Emancipação Política do Brasil

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1 Emancipação Política do Brasil Brasil: Colônia de Portugal. Submetido ao Pacto Colonial só pode comerciar com a Metrópole (Portugal) Insatisfação: altos impostos e autoritarismo Revoltas No Brasil Conjuração a) Conjuração Baiana: Baiana (quando: 1798; onde: Salvador; contra: altos impostos e maus-tratos aos negros e descendentes. Líderes: Cipriano Barata e Agostinho Gomes; Propôs: Independência, proclamação da República, abertura dos portos às outras nações; baixos impostos;fim dos maustratos) Conjuração a) Conjuração Mineira: Mineira: quando: 1788; onde: Minas Gerais-Vila rica; contra: derrama-cobrança forçada de impostos atrasados, e, as vantagens dadas aos portugueses no exército. Propôs: Independência de MG-Proclamação da República; Líderes: Tomas Antonio Gonzaga; Claudio Manuel da Costa; Inacio de Alvarenga; Oliveira Rolim; Joaquim Silveiro dos reis; Alferes Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes)

2 Tiradentes *Tiradentes foi o Bode expiatório Da Conjuração Mineira ou Inconfidência Mineira. Este movimento tinha idéias LIBERAIS e REPUBLICANAS e desejava o fim do pacto colonial. *Tomando o exemplo dos EUA< os mineiros queriam a independência de MG *IMPOSTOS: Quinto (20% ouro em pó) Cem arrobas Derrama (acumulação da dívida não paga através da intensificação da cobrança: confiscavam objetos de ouros e bens) *Elite mineira ameaçada de perder seus patrimônios instaura uma junta de governo: líder Tomas A. Gonzaga *Joaquim Silverio entrega os planos par ao governador em troca de perdão: prisão dos envolvidos e morte para Tiradentes.

3 Revolução Pernambucana A chegada da Família real em 1808 estabeleceu maior liberdade econômica às elites agro-exportadoras do país. Contudo, estas regalias também foram seguidas pela ELEVAÇÂO DE IMPOSTOS Para o financiamento de conflitos em que D. João VI havia se envolvido. Em PERNAMBUCO, os fazendeiros passavam por uma crise porque o algodão e o açúcar desvalorizavam no mercado internacional e as exportações estavam cada vez menores.deste modo, tinham grandes dificuldades para pagar os impostos. Em março de 1817 os fazendeiros e outros brancos livres organizaram um movimento de protesto contra a cobrança destes impostos: A Revolução Pernambucana. O exército real de D. João foi enviado para reprimi-los, mas foram derrotados. Os revoltosos tomaram o poder em PE e governaram a província provisoriamente através de 5 membros.a coroa portuguesa reagiu e enviou mais tropas para repressão. A revolução acaba com a invasão do exército real e morte dos líderes do movimento.

4 A vinda da Corte para o Brasil: Napoleão- Bloqueio Continental 1806 proíbe relações comerciais com a Inglaterra Falta de definição dos portugueses leva Napoleão a mandar Junot invadir Portugal em 1807 Ingleses sugerem que a corte mude-se p/ o Brasil Em torno de 15 mil pessoas da corte- quem era esta corte? Viagem: higiene precária Atraque em Salvador, posteriormente RJ Abertura dos Portos: fim do pacto colonial Início do período Joanino Criação de uma burocracia: coaptação de membros da elite: profusão de titulos, condes, viscondes... Criação do Arsenal da Marinha Incremento da industria nacional: ferro, siderurgias, lã,seda Pressão da Inglaterra : em troca da proteção contra os franceses exigiu benesses (tratado de comercio e navegação impostos mais baixos- Tratado da Amizade e Aliança )

5 A vinda da Família Real: Abertura dos Portos, 1808 Tratado de Comércio e navegação 1810 Dava vantagens à Inglaterra!!!! Enquanto todos os outros países pagavam 24% para seus produtos entrarem no Brasil, os portugueses 16%, os ingleses pagavam só 15%!!!!!! Pagando impostos menores, os produtos ingleses podiam ser revendidos no mercado brasileiro a preços mais baixos que as outras nações. D. João VI declara em 1816 a incorporação do Brasil ao Reino Unido de Portugal e Algarves, deixando o Brasil de ser colônia portuguesa para ser um reino. Melhorias na cidade do Rio de Janeiro: etiqueta da corte européia, Primeiro jornal do Brasil Gazeta do RJ, criação do Banco do Brasil, da Casa da moeda, da Academia Militar e da Marinha, do Teatro Real, Museu Nacional, Academia de Belas Artes, Missão Artística Francesa.

