Palavras-chave: Estilos parentais, disciplina, violência intrafamiliar, direitos humanos.

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1 O USO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS PARENTAIS VIOLENTAS NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS: DISCIPLINA OU VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS? Daniela de Fátima Teixeira Schmidt 1 Cláudia Araújo de Lima 2 RESUMO: O seio da família é entendido como o lugar do aconchego e do afeto. É nesse ambiente que se espera que crianças sejam educadas para viver em sociedade, construam seus valores, formem sua personalidade e se desenvolvam de maneira integral. A Declaração Universal dos Direitos da Criança, de 1959, preconiza os cuidados à criança e considera que o amor e a compreensão lhes são direitos, assim como a proteção contra a negligência, a crueldade e qualquer forma de exploração. Histórica e culturalmente são utilizadas práticas educativas parentais que determinam os diferentes estilos de educação seguidos em cada família. Algumas dessas práticas são consideradas violentas, como as que se utilizam de castigos físicos, ameaças, gritos, humilhações, atitudes negligentes, xingamentos, entre outros comportamentos por parte dos pais ou responsáveis na educação das crianças. Embora essas medidas sejam repudiadas por parte considerável da sociedade e até mesmo consideradas crimes, de acordo com a legislação brasileira (Lei 8.069/1990; Lei /2014 e Lei /2017), as estatísticas sobre violência doméstica contra a criança demonstram que esse repertório violento ainda é muito utilizado para disciplinar e educar crianças, por muitas famílias. Sabe-se que as crianças que vivenciam a violência intrafamiliar apresentam consequências que podem comprometer seu pleno desenvolvimento físico, psíquico, cognitivo, afetivo e social. O objetivo desse artigo é discutir os estilos parentais considerados violentos como forma de violação dos direitos humanos. Trata-se de um artigo de revisão bibliográfica, que buscará estudos sobre os estilos parentais, sobre os direitos humanos de crianças e adolescentes e se utilizará dos conceitos de poder e disciplina propostos por Michel Foucault para a base da discussão. Palavras-chave: Estilos parentais, disciplina, violência intrafamiliar, direitos humanos. 1 Psicóloga, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação Educação Social da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campus do Pantanal, Corumbá, MS, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares do Pantanal NEPI/PANTANAL Observatório Eçaí Educação, Saúde, Desenvolvimento e outros direitos humanos de crianças e adolescentes na fronteira Brasil e Bolívia. 2 Pedagoga. Mestre e Doutora em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação Educação Social, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus do Pantanal. Líder e Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares NEPI/PANTANAL. Coordenadora do Observatório Eçaí: Educação, Saúde, Desenvolvimento e outros direitos humanos de crianças e adolescentes na fronteira Brasil e Bolívia.

2 2 1 INTRODUÇÃO Ao se tratar da questão da infância na atualidade, algumas palavras como proteção e cuidado, além daquelas que remetem ao desenvolvimento e à ludicidade permeiam nossos pensamentos. Porém, nem sempre na história, a infância teve a mesma importância que tem na sociedade de hoje. Segundo Kramer (1999) a inserção das crianças na sociedade depende da organização social num determinado período. Até meados do século XVIII, a criança era ignorada na sociedade e tratada como um adulto em miniatura (ARIÈS, 2012). Suas particularidades, em virtude dos estágios de seu desenvolvimento não eram consideradas, o que as levou muitas vezes a um tratamento violento, desumano e degradante. Seu processo de educação e disciplina envolveu punições físicas e até os dias de hoje tal conduta é adotada por algumas famílias. Foi com o desenvolvimento da ciência que se percebeu a importância de proteger a infância e tratá-la como um período peculiar da vida humana no qual são necessários cuidados e estímulos específicos para o seu desenvolvimento saudável e pleno. A criança passa a deter maior atenção e afeto por parte dos adultos. Porém, tais circunstâncias não impedem que os direitos desses sujeitos continuem a ser violados. O Brasil vivenciou desde o período colonial formas de disciplinar crianças seguindo o modelo europeu, com o uso de castigos físicos. Cumpre ressaltar que, de acordo com Del Priore (2010), tais castigos eram entendidos pela sociedade da época, como uma forma de amor dos pais para com seus filhos, uma vez que estavam cumprindo seus desígnios de castigar as crianças para ensinar-lhes o caminho do bem. A disciplina de forma violenta aplicada contra a criança no país se deu inicialmente pelos padres da Companhia de Jesus, que se utilizavam de técnicas de punição corporal nas primeiras instituições de ensino brasileiras. O modelo foi incorporado pelas famílias, que passaram a adotar os castigos corporais contra a criança como prática educativa parental eficiente. A Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948 e mais tarde a Declaração Universal dos Direitos da Criança, de 1959, tornaram-se marcos na proteção dos direitos humanos desse público, inspirando em todo o mundo, legislações específicas, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei Federal de 13 de julho de 1990 no Brasil.

