade900macimadoníveldomar. ORioParanapanema,dasnascentesatéafozdoRioItararé,correemterritóriopaulista;ajusante destepontofazfronteiraentreosestadosdoparanáedesãopaulo. AdeclividademédiatotaldorioParanapanema,desdesuasnascentesatéadesembocadurano RioParanáéde61cm/km.Nãoconsiderandoosprimeiros100km,ondeoriodesceaserrade Paranapiacaba,adeclividademédiaéde43cm/km,valorrelativamentebaixoparaumpercurso tãoextensode820km. Eleétãoimportantequetemoseuprópriodia,criadopelaLeiEstadual10.488/99(AntonioSalim Curiati),(sancionadapeloGovernadorMárioCovas),designado27deagosto. ORioParanapanemadivideseemtrêstrechosprincipais: BaixoParanapanema Dafoz,noRioParaná,atéSaltoGrande,com421kmdeextensão.Apresentaumadeclividade médiade29cm/km,largurassuperioresa200mnostrechosmaisprofundosenostrechosrasos, largurasquechegamaatingir800m.osraiosdecurvaturasãodaordemde1.000m.ocursoé muitopoucosinuoso,apresentandoumtotalequilíbriohorizontal,comexceção,somente,do trechonasproximidadesdaembocaduranoparaná,ondenotaseaexistênciadebancosdeareia móveiseilhas. MédioParanapanema DeSaltoGrandeatéaconfluênciadoRioApiaíGuaçu,com328kmdeextensão. Apresentaumdesníveltotalde210m.Nãosepodefalaremdeclividademédiaparaestetrecho, umavezque,comaconstruçãodeváriasbarragensparafinsdeaproveitamentohidrelétrico,este desnívelestá,emsuamaiorparte,concentrado. AltoParanapanema DaconfluênciadoRioApiaíGuaçu,atéasnascentes,naserradeAgudosGrandes,comuma extensãototalde180km.apresentaumadeclividademédiabastanteelevadade150cm/km. DrenandoumasériederibeirõesquedescemdaserradeParanapiacaba,oAltoParanapanema vaiganhandoporteeseconsolidaaoreceberosriositapetiningaeapiaíguaçu 34
35 AnavegaçãodoRioParanapanemaépraticadabasicamentenobaixocursoatéoportoEuclides dacunha,jusantedacorredeiradacoroadofrade,numaextensãodecercade70km,contadosa partirdafozdorioparaná.essanavegaçãoéfeitaemcaráterbastanteprecário.emcondições naturais,aprofundidademínimanestetrecho,emestiagem,édecercade1,50m. Nosúltimos421kmdejusante,percursoentreafozeabarragemdeSaltoGrande,adeclividade médiaéde29cm/km,propício. Os principais acidentes naturais que interrompem ou prejudicam a navegação são: banco basáltico,rochasaflorantes,velocidadedecorrentereduzida,poucaprofundidade,canalestreito nomeiodorio,velocidadedacorrenteelevada;movimentoondulatório,canalsinuoso,bancosde areiaetrechoscomfortedeclividade. As grandes reservas de água acumulada nas barragens superiores têm uma influência considerávelnoregimedorio,emseucursomédio;nocursoinferiorestainfluênciaémais reduzida,nãoinfluindodetodaaformanascondiçõesnaturaisqueimpedemtotalmentea navegação. A Bacia do Baixo e Médio Paranapanema, objeto deste estudo, é maior, em extensão, das UnidadesHidrográficas,apresentaumadasmenoresdensidadesdemográficasdoEstado.Com populaçãototalde680milhabitantesamaiorparticipaçãoédascidadesdeassiscom98mil habitanteseourinhoscom103mil. CIVAP ConsórcioIntermunicpaldoValedoParanapanema ÉoconsórciointermunicipaldoValedoParanapanema CIVAP é umconsórciopúblico, organizadoeconstituídonaformadeassociaçãopública,compersonalidadejurídicadedireito público, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, em consonância com as disposições emanadas da Lei Federal N /05, Decreto Federal N 6.017/07,CódigoCivilBrasileiroedemaislegislaçõespertinenteseaplicáveisàespertir,pelo presenteestatuto,alemdenorsmaseregulamentosquevieradotaratravésdeseusórgãos. ParaqueistoocorraaatuaçãodoCIVAPtemsidopautadaem: enfoqueregionalsustentável; integraçãodosmunicípios; buscadesoluçõesglobalizadas; participaçãodeforçasvivasdasociedaderegional,estadualefederal. Essaorganizaçãofoiformadaem12deDezembrode1985,sobadenominaçãodeConsórcio IntermunicipaldoEscritóriodaRegiãodeGovernodeAssisCIERGA,comafinalidadeespecifica decaptarrecursosdasprefeituras,cooperativaseusinas,parafinanciarpartedolevantamento desolodaregião. Tal iniciativa vinha sendo gestada desde 1983, quando, em um Seminário sobre Manejo e ConservaçãodeSolorealizadonaAssociaçãodosEngenheirosAgrônomos,nasceaidéiado 35