6 Revolução do Porto Iniciou-se na cidade do Porto-Portugal por causa da abertura dos portos brasileiros às outras nações. Os burgueses portugueses não admitiam perder o mercado brasileiro. Lisboa logo uniu-se ao movimento e outras reclamações surgiram *Reclamavam da falta de pagamento da guarnição do Porto. *Exigiam a volta do Pacto colonial e o retorno imediato do rei e da corte *A este movimento unem-se o Clero, a Nobreza e o Exército Português *Substituem a junta governativa que governava o país após a invasão de Napoleão por uma junta provisória de portugueses que redige uma Magna Carta exigindo o cumprimento de suas reclamações. *A corte cede e retorna em 1821.

7 Revolução do Porto Detalhes: Em 1814, com a derrota de Napoleão Bonaparte e o fim da guerra na Europa, o retorno da Corte voltou a ser discutido em Portugal. Os portugueses sentiam-se abandonados e queriam seu rei de volta. A queda de Napoleão tornou mais evidente a decadência do reino português, que em nada fora beneficiado com a permanência da família real na América No Brasil, muitos comerciantes portugueses aderiram ao movimento. Já muitos membros da corte estavam resistindo ao retorno uma vez que seus negócios no Brasil iam muito bem.muitos eram funcionários do Governo, haviam recebido terras em MG, SP e RJ e eram senhores de muitos escravos e por isso defenderam a permanência no Brasil D. João VI queria ficar, mas a pressão foi muito intensa.em abril de 1821 D. João VI e 4 mil pessoas retornam a Portugal, levando tudo o que puderam: ouro do Banco do Brasil, jóias e bens do Tesouro

8 Ações Políticas resultantes da vinda da corte para o Brasil: A vinda da corte propiciou uma política expansionista por parte do rei D. João: remete-se a isto a aquisição da Província Cisplatina em 1821 Para custear os gastos da corte aumentaram os impostos Descontentamento local: insurreição pernambucana 1817 repressão violenta Em Portugal, descontentamento geral pelo rei ter abandonado o território: Revolução Liberal do Porto em 1820: postura re-colonizante dos portugueses volta de D. João à Portugal- D. Pedro I fica no Brasil, mas é pressionado a voltar também: Dia do Fico Independência em 1822 Partido Português x Partido Brasileiro: O partido brasileiro iniciou um movimento para convencer D. Pedro I a permancer no Brasil e não seguir orientação das Cortes Portuguesas. D. Pedro recebe manifesto assinado por 8 mil pessoas pedindo que fique no Brasil. O partido Português reage enviando uma carta que anula seus atos no Brasil e ameaça trazê-lo à força para Portugal; Recebe também uma carta de José Bonifácio que insinua a Pedro I a declarar a Independência do Brasil. D. Pedro segue conselho de Bonifácio e declara a separação do Brasil de Portugal pela Independência do Brasil de 1822 A independência foi obra das elites interessadas em manter a liberdade de comércio, ampliar a autonomia administrativa e conservar privilégios.

9 Quadro Resumo dos grupos políticos do período Joanino Partido Brasileiro Partido Português Composição Social O que defendia Grandes fazendeiros, a elite da época, chamados de liberais moderados ou chimangos. O partido brasileiro contava ainda com os liberais exaltados ou radicais conhecidos como jurujubas ou farroupilhas, oriundos das camadas urbanas e defensores da República e do fim da monarquia. Muitos líderes brasileiros como José Bonifácio eram favoráveis a manutenção do Império português, ou seja, não defendiam a independência, mas sim a elaboração de uma constituição que garantisse ao Brasil igualdade com a metrópole. Autonomia e uma monarquia liberal e constitucional Grandes e médios comerciantes das cidades litorâneas e boa parte do exército português, conhecidos como caramurus, graças ao jornal O Caramuru, no qual pregavam suas convicções. A presença do exército português tornouse um agravante para a consolidação da independência. A posição das Cortes portuguesas, ou seja, a recolonização, o que lhes garantia muitas vantagens.