3 3 Embora essa nova concepção de infância e o arcabouço legal favorável à proteção das crianças em todo o mundo, o que se percebe ainda é uma série de violações graves dos direitos de crianças e adolescentes, que ameaçam sua integridade física, psíquica e social, colocando em xeque todo o trabalho que se desenvolveu até o momento no sentido garantir às crianças e adolescentes o direito de serem reconhecidos como cidadãos, com prioridade absoluta, devido à sua condição de desenvolvimento. Dados estatísticos apontam que no Brasil, entre os anos de 2009 e 2014, crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos foram vítimas de violência (DATASUS SINAN/NET, 2017), sendo que desses, 61% dos casos, dizem respeito à violência doméstica, ou seja, cometida pelas pessoas as quais mais deveriam zelar pelo seu cuidado e proteção das crianças e adolescentes: os pais e responsáveis legais, que figuram como os agressores mais frequentes. A literatura aponta que algumas situações envolvendo a violência intrafamiliar contra a criança estão relacionadas a práticas educativas parentais, ou seja, são utilizadas com o objetivo de disciplinar as crianças. Porém, essas práticas violentas, não cumprem tal função e tratam-se de violações de direitos. (CECCONELLO et al, 2003; LONGO, 2005; HABIGZANG & KOLLER, 2012; GOMIDE, 2014). Por uma série de razões relacionadas a aspectos históricos, culturais e sociais as crianças permanecem vítimas de punições físicas, inconsistentes e negligentes e tal questão é percebida de forma naturalizada pela população de maneira geral. O que se apresenta como um fator preocupante, pois, verifica-se que não se percebe tais atitudes como violações dos direitos humanos dessas crianças e adolescentes. O objetivo do presente artigo é discutir os estilos parentais compostos pelas práticas educativas negativas segundo o modelo proposto por Gomide (2014) e sua relação com a violação de direitos humanos de crianças e adolescentes. Trata-se de um estudo de revisão de literatura, em que buscou-se por meio dos descritores práticas educativas parentais e disciplina e crianças na base de dados Scielo - Scientific Eletronic Library Online, publicações dos últimos 10 anos (2006 a 2016), disponíveis em língua portuguesa. O modelo de estilos parentais adotado nesse estudo é o proposto por Gomide (2014), no ano de 2004, quando foi publicada a primeira versão do Inventário de Estilos Parentais. Para enriquecimento da discussão se utilizará as obras de Michel Foucault

4 4 Vigiar e punir (2010), com primeira publicação em 1975 e Microfísica do poder (2013), primeira publicação de Foram encontrados no total com os dois descritores 149 artigos, sendo selecionados para utilização nesse estudo 8 artigos. Utilizou-se também como bibliografia complementar, algumas leis (Lei 8.069/1990; Lei /2014 e a Lei /2017). A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948 e a Declaração Universal dos Direitos da Criança de ESTILOS PARENTAIS E VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS FAMÍLIA, INFÂNCIA E DIREITOS HUMANOS Na sociedade atual a criança encontra-se em posição de destaque, estando no centro das atenções da maioria das famílias. Independentemente da sua constituição é nesse núcleo que elas vivenciam os cuidados básicos para o seu desenvolvimento físico, psicológico e social. A família pode ser compreendida como elemento básico da sociedade (DELFINO et al, 2005, p. 39), em que seus membros formam suas personalidades e constroem seus valores. A família consiste no primeiro ambiente social de que a criança participa, em que ela aprende regras e modos de se relacionar com o outro; assim, as interações familiares fundamentam as relações da criança na sociedade. (PATIAS, et al, 2012, p. 983). É nesse ambiente, o da família, que são realizadas as interações sociais iniciais das crianças e a forma que essas são conduzidas, interferem na sua expressão em outros espaços da sociedade. A família é também a primeira instituição responsável pela imposição de regras e limites às crianças, que são compreendidas como formas de disciplina. Há na família um processo educacional que é complementar à educação escolar e a que é ministrada em outras instituições. Aspectos psicológicos, afetivos e emocionais permeiam as relações familiares, sendo importantes na constituição da personalidade, na segurança e autonomia da criança.

