A Antropologia e a Sociologia das Emoções no Brasil: uma resenha

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1 OLIVEIRA, Ana B. Ramos de & NOVAES, Diego A Antropologia e a Sociologia das Emoções no Brasil: uma resenha. Sociabilidades Urbanas Revista de Antropologia e Sociologia, v.1, n.3, p , novembro de ISSN Resenha A Antropologia e a Sociologia das Emoções no Brasil: uma resenha The Anthropology and the Sociology of Emotions in Brazil: A Review KOURY, Mauro Guilherme Pinheiro; Raoni Borges Barbosa. Da Subjetividade às Emoções: A Antropologia e a Sociologia das Emoções no Brasil. Coleção Cadernos do GREM n. 7, Recife/João Pessoa: Ed. Bagaço/Edições do GREM, O livro Da Subjetividade às Emoções: A Antropologia e a Sociologia das Emoções no Brasil, dos autores Koury e Barbosa, aborda o desenvolvimento das disciplinas de sociologia e antropologia das emoções no Brasil através da análise da trajetória de produção teórico-metodológica de dois pesquisadores da área. O primeiro capítulo, Gilberto Velho: um precursor da antropologia das emoções no Brasil, se desenvolve em torno da obra do autor citado, Gilberto Velho 1, considerado como o precursor da antropologia e da sociologia das emoções no Brasil. Na década de 1990, este campo de conhecimento ganha espaço no Brasil, possibilitando uma maior especialização da análise das emoções na sociedade. De acordo com o autor, essa temática é resultante do segundo deslocamento das disciplinas de antropologia e sociologia, e do pensamento crítico nas ciências sociais, ocorrido na década de No segundo capítulo, Koury: uma história das emoções, Barbosa se dispõe a descrever a trajetória de produção acadêmica de Mauro Koury, identificando o seu arcabouço teórico bem como os recortes temáticos, geográficos e temporais utilizados por ele no GREM Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia das Emoções / UFPB. Além de uma apresentação geral e preambular, o autor se preocupa em expor as categorias de análise identificadas nos trabalhados de forma global e didática. Faz também uma descrição precisa, e ainda sintética, dos trabalhos reunidos para análise nesta obra. Na introdução do primeiro artigo, Koury se propõe a expor a metodologia e os conceitos utilizados por Velho. Deste modo, busca enxergar os processos que conformam o indivíduo, além das relações impessoais, na sociedade complexa. As noções de Projeto e Campo de Possibilidades, enquanto conceitos considerados como centrais na análise de Velho são amplamente discutidos no texto. Como explica Koury, Gilberto Velho tem como base teórica de investigação a sociedade brasileira, e a analisa através de uma dualidade estruturante de sistemas hierárquicos e sistemas individualistas. Ao enxergar uma diversidade de padrões comportamentais, Velho identifica na relação tensa entre indivíduo, sociedade e cultura, a ascensão da individualidade e do individualismo no Brasil contemporâneo. Para isso, faz uso de um arcabouço teórico francamente simmeliano, unindo a fenomenologia em diálogo com o interacionismo desenvolvido em três gerações pela Escola de Chicago. Koury destaca ainda que Gilberto Velho foi o inovador da antropologia brasileira quando se propôs a 1 Gilberto Velho ( ) foi professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e fez parte da primeira turma do Programa de Pós-Graduação em Antropologia do Museu Nacional.