36 projetodelevantamentodesolos,aserconcretizadoemparceriacomoinstitutoagronômicode Campinas,quetinhacapacidadetécnicapararealizálo,mas,nãoosrecursosnecessários. Comosucessoobtidonacaptaçãoderecursosfinanceiros,olevantamentodesolosfoirealizado noperíodode ,tendosidofinanciadoempartesiguais,comrecursosdogovernodo Estadoedaregião(Prefeituras,CooperativaseUsinas). Comoencerramentodolevantamentodecampoem1990,enãovendomotivosparadarem continuidadeaoconsórcio,oupornãovislumbraremnovosprojetosounovasidéias,osprefeitos decidirampelaparalisaçãodocierganaqueleano.oconsórciopermaneceuparadode1990a 1994,quandofoireativadopelanovasafradePrefeitos. ApartirdeJulhode1994,iniciaramsealgunsprojetoscomooPED ProgramadeExecução Descentralizada / Projeto Agricultura Limpa, financiado pelo Banco Mundial, com uma participação fundamental das Prefeituras Municipais de Assis e Tarumã, do Centro de DesenvolvimentodoValedoParanapanema CDValeeumaforteatuaçãodoCIERGA,quejá possuía,então,umaorganizaçãoadministrativaconsolidada.paragarantiracontinuidadedos trabalhosjácomeçados,aprefeituradeassisempenhousenofortalecimentopolíticoetécnico doconsórcio,conseguindovitóriasimportantescomoaaprovaçãodoped(06projetosaprovados noestadodesãopaulo,entre85apresentados),entreoutras. EmNovembrode2.000foideliberadapeloConselhodePrefeitosaalteraçãodadenominaçãodo consórcio, que passou a ter o nome de CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMACIVAP. AregiãodoCIVAPConsórcioIntermunicipaldoValedoParanapanemaabrange19(dezenove) municípios:assis;borá;camposnovospaulista;candidomota;cruzália;echaporã;florínea; Ibirarema;Iepe;Lutécia;Maracaí;Nantes;OscarBressane;Palmital;ParaguaçuPaulista;Platina; Quatá;RanchariaeTarumã. Ocupaumaextensãoterritorialde9.310km2aproximadamenteeestálocalizadanoCentro OestedoEstado,naregiãodenominadadeVALEDOPARANAPANEMAecompõe,parcialmente, asbaciasdoriopariecapivara.ocupaposiçãogeográficaestratégicaquepermiteaintegração Sudeste,CentroOesteeSuldoPaís,constituindoimportanteentroncamentorodoferroviário paraoescoamentodaproduçãoagropecuária,industrialecomercialregional.comocanaisde distribuiçãodestacamseasferroviasadministradaspelaferrobaneallearodoviaraposo Tavares(SP270).Essaregiãoétambémpontodeligaçãoparaotráfegoprovenientedeoutras importantes rodovias, como a Castelo Branco (SP280) e Transbrasiliana (BR153). A infra estruturadetransportesécomplementadaporumaeroportolocalizadonomunicípiodeassis, porémsócomportaaeronavesdepequenoporte. Aregiãotemcomobaseeconômicaáagriculturaeapecuária.Apesardisso,osmunicípiosda regiãoapresentamtaxasdeurbanizaçãoacimade70%,sendoqueapenasomunicípiodecruzália apresentaumataxainferioraessepercentual,emtornode60%.oprincipalcentrourbanoda regiãoéomunicípiodeassis,seguidoporparaguaçupaulista,cândidomotaerancharia. 36
37
38 DEMOGRAFIAREGIONAL OQuadro1aseguirapresentaademografiadosmunicípiospertencentesaoCIVAP,tabuladocom basenasinformaçõesobtidasjuntoaossitesdoibgeeseade.dototalde habitantes, querepresentacercade0,74%dapopulaçãodoestadodesãopaulo,asinformaçõesobtidas apontaramparamunicípiosquenãoapresentaramnenhumcrescimentopopulacionalnosúltimos anos,taiscomocruzáliaeoscarbressenee,emespecialborá,houveumareduçãonapopulação. COD CIDADES POPULAÇÃO CRESC.POPULACIONAL ÁREA DENSIDADE IBGE2008 % Km2 hab/km2 1.1 Assis ,12% 461,71 213, ParaguaçuPaulista ,15% 1.001,09 44, CândidoMota ,81% 596,29 51, Palmital ,66% 549,04 40, Maracaí ,58% 533,02 25, Tarumã ,99% 303,50 44, Quatá ,55% 652,74 19, Ibirarema ,04% 228,45 31, Echaporã ,11% 514,59 12, CamposNovosPaulista ,51% 484,58 10, Rancharia ,42% 1.584,73 18, Platina ,55% 327,83 10, Cruzália ,02% 149,17 15, Florínia ,79% 227,36 12, Lutécia ,44% 474,63 6, OscarBressane ,00% 221,43 11, Borá 837 0,69% 118,67 7, Nantes ,53% 285,42 9, Iepe ,41% 596,07 13,10 VALORESMÉDIOSDAREGIÃO ,94% ,19 FONTE:SEADEPERFILMUNICIPAL QUADRO1:DEMOGRAFIA AilustraçãoaseguirapresentaosmunicípiosintegrantesdoCIVAP. 38
39 RE INHO VA Gardênia Agissê Frutal do Campo São Benedito ASSIS Porto Almeida Santo Antônio do Paranapanema 266 RO Có rr. 383 D. Ri b. do Sussuí PO SO 375 PALMITAL RA Gu ar ap 333 Rib. 270 PLATINA a Nova Cravinhos ix Amadeu Amaral Avencas BR 153 Nova Colombia PRF TA V AR 278 PRF ES Lácio e 294 ou CANITAR Garça C UBIRAJARA ALVINLÂNDIA SÃO PEDRO DO TURVO Sapecado Bairro Água Suja da Vila Santa Terezinha Concórdia LUPÉRCIO Colégio Agrícola Peix VERA CRUZ Itiratupã ALVARO DE CARVALHO Jafa Cafesópolis Cemitério JÚLIO MESQUITA Fátima Usina São Luiz OURINHOS Rib. BR 153 Bairro Guabiroba RIBEIRÃO DO SUL Represa Lucas Garcez SALTO GRANDE IBIRAREMA Dirceu 333 MARÍLIA OCAUÇU Rio Rosália GUAIMBÉ BR 153 GETULINA CAMPOS NOVOS PAULISTA Padre Nóbrega Usina Paredão Usina Pau D'alho e