5 5 Ao longo dos tempos, como informa Marques (2010), a forma de educar as crianças foi sofrendo alterações, e essas influenciam sobremaneira o desenvolvimento infantil, o que vem sendo estudado e confirmado pela psicologia. Para esse autor, desde longa data que a psicologia encarou a família como um dos elementos determinantes no desenvolvimento da criança. O núcleo familiar constitui o primeiro grupo social e o ambiente no qual a criança passa mais tempo, sendo, sem dúvida, o mais significativo. Daí que o seu desenvolvimento dependerá, em parte, dos estilos ou práticas parentais utilizados pelos pais. (MARQUES, 2010, p. 14). Inúmeras estratégias são utilizadas pelas famílias para alcançar resultados positivos na disciplina e educação das crianças. Cada família adota um estilo de educação e para isso se utiliza de práticas educativas específicas. Ao mesmo tempo, além de desempenhar essa função, existem outras, socialmente e legalmente impostas às famílias como a proteção, o cuidado, e o provimento das necessidades da criança. Como aponta Cecconello et al (2003) é na família que a criança tem a fonte de segurança, proteção, afeto, bem-estar e apoio. (CECCONELLO et al, 2003, p. 46). Uma educação efetiva, por parte dos pais, envolve ensinar à criança os limites do que é ou não aceitável, levando-a a compreender os valores e as atitudes esperados no seio familiar e na sociedade em geral. (MARQUES, 2010, p. 15) Durante muito tempo, a forma que cada família realizava esse processo educativo era considerado algo particular e íntimo, que dizia respeito somente àquele núcleo. Porém, como algumas famílias se utilizavam de castigos físicos (e alguns extremamente severos) para impor a disciplina aos seus filhos, algumas medidas foram tomadas, visando a proteção das crianças. O dia 10 de dezembro de 1948 representa um marco na história, pois foi promulgada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esse documento tem o objetivo de garantir à humanidade direitos fundamentais, em igualdade de condições, objetivando ao homem uma vida digna e mais igualitária. Os países signatários desse documento, comprometeram-se junto à Organização das Nações Unidas (ONU), na cooperação e promoção dos direitos e liberdades fundamentais dos seres humanos.

6 6 O Brasil participou do processo e ratificou a Declaração em 1962, permanecendo ausente das discussões e conferências internacionais de 1964 a 1985, quando vivenciou o período da ditadura militar. Com o processo de redemocratização é promulgada em 1988 a Constituição Cidadã, que pretende garantir os direitos básicos aos cidadãos brasileiros, inspirada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Embora esse documento abrangesse todos os seres humanos, não foi considerado suficientemente específico com relação às crianças, e, em 20 de novembro de 1959, a Assembleia Geral da ONU, entendendo que a criança necessita de uma proteção especial que assegurasse o seu pleno desenvolvimento físico, psíquico e social, promulgou a Declaração Universal dos Direitos da Criança. Esse documento foi determinante para o desenvolvimento de uma nova forma de compreensão dos direitos das crianças, em suas peculiaridades. De acordo com seu princípio VI: A criança necessita de amor e compreensão, para o desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade; sempre que possível, deverá crescer com o amparo e sob a responsabilidade de seus pais, mas, em qualquer caso, em um ambiente de afeto e segurança moral e material; salvo circunstâncias excepcionais, não se deverá separar a criança de tenra idade de sua mãe. A sociedade e as autoridades públicas terão a obrigação de cuidar especialmente do menor abandonado ou daqueles que careçam de meios adequados de subsistência. Convém que se concedam subsídios governamentais, ou de outra espécie, para a manutenção dos filhos de famílias numerosas. (ONU, 1959, princípio VI). Era o primeiro passo para o avanço no Brasil, obtido a partir da Constituição de Federal 1988, que estabeleceu a base para a formulação do Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei Federal 8.069, de 13 de julho de O Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) representou um marco para o reconhecimento das crianças e adolescentes como cidadãos, dignos de direitos e proteção, devido a sua condição peculiar de desenvolvimento. Entendeu também que a criança é digna de prioridade absoluta. Envolveu toda a sociedade na proteção das crianças e o Estado na responsabilidade do desenvolvimento de políticas públicas que garantisse a todas as crianças e adolescentes os seus direitos fundamentais. Criou o Conselho Tutelar, órgão de proteção dos direitos de crianças e adolescentes, composto por representantes da sociedade civil, que, entre outras funções, recebe denúncias de casos de violações de direitos e tomam medidas protetivas às crianças e adolescentes, determinadas pelo ECA.

