EDGARD DE PAULA FILHO SIMILARIDADE ENTRE OS ARCOS ORTODÔNTICOS DE NÍQUEL- TITÂNIO E O ARCO DENTAL INFERIOR EM PACIENTES CLASSE I DE ANGLE

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1 EDGARD DE PAULA FILHO SIMILARIDADE ENTRE OS ARCOS ORTODÔNTICOS DE NÍQUEL- TITÂNIO E O ARCO DENTAL INFERIOR EM PACIENTES CLASSE I DE ANGLE CAMPINAS 2009

2 EDGARD DE PAULA FILHO SIMILARIDADE ENTRE OS ARCOS ORTODÔNTICOS DE NÍQUEL- TITÂNIO E O ARCO DENTAL INFERIOR EM PACIENTES CLASSE I DE ANGLE Dissertação apresentada ao Centro de Pós-Graduação / CPO São Leopoldo Mandic, para obtenção do grau de Mestre em Odontologia. Área de concentração: Ortodontia Orientadora: Profa. Dra. Maria Cristina Jimenez Pellegrin CAMPINAS 2009

3 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca "São Leopoldo Mandic" P324s Paula Filho, Edgard de. Similaridade entre os arcos ortodônticos de Níquel-Titânio e o arco dental inferior em pacientes Classe I de Angle / Edgard de Paula Filho. Campinas: [s.n.], f.: il. Orientador: Maria Cristina Jimenez Pellegrin. Dissertação (Mestrado em Ortodontia) C.P.O. São Leopoldo Mandic Centro de Pós-Graduação. 1. Arco dental. 2. Níquel. 3. Titânio. 4. Fios ortodônticos. 5. Ortodontia. I. Pellegrin, Maria Cristina Jimenez. II. C.P.O. São Leopoldo Mandic Centro de Pós-Graduação. III. Título.

4 C.P.O. - CENTRO DE PESQUISAS ODONTOLÓGICAS SÃO LEOPOLDO MANDIC Folha de Aprovação PARA: Edgard de Paula Filho Curso: Mestrado em Odontologia - área de concentração Ortodontia. Título da Dissertação: AVALIAÇÃO DA SIMILARIDADE ENTRE OS ARCOS ORTODÔNTICOS DE NÍQUEL-TITÂNIO E O ARCO DENTAL INFERIOR EM PACIENTES CLASSE I DE ANGLE Data defesa: 13 de fevereiro de 2009 Informamos que aquela dissertação acima apontada foi apresentada por seu titular ao Centro de Pós-Graduação, perante a Comissão Examinadora abaixo nominada, e cumpriu todas as exigências feitas por aquela Comissão tendo sido aprovada recebido a competente liberação sob a supervisão da docência da orientação. Campinas, 13 de fevereiro de Prof. Dr. Maria Cristina Jimenez Pellegrin Presidente Prof. Dr.... 1º Membro Profa. Dra.... 2º Membro

5 Dedico este trabalho: A meus pais, Edgard (in memorian) e Maria Conceição, e a minha esposa, Rebeca, que me ajudaram a ser o que sou como pessoa e profissional, sem medir esforços. Por todo apoio, carinho, dedicação e amor todos os dias. A minha filha, Ana Rosa, que veio para trazer luz, alegria, harmonia e felicidade. A meu avô, Prof. José Alves Ferreira (in memorian), que será sempre minha eterna inspiração como pessoa e mestre.

6 AGRADECIMENTOS A Deus, agora especialmente, por estar me concedendo mais esta vitória. Ao Coordenador do programa de Pós Graduação da São Leopoldo Mandic, Prof. Dr. Thomaz Wassall, pela oportunidade de aprendizado. À Profa. Dra. Maria Cristina Jimenez Pellegrin, pela orientação segura, atenção transmitida e pela inestimável contribuição para este trabalho. Aos Professores Dr. Celestino Nóbrega, Dr. José Luis Gonçalves Bretos, Dr. Sérgio Ricardo Jakob, pela confiança, incentivo e amizade, meu reconhecimento e respeito. Aos Professores da clínica Dr. José Alexandre Kozel e Dr. Sérgio Fagundes, pelos ensinamentos transmitidos durante o curso. Ao Prof. Sérgio Mikio Koyama, pela valiosa orientação na realização da análise estatística. Ao Dr. Luis Augusto Werner e ao arquiteto Rafael Perin Alves Ferreira, pelo grande apoio e ajuda no desenvolvimento deste trabalho. A meus irmãos, Edilene, Solange e Eduardo, pelo conforto de tê-los sempre presentes nos momentos alegres ou tristes da minha vida. A meu tio José Alves Ferreira Filho e minha tia Marília Pinheiro Alves Ferreira, minha eterna gratidão pelo carinho e ajuda no início de minha profissão. Aos colegas de turma, pela colaboração, convivência e, em particular, ao amigo Silvio Gunzi, pelas ações, gestos, palavras e atitudes íntegras. Aos funcionários da biblioteca, pela ajuda sempre que necessário. trabalho. A todos que, de algum modo, contribuíram para a realização deste

7 Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo. Martin Luther King Junior

8 RESUMO Devido à importância da manutenção da morfologia do arco dental inferior durante o tratamento ortodôntico para se obter a estabilidade pós-tratamento, a proposta deste estudo foi avaliar a similaridade da forma e dimensão entre os arcos ortodônticos pré-contorneados de níquel-titânio da marca comercial GAC e o arco dental inferior de 100 indivíduos, de ambos os gêneros, portadores de maloclusão tipo Classe I de Angle. Após a determinação da forma e dimensão do arco dental inferior dos pacientes, por meio do software OrtoManager, as sobreposições com os arcos ortodônticos de níquel-titânio foram realizadas utilizando-se o software AutoCAD. Os eixos dos arcos foram sobrepostos e foram feitas medidas na região dos caninos e primeiros molares inferiores, sendo todos os dados organizados em tabelas. Para avaliar e comparar os diferentes valores encontrados foi utilizado o teste t de Student com nível de significância de 5%. Conclui-se que não existe similaridade entre a forma dos arcos ortodônticos pré-contorneados de níquel-titânio da marca comercial GAC e o arco dental inferior de pacientes portadores de maloclusão tipo Classe I de Angle. As distâncias transversais anteriores e posteriores apresentaram alterações estatisticamente significantes, sendo maiores que 0,5 mm na região dos caninos e que 1,0 mm na região dos molares. Esse dado revela preocupação quando utilizamos arcos de níquel-titânio de calibre maior que.016, por apresentarem carga de deflexão capaz de modificar a distância transversal do arco dental ou o raio de curvatura anterior, podendo ser um fator determinante na recidiva pós-tratamento, pois a chave para o sucesso ou insucesso na conservação das novas posições dentárias estabelecidas com a terapia, de acordo com a literatura, parece estar relacionada com o posicionamento correto dos dentes nas bases apicais, com a preservação das dimensões transversais do arco dental e, sobretudo, com a manutenção do equilíbrio funcional dos músculos da face. Palavras-chave: Arco dental. Fios ortodônticos. Níquel-titânio. Estabilidade.

9 ABSTRACT Due to the importance of maintaining the morphology of the lower dental arch during the orthodontic treatment to achieve post-treatment stability, the purpose of this study was to evaluate the similarity of the shape and size between the GAC brand's preformed nickel-titanium orthodontic arch wires and lower dental arch of 100 Angle's Class I malocclusion individuals of both genders. After determining the shape and size of the lower dental arch of patients, using the OrtoManager software the superimpositions with the orthodontic nickel-titanium arch wires were performed using the AutoCAD software. The axis of the arches were superimposed and measures were taken in the canine and first molar, all data is organized into tables. To evaluate and compare the different values found was used Student's t test with significance level of 5%. It appears that there is no similarity between the shape of orthodontic pre-formed nickel-titanium arch wire shape of the GAC brand and lower dental arch of patients with Angle's Class I malocclusion. Both anterior and posterior tranverse distances were statistically significant different, with discrepancies larger than 0.5 mm in the canine region and 1.0 mm in the molar region. This data shows concern when using bows nickel-titanium with a caliber greater than.016" because it's deflection is able to modify the dental arch transverse distance or the radius of the incisal curvature and that could be a determining factor in relapse after treatment, as the key to the success or failure in conservation of new positions established with the dental care, according with the literature, seems to be related with the correct positioning of the teeth in the apical bases, with the preservation of the transverse dimensions of dental arch, and above all with maintaining the functional balance the muscles of the face. Keywords: Dental Arch. Orthodontic wires. Nickel-titanium. Stability.

