Agro-Combustíveis e segurança alimentar

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1 Agro-Combustíveis e segurança alimentar Jean Marc von der Weid Novembro/2008 Não há dúvida de que estamos vivendo o início de uma grave crise alimentar mundial. Após décadas de excedentes na produção agrícola mundial, os estoques desceram para seus níveis históricos mais baixos desde os anos 70, e não há perspectivas de melhoras para o futuro imediato. As metas de redução do número de famintos no mundo, aprovadas na Conferência Mundial de Alimentação realizada pela FAO, em 1996, não foram alcançadas em 10 anos de esforços e, pior ainda, a incidência da fome voltou a crescer nos últimos dois anos, depois de uma redução bastante modesta. Calcula-se que os que passam fome são hoje perto de 900 milhões, quase 40 milhões a mais do que em Não apenas a produção de alimentos não está acompanhando o aumento da demanda mundial como os custos de produção estão em franca ascensão por várias razões. Os custos da produção alimentar, no modelo da revolução verde, dependem sobretudo dos preços dos insumos como sementes, adubos químicos, agrotóxicos e combustíveis. Os preços internacionais médios dos fertilizantes fosfatados subiram de U$ 250 por tonelada, em 2007, para U$ em julho de Os adubos à base de potássio aumentaram de U$ 172 para U$ 500 no mesmo período. A tonelada de adubo nitrogenado foi de U$ 277 para U$ 450. Parte destes aumentos se deve ao aumento dos preços do petróleo, mas, no que concerne à produção de adubos à base de fósforo e de potássio, a acelerada exaustão das reservas destes minérios em todo o mundo também tem um efeito importante. O próprio aumento dos preços do petróleo, causado pela demanda em expansão acelerada e também pelo esgotamento das reservas mais importantes e de menor custo de extração, incide sobre os custos de vários elementos constituintes dos processos de produção agrícola, de combustíveis a insumos, passando por infra-estruturas (que trazem um custo energético embutido). Os preços do petróleo subiram a níveis assustadores até Julho de 2008, chegando a U$140 por barril, para cairem vertiginosamente e situarem-se no entorno dos U$60 a 70 por barril após a eclosão da crise financeira em Outubro último. A especulação e a manipulação do mercado de petróleo explicam em parte esta oscilação, mas há uma tendência de fundo de subida dos preços e de esgotamento das reservas que coloca um gravíssimo problema para o futuro da economia mundial em prazos muito curtos. O tamanho e a duração da crise econômica corrente e seus impactos na demanda de energia fóssil podem esticar o uso das reservas de petróleo por mais alguns anos, mas o fim da era do combustível fóssil se situa no horizonte dos próximos 20 a 30 anos. A crise energética, combinada com a consciência crescente dos impactos do uso dos combustíveis fósseis na geração de gases de efeito estufa, vem gerando uma demanda de produção de agro-combustíveis, apresentados como sustentáveis e renováveis e sem ou com pouco impacto