7 7 Após 24 anos da promulgação do ECA, devido aos inúmeros casos de violência doméstica contra a criança, foi promulgada a Lei Federal de 26 de junho de 2014, conhecida popularmente como Lei da Palmada. Essa lei proíbe o uso de quaisquer castigos físicos e meios de tratamento cruéis ou degradantes nas práticas educativas de crianças e adolescentes. A implementação da lei gerou repercussão em segmentos da sociedade brasileira. Muito se discutiu a respeito da proibição dos tapas educativos nas crianças, demonstrando o quanto as práticas educativas associadas ao castigo físico fazem parte da cultura na disciplina de crianças e adolescentes. Ainda com o intuito de proteger e assistir às crianças e adolescentes, principalmente aquelas vítimas de violência, garantindo seus direitos, em 2017, foi promulgada a Lei Federal , de 04 de abril de Essa lei pretende normatizar e organizar o sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes e criar mecanismos para prevenir e coibir a violência. Dessa forma, percebe-se que no Brasil as medidas legais têm avançado no que se refere à proteção de crianças e adolescentes, inspiradas na Declaração dos Direitos Humanos. Porém os aspectos histórico culturais precisam ser revistos e trabalhados pela sociedade, para que se tornem efetivas as alterações legais. 2.2 ESTILOS PARENTAIS E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA Embora o Brasil tenha avançado no aspecto legal com relação a proteção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes, pesquisadores como Marques (2010) relatam que poucos países avançaram nessa questão e ainda permitem que sejam administradas práticas educativas parentais violentas na educação de crianças, mesmo que elas representem uma violação dos direitos humanos. Proposto pela primeira vez por Baumrind em 1966, os estilos parentais relacionamse ao padrão com que se realiza o processo de interação pais e filhos, que envolvem as estratégias utilizadas pelos pais para atingir objetivos específicos em diferentes domínios (BAUMRIND, 1966, p. 888). De acordo com Marques (2010) os estilos parentais são definidos como um conjunto de atitudes para com a criança, favorecendo um tipo de

8 8 ambiente emocional, no seio do qual os comportamentos parentais se expressam. (MARQUES, 2010, p. 27). As estratégias que determinam cada um dos estilos parentais são definidas como práticas educativas parentais. Essas funcionam como fator de risco (com resultados negativos para o desenvolvimento da criança, que podem ameaçar sua integridade) ou fator de proteção para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. A proteção é alcançada através de transmissão de ensinamentos que promovem melhoria das respostas adaptativas aos variados ambientes de interação desses sujeitos. (PATIAS et al, 2012, p. 983). Sabendose que, algumas famílias obtêm melhores resultados nesse processo educacional e para uma maior compreensão de como se realiza essa interação entre pais e filhos mediado pelas práticas educativas, faz-se necessário o estudo dos diferentes estilos parentais. De um modo geral, as práticas educativas dizem respeito a forma como os pais educam seus filhos. As práticas educativas parentais são descritas como um leque de comportamentos, utilizados pelos pais na sua ação educativa, que pretendem atingir determinado objetivo. São estratégias, técnicas e métodos que os pais aplicam. (MARQUES, 2010, p. 27). É por meio dessas práticas educativas que valores, conhecimentos, normas e regras são transmitidos às crianças, determinando seu comportamento e atitudes perante a sociedade. Inicialmente, aspectos biológicos tendem a ser importantes fatores de influência: porém, mais tarde, a ação do ambiente possui maior força, e é aí que se inserem as práticas educativas parentais. De fato, o modo de criação adotado pela família para educar a criança é fundamental para seu desenvolvimento e para a construção de sua identidade. (PATIAS et al, 2012, p. 984). Ao longo dos anos, o estudo com relação aos estilos parentais foi se desenvolvendo e surgiram modelos diferentes para abordar esse tema. Gomide (2014) propôs em 2004, um modelo de estilos parentais composto por sete tipos, sendo dois considerados positivos e cinco negativos. Dentre os dois positivos, tem-se práticas monitoria positiva e comportamento moral. Nesses, são constantes o afeto dos pais na sua relação com os filhos e seu acompanhamento e atenção, que proporcionam às crianças, segurança e transmissão de valores presentes nos comportamentos dos próprios pais. De acordo com Toni & Hecaveí