10 O reinado de D. Pedro I Como vimos a independência foi um projeto das elites que queriam manter o povo afastado da política e manter seus privilégios: comercializar e administrar com autonomia. Isso explica que mesmo independente de Portugal o Brasil continua uma MONARQUIA com práticas ESCRAVISTAS e GRANDES PROPRIEDADES. No dia 07 de 1822 de setembro a população brasileira aclamou D. Pedro I como imperador do Brasil. No ano seguinte cria-se uma constituição para o país através da Assembléia Constituinte reunida no Rio de janeiro. Nela, os deputados proíbem o Imperador de dissolver a Câmara dos Deputados. Isto gera um grande problema!!!!!

11 D. Pedro manda seu exército trancar os deputados numa sala da Assembléia e prendê-los. D. Pedro nomeia dez pessoas de sua confiança para uma Conselho de Estado e os encarrega de redigir a constituição em 40 dias. Em 1824 D. Pedro I outorga a primeira constituição brasileira após a separação de Portugal. Monarquia Hereditária e governo com quatro poderes: Pedro I: rei centralizador: poder moderador Legislativo (leis: deputados e senadores) Judiciário(faz as leis serem cumpridas: Imperador) Executivo (administra o país: Imperador) Moderado (dá poder de dissolver câmara dos deputados; convocar forças armadas; nomear ministros, presidentes de províncias, autoridades da Igreja católica, senadores e juízes: Imperador)

12 O projeto político esperado com a independência (autonomia do Brasil em relação a metrópole e liberalismo) não foi cumprido como o esperado devido a CENTRALIZAÇÂO política que D. Pedro I impôs em seu governo. D. Pedro I começa, então, a sofrer forte oposição e enfrenta também uma crise econômica em função das baixas tarifas alfandegárias,o Brasil acabava importando mais do que exportando, gerando déficit. Além disso o algodão e o açúcar de outras regiões concorriam com nossos produtos no mercado internacional. Para resolver a crise, D. Pedro começa a emitir papel moeda e emprestar dinheiro dos ingleses para manter seus luxos na corte.a oposição a isto se manifestou com: Confedereção do Equador Confederação A questão Cisplatina do Equador: Um movimento de liberais em Pernambuco Sucessão do trono que portugues criticava D. Pedro I pelos jornais, seus líderes Cipriano Barata e Frei Caneca. A este movimento aderiram os estados do Ceará, Paraíba e Rio grande do Norte. Desejavam a separação de suas províncias do Brasil e a formação de um novo país. D. Pedro I empresta dinheiro da Inglaterra, equipa o exército e domina essa revolta. Esta violenta repressão desgastou a imagem de Pedro I perante o partido brasileiro

13 No ano seguinte D. Pedro envolveu-se na Guerra da Cisplatina, conflito extremamente impopular e oneroso. A continuação dos empréstimos aumentou o endividamento, acarretando, enfim a falência do Banco do Brasil em O Brasil foi derrotado na Guerra da Cisplatina. D. João VI morre e a corte portuguesa pressiona Pedro I para voltar a Portugal e assumir o Reino no lugar do pai. Pedro I renuncia em favor da filha Maria da Glória a sucessão do trono português, mas como ela era menor de idade, seu tio D. Miguel governaria em seu lugar até ela atingir a maioridade. D. Miguel dá um golpe de Estado e assume ele mesmo o Trono como rei e não regente da infanta Maria da Glória é assassinado um jornalista que faz críticas a monarquia de Pedro I e em MG organiza-se uma revolução de protesto. Pedro I parte para Minas para contornar a situação e seu retorno a corte do RJ é marcado pela Noite das Garrafadas (enfrentamento entre membros do partido brasileiro e do partido português). D. Pedro I organiza o ministério do brasileiros em 1831; um mês depois faz o ministério dos portugueses, chamado ministério dos marqueses que também não funciona. Frente a críticas de todos os lados como mau governante Pedro I renuncia em 1831 em favor de seu filho de 5 anos Pedro II.