ORIENTE ng Pe ira ECHAPORÃ do POMPÉIA Paulópolis OSCAR BRESSANE Rio Nova Lexandria do QUINTANA 294 Juliânia Bairro Tabajara LUTÉCIA CÂNDIDO MOTA Bairro da Pinguela 1 Cardoso de Almeida 284 as HERCULÂNDIA eir PARAGUAÇU PAULISTA Usina Nova América 270 Porto Quebra Canoa TARUMÃ 3 MARACAÍ Roseta 2 ngu Usina Gantus BORÁ ixe s Pe Varpa da a Pit TUPÃ Parnaso B. São Martinho o FLORÍNIA 266 CRUZÁLIA 437 Usina Quatá Conceição do Monte Alegre Sapezal Usina Bandeira Universo América Nov PEDRINHAS PAULISTA Cateto São José Daslaranjeiras Santa Cruz Colônia Rio Grandense da Boa Vista Rio QUATÁ Us. Maracaí de Alcóol 421 JOÃO RAMALHO Usina Cocal RANCHARIA BASTOS IACRI Rio MUNICÍPIOS INTEGRANTES DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMA - CIVAP Represa de Capivara 421 nja- doce IEPÊ 457 Lara 284 Destilaria Califórnia 425 s Represa de Capivara. da CRUZ SAGRES Capivari Mateu Destilaria Zero Onze NANTES 270 Rib Represa Laranja Doce xe Vila Escócia Pei b. Porto Capim 483 TACIBA 425 Teçaindá MARTINÓPOLIS Destilaria Santa Fanny INDIANA REGENTE FEIJÓ Patrimônio do São Sebastião Espigão PRESIDENTE PRUDENTE do Vila dos Bandeirantes Vila de Santa Luiza Destilaria Alta Floresta Ri São a Montalvão CAIABU Iubatinga Eneida Mentolândia Rib. PRACINHA Rio Rio ria ista 501 ALFREDO MARCONDES Floresta do Sul ANHUMAS 425 Cica ARANDIBA S ÁLVARES MACHADO PRESIDENTE BERNARDES axás Silveirópolis Boa Esperança d'oeste aguari nd Ma SANTO EXPEDITO R ib. chos Gau s do io Laran jeiras R ib. a aib Cop da Rib. b. Ri aula Rib. Anhu mas Inácio Rib. nja to Sal do Rib. Rib. Alegrete Lara o da da sã Santo Jaguarete fu on Rib. do Bonita Rib. C Piratin ga in Água Rio Rib. re Rib. do Aleg Veado Rio do do Pa ri lis ri a Pa ópo ang. d Alho ian Iac cio Pau Jul do do ou Veado rr. ue do Có ng ua á vo ua Ág riç Iná Rib. Rib. i Tib S to an da SANTA CRUZ DO RIO PARD o Sã Areia Branca Rib. Rio Rib o g ain í No pe Joã C ua do Ag
40 ECONOMIA ConsiderandoseoValorAdicionadoFiscal,noano2000,temsequenaRegiãodoValedo Paranapanema,oprincipalsetoremsuacomposiçãoéoindustrial(34,5%)seguidodocomércio (31%),dosserviços(13,7%),doagrícola(13,6%)edoitemoutros(7,2%).Háforteconcentraçãoda atividadeindustrialemcincomunicípiosquejuntosresponderampor82,5%dototaldepostosde trabalhoocupadosem2001:assis,paraguaçupaulista,tarumã,palmitalecândidomota.com relaçãoaoportedasempresas,osetorindustrialnaregiãoéconstituídoemsuamaioriapor microepequenasempresas. Aanáliseporsubsetoresindustriaismostrouqueamaioriadoempregoformalencontrasena indústriadealimentos(33,2%),seguidadasindústriasdebebidas(21,1%)edaconstruçãocivil (10,5%),comesseúltimoconcentradonoMunicípiodeAssis.Essaestruturaevidenciaquena regiãopredominaumaindústriatradicional,emqueossetoresmodernoscomomaterialelétrico, comunicaçõesequímica. Nocomércio,destacaseapequenaparticipaçãodosegmentoatacadista,relativamenteaode varejoque,demodogeral,éexplicadapeloavançotecnológiconosmeiosdecomunicação,que facilitaramaaquisiçãodiretadovarejistajuntoaosfabricantesdosprodutos,pelosurgimentode grandesredesvarejistasquepossuemcertacapacidadedeestocagemprópriaepelasaltastaxas dejurospraticadasnomercadobrasileiroquetêmcomoresultadoelevarocustode"carregar" estoques. Novamente, as micro e pequenas empresas se destacavam como majoritárias na contrataçãodemãodeobrapelosetor. Nosetordeserviços,oprincipalempregadornaregiãoéoserviçopúblico,cujaparticipaçãono totaldeempregosformaisdosetor,em2002,foide52,1%.comparticipaçãobem menos significativaapareceramosserviçosprestadosàsempresas(9,5%),deensino(8,0%),desaúde (7,7%)edealojamentoealimentação(6,2%). Háqueseressaltar,contudo,queodimensionamentodomercadodetrabalholocalétambém influenciadopeloseugraudeinformalidade,quepermaneceelevadonaeconomiabrasileira. Aprincipalbaseeconômicaregionalaindaéaagriculturaeapecuária.Em2003,aáreacomos principaisgrãosalcançou ha,concentradaemsoja( ha)emilhosafrinha( ha),quejuntosocuparam89%dototalcultivadocomosprincipaisgrãos. Em ordem decrescente de área, foram verificados: Trigo ( ha), milho ( ha), amendoim(4.301ha)arroz(2.306ha)efeijão(1.587ha).naáreaacimamencionadaháquese destacarqueousointensivodosoloporumoumaiscultivos,contribuiuparaqueaproduçãode grãosem2003atingisse toneladas. Aáreacomcanaparaindústriatotalizou,em2003, ha,produzindo156milhõesde toneladas.aregiãodovaledoparanapanemaéamaisimportantedoestadonaproduçãoda mandioca para indústria, com área plantada de 5.525ha e produção de 164 mil toneladas, apresentandoelevadaprodutividadeagrícolaeprocessamentoindustrialdoprodutonaprópria região.asculturasdecaféedebananasomaram3.551hacomdestaqueaexpansãodabanana. 40