9 9 (2014), as práticas positivas transmitem confiança, amor e carinho, colaborando para o desenvolvimento de comportamentos prossociais (TONI & HECAVEÍ, 2014, p. 511). Dentre os cinco tipos de práticas educativas parentais negativas propostos por Gomide (2014), tem-se o abuso físico, a disciplina relaxada, a monitoria negativa, a negligência e a punição inconsistente. Todos esses tipos de práticas parentais negativas, geram consequências potencialmente prejudiciais a crianças e adolescentes. As práticas negativas tendem a ser geradoras de conflitos entre pais e filhos, desencadeiam estresse, desconfiança, abusos físicos, e podem levar a comportamentos antissociais. (TONI & HECAVEÍ, 2014, p. 511). As práticas educativas negativas envolvem negligência, ausência de atenção e afeto; o abuso físico e psicológico, caracterizado pela disciplina através de práticas corporais negativas, ameaça e chantagem de abandono e de humilhação do filho; a disciplina relaxada, que compreende o relaxamento das regras estabelecidas; a punição inconsistente, em que os pais se orientam por seu humor na hora de punir ou reforçar e não pelo ato praticado; e a monitoria negativa, caracterizada pelo excesso de instruções independente de seu cumprimento e, consequentemente, pela geração de um ambiente de convivência hostil. (GOMIDE, 2014, p. 8). Devido a aspectos históricos, culturais e sociais, os pais e/ou responsáveis exercem sobre as crianças um poder, que se caracteriza por uma relação de dominação do mais forte para com o mais fraco. Longo (2005) reafirma essa informação ao argumentar que: Há, em diversas sociedades e também na sociedade brasileira, uma cultura, comum a todas as classes sociais, que reflete a dificuldade de reconhecer o outro como um sujeito de direito e permite práticas de violência corporal as mais variadas. (...) Essa cultura mantém a ideia de que os pais têm o direito e o dever de punir seus filhos a fim de melhor educá-los para o convívio em sociedade, corrigindo sua natureza pecaminosa ou perversa e enquadrando-os no bom caminho. (LONGO, 2005, p.103). De acordo com Marques (2010), alguns fatores são apontados na literatura como relacionados a práticas educativas parentais consideradas violentas. Dentre esses, o temperamento difícil das crianças pode influenciar o estilo de parentalidade do adulto, assim como pais que possuem histórico de maus tratos na infância, o elevado nível de stress familiar, dificuldades financeiras e pais com histórico de psicopatologia.

10 10 As práticas educativas parentais violentas como formas de educar crianças passam a ser adotadas no Brasil desde o período colonial. Surgiram mais especificamente ligadas à pedagogia imposta pelos padres jesuítas da Companhia de Jesus, que trouxeram da Europa a prática de disciplinar as crianças por meio dos castigos físicos, medida que até então, era desconhecida e não foi apreciada pelos indígenas nativos (DEL PRIORE, 2010). As práticas disciplinares envolvendo a punição física foram impostas não somente no ambiente familiar, mas foram implantadas pelas instituições de ensino brasileiras. Assim, percebe-se que esse conjunto de ideologias é herança de uma sociedade patriarcal, adultocêntrica e autoritária, na qual à criança sempre esteve reservado um lugar menor, o lugar do não ser, da punição, do desrespeito, da humilhação, da violência. (LONGO, 2005, p. 104). Assim como apontado por Longo (2005), Marques (2010) ressalta que na literatura não há um consenso sobre o uso de punição física na educação de crianças. Segundo esse, alguns especialistas chegam a defender o uso de punições corporais de forma condicional. Longo (2005), ao investigar os manuais de orientação para pais no Brasil, também verificou autores que defendiam tal posição. Em pesquisa aos manuais de educação familiar publicados no Brasil entre os anos de 1981 e 2000, destinados a orientação aos pais no que se refere a educação de crianças, encontrou em 10, dos 36 livros, autores que defendem as punições corporais como práticas educativas eficazes, o que demonstra que, embora muito avanço tenha sido obtido, ainda há muito o que avançar no que se refere ao esclarecimento sobre as punições corporais de crianças e adolescentes. O poder dos pais, exercido sob a justificativa da educação à criança, que se impõe através de castigos corporais, ameaças, gritos e xingamentos é considerado atualmente violência doméstica contra a criança. Trata-se da violação de seus direitos por quem teria a obrigação de, justamente, lutar pela sua garantia. De acordo com Day et al (2003) a violência intrafamiliar pode ser definida como: Toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de um membro da família. Pode ser cometida dentro e fora de casa, por qualquer integrante da família que esteja em relação de poder com a pessoa agredida. Inclui também as pessoas que estão exercendo a função de pai ou mãe, mesmo sem laços de sangue. (DAY et al, 2003, p. 10).