10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Imagem do modelo ortodôntico...52 Figura 2 - Imagem do modelo inferior com os pontos marcados...52 Figura 3 - Modelo inferior com pontos demarcados e sobreposição da forma ideal do arco dental...53 Figura 4 - Modelo inferior com sobreposição da forma ideal do arco dental...53 Figura 5 - Forma ideal do arco dental inferior...54 Figura 6 - Imagens dos arcos ortodônticos termoativados...55 Figura 7 - Imagens dos arcos ortodônticos convencionais...55 Figura 8 - Medidas lineares...56 Figura 9 - Eixo da forma ideal do arco dental inferior...57 Figura 10 - Eixo dos arcos ortodônticos...58 Figura 11 - Sobreposição dos arcos e medidas na região de caninos e primeiros molares...58

11 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Média das diferenças na região anterior e posterior dos arcos...63 Gráfico 2 - Médias das diferenças totais entre o arco dental inferior e os arcos ortodônticos...65 Gráfico 3 - Box-plot das diferenças entre o arco dental inferior e os arcos ortodônticos na região anterior...66 Gráfico 4 - Box-plot das diferenças entre o arco dental inferior e os arcos ortodônticos na região posterior...66 Gráfico 5 - Box-plot das diferenças totais entre o arco dental inferior e os arcos ortodônticos...67

12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Medidas de posição e dispersão das diferenças na região dos dentes caninos e molares do arco dental inferior em relação aos arcos ortodônticos...60 Tabela 2 - Medidas de posição e dispersão das diferenças na região dos dentes caninos e molares do arco dental inferior em relação aos arcos ortodônticos - Dados agregados...64

13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA PROPOSIÇÃO MATERIAIS E MÉTODOS RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXO A - APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA... 79

14 12 1 INTRODUÇÃO A estabilidade do tratamento ortodôntico é considerada um dos grandes desafios enfrentados pelos ortodontistas, razão pela qual a busca por respostas para os fatores que causam a recidiva tem sido constante. Dentre os fatores responsáveis pela recidiva, a alteração da forma e dimensão do arco dental durante o tratamento é relevante (Felton et al., 1987; Berlatto, 1995; Ciruffo et al., 1997; Begole, 1998; MacLaughlin, Bennett, 1999; Kuramae et al., 2002). Para realizar a correção das más posições dentárias, são utilizados fios ortodônticos que apresentam a propriedade mecânica de modificar a posição dos dentes e atingir os objetivos propostos. Das novas ligas introduzidas na ortodontia, destacam-se duas especialmente importantes para a Ortodontia contemporânea: a liga de níquel-titânio e a liga de beta-titânio (Martins et al., 1996). Quando se utilizam ligas que apresentam formabilidade, ou seja, fios que aceitam dobras (Cromo-níquel; Beta-titânio; Níquel-Cromo-Cobalto), busca-se manter a forma e a dimensão original do arco dental do paciente durante o tratamento (Minervino et al., 2000). Por outro lado, as ligas de níquel-titânio, embora apresentem excelentes propriedades biomecânicas, que são essenciais no início do tratamento, tem grande memória de forma, o que faz com que esse tipo de liga não aceite dobras, impedindo, desse modo, a individualização (Gravina et al., 2004). A forma de um arco pré-contorneado de níquel-titânio, que é estabelecida pelo fabricante, muitas vezes não se adapta adequadamente à forma do arco dental do paciente. Esse fator poderia levar à alteração na forma inicial do arco dental dos

15 13 pacientes, comprometendo a estabilidade pós-tratamento (Felton et al., 1987; Zachrisson, 1997). Dada a importância de se manter a forma original do arco dental dos pacientes com o objetivo de obter a estabilidade do tratamento ortodôntico, torna-se necessário aprofundar o conhecimento a respeito da similaridade entre a forma do arco dental do paciente e a forma dos arcos ortodônticos pré-fabricados de níqueltitânio da marca comercial GAC.

16 14 2 REVISÃO DA LITERATURA A preocupação com a determinação da forma do arco dental, a manutenção de sua forma inicial e os fatores que podem influenciar na recidiva dos tratamentos ortodônticos datam de mais de um século. Bonwill (1889) foi pioneiro na descrição dos princípios geométricos sobre os quais estão baseados os movimentos da maxila e mandíbula e a forma ideal do arco dental. Após a avaliação de crânios humanos e mais de pacientes, concluiu que o formato do arco ideal é construído sobre um triângulo eqüilátero, cuja base equivale à distância intercôndilos (que tem como média 101,6 mm), e o ápice, o ponto médio entre os dois incisivos centrais, em suas bordas incisais. Os seis dentes anteriores foram dispostos sobre um arco de círculo cujo raio foi determinado pela somatória dos diâmetros mésio-distais dos incisivos central, lateral e canino inferiores de um lado. Os pré-molares e molares estão organizados em uma linha reta que passa pelas cúspides vestibulares, em direção às extremidades da base do triângulo. Hawley (1905), acreditando que era precário o julgamento visual de cada profissional utilizado naquela época para a predeterminação da dimensão e forma dos arcos dentais, buscou encontrar dados mais precisos para a confecção de um guia mais confiável. Segundo o autor, o método descrito por Bonwill (1899) era bastante importante, porém não poderia ser utilizado em Ortodontia, pois seria impossível de se medir com precisão a distância intercôndilos nos pacientes. Assim, Hawley (1905) sugeriu uma forma de arco dental baseada em um triângulo eqüilátero construído a partir das dimensões mésio-distais dos incisivos central, lateral e canino de um dos lados, e cuja soma corresponderia ao raio de um círculo

17 15 sobre o qual estariam dispostos os dentes anteriores. As posições e dimensões transversais dos dentes posteriores seriam determinadas a partir de dois triângulos eqüiláteros originados dessa circunferência e os segundos molares estariam ligeiramente rotacionados em direção à linha mediana. Este método foi proposto para a construção e predeterminação tanto do arco inferior quanto do superior. Weinberger (1914) relatou que, sob condições normais de crescimento, o arco dental e a oclusão normal sempre guardariam uma relação definida entre o tamanho dos dentes e o tamanho dos maxilares, permitindo variações no comprimento, ante as relações existentes entre a cabeça e o comprimento dos maxilares. Defendeu a idéia que não se deveria usar diagramas ou formas predeterminadas para se estabelecer uma correlação entre a forma e a posição dos dentes, pois o tipo craniano tinha grande influência sobre ambas. Admitiu que a disposição dos dentes nos maxilares era resultante do crescimento normal dos ossos e que uma dentição normal correspondia a uma face normal, do mesmo modo que arcos anormais deviam proporcionar necessariamente um certo grau de anormalidade das linhas faciais. Ressaltou a importância do estudo da morfologia do arco dental levando-se em consideração as medidas cranianas. Hrdlicka (1916) definiu que, nas condições primárias de crânio e face, um arco dental normal seria o arco da série normal dos dentes, ou seja, aquele que os dentes compuseram. Ele estudou mais de crânios e, apesar da imensa variedade morfológica encontrada, pôde estabelecer a classificação da forma do arco dental normal, como sendo elíptica, ovóide, circular, em U ou divergente. Afirmou que o tipo craniano era um dos fatores que mais influência exercia sobre a morfologia do arco; não obstante, considerou a possibilidade da existência de exceções a esta regra geral.

18 16 Williams (1917) analisou arcos superiores de crânios do Museu Britânico que possuíam os dentes bem alinhados. Observou que os seis dentes anteriores estavam dispostos de acordo com um círculo, cujo centro se posicionava no ponto médio entre os primeiros molares. As porções distais dos caninos e as cúspides dos pré-molares estavam dispostas em uma linha reta, que passava pelos sulcos vestibulares dos primeiros molares, e os segundos molares se localizavam numa posição mais interna a essa linha. Para analisar as dimensões do arco dental superior, obteve-se, de cinco casos com oclusão normal, as medidas entre os caninos, entre os primeiros molares e a dimensão entre o sulco vestibular do primeiro molar e o ponto médio dos incisivos centrais. O autor observou uma proporção constante de 14:9 nas distâncias entre os primeiros molares e entre os caninos, que foi confirmada por medições realizadas em 50 indivíduos que não apresentavam apinhamentos marcantes ou falta de desenvolvimento do arco, em 50 crânios de índios norte-americanos do Museu de História Natural de Nova York, e em 600 modelos, dentre os quais alguns apresentavam falta de desenvolvimento. Além da constatação da proporção entre as distâncias citadas, pôde-se concluir também que a variação no arco entre os diferentes tipos raciais era praticamente inexistente. Chuck (1934) classificou as formas do arco dental em: triangular, quadrada e oval. Durante muitos anos, essa classificação foi utilizada por fabricantes para a confecção dos arcos ortodônticos sob essas mesmas prescrições. Essas formas são também conhecidas como estreita, larga e normal. Segundo o autor, essa classificação permite maior proximidade de individualização dos arcos do que a concepção de uma forma única, ocorrendo a triangular em 45% dos casos, a oval em 45% e a quadrada em 10%. Ainda, a diferença da forma entre os arcos dentais

19 17 geralmente se devia aos tipos de face. Faces mais curtas e largas apresentavam arcos quadrados, assim como faces mais longas e estreitas apresentavam arcos mais triangulares. Boone (1963) reproduziu a morfologia do arco dental por meio de diagrama com finalidade ortodôntica e não protética, que servisse como um guia durante o processo de contorneamento dos arcos ortodônticos. Confeccionou uma carta de formação de arco, para auxiliar o contorneamento dos arcos ortodônticos empregados durante o tratamento ortodôntico. Embora o diagrama fosse único, permitia a individualização pelo profissional, com certas medidas obtidas do paciente após a montagem do aparelho. A carta de formação de arco era composta de três áreas: área de identificação, onde eram colocados os dados do paciente; área de informação, onde eram colocados os tipos de arcos, posição e tipo das dobras e diâmetro do fio; e a área de trabalho ou working area, onde se encontrava o diagrama propriamente dito. A área de trabalho ou working area servia para fornecer ao ortodontista condições para que os arcos ortodônticos contornados reproduzissem fielmente o tamanho do arco dental, a posição exata e a simetria das dobras, bem como para a coordenação interarcos. Para a individualização do diagrama, utilizaram-se a distância intercaninos (obtida entre as faces mesiais de cada braquete dos caninos) e a distância intermolares (obtida entre as faces mesiais dos respectivos tubos dos molares). Esses dados foram transportados para o diagrama de maneira que as distâncias intercaninos e intermolares ficassem eqüidistantes da linha vertical mediana, na qual se marcaram traços verticais, correspondentes à largura do arco dental do indivíduo. Para o autor, é imprescindível a discriminação entre os vários tipos de formas de arco, uma vez que