41 Aproduçãoanimalconcentraseemcarnebovinaeproduçãodeleite,queem2003apresentou umrebanhode cabeças.daídecorreasignificativaparticipaçãodaáreacompastagem ( ha). Aestruturafundiáriaregionalestáconcentradanasunidadesdeproduçãoagropecuária(UPA s) de até 100,0 ha, que correspondem a 84% do total. O conjunto de municípios do CIVAP apresentouem2003ovalortotaldaproduçãoder$ ,00quecorrespondea4,2% dototaldoestado. Aoseconsiderar:amendoim,arroz,banana,café,canadeaçúcar,carnebovina,carnesuína, feijão, leite B, leite C, mandioca industrial, melancia, milho, ovos, soja e trigo, obtêmse o montante de R$ ,49, que corresponde a 99% do valor total. São mais representativosacanadeaçúcar,asoja,omilhoeacarnebovina. INDICADORESSOCIAIS AregiãodoValedoParanapanemavemacompanhandoafortetendênciadeurbanizaçãoque vemcaracterizandotodooestadodesãopaulo,nasúltimasdécadas.em2008suapopulaçãoera de habitantes,correspondentesá0,74%dototaldoestado( SEADE),sendo que91,06%habitanazonaurbana.osmunicípiosdeassis,paraguaçupaulista,cândidomotae Palmitalconcentram63,6%dapopulaçãodaregião. Acomparaçãoentreosindicadoressociais,ÍndicedeDesenvolvimentoHumanoMunicipal(IDHM) eíndicepaulistaderesponsabilidadesocial(iprs),paraosanosde2002e2008,mostraqueas políticas públicas aplicadas na região afetaram favoravelmente os fatores longevidade e escolaridade,quetiverammelhoraimportantenoperíodo.noentanto,ageraçãoderenda,ou fatorriqueza,nãoobteveoestímulonecessário,oquetemlevadoaregião,aoestágiodebaixo desenvolvimentoeconômico.assimque,sedemaneirageralhouvemelhoranosresultadosentre 2002e2008doIPRSede1991para2000doIDHeessaperformancedecorreudeelevaçãonos quesitoslongevidadeeescolaridade,umaanálisemaisacuradaapontaquecomparativamenteàs taxasdoestadodesãopauloaregiãoapresentaaindataxademortalidadeinfantilsignificativae elevadoanalfabetismoentreosmaioresde15anos. Odesempregoéoutrapreocupaçãosocialnaregião,oqualocorreemtodasasfaixasetáriasque compõemapeaeindependedograudeinstruçãoformaldotrabalhador,oqueexigeatenção paraacriaçãodeoportunidadesequalificaçãodemãodeobra. ÍNDICEDEDESENVOLVIMENTOHUMANO(IDH) OIDHMtemcomoobjetivomostrareclassificaroníveldequalidadedevida,considerandoseos indicadoresdelongevidade,educaçãoederenda,nos645municípiosquecompõemoestadode SãoPaulo.NaRegiãodoValedoParanapanemaobservouseumaelevaçãodosíndicesalcançados noanode2000emcomparaçãoa1991,comsomenteumaexceção,nomunicípiodecruzália.no entanto,verificousequeoaumentorelativonoperíodofoiinferioràmédiadoestadodesão Paulo.Em1991somenteAssis(0,792)alcançavaamédiadoestado(0,773),eem2000,verificou senovamenteapresençadeassis(0,829)edeumnovomunicípio,pedrinhaspaulista(0,819), comíndicesuperioràmédia(0,814). 41
42 Apesardamelhorarelativadosíndicesem2000maisdametadedosmunicípiosdoMédio Paranapanemaficouempiorcolocaçãonorankingestadual,emcomparaçãoaoanode1991. Somente35,29%destaslocalidadessituaramsedentreametadedosqueoferecemasmelhores condiçõesdevidanoestado.destacaramse,porumlado,dadoosmaisaltosíndicesdaregião, AssisePedrinhas,quesesituaramrespectivamenteem35ºe71ºeporoutrolado,Nantes(620º) eplatina(596º)queapresentaramospioresíndices. Éinteressanteobservarnestegrupoapresençadedoismunicípiosemancipadosnadécadade90, PedrinhasPaulistaoriginadodeCruzáliaeNantesdeIepê. ObservavasequeenquantoIepêeNantesmantiveramsedentreosqueofereciamaspiores condiçõesdevida.em1991cruzáliaeraomunicípiocomamelhorclassificaçãorelativadaregião (18º),eem2000passaparaa280ºcolocação.Apioranaclassificaçãorelativapodeserexplicada, emparte,pelaaindaaltataxademortalidadeinfantiledeanalfabetismoentreosmaioresde15 anosnaregião,comparativamenteàstaxasdoestado. AavaliaçãodaregiãobaseadaemindicadoressociaiscomooIPRSeIDHM,comdiferentes variáveisutilizadasnasformulaçõesdosindicadores,apontouparaumatendênciaclara,qualseja, ambasindicavamumamelhorarelativadascondiçõesdesaúdeedeescolaridade,nosperíodos considerados, e uma quase estagnação do desenvolvimento econômico, se se considerar o períodode91a2000,masagravadaporumaretraçãonageraçãoderiquezaentre97e2000,o quedemandaaçõesefetivasecoordenadasdepolíticaspúblicasparareverteresteprocessona região. RECURSOSNATURAIS