11 11 Esse autor ressalta que o termo violência doméstica envolve além das pessoas que têm convivência no mesmo espaço, aquelas que não necessariamente pertencem à mesma família, mas possuem alguma convivência, como os empregados, amigos da família e possíveis agregados, sendo o termo violência doméstica mais abrangente, nos remetemos a ele quando falamos da violência sofrida pela criança no ambiente doméstico e familiar. A violência doméstica contra a criança se apresenta de quatro formas: a violência física, a violência psicológica, a violência sexual e a negligência. Entende-se por violência física, aquela que ocorre quando alguém causa ou tenta causar dano por meio de força física, de algum tipo de arma ou instrumento que possa causar lesões internas, externas ou ambas. (DAY et al, 2005, p. 10). Apontado pela literatura como a forma de violência mais evidente, pois deixa, muitas vezes, marcas visíveis pelo corpo da criança é também, segundo as estatísticas DATASUS SINAN-NET (2017), o tipo de violência doméstica contra a criança com maior número de notificações. Day et al (2003) ressalta que a violência física possui um caráter disciplinador, que vai da palmada ao espancamento. Esse autor entende que embora não se tenha um consenso do que seria um método educacional considerado violento, a legislação brasileira compreende qualquer prática educacional que atinja o corpo da criança é entendida como violenta. (Day et al, 2003). De difícil detecção, a violência psicológica inclui toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano a autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. (DAY et al, 2003, p. 10). De Antoni (2012), aponta a violência psicológica como presente em quase todos os outros tipos de violência contra a criança, embora não seja facilmente identificada. A violência sexual é toda ação na qual uma pessoa, em situação de poder, obriga uma outra à realização de práticas sexuais, utilizando força física, influência psicológica ou uso de armas ou drogas. (DAY et al, 2003, p. 11). A violência sexual contra a crianças no ambiente doméstico envolve também, em alguns casos, o tabu do incesto. A negligência é a omissão de responsabilidade de um ou mais membros da família em relação a outro, sobretudo àqueles que precisam de ajuda por questões de idade ou alguma condição física, permanente ou temporária. (DAY et al, 2003, p. 10). Quando os pais ou responsáveis falham em prover os cuidados de saúde, nutrição, higiene pessoal, vestimenta, educação, habitação e sustentação emocional, e quando tal falha não é o resultado das condições de vida além do seu controle. (DAY et al, 2003, p. 13).

12 12 A literatura aponta que os pais tendem a cometer os atos de violência doméstica sob a justificativa de educar as crianças, de disciplinar. De acordo com Weber et al (2004): Para mudar as atitudes dos pais é preciso entender o que os leva a baterem em seus filhos. Em verdade, a punição corporal é utilizada principalmente pela produção de um efeito imediato, mas também pela falta de conhecimento os pais sobre as fases do desenvolvimento infantil, sobre outras estratégias educativas e sobre os malefícios da educação coercitiva.(weber et al, 2004, p.229). A criança vítima de violência doméstica pode apresentar consequências a curto e médio prazos e por toda a vida. Sua manifestação pode envolver os aspectos físicos, psicológicos, cognitivos, comportamentais, afetivos, sexuais, entre outras, comprometendo seu desenvolvimento saudável. A literatura também aponta como consequência da vivência da violência na infância, a possiblidade da criança se tornar um adulto que reproduza esse tipo de comportamento violento nas suas relações interpessoais e parentais. (DAY et al, 2003; HABIGZANG & KOLLER, 2012). Ao conceituar-se a violência doméstica contra a criança e seus tipos, percebe-se o quanto há de semelhanças entre essa e os estilos parentais negativos propostos por Gomide (2014). Há uma correlação entre esses conceitos e o conceito de disciplina, que é muitas vezes, utilizado como a justificativa para a adoção dessas práticas violentas. 2.3 A DISCIPLINA E A VIOLAÇÃO DE DIREITOS NO EXERCÍCIO DO PODER O conceito de disciplina relaciona-se a um tipo de poder, que pretende exercer o controle sobre o outro. A disciplina é comumente confundida com o castigo, especialmente por cuidadores que utilizam castigo físico com o objetivo de corrigir e modificar o comportamento da criança. Contudo, o uso da punição é, muitas vezes, o reflexo da raiva e do desespero dos pais, e não uma estratégia pensada para encorajar a criança a compreender o que é esperado dela. (MARQUES, 2010, p. 31).