20 18 a individualidade da forma do arco deva ser reconhecida e respeitada para se atingir um resultado ortodôntico estável. Currier (1969) avaliou a forma dos arcos dentais humanos com oclusão satisfatória utilizando um programa de computador e comparou-as com as formas geométricas parábola e elipse. O autor afirma que é importante determinar a forma dos arcos dentais para se alcançar uma correção ortodôntica funcional e conseguir estabilidade ao final do tratamento. Foram selecionados 25 pares de modelos de pacientes caucasianos, com oclusão normal e características faciais harmoniosas, da Universidade de Illinois, que apresentavam todos os dentes (exceto terceiros molares). Após a seleção de grupos de pontos de referência para a representação de três curvaturas dos arcos dentais; curvatura externa, definida pela ponta de cúspide de molares e pré-molares e as bordas incisais de caninos e incisivos, a curvatura do meio, pela fossa central dos molares, sulco oclusal de pré-molares e cíngulos de caninos e incisivos, e curvatura interna pela parte mais lingual de todos os dentes. Estes pontos foram convertidos numericamente num sistema de coordenadas, e um programa de computador foi empregado para determinar a curva parabólica ou elíptica que melhor se adaptasse àqueles pontos. Foi utilizado o método dos mínimos quadrados polinomiais e o teste de Wilcoxon. Após as medições, chegou-se à conclusão de que a elipse foi a figura geométrica que mais se aproximou da forma do arco dental superior e inferior, quando utilizados os pontos da face externa dos dentes (curvatura externa). No entanto, de acordo com o autor isso não impedia a possibilidade de que alguma figura curva não testada (por exemplo, uma catenária) apresentasse menor variância quando comparada com a curvatura externa dos arcos dentários. Na curvatura do meio da mandíbula, a parábola aproximou-se significativamente mais que a elipse, e na curvatura interna

21 19 dos arcos dentais superior e inferior nenhuma das curvas apresentou um ajuste significativo. Brader (1972) julgou as forças teciduais peribucais, em seu estado de repouso, como sendo o fator principal na determinação da forma dos arcos dentais, considerando que ela seria melhor representada pela elipse trifocal. Essa forma geométrica estaria tão relacionada com as forças de repouso da língua que seria possível aplicar a equação PR=C, em que P equivaleria à pressão por unidade de área, R ao raio de curvatura naquele ponto da curvatura e C a uma constante que exibe variação de acordo com cada indivíduo, e também com ele mesmo, quando considerados os diferentes estágios da vida. Dessa maneira, a forma de arco se manteria estabilizada e os elementos dentários em equilíbrio quando C=T (T representaria as tensões das musculaturas labial e vestibular, que exercem pressão contrária à da língua), ou, melhor, quando está situada em local de equilíbrio entre forças interna e externa. Shapiro (1974) observou as alterações da forma e dimensão do arco dental mandibular no período pós-contenção. Utilizou modelos na fase prétratamento, final do tratamento e 10 anos após a remoção da contenção. A amostra consistiu em 80 modelos de pacientes portadores de maloclusão Classe I ou Classe II de Angle, sendo que os tratamentos foram executados com e sem extração de pré-molares. O autor mediu as alterações na distância intercaninos, intermolares, no comprimento do arco e se havia relações significativas dessas variáveis com a classificação de Angle. Após as medições, concluiu que a distância intercaninos mandibular apresentava uma forte tendência a retornar à sua dimensão de prétratamento em todos os grupos; porém, nos pacientes com maloclusão de Classe II divisão 2ª de Angle, uma quantidade modesta de expansão intercaninos poderia ser

22 20 mantida com mais sucesso. O comprimento do arco mandibular diminuiu substancialmente em todos os grupos durante o período pós-contenção e a expansão da distância intermolares inferiores também diminuiu após o tratamento, mas em alguns casos sem extração de pré-molares as alterações intermolares foram mantidas. White (1977) demonstrou uma nova técnica para determinar a forma ideal dos arcos dentais dos pacientes, facilitando assim a conformação dos fios ortodônticos. O autor mediu com compasso de precisão (paquímetro) a distância entre os segundos molares inferiores para determinar a largura intra-arco em milímetros; na ausência dos segundos molares, media-se a distância entre os primeiros molares e adicionavam-se 4 mm; após esta medição, selecionava-se, no diagrama idealizado por Brader em 1972, a forma de arco ideal do paciente. Após a seleção, media-se a distância mésio-distal de todos os dentes ou somente dos dentes anteriores, para determinar-se a curvatura e comprimento do arco. Depois o diagrama era sobreposto no modelo de diagnóstico, de modo que a forma de arco dental ideal selecionado estivesse centrada e repousasse sobre as superfícies vestibulares dos incisivos inferiores. White esperava que essa técnica pudesse facilitar a avaliação da forma dos arcos dentais, fator importante para o diagnóstico ortodôntico. Lavelle (1978) analisou as diferenças étnicas existentes nas dimensões de arcos dentais, com o objetivo principal de verificar se as formas dos arcos dentais são controladas por fatores genéticos, ou ambientais. Sua amostra foi composta de 300 arcos dentais superiores (50 de caucasianos do século XIX, 50 de caucasianos dos séculos XVI ao XVIII, 50 de caucasianos anglo-saxônicos, 50 de negros, 50 de indivíduos da raça mongol e 50 de australianos) com todos os dentes permanentes

23 21 presentes e bem alinhados. Foram utilizados três grupos como pontos de referência para a representação dos arcos dentais: os pontos mais proeminentes das superfícies vestibulares e linguais em vista oclusal, os centros dos dentes e os pontos de contato. Esses pontos foram transferidos para um eixo de coordenadas cartesianas e, após análise estatística multivariada entre os vários grupos étnicos, foram considerados: a) todos os pontos conjuntamente; b) os pontos localizados nos centros dos dentes e nos pontos de contato; c) os pontos situados nas superfícies vestibulares e linguais dos dentes. O autor encontrou considerável nível de variabilidade entre os grupos experimentais, e também dentro dos próprios grupos, chegando à conclusão de que as diferenças significativas apresentadas entre alguns grupos étnicos indicaram predominância do controle genético sobre a forma dos arcos dentais, devendo, dessa maneira, isso ser levado em consideração durante o estabelecimento do tratamento ortodôntico. White (1978) realizou um estudo em que propôs comparar o grau de adaptação entre os arcos dentais com oclusão normal e os métodos obtidos pelas fórmulas mais comuns de predeterminação de forma de arcos. Selecionou 24 modelos superiores de indivíduos que não se submeteram a tratamento ortodôntico. Os arcos dentais foram traçados em acetato e confrontados com as formas obtidas por Bonwill-Hawley, Brader, Catenária e Rocky Mountain System (RMDS). Chegou à conclusão de que nenhuma curvatura única pode ser aplicada a todos os arcos dentais, e que os dentes parecem estar dispostos entre si em um arco ditado principalmente pelo osso basal. Desse modo, o autor propôs a obtenção do desenho do arco dental individualmente por meio do traçado de uma linha sobre os diâmetros mésio-distais de cada dente bem posicionado. Essa linha representaria o centro do perímetro básico disponível para suportar todos os dentes. O formato do aspecto

24 22 oclusal de cada dente teria a possibilidade de ser desenhado numa posição ideal, com base nessa linha, e a forma do arco ideal poderia ser construída e utilizada durante todo o tratamento. Rudge (1981) realizou uma revisão da literatura, resumindo os métodos utilizados por cada autor para a análise das formas dos arcos dentais, suas aplicações clínicas e suas críticas. Apesar de controvérsias, o autor afirmou que a oclusão e a forma de arco dental são determinadas pela interação de fatores genéticos e ambientais externos, tais como pressões de língua, lábio, bochecha, posição postural da cabeça, da língua, morfologia dos dentes, entre outros. Rudge salientou que o ortodontista clínico deveria ser cauteloso durante o tratamento ortodôntico ao impor a forma aos arcos dentais dos pacientes, visto que as pesquisas ainda não chegaram a uma conclusão a respeito da forma ideal, ou dos fatores que a influenciariam. Felton et al. (1987) realizaram estudo em modelos de arcos dentais inferiores com o objetivo de avaliar a existência de uma forma de arco ideal específica em uma amostra de oclusões normais, a similaridade entre os arcos dentais de indivíduos com maloclusões de Classe I e Classe II de Angle, a estabilidade das mudanças introduzidas nos arcos dentais durante o tratamento ortodôntico, e a similaridade na adaptação entre 17 arcos ortodônticos produzidos comercialmente e a maioria dos casos clínicos. A amostra utilizada pelos autores foi de 30 modelos iniciais e 15 modelos da fase pós-contenção, de indivíduos com maloclusões de Classe I e Classe II de Angle, tratados ortodonticamente sem extrações dentárias, e 30 com oclusão normal. Para analisar os arcos dentais, foram demarcados pontos de referência na metade das bordas incisais dos incisivos, nas pontas de cúspides dos caninos, pontas de cúspide vestibulares dos primeiros e