CaracterizaçãodoMeioFísico Geograficamentearegiãoemestudosituaseemumaáreacujacoberturavegetalédeapenas 6,2%,muitoinferioràmédiadoEstadodeSãoPaulo,queéde16,0%.Odesmatamentoé bastanteantigo,sendoquedesde1962acoberturaflorestalnãoatingiaosíndicesataisexigidos pelocódigoflorestal. A vegetação original que predominava na região era do tipo Floresta Latifoliada Tropical Semidecídua,porvezesinterrompidapormanchasdecerrado.Ocorriamtambémmatasciliarese vegetação de várzea, acompanhando os cursos dos rios e áreas inundadas permanente ou temporariamente. OlevantamentodesolosrealizadopeloInstitutoAgronômicodeCampinasepeloConsórcio IntermunicipaldoEscritóriodaRegiãodeGovernodeAssis(CIERGA)apontaapredominânciade latossolosroxos(lr39%),latossolosvermelhoescuros(le48%),podzólicos(7%)eterrasroxas estruturadas(4%).ressaltesequeaquasetotalidadedosleédetexturamédiaeálicoseque50 e40%doslrsãodistróficoseeutróficos,respectivamente. OCDValeapresentadadosdaCESP(1993)aqualutilizandoaestaçãodeSaltoGrande,combase, alémdospostosdeourinhos,fazendalajeadinho,ibiraremaebandeirantes,pr,situaoclimada regiãosegundoaclassificaçãodekoppen,comodotipocfa:moderadamenteúmido,semestação 42
43 seca,comaprecipitaçãodomêsmaissecomaiorque30mm,temperaturamédiadomêsmaisfrio inferiora18ºc,masacimade 3ºC,eatemperaturamédiadomêsmaisquentesuperiora22ºC. DeacordocomoInstitutoAgronômicodeCampinasaregiãoestásobainfluênciadequatro massasdear:tropicalcontinental,equatorialcontinental,tropicalmarítimaepolarasduas primeirassãoresponsáveispelamaiorquantidadedechuvasduranteoano,resultandonuma épocamaischuvosanoverãocomprecipitaçãomédiamensalsuperiora100mm,correspondente aos meses de outubro a março, e uma época mais seca em julho e agosto, apresentando precipitaçãomédiainferiora50mm.aprecipitaçãoanualatingevaloresmédiosde1.260mm. Aevaporaçãosuperaaprecipitaçãoemvaloresmédios.AevaporaçãoemTanqueClasseaatinge umtotalanualmédiode1807mm,comvaloresmínimosabaixode100mmnosmesesdemaioa junho,evaloresmáximosa200mmentreosmesesdeoutubroajaneiro. Quantoaoregimetérmico,aregiãoapresentatemperaturaanualemtornode22ºC,comomês maisfrio,emjulho,próximaa18ºceomêsmaisquente,fevereirocomtemperaturaemtornode 25ºC. Aumidaderelativaapresentavaloresmédios,variandoentre68%e78%,e,enquantoosvalores máximosdecadamêsapresentamumaaltauniformidade,emtornode92%,osvaloresmínimos manifestammaiorvariabilidade,comvaloresmaisaltos,emtornode65%,entremarçoejunhoe valoresmaisbaixosentreagostoeoutubro,cercade50%. ComamaiorfreqüênciaevelocidadedoventoocorrendonadireçãoSEosvaloresmédiosdiários registradossãodeordemde3,5m.s1a10,0mdosoloede2,4m.s1a10mdosolo. Quantoàpressãoatmosféricatemseumaaltauniformidadeanual,comvaloresentre960e970 Mb. RecursosHídricos AbaciadorioParanapanemaélimitada,aNordeste,pelaBaciadoTietêaonorte,pelasbacias dosriospeixeeparanáasudoeste,pelabaciadorioivaíe,aosulpelorioribeiradeiguape. OrioParanapanemanascenaSerraAgudosgrandes,emterrenosdaaltitudecomcercade1000 macimadoníveldomaredeságuanorioparaná,a900kmdedistânciadasnascentes.os principaisafluentessãoosriositapetininga,turvo,pardoejacu,pelamargemdireita,etaquari, Itararé,Cinzas,TibagiePirapó,pelamargemesquerda. SegundoaCESP(1993),nopontogeográficocorrespondenteaoeixodoprojetoCanoasI,as vazõesmédiasmensaisdelongotermo(mlt)sãode437m3.s1,asmáximasde m3.s 1emínimasmédiasmensaisde114m3.s1,noperíodode56anos. Aavaliaçãodosíndicesdequalidadedaágua,pelaCETESB,indicaque,noParanapanema,variam deboa(iqaíndicedequalidadedaáguaentre6090)aexcelente(iqaíndicedequalidadeda Águaentre90100). 43
44 Emestudosmaisrecentesdeabrilde1989,emtrêsdiasconsecutivosdeamostragemexecutadas pelacespnoslocaisdoseixosdecanoasieii,norioparanapanemaobteveseasprincipais característicasdaágua:corelevada(5960mgpt/i),presençadesubstânciasdasérianitrogenada (amônia, nitrito e nitrato) DBO relativamente elevado (variou de 2 a 5mg/l) e a presença significativasdecoliformesfecais. OlevantamentodaAptidãoAgrícoladasTerrasdoMédioParanapanemadividiuasterrasem8 classesedisponibilizouumbancodedadosquepermiteaavaliaçãodasterraspormunicípioe pormicrobaciashidrográficas.salientesequeaáreadeterrasaptasàirrigaçãoporaspersão compreende hanoentanto,adisponibilidadedeágualimitaessaáreaem ha quantoàirrigaçãoporinundação,existem6.961hadeterraseáguasuficienteparairrigar6.848 haparairrigaçãolocalizadaexistem hadeterrasaptaseáguadisponívelparairrigar