2 183 trabalhar com as sociedades complexas e com o ambiente urbano, até então ignorados pela disciplina. No item Trajetória, Koury expõe o direcionamento da pesquisa de Velho, como proveniente dos temas de aulas de Antropologia Urbana com o professor Anthony Leeds 2. Gilberto Velho, então, faz um projeto de conclusão da disciplina, e se dedica a estudar as formas de habitar no Rio de Janeiro. Nesse projeto, desenvolve a pesquisa que lhe daria, posteriormente, sua dissertação de mestrado 3, e define o seu objeto de trabalho: o modo de habitar da baixa classe média, no bairro de Copacabana, mais especificamente no o prédio em que o pesquisador morava, de pequenos apartamentos, onde habitavam pessoas por ele (Velho) consideradas de baixo padrão moral. Koury dá destaque a alguns aspectos da obra, como, por exemplo, o estudo do outro próximo; o tornar o lugar em que morava como objeto de pesquisa, se contrapondo, assim, de forma radical, a uma antropologia então centrada no exótico das populações distantes e isoladas; a interdisciplinaridade da obra; além do lançamento de um artigo-manifesto Organização Social do meio urbano (junto com o sociólogo Luiz Antônio Machado da Silva), onde defendem a necessidade de uma sociologia e antropologia urbanas no Brasil. Neste ponto, Koury discute a tese de doutorado de Velho, Nobre e anjos: um estudo de tóxicos e hierarquia defendida em 1975, em que estuda novamente uma parcela da classe média do bairro carioca de Copacabana nas suas variantes de relacionamento com as drogas. No item Observando o familiar, Koury apresenta e discute o artigo homônimo de Velho, publicado em De acordo com o autor, Gilberto Velho constrói uma crítica epistemológica assertiva à antropologia no que diz respeito ao esforço desta em analisar o outro distante. Na medida em que desloca o olhar analítico para o cotidiano e para a cidade, Velho dá relevância ao processo de autocrítica do pesquisador e de seus valores como ferramenta para enxergar através de uma névoa que naturaliza o ambiente (p.36). Esse processo de exotização do próximo é fruto, de acordo com Koury, de uma leitura de Weber e de Clifford Geertz, dando ênfase ao caráter interpretativo da análise. No item As Noções de Projetos e Campos de Possibilidades, Koury expõe estes dois conceitos, que considera fundamentais para a construção da pesquisa de Velho. Trata-se de ferramentas que unem as emoções, decisões e expectativas de indivíduos ao quadro social mais amplo da sociedade, unindo o campo fenomenológico de Schütz ao interacionismo de Goffman e Becker, à luz das análises simmelianas e weberianas 4. Koury reafirma ainda o protagonismo de Velho na formação de uma antropologia e sociologia das emoções no Brasil, a partir da assimilação e conjunção, 2 Professor da Universidade do Texas, visitante do PPGA do museu na década de A Utopia urbana. Um estudo de Antropologia Social. Dissertação defendida em 1971 e, depois, editada em livro pela Editora Zahar em Koury faz então uma breve pausa na descrição do trabalho de Velho para expor alguns autores que fundamentam a sua análise. Primeiramente evoca Alfred Schütz, que realiza uma união entre a fenomenologia e a sociologia. Este autor, por sua vez, tem como base Edmund Husserl, cujo trabalho consiste na construção de uma filosofia fenomenológica que vê o indivíduo como um ser consciente que interpreta o mundo através da atenção às intenções das ações. Além de Husserl, outro fundante da obra de Schütz é Weber, que também será largamente usado por Velho. Sua sociologia compreensiva da ação social é unida à fenomenologia de Husserl no empreendimento de identificar as decisões dos indivíduos, que em sequência representam suas curvas de vida e trajetórias, singulares e individualizadas mesmo que pertencentes a determinadas tradições históricas. Dessa forma, há uma união entre os mundos individualizados husserlnianos e da ação como portadora de intencionalidades e sentidos [...], como criadora do social e do individual específicos (p. 43).

3 184 mesmo que não planejada, das teorias de Weber e Husserl através de Schütz. Essa assimilação permitiu a Velho dar início à empreitada de chegar perto de identificar uma cultura emotiva no Brasil urbano, investigando as ações criadoras dos indivíduos e grupos, em sua constante e tensa relação. A noção de projeto, por sua vez, diz respeito aos planejamentos construídos subjetivamente e inseridos em uma cultura histórica que delimita certas possibilidades e incita certos anseios nos indivíduos que a ela pertencem e a constroem. No entanto, para Koury, O conceito de projeto individual para Velho, assim, não é um fenômeno puramente interno e subjetivo, mas, formulado e elaborado dentro de um campo de possibilidades, e circunscrito histórica e culturalmente, tanto em termos da própria noção de indivíduo no social, quanto às temáticas, prioridades e paradigmas culturalmente existentes (p. 45). Velho, fazendo uso desse conjunto de conceitos, pesquisa diversos temas, tais como: questões geracionais, a psicologização das sociedades contemporâneas, relações entre cultura objetiva e subjetiva, entre outras. Koury expõe a bibliografia em que encontra o par de conceitos, projeto e campo de possibilidades. Eles aparecem primeiro no livro Individualismo e Cultura, de 1981, depois em Projeto e Metamorfose, de 1991 e, posteriormente, em todos os trabalhos do autor. O campo de possibilidades, como explica Koury, [...] corresponde ao espaço para a formulação e implementação dos projetos individuais ou coletivos elaborados. Satisfaz, portanto, às opções construídas no interior de um processo sócio-histórico dado e com um grande potencial interpretativo do mundo simbólico da cultura (p. 48). É dentro do campo de possibilidades de uma determinada cultura temporalmente localizada, então, que se relacionam os projetos. Koury segue descrevendo a relação entre projeto e campo de possibilidades, tanto em sua qualidade individual, grupal e sociocultural, dando destaque à variedade de interações entre eles, tanto construtivas quanto destrutivas. Em decorrência dessas interações tensas entre projetos e trajetórias de vida, Velho identifica o que chama de metamorfose. Trata-se das mudanças nos projetos em decorrência das disputas e negociações da realidade. Dessa forma, planos e sonhos são esquecidos e resgatados, abandonados e recriados, alterados e reafirmados conforme as mudanças interativas com os campos de possibilidades dos grupos, culturas e sociedades em tenso jogo. A curva de vida, assim, nada mais é do que o conjunto de trajetórias, de negociações, de mudanças e experimentações de um indivíduo em relação com outros. (p. 53) Koury, por fim, conclui o capítulo resgatando os autores que embasam o pensamento de Velho. São eles: Erving Goffman, Howard Becker, Robert Park, Louis Wirth, Howard Hughes, Alfred Schütz, Peter Berger, além de Georg Simmel e Max Weber. No segundo capítulo, já de início, Barbosa elenca o grupo intelectual que provê o conjunto teórico que auxilia Koury em sua pesquisa, majoritariamente centrada na cidade de João Pessoa, capital da Paraíba. Entre os autores citados estão Mead, Goffman, Scheff, Velho, DaMatta, além da Escola de Chicago. Dessa forma, o esquema conceitual de Koury se situa, segundo Barbosa, dentro da antropologia das emoções, e consiste em uma filiação simbólico-interacionista influenciada pela filosofia social simmeliana, pela sociologia figuracional eliasiana [...] (p. 61). Koury busca apreender a ascensão do indivíduo individualista no Brasil urbano contemporâneo através da

4 185 análise de seu código moral, na medida em que performa processos intersubjetivos que formam e são formados por uma cultura objetiva e formas sociais. O autor realiza tal empreendimento através da análise dos sentimentos de luto, medos, constrangimentos, vergonha, gratidão, pertença, segredos, confiança e confiabilidade, lealdade, solidariedade e outros (p. 62), em uma perspectiva de mudança histórica, principalmente, no que diz respeitos à mudança do ethos rural para o urbano. Na obra Emoções, Sociedade e Cultura 5, como explica Barbosa, Koury realiza um levantamento bibliográfico da antropologia e da sociologia, que culminam na antropologia e na sociologia das emoções atuais, destacando o crescimento do campo no Brasil nos últimos 27 anos. Busca, dessa forma, duplamente a identificação das formas relacionais que compõem a trama emotiva do urbano contemporâneo brasileiro e da relação entre cultura subjetiva e cultura objetiva no escopo da antropologia e da sociologia das emoções. Na medida em que investiga a intersubjetividade, parte da ideia da singularidade de cada sujeito relacional (p. 67) e, por isso, se opõe aos paradigmas macrossociológicos que sustentam categorias estanques, bem como a ideia de análises totalizantes e lineares do social. Em A Sociologia da Emoção: O Brasil urbano sob a ótica do luto (KOURY, 2003), e em diversos outros trabalhos dela oriundos, continua Barbosa, Koury expõe o resultado de uma pesquisa realizada nas 27 capitais brasileiras a fim de identificar a transformação dos sentimentos de luto, morte e morrer em padrões relacionais próprios de uma sociedade mais individualista, impessoal e mercantil. Koury identifica nessa sociedade uma mudança nas formas relacionais que incide precisamente sobre seu teor relacional e intersubjetivo, enfraquecendo as tradições, a familiaridade dos códigos morais e a cultura emotiva, transformando todos em estranhos e potencializando uma tensão entre o público e o privado. Neste movimento, o luto seria higienicamente varrido para o âmbito privado. Esta tensão entre o espaço relacional e o espaço individual diz respeito a uma mudança decorrente do processo de constituição da pessoa moderna, explicitado por Elias e resgatado por Koury, em que os limiares da vergonha e da repulsa são expandidos, conformando um processo de privatização das emoções. A subjetividade é tida como lugar do irracional e dos segredos enquanto o público é tido como ambiente de trocas mercantis e racionalidade. No que diz respeito ao luto, o que se identifica é a amplificação e disseminação de uma melancolia definida como a presentificação de um sentimento permanente de perda, vivida no interior de um sujeito em dor e sem ter com quem repartir [...] (p. 72). Em uma perspectiva social, essa privatização levaria à constituição de indivíduos relacionais com personalidades blasé, indiferentes e anônimos, de modo que as práticas relacionais de pujança da subjetividade são substituídas pela constituição de um espaço racional e objetivo. Reforçando as características do macroprocesso por que passa a sociedade brasileira com a urbanização, Barbosa expõe o arcabouço teórico primário que Koury utiliza em seu estudo. Trata-se de Arendt, Durkheim, Sennet, Weber, Walter Benjamin e Freud, no que diz respeito às suas análises da construção da sociedade moderna e a falência da res pública. Por fim conclui que O material etnográfico produzido nesta pesquisa aponta que a morte, o morrer e o luto passaram a serem sentidos pela classe média urbana brasileira a partir de sentimentos e experiências de solidão, de indiferença, de perda da fé, de insegurança e medo de expressar-se, de culpa, vergonha e 5 KOURY, Mauro Guilherme Pinheiro. Emoções, Sociedade e Cultura: a categoria de análise emoções como objeto de investigação na sociologia. Curitiba: Editora CRV, 2009.