2 2 no aquecimento global. Não cabe aqui discutir estas afirmações, mas sim verificar como a produção de agro-combustíveis pode impactar a produção de alimentos no mundo e no Brasil em particular. Um estudo, publicado na revista New Scientist, em Setembro de 2006, indica que a substituição de 10% da demanda energética mundial total projetada para 2030 exigiria o uso de 290 milhões de hectares de terras cultiváveis. O estudo usou como agro-combustíveis os produtos chamados de segunda geração, mais eficientes na produção de energia a partir de biomassa do que os atualmente utilizados, o etanol de cana de açúcar ou de milho ou ainda o biodiesel produzido a partir de soja, colza, palma de azeite, pinhão manso, etc. O estudo calculou a área ainda disponível no mundo para a expansão da produção agrícola e chegou a um valor entre 250 e 300 milhões de hectares. Se toda a área disponível fosse utilizada para a produção de agro-combustíveis teríamos um déficit de 40 milhões ou um superávit de 10 milhões de hectares. Ocorre que a área necessária para cobrir a demanda de alimentos no ano de 2030 foi calculada em 200 milhões de hectares além dos presentemente cultivados para este fim. Além disso, a área necessária para produzir matéria prima para as indústrias de madeira e de papel foi calculada em mais 25 milhões de hectares. O balanço destas várias demandas aponta para um déficit de terras cultiváveis da ordem de 215 a 255 milhões de hectares. Em outras palavras, mesmo um objetivo tão modesto, como a substituição de apenas 10% da demanda energética total em 2030, já provocaria um enorme problema na produção de alimentos e de outras matérias primas agrícolas. A solução para suprir este déficit de terras cultivadas seria a exacerbação dos desmatamentos com efeitos desastrosos para o meio ambiente e para o aquecimento global. A realidade, entretanto, pode ser ainda mais sombria, pois o estudo em questão não levou em consideração as tendências mundiais de perdas de solos cultiváveis. Estudo da FAO, de Julho de 2008, prevê perdas de solos cultiváveis da ordem de 500 milhões de hectares nos próximos 10 anos, apenas no chamado Terceiro Mundo, por erosão e poluição química. Por outro lado, a mesma organização das Nações Unidas calcula que 37% dos cerca de 1,5 bilhão de hectares de terras cultivadas no mundo já foram degradadas desde os anos 40. O impacto químico das práticas agrícolas, provocado pelo modelo da Revolução Verde, foi responsável por 40% desta degradação. Somando as perdas de solo previstas com as necessidades de novas terras para responder aos vários tipos de demanda acima apontados e comparando com as disponibilidades de solos cultivados no mundo, surgem déficits da ordem de 700 a 750 milhões de hectares. Os efeitos das mudanças climáticas previstas pelo Painel Intergovernamental (IPCC) apontam para perdas médias de produtividade agrícola de 5% para o ano de 2020 e de entre 11% e 20% no ano de 2050, nas regiões tropicais, na hipótese mais otimista para o aumento de temperatura. Na hipótese mais pessimista, estas perdas seriam de 11% e de 46% respectivamente.

3 3 Finalmente, é preciso lembrar que a disponibilidade de água para a agricultura está em queda pelo esgotamento acelerado das reservas dos aqüíferos e pelo uso cada vez mais importante dos mesmos recursos para suprir a demanda das populações urbanas. O impacto deste processo na agricultura não foi calculado, mas sabe-se que perto de 35% da produção mundial de alimentos depende de irrigação. Este quadro catastrófico aponta para a necessidade de se discutir o modelo de produção agrícola e as prioridades no uso de recursos naturais (solo e água) cada vez mais escassos frente a uma população mundial que deve crescer cerca de 50% antes de se estabilizar. Além de não resolver a crise energética, a produção de agro-combustíveis vai agravar ainda mais a crise alimentar mundial. A situação do Brasil neste quadro é relativamente favorável. Por um lado, ainda temos um potencial de crescimento de produção agrícola significativo tanto em terras ainda não exploradas como em incrementos de produtividade a serem conquistados, mesmo se aplicado o paradigma tecnológico da Revolução Verde. No entanto, devemos lembrar que as áreas ainda não exploradas se situam em ecossistemas mais frágeis os quais, se mal manejados, se deterioram muito rapidamente. Infelizmente, o histórico da exploração agrícola brasileira indica que ainda prevalece uma filosofia mineradora do uso dos recursos naturais renováveis. Ainda vivemos a ilusão do território infinito, que permitiria o uso predatório dos solos, água e da biodiversidade com o abandono progressivo das áreas desgastadas e a ocupação da fronteira agrícola. O governo brasileiro e o agronegócio interessado nos agro-combustíveis imaginam poder dedicar 20 milhões de hectares para a produção do etanol de cana de açúcar sem desmatamento e sem prejudicar a produção de alimentos. Não se discute qual a área necessária para a produção de biodiesel, talvez porque esta alternativa está-se mostrando pouco viável sem subsídios pesados, ao menos enquanto durar a crise global que vem deprimindo os preços do petróleo e tornando as alternativas menos atraentes. Os formuladores da política de agro-combustíveis no Brasil pretendem que o enorme aumento previsto para a área cultivada de cana de açúcar não vai competir com as áreas de culturas alimentares ou provocar desmatamentos porque, segundo eles, a mesma vai ocorrer em áreas de pastagens degradadas. As áreas de pastagens nativas no Brasil, onde se encontrariam estas áreas degradadas, alcançam quase 80 milhões de hectares. Teoricamente, este território seria mais do que suficiente para que a expansão da cana se faça tal como pretende o governo e o agronegócio canavieiro. Entretanto, é preciso lembrar que estamos em um país capitalista e que não há forma de se impedir que empresários rurais que produzem culturas, alimentares ou não, convertam suas terras para cana, cultura que se apresenta com boas perspectivas de rentabilidade e com um mercado garantido pelo governo. Na busca dos lucros fáceis na cultura da cana, os empresários vão seguir a lógica de buscar as melhores terras para cana e estas não são, evidentemente as das pastagens degradadas. Isto fica mais evidente quando as previsões de expansão da cana estão centradas em um quadrilátero que inclui os estados de São Paulo, norte