ha.Aáreairrigadaatualmente,nãoultrapassa15.000ha. Asmaioresdificuldadesparaodesenvolvimentodaagriculturairrigadaestãorelacionadasao invernoúmidocomconsiderávelfreqüênciadegeadas.são6.961hadeterrasaptasparaa aquiculturaemsistemadetanquesescavados,limitadosàáguadisponívelparaumaáreade 2.872ha,semconsideraraáreaderepresamentodashidrelétricasexistentesquepoderãoser destinadasàproduçãodepeixesemsistemasdecultivoemtanquesrede(poloregionalde DesenvolvimentotecnológicodosAgronegóciosdoMédioParanapanema). INFRAESTRUTURA EnergiaElétrica O uso de energia elétrica no Vale do Paranapanema apontava para uma fraca atividade econômicanaregião,em1997e2002,considerandosequeamaiorconcentraçãodeconsumo, apesar da tendência decrescente, ocorria para suprir as necessidades das residências, (respectivamente,47,55e43,87%dototal). Nesteperíodo,aregiãoconsumiucercade25%dototaldeenergiautilizadonaRAM,sendoquea menorparcelarelativaéadestinadaparaasatividadesindustriais,eamaiorparcelaparaas atividades na zona rural, que, no entanto, apresentava uma tendência de queda na sua importânciarelativa. Osmaioresconsumidoresdeenergiadentreosmunicípios,noanode2002eramosmunicípios comasmaioresparcelaspopulacionais,queutilizavamrespectivamentedaenergiaregional,assis (34,65%),ParaguaçuPaulista(16,61%),Palmital(12,50%)eCândidoMota(12,29%). Jáem1997osmaioresconsumidoreseramPalmitaleParaguaçuPaulista.Em2002,noentanto, observavase principalmente neste último município, uma tendência de queda de consumo. Chamaatenção,nos2anosconsiderados,oimportantepesorelativodaenergiaruralemrelação àresidencial,principalmentenospequenosmunicípios,comoemcamposnovospaulista,cruzália eplatina. Osmunicípiosqueconcentravamindústriasconsumidorasdeenergiaeramem1997e2002,em ordemdeimportância,paraguaçupaulista,assis,palmitalecândidomota.namaiorpartedos locaisquecompõemaregiãoéquaseinexistenteoconsumodeenergiaindustrial. 44
45 AcidadedeAssisjáeraaprincipaláreadecomércioeserviçosdaregiãoem1997eosdados mostravamqueem2002,oritmodecrescimentodosetorémaisfortedoqueamédiadas demaisimportantescidadesemaiortambémqueamédiadaramedoestadodesãopaulo.éa maiorconsumidoradeenergianosetor.empatamarbastanteinferiorapareciamparaguaçu Paulista,CândidoMotaePalmital. SaneamentoBásico Quantoaosaneamentobásico,segundoinformaçõesexztraídasdaFundaçãoSEADE Perfil Municipal, de 2000, quase a totalidade dos municípios da região, oferecia bom nível de atendimento,dadoqueemmaisde96%dosdomicíliostinhaacessoaoabastecimentodeágua, esgotosanitárioecoletadelixo. COD CIDADES ABAST.ÁGUA COL.ESGOTO COLETALIXO 1.1 Assis 99,27% 98,31% 99,42% 1.2 ParaguaçuPaulista 99,60% 91,12% 98,18% 1.3 CândidoMota 99,57% 91,53% 99,72% 1.4 Palmital 99,82% 91,15% 98,95% 1.5 Maracaí 98,74% 93,57% 99,31% 1.6 Tarumã 99,70% 97,77% 99,89% 1.7 Quatá 99,33% 97,23% 99,10% 1.8 Ibirarema 99,25% 80,53% 99,05% 1.9 Echaporã 99,52% 97,81% 100,00% 1.10 CamposNovosPaulista 98,33% 92,97% 96,99% 1.11 Rancharia 99,34% 93,79% 98,75% 1.12 Platina 94,26% 86,60% 96,81% 1.13 Cruzália 99,80% 94,25% 100,00% 1.14 Florínia 97,96% 95,17% 99,49% 2.1 Lutécia 99,53% 98,11% 99,21% 2.2 OscarBressane 99,65% 96,33% 99,48% 2.3 Borá 100,00% 100,00% 100,00% 3.1 Nantes 99,78% 96,01% 99,56% 3.2 Iepe 99,54% 93,84% 99,65% VALORESMÉDIOSDAREGIÃO VALORESMÉDIOSDOESTADODESP FONTE:SEADEDADOSDE2000 QUADRO2:SANEAMENTOBÁSICO 99,25% 96,06% 99,13% 97,38% 85,72% 98,90% OfatonotórioapresentadonesteQuadro2encontraseassociadoaosvaloresmédiosdostrês indicadores,aoapontarquearegiãodocivap,emtermosdesaneamentobásico,encontrase acimadosvaloresmédiosdoestadodesãopaulo.aexceçãoencontradaéomunicípiodeplatina, ondeostrêsindicadoresencontramseabaixodosvaloresmédiosdaregiãoedoestadodesão Paulo. INDICADORESSÓCIOECONÔMICOS Existeumacorrelaçãoentreageraçãoderesíduossólidosdomiciliareseonívelderendada população.acomposiçãoeovolumedersdsãodiretamenteinfluenciadospelarenda. Em relaçãoàdistribuiçãoderenda,trêsindicadoressãocomumenteutilizadosparamontaroperfil básico:rendapercaptamédia,proporçãodepobreseíndicedegini.esteíndiceiráindicara desigualdadedaapropriaçãodarenda. 45