25 23 segundos pré-molares, mésio-vestibulares dos primeiros molares, e um ponto médio entre os incisivos centrais. Foram obtidas fotocópias dos modelos com os 13 pontos, previamente demarcados, as imagens digitalizadas, sendo a forma e as características do arco dental descritas utilizando-se o polinômio de 4º grau. Após as avaliações, os autores chegaram à conclusão de que os indivíduos com oclusão normal não apresentaram uma forma de arco ideal específica, que as formas de arcos na fase pré-tratamento daqueles indivíduos com maloclusões de Classe I e II eram similares de maneira geral, não havendo predomínio de alguma forma característica, e que as alterações nas formas dos arcos devido ao tratamento geralmente não eram estáveis, pois 70% dos casos demonstraram mudanças significativas na fase pós-tratamento, retornando à forma original. Paquette et al. (1992) compararam o impacto estético e a estabilidade a longo prazo (10 a 20 anos pós-tratamento) em pacientes Classe II divisão 1ª de Angle, tratados com mecânica edgewise, com e sem extração de pré-molares. Selecionaram 63 pacientes, sendo 33 tratados com extração e 30 sem extração. A decisão de extrair foi baseada na convexidade do perfil, protrusão dentária e apinhamento. Após as avaliações, concluíram que em ambos os grupos ocorreu um marcante deslocamento da mandíbula para frente; em virtude de um significativo crescimento mandibular, nos pacientes que não se submeteram a extração, perceberam que, quanto maior o aumento na largura intercaninos inferiores durante o tratamento ortodôntico, maior foi a recidiva transversal pós-tratamento e póscontenção; esses pacientes apresentaram protrusão dentária significativa e perfil mais convexo. Berlatto & Maltagliati (1995) compararam arcos ideais entre si, construídos cada um sobre os diagramas mais difundidos na época (método de

26 24 Bonwill / Hawley, gráfico de formação do arco de Boone, diagrama de Interlandi) tomando como base os modelos de um paciente leucoderma, do gênero feminino, de 31 anos de idade, não tratado ortodonticamente, examinado por cinco especialistas que concordaram ser esse indivíduo portador de oclusão normal, ótima estética facial, perfeita fisiologia. Os autores afirmaram que a procura do arco ideal continua sendo assunto de busca permanente, determinaram os arcos ideais através dos diagramas acima citados e realizaram sobreposições com o arco ideal conseguido diretamente sobre os modelos do paciente que apresentava uma oclusão normal. As regiões avaliadas pelos autores foram cúspides dos caninos e cúspide mésio-vestibular dos segundos molares; os resultados das medidas efetuadas foram distribuídos em uma tabela para favorecer a leitura e consulta. Após as medições, os autores chegaram às seguintes conclusões: a forma universal ideal de arco dental não existe; para que ocorra estabilidade dos resultados obtidos, os dentes devem ser posicionados sobre o osso basal; deve-se respeitar a forma original do arco dental apresentada ainda com a maloclusão; o melhor guia de construção de arcos ortodônticos é o modelo inicial do paciente, pois é certamente a aproximação mais simples, que não introduz nenhuma construção artificial. Ruela (1995) avaliou pacientes tratados ortodonticamente sem extração de pré-molares, que inicialmente apresentavam maloclusão Classe I de Angle, com pequeno e moderado apinhamento. O objetivo foi verificar se o nivelamento e alinhamento dos dentes foram conseguidos através do movimento distal do primeiro molar inferior, da expansão lateral do arco dental, ou da projeção dos incisivos inferiores. Segundo o autor, a manutenção da dimensão e da forma do arco dental inferior é fator de estabilidade dos resultados terapêuticos, sendo estas duas variáveis fator de preocupação, principalmente quando se usam arcos feitos com fios

27 25 de materiais elásticos obtidos com a evolução tecnológica. A amostra foi composta de 30 indivíduos; não foram considerados raça e gênero; a idade variou de 9 a 14 anos. Em todos os tratamentos foi usado algum artifício para movimentar os molares inferiores distalmente. A avaliação das distâncias intercaninos e intermolares foi realizada antes e após o tratamento, utilizando-se um paquímetro, enquanto a avaliação do posicionamento dos molares e incisivos foi feita através de radiografias cefalométricas de perfil. Depois de realizar revisão da literatura, o autor não encontrou consenso com relação ao valor de expansão ou contração permitido para as dimensões intercaninos e intermolares, portanto admitiu uma variação, respectivamente, de 0,5 e 1,0 mm, para mais ou para menos, como sendo aceitável. Concluiu que durante a terapia ortodôntica aplicada aos casos dessa amostra, a distância intercaninos variou em média 0,83 mm e a distância intermolares em média 1,02 mm, comprovando uma expansão principalmente na região dos caninos, o que resultou em um arredondamento do arco dental inferior. Martins et al. (1996) fizeram considerações com relação às vantagens em se utilizarem as ligas de níquel-titânio na fase inicial do tratamento, quando necessitamos de grande resiliência e baixo módulo de elasticidade dos arcos ortodônticos, para que a movimentação dentária ocorra mediante forças leves e contínuas, minimizando danos teciduais permanentes, como, por exemplo, as reabsorções radiculares. Das novas ligas introduzidas no mercado ortodôntico, destacam-se duas especialmente importantes para a Ortodontia contemporânea: a) ligas de níquel-titânio; b) ligas de beta-titânio. Neste trabalho foram realizadas comparações entre a rigidez do fio com ligas de aço inox, beta-titânio (TMA) e níquel-titânio, assim como comparações entre os diversos calibres de arcos, utilizando-se os estudos de Burstone em Chegou-se à conclusão de que

28 26 atualmente a utilização de braquetes pré-angulados e pré-torqueados (straight-wire) é uma tendência universal; portanto, a utilização de ligas de níquel-titânio no início do tratamento é viável, pois elas apresentam rigidez menor que a do aço inox e memória de forma bem maior. Araújo et al. (1997) avaliaram se o tipo de maloclusão sagital (Classe I ou II, de Angle) exerce influência nas dimensões transversais dos arcos dentais superior e inferior. Analisaram 120 pares de modelos, sendo 60 maloclusões de Classe I (30 do gênero masculino e 30 do feminino) e 60 maloclusões de Classe II (30 do gênero masculino e 30 do feminino), sendo que os pacientes apresentavam nenhum ou pequeno apinhamento (0 a 3 mm). As medidas foram estabelecidas em fotocópias das faces oclusais dos modelos dos pacientes. Os pontos predeterminados foram demarcados segundo os métodos de Howe, McNamara e O Connor (região cervical da face lingual / palatina dos caninos, pré-molares e molares inferiores e intersecção do sulco palatino com a margem gengival dos primeiros molares superiores). A menor distância entre os pontos foi obtida utilizando-se um paquímetro digital. As distâncias transversais avaliadas foram entre os caninos, primeiros pré-molares, segundos pré-molares e primeiros molares permanentes tanto no arco superior como inferior. Não foram encontradas diferenças significativas entre as dimensões transversais, com exceção da distância entre os primeiros pré-molares superiores. Um resultado semelhante foi observado quando a comparação entre as Classes I e II foi subdividida e separada segundo o gênero. Vale ressaltar que, embora sem significância estatística, as dimensões transversais do grupo de pacientes Classe I foram sempre maiores que o grupo Classe II. Bishara et al. (1997) realizaram um estudo longitudinal das mudanças que ocorreram nas dimensões intercaninos e intermolares dos arcos dentais durante um

29 27 período de 45 anos de vida. Para essa pesquisa, foram avaliados os modelos dos arcos dentais superiores e inferiores de dois grupos: I) 28 crianças do gênero feminino e 33 do gênero masculino, nos períodos em que elas se apresentavam com 6 semanas, 1 ano e 2 anos de idade; II) 15 indivíduos do gênero masculino e 15 do gênero feminino, nos períodos em que apresentavam 3, 5, 8, 13, 26 e 45 anos de idade. Concluíram que tanto na maxila quanto na mandíbula as distâncias intercaninos e intermolares aumentaram significativamente entre 3 e 13 anos de idade, e que, depois do completo irrompimento da dentadura permanente, ocorria uma pequena diminuição na largura dos arcos; entretanto, consideraram que as distâncias intercaninos e intermolares foram estabelecidas aos 8 anos de idade, depois do irrompimento dos incisivos, com algum aumento mínimo até a dentadura permanente se completar, por volta dos 13 anos. Ciruffo et al. (1997) fizeram uma revisão da bibliografia a respeito da contenção pós-tratamento ortodôntico, para apontar os possíveis fatores responsáveis pela recidiva. Segundo os autores, não há um campo tão rico em opiniões e discussões entre os ortodontistas como a contenção dentro da Ortodontia, sendo que a contenção é uma fase do tratamento na qual a estabilidade e o equilíbrio da oclusão devem ser estabelecidos definitivamente. Foram consultados vários trabalhos da literatura e os autores chegaram à conclusão de que um fator relevante na causa das recidivas é a alteração das distâncias intercaninos e intermolares, pois, quando estabelecidas, são imutáveis. Zachrisson (1997) avaliou os possíveis erros que podem colaborar para que ocorra recidiva após o tratamento ortodôntico. Por mais de 35 anos, os membros do Departamento de Ortodontia da Universidade de Washington vêm colecionando registros de diagnóstico de mais de 600 pacientes, dez anos ou mais