4 4 do Paraná, sul de Minas Gerais e sudeste de Goiás. São Paulo já concentra 2/3 da produção de etanol atualmente; e, das 50 novas usinas previstas no plano de expansão, 30 vão localizar-se neste estado. Entre 1990 e 2003, a expansão da cana de açúcar em São Paulo implicou o uso de mais de um milhão de hectares, enquanto as áreas de culturas de milho, feijão, arroz e trigo sofreram uma redução de quase 500 mil hectares. As áreas de laranja, café e algodão reduziram-se em quase 700 mil hectares. A única cultura com algum crescimento significativo (fora a cana) foi a soja, com 80 mil hectares. Estes dados demonstram que o capital investido na indústria canavieira procura as melhores terras e a proximidade do principal mercado consumidor, a região Sudeste. Uma pesquisa, realizada pelo professor Ariovaldo Umbelino, da USP, avaliou a variação das á- reas de culturas nos municípios brasileiros em que a expansão da cana, entre 1990 e 2006, foi superior a 500 hectares. O professor constatou que houve uma redução de 261 mil hectares na área cultivada com feijão e de 340 mil hectares na área cultivada com arroz. Estas áreas poderiam ter produzido 400 mil toneladas de feijão (12% da produção nacional) e um milhão de toneladas de arroz (9% da produção nacional). Nos mesmos municípios, reduziu-se em 460 milhões de litros a produção de leite e em 4,5 milhões de cabeças o rebanho de gado bovino. Se a expansão já ocorrida nos últimos 13 ou 16 anos, segundo uma ou outra das pesquisas citadas, já teve fortes efeitos no deslocamento de culturas alimentares e de outras culturas, nada permite pensar que a expansão prevista no plano atual venha a fazer-se sem estender este impacto. É bom notar que a expansão da cana não provocou uma redução no tamanho do rebanho bovino nacional. Muito embora parte da mesma tenha se dado em áreas de pastagens, ocorreu um deslocamento das áreas de pastagem para a região norte. Uma pesquisa de Assis e Zucarelli indicou que, entre 2002 e 2005, o rebanho bovino nesta região cresceu em 11 milhões de cabeças. As taxas de crescimento nos estados do Pará, Rondônia, Amazonas e Tocantins foram, respectivamente, de 48,1%, 41,2%, 33,7% e 14,3%. No mesmo período, a taxa de expansão dos rebanhos a nível nacional foi de apenas 5,9%. Esta expansão foi o principal agente dos desmatamentos na região; e isto prova que, se a cana não se expande significativamente na mesma, o efeito indireto da sua expansão em outras áreas implica sim o aumento da degradação ambiental no país como um todo. A aposta nos agro-combustíveis como substituto possível para (pelo menos) a gasolina e o diesel, além de competir por recursos naturais e por investimentos com a produção de alimentos, não altera um elemento essencial do custo de produção destes últimos. O custo energético na produção de alimentos tornou-se altíssimo enquanto durou a era do petróleo barato. Agora que os combustíveis fósseis vão se tornando mais raros e mais caros, o sistema produtivo agrícola encontra-se altamente dependente destes insumos, e seus preços sobem na mesma proporção. Em uma estratégia de redução dos custos de produção agrícola, seria necessário adotar sistemas que economizassem combustíveis, quer na mecanização, quer no uso de insumos, os quais

5 5 são altos consumidores de energia fóssil, como os adubos e os agro-tóxicos. Paralelamente, com a crise anunciada da redução das reservas de água em todo o mundo, seria necessário adotar sistemas produtivos que fossem econômicos no uso deste recurso natural. Finalmente, com os índices crescentes de perdas de solos pelo sistema de produção agrícola baseado no paradigma da Revolução Verde, seria necessário adotar modelos produtivos que recuperassem e conservassem os solos. Tudo isto aponta para a necessidade de se alterarem profundamente os modelos de produção agrícola e convertê-los para sistemas agro-ecológicos.

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