46 QUADRO3:INDICADORESSÓCIOECONÔMICOS COD CIDADES IDHM RENDA DOMICÍLIOS PIB PERCAPTA MÉDIA RENDA1/4SM RENDA1/2SM ESPAÇOSUFIC. INFRAADEQ. PIB PERCAPTA 1.1 Assis 0,829 2, ,80 2,87% 8,80% 91,42% 98,39% 936, , ParaguaçuPaulista 0,773 1, ,38 6,67% 18,78% 87,73% 96,16% 438, , CândidoMota 0,790 1, ,75 5,80% 16,17% 89,00% 94,29% 336, , Palmital 0,783 2,64 946,94 4,86% 13,65% 91,71% 96,12% 292, , Maracaí 0,773 1, ,16 3,77% 12,16% 91,82% 93,51% 267, , Tarumã 0,775 1, ,95 4,76% 13,80% 91,68% 96,97% 234, , Quatá 0,792 1, ,72 6,29% 15,80% 94,13% 97,40% 265, , Ibirarema 0,775 1, ,59 3,98% 12,53% 92,96% 90,07% 69, , Echaporã 0,780 1,53 940,89 5,77% 20,05% 91,16% 98,79% 57, , CamposNovosPaulista 0,761 1,32 975,96 9,64% 23,21% 87,05% 93,30% 63, , Rancharia 0,789 1,73 968,71 6,09% 16,08% 86,47% 91,00% 607, , Platina 0,735 1,23 907,07 6,57% 19,37% 85,49% 82,46% 29, , Cruzália 0,786 1,79 974,61 8,80% 21,94% 97,98% 93,35% 22, , Florínia 0,759 1,12 853,55 11,53% 25,65% 80,53% 93,51% 76, , Lutécia 2.2 OscarBressane 0,755 0,752 1,41 1,81 839,06 895,22 4,20% 2,77% 17,50% 10,96% 95,50% 98,43% 97,75% 98,78% 31,22 19, , , Borá 0,794 1, ,64 0,00% 18,94% 93,79% 97,74% 32, , Nantes 0,722 1,20 998,84 5,18% 23,62% 93,13% 96,45% 74, , Iepe 0,750 1,46 882,22 9,63% 23,74% 90,38% 92,66% 87, ,75 VALORESMÉDIOSDAREGIÃO 2, ,72 4,61% 13,38% 90,41% 96,29% 2.850, ,75 VALORESMÉDIOSDOESTADODESP 0,814 2, ,36 5,16% 11,19% 83,16% 89,29% , ,86 FONTE:SEADEPERFILMUNICIPAL UNIDADES: ÍNDICE SALÁRIOMÍNIMO R$ % % % % R$xmilhões R$ MAIOR MENOR ComodeverificanesteQuadro3,deummodogeralosindicadoressócioeconômicosdaregião estãoabaixodosvaloresmédiosdoestadodesãopaulosendoque,nomunicípiodeflorínia, encontramosospioresindicadoresentreosmunicípiospertencentesaocivap,apesardesteter umpibpercaptarelativamentealtoparaaregião. INDICADORESDESAÚDE QUADRO4:INDICADORESDESAÚDE COD CIDADES ESTRUTURA INTERNAÇÕES VACINA DESPESAS UNIDADES LEITOS QUANT. PERMANÊNCIA ÓBITOS INFECCIOSAS MORT.INFEC. HEPATITEB R$/HABIT. SUS/HABIT. TOTAL/HAB. 1.1 Assis , ,0% 4,6% 98,3% 145,64 132,50 277, ParaguaçuPaulista , ,4% 4,8% 81,6% 174,26 127,00 296, CândidoMota ,0 36 4,9% 1,7% 77,1% 216,57 96,80 289, Palmital ,9 59 6,4% 3,9% 100,0% 186,52 111,88 317, Maracaí ,5 21 5,5% 13,4% 95,1% 340,78 61,93 373, Tarumã ,0 0 3,8% 0,0% 100,0% 314,29 96,71 406, Quatá ,0 0 3,0% 1,7% 91,0% 265,73 131,07 396, Ibirarema ,0 0 6,0% 2,6% 87,0% 212,54 48,28 260, Echaporã ,0 0 2,0% 0,0% 80,6% 196,71 99,98 297, CamposNovosPaulista ,0 0 0,4% 0,0% 92,2% 318,07 71,03 391, Rancharia , ,5% 3,3% 84,2% 178,49 99,52 279, Platina ,0 0 8,3% 11,8% 94,0% 422,85 49,23 475, Cruzália ,0 0 5,4% 0,0% 75,0% 521,28 84,55 598, Florínia ,0 0 2,2% 0,0% 69,6% 498,66 83,50 618, Lutécia ,0 0 3,2% 7,7% 89,7% 479,49 79,41 557, OscarBressane ,0 0 0,8% 5,6% 100,0% 388,13 76,46 464, Borá ,0 0 5,7% 0,0% 100,0% 959,20 46, , Nantes ,0 0 3,8% 6,3% 69,2% 509,84 118,75 675, Iepe ,8 16 8,9% 5,8% 100,0% 390,24 200,25 590,43 UNIDADES: unidade unidade unidade dias unidade % % % R$ R$ R$ FONTE:DATASUS2008 MAIOR OQuadro4apresentadoretrataumarealidadenacional:quantomaiorapopulaçãomenoressão asdespesascomsaúdeporhabitantepelosmunicípios.umdosaspectosnegativosapontadosno quadroestáassociadoáaltataxademortalidadepordoençasinfecciosasnosmunicípiosde MaracaíePlatina,sendoesteúltimooqueapresentouospioresindicadoresdesaneamento básico. 46
47 DIAGNÓSTICOEPIDEMIOLÓGICO OsmunicípiospertencentesaoCIVAPpossuemsuaseconomiasvoltadasparaossegmentos industriais e de prestação de serviços, registrando os maiores coeficientes de mortalidade referentes aos capítulos IX (Doenças do Aparelho Circulatório), II (Neoplasias), XX (Causas ExternasdeMorbidadeeMortalidade),X(DoençasdoAparelhoRespiratório)eoI(Algumas DoençasInfecciosaseParasitárias)deacordocomoCódigoInternacionaldeDoençasCID10). QUADRO5:GRUPODECAUSASDEMORTALIDADE COD NOMES GRUPODECAUSAS ap.circulatório neoplasias ap.respiratório doençasinfecciosas AIDS 1.1 Assis 28,1% 21,1% 12,3% 4,6% 4,5% 1.2 ParaguaçuPaulista 31,0% 15,1% 20,2% 4,8% 5,2% 1.3 CândidoMota 34,7% 23,9% 13,6% 1,7% 2,2% 1.4 Palmital 31,2% 26,6% 11,7% 3,9% 0,0% 1.5 Maracaí 40,2% 13,4% 3,7% 13,4% 3,2% 1.6 Tarumã 29,4% 17,6% 9,8% 0,0% 0,0% 1.7 Quatá 29,3% 12,1% 10,3% 1,7% 7,1% 1.8 Ibirarema 28,2% 25,6% 7,7% 2,6% 0,0% 1.9 Echaporã 27,3% 27,3% 21,2% 0,0% 0,0% 1.10 CamposNovosPaulista 31,0% 13,8% 10,3% 0,0% 0,0% 1.11 Rancharia 30,4% 13,3% 17,1% 3,3% 2,3% 1.12 Platina 29,4% 17,6% 17,6% 11,8% 0,0% 1.13 Cruzália 20,0% 33,3% 13,3% 0,0% 0,0% 1.14 Florínia 30,8% 15,4% 30,8% 0,0% 0,0% 2.1 Lutécia 15,4% 30,8% 30,8% 7,7% 0,0% 2.2 OscarBressane 38,9% 11,1% 16,7% 5,6% 0,0% 2.3 Borá 33,3% 0,0% 50,0% 0,0% 0,0% 