13 13 Para Marques (2010) a disciplina corresponde aos métodos utilizados no ensino do autocontrole e dos comportamentos socialmente adequados, existindo diversos tipos, sendo possível oscilar entre o reforço e a punição. (MARQUES, 2010, p. 27). Foucault (2010) ao tratar da questão da disciplina discorre que, na época clássica, o corpo foi considerado objeto de poder, adquirindo assim uma grande importância pois constatou-se o potencial treinável deste corpo, que se pode modelar para a obediência, desenvolver suas habilidades e aumentar sua força. Destaca que é dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado (FOUCAULT, 2010, p. 132). Assim, justifica-se uma busca pela excelência, por melhores resultados advindos de mecanismos disciplinadores. A disciplina se apresenta como uma forma de condução à perfeição. É um formato de poder: o poder disciplinar. Seria a maneira de aperfeiçoar e de se obter os melhores resultados através das técnicas disciplinares, que tendem a tornar-se cada vez mais complexas e assim, dar a ideia de que há um aprimoramento progressivo dos bons comportamentos. O poder disciplinar assume a função de adestramento que se apropria cada vez mais e melhor do corpo do outro que se submete. A disciplina fabrica indivíduos; ela é a técnica específica de um poder que toma os indivíduos ao mesmo tempo como objetos e como instrumentos de seu exercício. (FOUCAULT, 2010, p. 164). Em se tratando do conceito foucaultiano de disciplina, observa-se que está intimamente relacionado um mecanismo de controle e poder, exercido em nossa sociedade desde tempos remotos até a atualidade, modificando suas técnicas, mas com o mesmo objetivo: controle, produtividade baseada na codificação instrumental do corpo, docilidade. Quando se percebe um corpo que não se adapta a essa condição imposta pelo poder disciplinar, um corpo que comporta-se como transgressor, esse sofre uma punição, uma sanção, que também vem se modificando ao longo da história, mas possui uma associação considerável aos castigos corporais, aos suplícios. Percebe-se que essa associação é bastante comum em nossa sociedade no que toca à imposição da disciplina de pais e responsáveis contra crianças, que muitas vezes, se apoderam da sua autoridade e cometem agressões físicas contra essas crianças justificando a tentativa de discipliná-las. O poder pretende adestrar o corpo, torná-lo eficaz. Seu objetivo final é controlar os homens, gerenciando suas vidas, utilizando-se de suas potencialidades e aprimorando gradualmente suas habilidades, para valer-se delas ao máximo. Através do poder disciplinar que Foucault (2013), considera que o corpo se torna força de trabalho.

14 14 O poder aqui trata-se daquele com características ligadas à coisificação da criança, à sua desconsideração, a sua subjugação como sujeito de direitos, como pessoa humana em processo de desenvolvimento. Um poder do qual os pais e responsáveis se apropriam, que para Foucault, trata-se apenas do exercício de um poder disciplinar. Vários são os atores violadores desses direitos, porém, têm destaque nesse cenário a mãe e o pai. Admite-se, embora com certa estranheza, que a família figure como transgressora desses direitos, uma vez que deveria se esforçar por buscar a garantia e proteção desses direitos. 2.4 AS CONSEQUÊNCIAS PARA AS CRIANÇAS Essas práticas que envolvem a violência doméstica e os inúmeros tipos de coerção, são causas de problemas psicológicos e comportamentais de crianças e adolescentes (PATIAS et al, 2012, p. 985). Toni & Hecaveí (2014), apontaram como uma das consequências das práticas educativas parentais negativas os impactos do rendimento acadêmico de crianças. Observaram em sua pesquisa que quanto maior o envolvimento dos pais no desenvolvimento educacional de seus filhos, melhor desempenho acadêmico eles apresentaram. De acordo com Patias et al (2012), as punições físicas e práticas educativas negativas (coercitivas e negligentes) podem provocar emoções intensas como a hostilidade, o medo e a ansiedade nas crianças, prejudicando suas respostas adaptativas. Os comportamentos agressivos tendem a ser repetidos com os pares, sendo apenas essa a forma que tais crianças percebem como possíveis na resolução de problemas, ou seja, seu repertório é limitado. A negligência e a falta de acompanhamento adequado dos pais pode levar a insegurança e sentimentos de baixa autoeficácia na criança, o que colabora para o desenvolvimento de outros problemas de comportamento e dificuldades escolares; sem habilidades sociais para resolver problemas, solicitar ajuda e expressar pensamentos e sentimentos, a criança pode isolar-se e deixar de buscar ajuda para suas dificuldades. (TONI & HECAVEÍ, 2014, p. 517).