30 28 após a finalização do tratamento ortodôntico, e chegaram à conclusão de que o alinhamento inferior satisfatório foi mantido dez anos após a contenção em menos de 30% dos pacientes, com aproximadamente 20% dos casos apresentando apinhamento marcante. Com relação à recidiva transversal, salientou a importância de se evitar aumento na largura intercaninos inferiores normal (24-26 mm) durante o tratamento ortodôntico. Na maioria dos estudos, ele verificou que essa largura diminui do período pós-tratamento até a fase pós-contenção, mesmo quando ocorreu uma expansão mínima durante a terapia. Aparentemente, quanto maior o aumento nessa dimensão durante o tratamento, maior a diminuição após sua finalização, afirma o autor. As formas de arco pré-fabricadas com os melhores ajustes foram úteis em cerca de 50% dos casos; os demais apresentaram uma grande variedade na forma do arco. Tendo em vista a grande variabilidade individual na forma do arco dental, não se pode esperar que uma forma de arco pré-fabricada possa se ajustar a qualquer arco dental. O autor, baseando-se em sua experiência clínica e em estudos meticulosos, chegou à conclusão de que a alta prevalência de recidiva após a terapia ortodôntica pode ser evitada se utilizarmos a forma do arco mandibular original como guia. Burke et al. (1997) utilizaram a técnica de metanálise para revisão de literatura, e avaliaram a estabilidade longitudinal da largura intercaninos inferiores pós-contenção. Nesse trabalho, foram utilizados dados derivados de 26 estudos relatados na literatura publicada ou em teses de graduação não publicadas de programas ortodônticos reconhecidos, totalizando 126 indivíduos, sem considerar o diagnóstico e a modalidade de tratamento ortodôntico. Foram realizadas medidas no período T1 (durante o tratamento), T2 (imediatamente após o tratamento), T3 (período pós-contenção). Os autores concluíram que a largura intercaninos inferiores

31 29 possui a tendência de se expandir durante o tratamento na ordem de 1 para 2 mm e de contrair-se após a contenção para aproximadamente a dimensão original, devendo, portanto, ser mantida a largura intercaninos inicial. Begole & Lyew (1998) desenvolveram um método computadorizado para avaliar se houve ou não mudança na forma do arco dental após o tratamento ortodôntico. Selecionaram alguns pacientes e compararam as formas dos arcos dentais antes do tratamento, imediatamente após o tratamento ortodôntico e no mínimo dois anos após a remoção do aparelho ortodôntico. Os autores idealizaram esse novo método a partir de curvas matemáticas (função da tira cúbica). Segundo os autores, muitos métodos utilizados para avaliar a forma dos arcos dentais utilizam funções simétricas matematicamente [parábola da forma x 2 =2py; catenária, y= (e x +e - x ) / 2; e elipse, (x 2 / a 2 ) + (y 2 / b 2 ) = 1] gerando formas de arcos simétricos. Tem sido mostrado que a simetria do arco dental pode não ser uma hipótese viável, pois não é comum encontrar arcos dentais simétricos. A função da tira cúbica não necessariamente produz uma curva simétrica, portanto parece ser um meio ideal para a representação da forma do arco dental. Os autores selecionaram 65 pacientes para desenvolver o método. Os modelos de gesso foram fotocopiados (escaneados), os pontos digitalizados, depois utilizado o programa desenvolvido (baseado na curva da tira cúbica) e assim foram geradas três formas de arcos dentais: antes do tratamento, imediatamente após o tratamento e no mínimo dois anos após a remoção do aparelho ortodôntico. Os autores realizaram a sobreposição das formas dos arcos dentais e não encontraram diferença significativa entre eles. Chegaram à conclusão de que, embora a função matemática da tira cúbica tenha mostrado modelar adequadamente a forma dos arcos dentais e seja a base para um novo método de análise, exigem-se mais estudos de forma a

32 30 estabelecer a confiabilidade do novo método. É importante também relacionar os resultados do novo método às medições lineares tradicionais (largura do arco, profundidade e circunferência) utilizadas para descrever mudanças na forma dos arcos. Braun et al. (1998), utilizando a função beta (fórmula matemática), determinaram e compararam a forma do arco dental, avaliando pacientes Classe I, Classe II e Classe III de Angle. De acordo com os autores, os arcos dentais já foram descritos por pesquisadores em termos geométricos simples, como elipse, parábola, como segmentos de círculos unidos a linhas retas, ou esferas modificadas, e, mais recentemente, por fórmulas matemáticas como a da tira cúbica. Nesse trabalho, os autores utilizaram modelos ortodônticos pré-tratamento de 40 pacientes, sendo 15 pacientes de Classe I, 16 pacientes de Classe II e 9 pacientes portadores de maloclusão de Classe III. Todos os pacientes apresentavam dentição permanente completa, inclusive os segundos molares erupcionados; as subdivisões não foram incluídas no estudo. Após a seleção da amostra, os autores posicionaram os modelos numa máquina de mensuração coordenada que é extensivamente usada na indústria de máquinas operacionais de precisão, em que foram gravados os pontos e as coordenadas x, y, z correspondentes. Esses dados foram transferidos automaticamente para um computador. As coordenadas foram gravadas no centro de cada borda cortante do incisivo, no ponto mais alto dos caninos, pré-molares e na mesial e distal de cada molar. Duas variáveis independentes foram exigidas para se gerar a forma do arco dental; são elas a largura molar e a profundidade do arco, que foram determinadas a partir das medições das coordenadas dos modelos. Após os resultados, ao comparar as formas dos arcos mandibulares, os autores chegaram à conclusão de que o paciente Classe III exibe menor profundidade de arco do que os

33 31 pacientes com má-oclusão Classe I, porém os arcos dentais são mais largos. Os arcos dentais dos pacientes Classe II, quando comparados com os de pacientes Classe I, apresentam redução na largura e profundidade. Segundo os autores, sob essas considerações, seria interessante que se estudasse uma amostra maior; porém, a função matemática utilizada no trabalho representou com precisão a forma do arco dental humano, sendo útil haver estudos adicionais para avaliar a influência do crescimento e maturação na forma do arco dental. Cassidy et al. (1998) investigaram o papel que a hereditariedade tem na determinação da forma e tamanho dos arcos dentais. De acordo com os autores, os arcos dentais exibem considerável variabilidade nos seres humanos, sendo que podem variar de arcos relativamente pequenos e quadrados a longos e estreitos. Os fatores que tornam possível determinar a forma e tamanho dos arcos dentais não são bem conhecidos, segundo os autores, uma vez que são definidos no feto. Ainda, a variabilidade nos caminhos de erupção dos dentes, o crescimento das bases ósseas e o movimento dos dentes após a erupção, devido a hábitos e pressões musculares desequilibradas, podem influenciar na determinação da forma e do tamanho dos arcos. Nesse estudo, a amostra consistiu em 155 casais, sendo que 145 tinham dois descendentes e 10 apresentavam três descendentes, totalizando 320 indivíduos leucodermas americanos. Todos tinham dentição permanente, não haviam se submetido a tratamento ortodôntico, não apresentavam anomalia craniofacial, doença genética ou perda prematura de dentes decíduos. Não foi usado teste sorológico ou de outro tipo para confirmar a consangüinidade. A idade média foi de 13,5 anos. Uma ampla bateria de medições lineares e angulares (K=48) foi gerada por computador usando-se software próprio, após os modelos terem sido escaneados e pontos digitalizados na ponta de cúspide dos dentes. As variáveis

34 32 avaliadas foram categorizadas em cinco agrupamentos: a) angulações do dente; b) largura do arco; c) profundidade do arco; d) curvatura do arco; e) relação interarcos. Após os resultados, os autores concluíram que o tamanho dos arcos dentais dos homens era significativamente maior do que os das mulheres, e que o tamanho e a forma estão mais sujeitos às influências ambientais do que à herança genética. Sugeriram a necessidade de se entender melhor que fatores extrínsecos modulam o tamanho e a forma dos arcos dentais durante o crescimento. Haruki & Little (1998) avaliaram as diferenças na estabilidade a longo prazo das alterações induzidas ortodonticamente na forma do arco entre os indivíduos que se submeteram a tratamento ortodôntico precocemente (idade dentária III B de Hellman, dentição mista, n=36) e aqueles que receberam tratamento tardio (idade dentária III C ou mais de Hellman, dentição permanente, n=47). Os modelos dentários foram avaliados antes e após o tratamento e com um mínimo de dez anos de pós-contenção. Todos os indivíduos se submeteram ao tratamento ortodôntico com a técnica edgewise tradicional que incluiu a extração dos quatro primeiros pré-molares. Não houve diferença significativa entre esses grupos no pré e pós-tratamento. Na maioria dos casos, ocorreu algum grau de apinhamento inferior durante o período de pós-contenção. Houve diferença significativa no índice de irregularidade inferior na pós-contenção entre esses grupos. Considerando-se o desvio da linha média dos incisivos centrais, não houve diferença significativa entre esses grupos no pré e pós-tratamento, mas ela foi significativa na pós-contenção. Nesse estágio, o grupo com tratamento tardio apresentou maior irregularidade ântero-inferior e desvio da linha média. McLaughlin & Bennett (1999) relataram diversos aspectos descritos na literatura a respeito da importância da observação da morfologia dos arcos dentais