5 186 constrangimento, de desconforto e mal-estar, de desencantamento e desilusão do mundo, todos eles apontando para uma ruptura profunda com uma cosmologia religiosa antes hegemônica em uma sociedade relacional. (p. 75) No item Medos, Vergonha, Confiança e Pertença: os usos das emoções nas estratégias de sociabilidade em cenários tensos, Barbosa descreve a obra O Vínculo Ritual: Um estudo sobre a sociabilidade entre jovens no urbano brasileiro contemporâneo (KOURY, 2006) e as demais publicações decorrentes da pesquisa por onde o trabalho se constituiu 6. A obra descreve os processos de constituição, inclusão, preservação e exclusão de um grupo específico, denominado grupo Delta, composto por jovens de 15 a 30 anos, de biografias difíceis e residentes de bairros populares da cidade de João Pessoa. O grupo é descrito a partir dos diversos rituais que ilustram a moral e o ideal de vida, constantemente vigiada e reiterada pelos integrantes, que distingue o grupo do seu exterior. Esta análise, de acordo com Barbosa, está inserida em um ambiente descrito por Koury em que a modernidade urbana brasileira alonga as linhas de interdependência e esfacela instituições tradicionais desindividualizantes como a família e a religiosidade, levando os indivíduos e grupos a um isolamento cada vez mais agudo. A partir daí são estabelecidas balizas que ajudam o pesquisador a identificar a funcionalidade do grupo Delta. Processos como a denominação, o envergonhamento, o resgate e a valorização do indivíduo são larga e continuamente utilizados pelos membros do grupo para a preservação do mesmo. A onomástica, - o processo de denominação, de uso de apelidos e alcunhas, e de classificação moral dos indivíduos no ato de alçá-los à condição de pessoa renascida no e para o grupo, - aparece como elemento de socialização dos novos membros, bem como de uma prática ritual que remete a uma envergonhamento do self pelo grupo e o trabalho ininterrupto de superação desta vergonha. (p. 81) O processo simbólico de entrada no grupo é marcado pelo batismo, que representa uma morte e um renascimento do ingressante. O batismo, assim, materializa a morte, presentificado no envergonhamento do apelido, e também através da ilustração do passado do ingressante como tempo de crise existencial, e o renascimento, que resolve esse passado de vergonha, no momento em que passa a integrar o grupo. Como salienta Barbosa, Koury destaca o medo e a vergonha como emoções fundamentais para a criação e sobrevivência de um grupo relacional como o descrito. Uma tensão permanente que exige uma etiqueta e discrição no agir dentro do grupo. Há uma pressão moral que envergonha constantemente os membros Deltas no sentido de que estes permaneçam fieis aos ideais do grupo e internalizem a percepção de si mesmos como membros intricados ao grupo, ao Nós Relacional, e do receio desta nova identidade fenecer uma vez fora dele. Dessa forma, o medo, a vergonha e também o orgulho, na medida em que histórias de sacrifício pessoal em favor do grupo são compartilhadas em sua dinâmica, valorizando os seus membros, são as emoções basilares para a sustentação de um grupo relacional, configurando uma cultura emotiva específica. Por fim, Barbosa (p.75) conclui: Koury, a partir da reflexão etnográfica sobre os Deltas, discorre sobre o social como jogo tenso, conflitual, indeterminado, de disputas morais e negociações identitárias (onomástica, toponímia, administração das tensões). 6 Os demais trabalhos de Koury são: (1) Sistema de Nominação, Pertença, Medos Corriqueiros e Controle Social. O uso de apelidos entre um grupo de jovens da cidade de João Pessoa, Paraíba. Campos, v. 5, n. 1, pp , 2004; (2) Viver a cidade: um estudo sobre pertença e medos. RBSE Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 4, n. 11, p , Agosto de 2005.