15 15 Aqueles pais que exercem uma vigilância excessiva, tendem a interferir de forma negativa na autoestima dos filhos e no estabelecimento de sua autonomia. Segundo Patias et al (2012), os agressores tendem a despertar nas crianças emoções negativas (medo) e comportamentos de fuga. Essas práticas agressivas de impor disciplina, além de comprometer a capacidade de adaptação das crianças, influenciam sua autopercepção. Percebe-se então que estratégias educativas coercitivas comprometem o desenvolvimento de crianças e adolescentes, estando associadas tanto à emissão de comportamentos agressivos quanto a dificuldades para internalizar regras e valores. (PATIAS et al, 2012, p. 987). Marques (2010) também aponta que os pais que se utilizam de práticas educativas parentais negativas (frieza, punição, raiva, desapego, rejeição, para citar alguns aspectos de tais práticas), tendem a desenvolver nas crianças manifestações com elevados níveis de desobediência, desafiadoras, de temperamento difícil e cada vez mais agressivas. 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, entende-se que as famílias cujos estilos parentais adotam práticas educativas que envolvem o uso de violência doméstica, como os estilos negativos propostos por Gomide (2014), constituem-se violações dos direitos humanos de crianças e adolescentes e são responsáveis por sérias consequências negativas no desenvolvimento desses sujeitos. As práticas educativas parentais negativas estão presentes no cotidiano das famílias brasileiras como herança do período colonial. Com o passar dos anos, com o reconhecimento da infância como um período peculiar de desenvolvimento humano, algumas práticas foram sendo aperfeiçoadas, buscando educar as crianças para a vida em sociedade de uma maneira mais humana e respeitando a criança como cidadã digna de direitos. Porém, de acordo com a literatura, o Brasil ainda vivencia práticas educativas violentas contra a criança com o objetivo de discipliná-las. As estatísticas indicam elevado número de casos de violência doméstica contra a criança e nesses casos, essas práticas são empregadas, embora já exista no país um arcabouço legal que determina a abolição de qualquer tipo de atitude violenta contra a criança, mesmo sob a justificativa de medida educativa ou disciplinar.

16 16 O poder disciplinar exercido pelos pais, que tende a considerar a criança como objeto de propriedade do adulto ainda é exercido de forma equivocada. Muitos pais ainda recorrem a esse tipo de prática por desconhecer uma forma alternativa na educação dos filhos. Outros, reproduzem o modelo utilizado por seus pais. Conclui-se que é necessário o esclarecimento dos pais com relação à legislação e uma maior divulgação de formas alternativas e eficazes de educação de crianças e adolescentes, envolvendo o diálogo e uma forma mais afetuosa de lidar com os filhos de maneira mais positiva, sem violar seus direitos de ser humano e minimizando as consequências negativas para o seu desenvolvimento. 4 - REFERÊNCIAS: ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro, RJ: ed. LTC, 2ª ed BAUMRIND, D. Effects of authoritative controlo n child behavior. Child Development, 37, p , Disponível em: < Acesso em:15jun2017. BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente [recurso eletrônico]: Lei n. 8069/90 de 13 de julho de 1990, e legislação correlata. 13 ed. Brasília: Câmara dos deputados, Edições Câmara, Disponível em < Acesso em 11abr2016. BRASIL. Lei Federal nº de 26 de junho de Disponível em: < Acesso em 26jan2017. BRASIL, Lei Federal nº , de 04 de abril de Estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Brasília: Presidência da República, Disponível em: Acesso em 18jun2017. CECCONELLO, A. M., DE ANTONI, C., KOLLER, S. H. Práticas educativas, estilos parentais e abuso físico no contexto familiar. In.: Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. esp. P , Disponível em: Acesso em: 10jun2017. DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (DATASUS). Sistema de Informação de agravos de notificação. Ministério da Saúde (MS). Disponível em:

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