35 33 antes do tratamento ortodôntico, para se evitar recidivas e tratamentos que conferem estética artificial ao paciente. Reconheceram a importância da individualização dos arcos ortodônticos e sugeriram, com o objetivo de evitar a necessidade de aumentar o estoque de arcos no consultório ou acrescentar dobras desnecessárias, a identificação de quatro componentes básicos que compõem a forma do arco ortodôntico (curvatura anterior, curvatura posterior, largura intercaninos e largura intermolares) e a aceitação de três formas básicas de arcos descritos na literatura (triangular, ovóide, quadrada). Assim, defenderam a utilização de uma das três formas de arcos ortodônticos disponibilizadas pela 3M Unitek (Monrovia, Califórnia) para o tratamento ortodôntico pela filosofia MBT, cujas dimensões variam aproximadamente 6 mm na região intercaninos e são semelhantes na região intermolares. A avaliação do arco ortodôntico com o arco dental deve ser realizada previamente ao tratamento ortodôntico na região da curvatura anterior, para manter a distância intercaninos, embora os primeiros arcos (.016 termoativado,.014 de aço, twistflex.015 e.018 ) não tenham muita influência sobre a morfologia dos arcos dentais. Quanto aos fios de maior calibre e mais rígidos, como os retangulares termoativados, consideraram necessário ter as três formas em estoque ou individualizar os fios retangulares de aço. Dall Igna & Mendes (2000) avaliaram as alterações ocorridas, pré e póstratamento entre as distâncias intercaninos e intermolares inferiores em pacientes submetidos a tratamento ortodôntico com a técnica edgewise convencional, sem a realização de extrações. Segundo os autores, após consulta à literatura pesquisada, nenhuma conclusão definida pode ser formada, apesar de a maioria dos pesquisadores concordar que a dimensão intercaninos inferiores deva ser respeitada durante o tratamento e contida por um longo período após a finalização.

36 34 Clinicamente, o fracasso da estabilidade no arco mandibular muitas vezes é considerado a partir da observação de um apinhamento na região dos incisivos inferiores, após a remoção dos aparelhos. A partir de modelos de estudo das fases pré e pós-tratamento, de uma amostra constituída por 30 indivíduos brasileiros, portadores de maloclusão Classe I de Angle, com leve a moderado apinhamento no arco inferior e submetidos a tratamento ortodôntico (técnica edgewise) sem extrações, em que não foram considerados o gênero nem a etnia dos pacientes, sendo a idade, ao início do tratamento, compatível com o surto de crescimento puberal, e havendo a presença de todos os dentes permanentes inferiores irrompidos de primeiro molar direito a primeiro molar esquerdo, os autores realizaram medições para avaliar as alterações ocorridas nas dimensões intercaninos e intermolares inferiores entre as fases pré-tratamento (T1) e póstratamento (T2). Para realizar as medições nos modelos de estudo, utilizaram um paquímetro digital com precisão de 0,01 mm, consideraram como aceitável a variação para as distâncias intercaninos de 0,5 mm e intermolares de 1,0 mm (valores estes baseados no estudo feito por Ruela, 1995). Após as medições, chegaram à conclusão de que houve diferença estatisticamente significativa entre T1 e T2 quanto à distância intercaninos, a qual aumentou 0,93 mm em média, com uma variação de -0,89 mm a 3,45 mm, e a distância intermolares inferiores, que aumentou em média 1,63 mm, com uma variação de -2,25 mm a 5,94 mm. Kanashiro & Vigorito (2000) avaliaram e compararam por meio de um programa computadorizado, elaborado para a análise das formas (catenária, elipse, parábola, hipérbole) e dimensões transversais (intercaninos, entre primeiros prémolares, entre segundos pré-molares, entre primeiros molares e entre segundos molares) a forma e dimensão dos arcos dentais superiores e inferiores em pacientes

37 35 Classe II divisão 1ª e diversos tipos faciais. De acordo com os autores, a morfologia dos arcos dentais é um assunto importante, principalmente na Ortodontia, ajudando no diagnóstico, prognóstico e estabilidade do tratamento, sendo que as alterações das dimensões e formas dos arcos dentais durante o tratamento ortodôntico devem ser as menores possíveis, respeitando a individualidade de cada paciente, evitandose, dessa maneira, recidivas após a remoção dos aparelhos. Afirmaram que uma das medidas transversais mais exploradas na literatura é referente às distâncias intercaninos e intermolares, pois alguns autores acreditam que elas representam as chaves para a determinação da largura dos arcos dentais, sendo que os tipos faciais, as forças musculares e o grupo étnico são alguns dos fatores que influenciam a dimensão e forma dos arcos dentais. Os autores avaliaram 90 pares de modelos de arcos dentais obtidos ao início do tratamento, de pacientes leucodermas, brasileiros, de gênero masculino e feminino, com dentadura permanente completa, maloclusão Classe II divisão 1ª de Angle, com idades entre 11 anos e 4 meses e 17 anos e diferentes tipos faciais (braquicéfalo, mesocéfalo e dolicocéfalo). Baseados na metodologia utilizada e através dos resultados obtidos chegaram à conclusão de que a forma catenária foi predominante, tanto no arco superior como no inferior nos diversos tipos faciais (73% no arco superior e mais de 90% no inferior). Não encontraram diferença estatisticamente significativa quando compararam as medidas transversais nos arcos dentais superior e inferior, considerando-se os tipos faciais, com exceção das medidas entre segundos molares no arco superior e entre primeiros molares no inferior. Essas medidas se mostraram maiores no tipo braquicéfalo em relação aos dolicocéfalos. Minervino et al. (2000) demonstraram aspectos relacionados às ligas ortodônticas (fios de níquel-titânio) e suas aplicações clínicas adequadas. Citaram

38 36 que a primeira liga de níquel-titânio introduzida na Ortodontia é conhecida como Nitinol (Unitek Corp). Foi pesquisada e desenvolvida pelo metalúrgico William Buehler, em um programa espacial americano. Depois surgiu o fio de níquel-titânio chinês (desenvolvido pelo Dr. Tien Hua Cheng), no qual a temperatura de transição era muito menor que a do fio de Nitinol, o que produzia uma curva de desativação atípica, gerando forças relativamente constantes por um longo período de tempo. Logo depois, surgiu o fio de Nitinol japonês, desenvolvido pela companhia elétrica Furukawa Ltda., que apresenta grande memória de forma e superelasticidade não encontradas até então em outros tipos de fios. No final da década de 90, relatam o surgimento de uma nova liga, denominada copper Niti, em que a adição de cobre, combinada com o mais sofisticado processo de manufatura e tratamento térmico, tornou possível a fabricação de quatro diferentes copper Niti com temperaturas de transformação de fases precisas e constantes. De acordo com os autores, a principal característica das ligas de níquel-titânio é sua memória de forma, que se relaciona com sua estrutura metalúrgica (fase austenítica-martensítica), sendo que a memória de forma se refere à habilidade do material de lembrar sua forma original, após permanecer elasticamente deformada na sua forma martensítica. Quando a liga é esfriada abaixo da temperatura de transição, ela pode ser elasticamente deformada, mas, quando é aquecida novamente, sua forma original é restabelecida. Salientaram que é clara a dificuldade de encontrar um fio que preencha, para o ortodontista, todos os requisitos ideais, tais como: resistência, rigidez adequada, flexibilidade, formabilidade, estabilidade no meio bucal e custo compatível com a realidade brasileira. Portanto, a importância de conhecer as propriedades mecânicas, físicas e químicas dos materiais para melhor entender como eles trabalham. Segundo os autores, as possibilidades do uso das ligas de níquel-titânio são muitas, pois essas

39 37 apresentam baixa rigidez, memória de forma e alta elasticidade, propriedades desejadas na fase inicial do tratamento. Clinicamente, essas características resultam em um alinhamento e nivelamento mais eficaz, com menos tempo de cadeira do paciente, e menos dor, além da possibilidade de utilização precoce de fios retangulares no início do tratamento, conseguindo-se controle de torque dos dentes, tornando a mecânica eficiente. Interlandi (2002) explicou como elaborar o diagrama individual de contorneamento específico para a técnica do arco contínuo (straight-wire) nos casos sem extração e com extração. Afirmou que os diferentes diagramas de contorneamento, sempre que em mãos de fabricantes, têm como resultado comercial um número restrito de desenhos pré-formados, prejudicando assim o resultado final do tratamento, pois segundo o autor não existe similaridade com a morfologia dos arcos dentais, ocorrendo contrações ou expansões, o que influencia, assim, a estabilidade do caso. Defendeu a elaboração, pelo ortodontista, de diagramas individuais de contorneamento para cada paciente, selecionou aleatoriamente 20 modelos de indivíduos com maloclusões e idealizou um método de construção individualizado do arco ortodôntico para a técnica do arco reto baseado na distância entre a crista walla, na região dos primeiros molares inferiores, que pode ser alterada de acordo com os objetivos do ortodontista, e nas distâncias mésio-distais dos dentes de um hemiarco. O diagrama foi construído a partir da morfologia do arco mandibular, de valores dimensionais do paciente, de algumas constantes numéricas, bem como, e necessariamente, da visão clínica educada do ortodontista. Foram realizadas as seguintes medidas: a) distância inter-walla correspondente aos primeiros molares inferiores; b) determinação do raio de curvatura anterior; c) proposta para as curvaturas laterais (que abrangem,