3.1 Nantes 25,0% 25,0% 18,8% 6,3% 0,0% 3.2 Iepe 30,8% 19,2% 21,2% 5,8% 0,0% FONTE:DATASUS2008 MAIOR OmunicípiodeAssisregistraatransmissãodevírusdadengueemconseqüênciadapresençado vetortransmissor(aedesaegypti,ae.albopictus),tantoqueéumdos69municípiosdoestadode SãoPauloquefazpartedoProgramaNacionaldeControledaDengue.Comapropostadese evitar novas epidemias são desenvolvidas atividades pela Divisão de Controle de vetores e Animais Peçonhentos: capacitação de profissionais da saúde, visitação casa/casa, realização mensal de Índice de Breteau, controle focal e perifocal, diagnóstico laboratorial, controle entomológicodasespécieseintegraçãocomassecretariasmunicipais. ParaseevitarcasosdeFebreAmarela,alémdasaçõesdecontroledotransmissor,estánarotina avacinaçãodetodaapopulaçãodemaioresde1ano,comcoberturaatualemtornode0,1%do totaldevacinaçõesaplicadas.ofocodefebreamarelamaispróximaeconfirmadanoestadode SãoPauloforanaregiãodeAvaré. ComrelaçãoàsdoençasrespiratóriasosmunicípiosdoCIVAPapresentaramumcoeficientede incidênciaemtornode10,3%(dadosdeassis)dototaldeinternações,traduzindoseemalta mortalidadede17,7%causadapeladoença.assim,comopropósitodedetectarprecocementeos casos, todas as unidades de saúde dispõem de exame bacteriológico para os sintomáticos respiratórios. Odiabetemellituseahipertensãoarterialrepresentamumsérioproblemadesaúdepúblicae estão sendo consideradas doenças de proporções epidêmicas em todo o mundo. O Censo NacionaldeDiabetes,concluídoem1.998,mostrouqueadiabeteatinge7,6%dapopulação 47
48 brasileira de 30 a 69 anos. Entre os anos de 2000 e 2007, o estudo epidemiológico para determinaraprevalênciadediabetesmellitus,hipertensãoarterialeoutrosfatoresderisco cardiovascular indicam o aumento dessa ocorrência e a taxa média de 29,7% da causa de mortalidade. Comrelaçãoáimunização,asaltascoberturasdeBCGnomunicípioindicamquepraticamente 100%dosrecémnascidostemacessoàvacinaçãonaredepúblicaequeestaésuficientepara atendertodaapopulação. A cobertura vacinal dos demais imunobiológicos em menores de 1 ano no município é consideradaadequada(acimade90%),podendoaindasermelhoradaatravésdadiminuiçãodas oportunidadesperdidasdevacinaçãoebuscadademandapotencial.comessesobjetivoso municípiovemdesencadeandoaçõesnasunidadesdesaúde,escolasdaredepública,campanhas demultivacinaçãoeaçõesemgruposderisco(universitários,construçãocivil,trabalhadoresda saúdeeoutros). NaquestãodaAIDS,ocoeficientedemortalidadeporAIDSde1,3%(médiaentreascidadesdo CIVAP)abaixodoshistóricosdosmunicípiosdesde2.000.Éprioridadedosmunicípiosdesenvolver açõesvoltadasàprevençãoetambémaeducaçãoparaaadesãoemanutençãodotratamento. Comrelaçãoaosurtodagripesuína(H1N1)atéapresentedata,Assisforaaúnicacidadecom dadosconfirmadosdeocorrênciadosurto. 48
49 II.2 ESTRUTURAATUALDOSISTEMA Os serviços de limpeza urbana dos municípios pertencentes ao CIVAP são administrados e operadospelasprópriasprefeiturasmunicipaisque,segundodadosextraídosdoinventáriodos ResíduosSólidosDomiciliaresde2008,daCETESB,possuiocenárioapresentadonoquadroa seguir: Osresultadosobtidosatravésdessesdadoslevaramaumageraçãoderesíduospercaptana região do CIVAP de 0,36 kgxhabitantexdia, muito abaixo dos valores obtidos junto aos documentosdivulgadospelosnis DiagnósticodeManejodeResíduosUrbanos,2006,quese encontram nos patamares de 0,83 kgxhabitantexdia para a Faixa Populacional 1 e 0,74 kgxhabitantexdiaparaafaixapopulacional2. EstesresultadoslevaramáEquipeTécnicadoCIVAParealizaraspesquisasdecampoemtodosos municípios,comoformadevalidarosdadosextraídos,cujosprincipaisresultadosobtidosque caracterizamosmodelospraticadosnalimpezaurbanadosmunicípiosestãoaseguirdestacados: ColetadeResíduosSólidosUrbanos SegundoMonteiroetal.(2001),coletarolixosignificarecolherolixoacondicionadoporquemo produzeencaminhálo,mediantetransporteadequado,aumapossívelestaçãodetransferência, aumeventualtratamentoouàdisposiçãofinal. ParaMansureMonteiro(1990),oprincipalobjetivodehaveraremoçãoregulardelixogerado pelacomunidadeéevitaraproliferaçãodevetorescausadoresdedoenças. D AlmeidaeVilhena(2000)reforçamqueacoletadolixoeseutransporteparaáreasde tratamentooudestinaçãofinalsãoaçõesdoserviçopúblicomunicipal,degrandevisibilidadepara a população, que impedem o desenvolvimento de vetores transmissores de doenças que encontramalimentoeabrigonolixo. 49
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