6 187 No item Medos e medos corriqueiros como emoções centrais da sociabilidade urbana brasileira, Barbosa apresenta uma série de estudos de Koury 7 compreendidos na mesma temática. Os medos e medos corriqueiros aqui são entendidos como eixos centrais de uma análise que permite identificar as relações de estranhamento e pertencimento, ordem e desordem, normalidade e desvio que conformam uma sociedade específica. Barbosa em seguida trata de delinear os conceitos de coragem, em oposição ao medo, do social e de sofrimento social utilizado por Koury ao longo de seus trabalhos para caracterizar a sociedade atual. Koury coloca a questão do medo e da desconfiança generalizados como elementos fundamentais de uma sociedade atomizada, na qual cada indivíduo se situa em interações de impessoalidade. Por outro lado, o autor frisa que a relação indivíduo-sociedade não se pauta em determinismos, de modo que a cultura objetiva é constantemente reconfigurada e ressignificada pelos indivíduos e suas trocas simbólicas (p. 92). Também define a amizade enquanto relação intersubjetiva caracterizada pela interdependência, pelo compartilhamento de segredos e pelo seu caráter confessional. Na contemporaneidade, tal relação também é abalada pelos processos de privatização e individualismo acentuados. Neste contexto, como explica Barbosa, Koury se dispõe a identificar as dinâmicas cotidianas de formação do Nós coletivo em diferentes grupos relacionais, fenômeno pautado por diversas práticas que giram em torno do sentimento de confiança e, por consequência, também de medo. O seu objetivo é o de compreender a dinâmica da sociabilidade na cidade, ou seja, o imaginário do homem comum, seus segredos, alianças, estigmas, projetos, estranhamentos, e toda uma série de fatores sociais que revelam o ethos de uma cultura e sociedade em processo acelerado de mudanças na configuração urbana e societal (p. 96). Em seguida, Barbosa ilustra as obras que compõem o segmento dos medos e dos corriqueiros, salientando a sua pertinência a um projeto de modernização que esvazia o público em favor do privado e enfraquece as redes de solidariedade. Aqui, o medo é tido como catalizador de um processo de atomização da sociedade, cada vez mais contida na segurança do lar privado, enquanto o que o autor chama de indústria do medo, cresce e representa cerca de 10% do PIB nacional. Em sua leitura, Barbosa chega à conclusão de que A cidade aparece como comunidade paradoxal, na qual os indivíduos gozam, por um lado, de maior liberdade, na criação de si próprios ao se experimentarem e vivenciarem enquanto pessoas envolvidas em laços de pertença e em projetos e narrativas de vida no âmbito de modos e estilos de vida diversos e contraditórios. Por outro lado, se sentem solitários e confusos no esvaziamento progressivo das redes pessoalizadas de existência, onde retiravam sua segurança ontológica. (p. 99). Por fim, Barbosa, no item Solidariedade e conflito em cenários tensos no urbano contemporâneo brasileiro expõe o projeto de Análise de um bairro considerado violento na cidade de João Pessoa, PB Solidariedade e conflito nos 7 As obras de Koury são as seguintes: (1) Medo, vida cotidiana e sociabilidade. Política & Trabalho Revista de Ciências Sociais, nº 18, p , 2002; (2) Medos Corriqueiros e Sociabilidade. João Pessoa: Edições GREM / Ed. UFPB, 2005; (3) Pertencimento, medos corriqueiros e redes de solidariedade. Sociologias, v. 12, nº 25, p , 2010; (4) Medos Corriqueiros urbanos e mídia: o imaginário sobre juventude e violência no Brasil atual. Revista Sociedade e Estado, v. 26, n. 3, p , 2011.

7 188 processos de interação cotidiana sob intensa pessoalidade, em que analisa as práticas de sociabilidade em um contexto de maior impessoalidade no espaço público. A investigação é feita sob um escopo histórico de identificação do crescimento e das migrações ocorridas em direção ao bairro, contribuindo também para o enfraquecimento das relações pessoalizadas. O livro Da subjetividade às emoções, assim, fornece elementos importantes aos estudiosos, pesquisadores, estudantes e ao publico em geral sobre o processo de formação do campo para a análise das emoções no interior da antropologia e sociologia no Brasil. O que torna o livro imprescindível na estante daqueles interessados na teoria e na pesquisa antropológica e sociológica na contemporaneidade brasileira e mundial. Ana B. R. de Oliveira Diego A. Novaes

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