40 38 basicamente, da área dos pré-molares até os segundos molares). O diagrama foi, portanto, um traçado individualizado com as seguintes características: a) é específico para a técnica do arco contínuo; b) harmonização entre as distâncias intermolares e os setores laterais do diagrama; c) devido à tendência atual de muitos autores, de ampliar o arco na região entre os pré-molares, deve-se valer do valor de dedução, a fim de dosar aquelas alterações, segundo critério clínico; d) o ortodontista não será um seguidor inconsciente de um diagrama já traçado, do qual desconhece valores e de cuja construção não participou. Kuramae et al. (2002) fizeram uma revisão de literatura sobre as teorias e conceitos da estabilidade ortodôntica e os fatores que podem levar a recidiva. De acordo com os autores a contenção e a estabilidade ortodôntica constituem, sem dúvida, os assuntos mais debatidos dentro da Ortodontia, sendo a estabilidade um dos principais objetivos do tratamento ortodôntico, além da estética e função. Após a revisão de literatura, os autores chegaram à conclusão de que a movimentação ortodôntica que causa maior recidiva é a rotação, necessitando de período de contenção mais longo; a forma do arco dental inferior antes do tratamento deve funcionar como guia para a forma de ambos os arcos pós-tratamento; a etiologia do apinhamento ântero-inferior no período pós-puberal é multifatorial, podendo existir influência do terceiro molar; a oclusão funcional, não só no aspecto estático, mas também no dinâmico, deve ser levada em consideração na estabilidade ortodôntica; a recidiva da sobremordida pode ocorrer pela extrusão dos incisivos inferiores e / ou intrusão dos molares. Lux et al. (2003) realizaram um estudo para analisar longitudinalmente a morfologia transversal e o desenvolvimento dos arcos dentais e das bases ósseas superiores e inferiores nas maloclusões de Classe II divisão 1ª e divisão 2ª de Angle,

41 39 comparando-as com indivíduos com oclusão normal e maloclusão de Classe I de Angle. Esse trabalho avaliou telerradiografias em norma frontal e modelos de gesso de 18 indivíduos com oclusão normal, 37 com maloclusão de Classe I de Angle, 17 com Classe II divisão 1ª de Angle e 12 com Classe II divisão 2ª de Angle, nos períodos de 7, 9, 11, 13 e 15 anos de idade, de ambos os gêneros. Os pontos de referência das telerradiografias foram digitalizados (pontos gônio, antegônio e maxilar) e tiveram as larguras das bases superiores e inferiores medidas. As dimensões transversais intermolares superiores (distância da fossa central dos primeiros molares superiores) e inferiores (distância das cúspides disto vestibulares dos primeiros molares inferiores) foram medidas com paquímetro (Mitutoyo Absolute Digimatic Caliper, Tokyo, Japan) diretamente nos modelos de gesso. Os autores concluíram que, nos cinco períodos estudados, a largura da base esquelética superior mostrou-se menor na Classe II divisão 1ª, maior na Classe I e oclusão normal em ambos os gêneros; não houve diferença estatisticamente significativa nas distâncias bigonial e biantegonial; as distâncias transversais intermolares superiores apresentaram-se menores no grupo com maloclusão de Classe II divisão 1ª, e as intermolares inferiores ligeiramente menores, porém não estatisticamente significativas. Araújo & Buschang (2004) revisaram alguns dos conceitos relacionados ao crescimento e desenvolvimento transversal dos maxilares presentes na literatura, e discutiram a possibilidade de expansão do arco dental inferior. A discrepância transversal pode provocar maloclusões como a mordida cruzada posterior, o apinhamento dentário, constrição e assimetria dos arcos dentais, estando normalmente associada às alterações nos sentidos vertical e ântero-posteriores. Segundo os autores, existem várias filosofias de tratamento para correção das

42 40 deformidades transversais, e o surgimento de novos protocolos de tratamento exige a compreensão do desenvolvimento das estruturas faciais, pois alguns paradigmas foram instituídos e se perpetuam até hoje, entre eles a possibilidade ou não de expansão do arco dental inferior. Após a revisão dos conceitos, os autores concluíram que a distância transversal dos arcos dentais pode ser alterada, sendo que a mandíbula após a fusão da sutura sinfisiana apresenta potencial de crescimento transversal. Os arcos dentais superiores e inferiores na região intercaninos e intermolares podem ser expandidos, principalmente em pacientes jovens com arcos dentais atrésicos, porém essa expansão não deve ser exagerada, pois seria uma expansão instável. Capelozza Filho & Capelozza (2004) apresentaram o diagrama individual anatômico objetivo, baseados na individualidade anatômica e nos objetivos de tratamento. Segundo eles, a estabilidade ou recidiva pós-tratamento ortodôntico está diretamente relacionado com variações introduzidas de modo aleatório na forma e nas dimensões dos arcos ortodônticos. Sugeriram que a definição das dimensões e forma dos arcos devam ser feitas após o estabelecimento do diagnóstico e planejamento do tratamento. Os diagramas que rotineiramente são utilizados em nosso meio, como o de Interlandi para a técnica edgewise e de Trevisi para straightwire, pressupõem que os dentes devem ser colocados idealmente sobre as bases ósseas; portanto, são baseados na morfologia dos arcos dentais. De acordo com os autores, a maioria dos tratamentos ortodônticos não são tratamentos corretivos plenos, sejam eles ortodônticos, sejam ortopédicos cirúrgicos, mas sim tratamentos compensatórios; portanto, considerando esta realidade, não é razoável admitir essa premissa clássica de modo genérico, sob pena de estarmos definindo forma para arcos dentais não compatíveis com a intenção do tratamento. Ao realizar um

43 41 planejamento no qual os incisivos inferiores deverão ser inclinados para vestibular, como no caso de compensação de uma maloclusão do padrão II, ou conduta oposta, inclinação lingual dos incisivos inferiores em maloclusões do padrão III, essas condutas devem ser consideradas e incorporadas na forma do arco na região pertinente. Isso significa que os arcos de nivelamento serão portadores da intenção manifesta no plano de tratamento. O diagrama individual anatômico objetivo é composto de 41 formas de arcos diferentes por meio da combinação de sete curvaturas anteriores e sete aberturas posteriores diferentes, que estão disponíveis como gabaritos em transparência. Para definir o diagrama do paciente, é realizada uma avaliação no arco inferior pela vista oclusal, em que são sobrepostos os diagramas respeitando a curvatura incisal, a distância intercaninos e a abertura posterior do arco (distância das bordas walla entre os primeiros molares inferiores) com base no planejamento do caso. Gravina et al. (2004), através de revisão de literatura, definiram e compararam as propriedades mecânicas (resiliência, módulo de elasticidade / rigidez, limite elástico, recuperação elástica, formabilidade, soldabilidade, atrito, biocompatibilidade, memória de forma e superelasticidade) das ligas utilizadas para a confecção de fios ortodônticos. Segundo os autores, apesar do pequeno número de ligas metálicas utilizadas na Ortodontia, existem várias marcas comerciais disponíveis, o que dificulta a escolha do material adequado e de menor custo. Após compararem as propriedades mecânicas dos fios de aço inoxidável convencional, de aço multifilamentados, de níquel-titânio estabilizados, de beta-titânio (TMA), fios de níquel-titânio superelásticos e termoativados, os autores chegaram à conclusão de que para a fase inicial de alinhamento e nivelamento, na qual grande movimentação dentária é necessária, arcos de níquel-titânio superelásticos ou termoativados e

44 42 arcos de aço inoxidável multifilamentados devam ser os fios de escolha, pois apresentam recuperação elástica e resiliência superiores e proporcionam maior controle de movimentos dentários. Na fase intermediária do tratamento ortodôntico, na qual alças para fechamento de espaço, dobras do tipo gable e fixação ou soldagem de acessórios são necessários, os fios de beta-titânio devem ser eleitos, porque apresentam alta recuperação elástica, rigidez inferior à do aço e alta formabilidade. Para os estágios de finalização, nos quais torque e controle de movimento dentário são necessários, o fio de aço inoxidável convencional é a melhor opção, devido a sua rigidez e formabilidade. Kook et al. (2004) avaliaram as diferenças morfológicas entre os arcos dentais inferiores de indivíduos leucodermas americanos e coreanos. Nesse estudo, foram selecionados 160 indivíduos americanos (60 Classe I, 50 Classe II e 50 Classe III) e 368 coreanos (114 Classe I, 119 Classe II e 135 Classe III), que não haviam se submetido a tratamento ortodôntico, apresentavam dentição permanente completa e não apresentavam restaurações extensas. Os modelos foram fotocopiados e os pontos digitalizados (centro da coroa clínica de todos os dentes). As formas dos arcos foram classificadas como triangular, ovóide ou quadrada, com o auxílio dos diagramas Orthoform (3M Unitek, Monrovia, Califórnia), com o objetivo de comparar as freqüências de suas distribuições entre os diferentes grupos, de acordo com o tipo de oclusão. As medidas transversais e sagitais de caninos e primeiros molares, e as proporções entre as larguras e o comprimento de caninos e primeiros molares também foram calculadas. Chegaram à conclusão de que a largura do arco dental inferior é estatisticamente menor nos americanos do que nos coreanos, mas o comprimento não difere entre os grupos nos três diferentes tipos de oclusão. Nos coreanos a forma mais freqüentemente encontrada foi a quadrada, enquanto nos

45 43 americanos foi a triangular. Quando a amostra foi agrupada de acordo com suas formas, observou-se que os arcos dentais dos coreanos apresentavam tendência a ser mais largos e mais compridos do que os dos americanos, nos três tipos de formas de arcos. McLaughlin et al. (2004) fizeram uma revisão da literatura sobre a forma ideal de arco ortodôntico para a dentição humana. Afirmaram que, com a introdução dos aparelhos pré-ajustados, o consenso era de que seria suficiente apenas uma forma de arco ortodôntico, porém, com o passar do tempo, concluiu-se que essa suposição não estava correta, pois há uma grande variação de formas de arcos dentais entre os seres humanos e, como resultado dessas variações, uma única forma de arco não pode ser usada em todos os casos ortodônticos. Sugeriram no início do tratamento, na fase de nivelamento e alinhamento, o uso de três formas de arcos ortodônticos (triangular, quadrada e oval), preconizadas pela técnica MBT, e na fase final do tratamento, em que se utilizam arcos mais pesados, a individualização de acordo com as características de cada paciente, pois na maioria dos casos deve-se evitar a alteração da distância intercaninos inferiores durante o tratamento, devido ao risco de recidiva. Kanashiro et al. (2005), após uma breve revisão da literatura, verificaram a importância da morfologia dos arcos dentais no tratamento ortodôntico e da existência de três formas de arcos ortodônticos disponíveis pela 3M Unitek (triangular, ovóide e quadrada). Nesse trabalho, a proposta foi verificar a freqüência das três formas de arcos ortodônticos preconizadas pela filosofia MBT, em indivíduos com maloclusão de Classe II, divisão 1ª de Angle e diferentes tipos faciais. Utilizando os gabaritos da 3M Unitek, compararam os arcos dentais superiores e inferiores por meio de sobreposição, tendo como referência a região

46 44 anterior dos modelos de estudo. Selecionaram 94 documentações ortodônticas e respectivos modelos de estudo de pacientes brasileiros, leucodermas, com maloclusão Classe II divisão 1ª de Angle, dentição permanente completa, ausência de restaurações muito extensas nas faces vestibulares e de mordidas cruzadas. A amostra foi composta de 28 pacientes dolicofaciais, 28 mesofaciais e 28 braquifaciais. Para determinação do padrão facial, utilizaram o Índice Vert de Ricketts. Após a seleção dos pacientes, os autores determinaram a forma de arco da 3M Unitek que melhor se adaptou aos arcos dentais dos pacientes. Concluíram que a forma triangular prevalece para o arco superior na maloclusão Classe II divisão 1ª, seguida da ovóide e, com menos prevalência, a forma quadrada. Já para o arco inferior, a maior freqüência encontrada foi da forma ovóide, seguida da triangular e da quadrada. Quando levou em consideração o tipo facial, a forma triangular predominou no arco superior em todos os tipos faciais, enquanto ao avaliar o arco inferior observaram maior prevalência das formas ovóide e quadrada no tipo dolicofacial, da forma ovóide no mesofacial, e das formas ovóide e triangular no braquifacial. Comparando os arcos dentais superiores e inferiores e os diferentes tipos faciais, observaram predominância da forma triangular no superior e quadrada no inferior. Busato et al. (2006) compararam o comportamento da forma do arco dental inferior durante as fases de tratamento e pós-contenção, em pacientes portadores de maloclusão Classe II de Angle, que haviam se submetido ao tratamento ortodôntico com extrações de dois e de quatro pré-molares, portanto com e sem extrações no arco inferior. Segundo os autores, está bem estabelecido na literatura que aumentar a largura e o comprimento do arco dental, durante o tratamento, leva a uma tendência de retorno às dimensões iniciais, no período pós-

47 45 contenção, sendo que a estabilidade do tratamento ortodôntico talvez seja, dentre as metas a ser alcançadas por esta terapia, a de mais difícil obtenção. Acreditam que o estabelecimento adequado da forma e da dimensão do arco dental inferior é um fator de estabilidade dos resultados terapêuticos, e que a elaboração imprópria dos arcos ortodônticos pode contribuir com muitos efeitos indesejáveis, durante e após o tratamento. Nesse estudo, foram selecionados 66 pacientes tratados na disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo. Os pacientes tinham que ser portadores de, no mínimo, uma maloclusão Classe II de Angle de meia cúspide até uma Classe II de Angle completa, e apresentar, ao início do tratamento, todos os dentes permanentes até os primeiros molares e ausência de supranumerários. A amostra foi dividida em dois grupos, de acordo com o tipo de tratamento planejado, ou seja, tratamentos com extração de dois pré-molares superiores (grupo 1), com média de idade de 14,04 anos, e tratamentos executados com a extração de quatro pré-molares (grupo 2), com média de idade de 13,03 anos. Para a verificação das diferenças entre os grupos, ou autores mediram os modelos referentes às fases pré-tratamento, pós-tratamento e, em média, cinco anos após o final do tratamento ativo. Utilizaram um paquímetro digital para realizar as medições, sendo que as distâncias avaliadas foram: intercaninos, intermolares e comprimento de arco. Verificaram uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos, com relação à largura intercaninos durante e após o tratamento ortodôntico. No grupo 1 (extração de apenas dois pré-molares superiores), a distância intercaninos diminuiu; segundo os autores, esse fato demonstra que precauções foram tomadas no sentido de se evitar, durante o tratamento, a expansão transversal dos caninos. No grupo 2 (extração de quatro pré-molares), a distância intercaninos aumentou, pois esses dentes ocuparam o espaço da extração. A largura intercaninos não

48 46 mostrou diferença estatisticamente significativa entre os grupos, quando se considerou o período pós-contenção, sendo que esse valor diminuiu nos dois grupos, com valor maior para o grupo 2, confirmando os achados na literatura da tendência de constrição dessa medida na fase de pós-contenção. A distância intermolares durante e após o tratamento ortodôntico diminuiu nos dois grupos, sendo maior no grupo 2 (quatro extrações), o que se deve à mesialização dos molares para regiões mais estreitas do arco dental. No entanto, durante a fase de pós-contenção, houve um pequeno aumento na largura intermolares, contrariando alguns trabalhos que mostram diminuição dessa dimensão. Os autores chegaram à conclusão de que as alterações na forma do arco inferior dos dois grupos avaliados, no período pós-contenção, não foram estatisticamente significativas, podendo-se esperar o mesmo grau de recidiva pós-contenção da forma do arco inferior, quando a Classe II é tratada com extração ou não de pré-molares inferiores. Kageyama et al. (2006) avaliaram as formas dos arcos dentais de adolescentes com maloclusão Classe II divisão 1ª de Angle e diferentes tipos faciais. Selecionaram 73 indivíduos brasileiros (pacientes do Departamento de Ortodontia da Universidade de São Paulo), leucodermas de ambos os gêneros e os dividiram em três grupos de acordo com o índice vert de Ricketts (17 braquifaciais, 24 mesofaciais e 32 dolicofaciais). Após a duplicação dos modelos iniciais de gesso, a imagem foi escaneada, enviada para um computador e o centro das coroas clínicas foi selecionado como referência, em que pontos foram digitalizados. A função beta e o polinômio de grau 4 foram utilizados para descrever as formas dos arcos dentais, e a comparação foi realizada por meio de sobreposições. Os autores concluíram que os indivíduos braquifaciais apresentam a forma do arco dental superior mais alargada e os dolicofaciais, mais afilada; que as formas dos arcos dentais inferiores são

49 47 semelhantes nos três tipos faciais; que a função beta é apropriada para predizer a forma final dos arcos dentais e o polinômio de grau 4, para a análise das diversas formas e avaliação de suas assimetrias; e que o arco dental pode ser desenhado de maneira mais acurada pelo polinômio do que pela função beta. Araújo et al. (2007) avaliaram as alterações que ocorreram na distância intercaninos com o tratamento ortodôntico e após a remoção da contenção. Nesse trabalho, foram avaliados 30 pacientes com maloclusão inicial Classe I de Angle tratados ortodonticamente no Centro de Odontologia e Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Os autores utilizaram duas maneiras para medir a distância intercaninos - ponta de cúspide e face vestibular dos caninos - sendo as medições realizadas com um paquímetro quadrimensional. As medidas foram feitas em três tempos: T1, pré-tratamento; T2, pós-tratamento; e T3, após um mínimo de um ano sem uso da contenção inferior. Após as medições, chegaram à conclusão de que houve aumento significativo da distância intercaninos durante o tratamento ortodôntico, independentemente do gênero e da realização ou não de extrações de pré-molares, e houve redução da distância intercaninos inferiores, com diferentes períodos sem uso da contenção inferior, e do tipo de movimento realizado nos caninos durante o tratamento. Os autores também concluíram que o maior grau de recidiva dos casos com movimentação distal dos caninos para o espaço das extrações estava relacionado à maior expansão realizada no tratamento. Trivino et al. (2007) fizeram uma revisão da literatura a respeito do método de determinação da forma do arco dental nos pacientes ortodônticos e os diagramas propostos. Salientaram a importância de se manter a forma original do arco dental, assim como a manutenção do equilíbrio funcional dos músculos da face,

50 48 para se obter estabilidade pós-tratamento ortodôntico. Os autores afirmaram, após a revisão da literatura, que a forma do arco dental vem sendo descrita pelos autores de várias maneiras diferentes e com distintas configurações, sendo que os primeiros diagramas apresentavam somente uma configuração e tamanho, e eram determinados pela soma dos seis dentes ântero-inferiores ou pelas medidas craniofaciais; entretanto, hoje em dia se empregam métodos mais exatos, como a matemática através de suas funções polinomiais e os programas de computadores. Chegaram à conclusão de que a maioria dos autores preconiza a utilização de formas de arcos individualizadas para cada paciente, e que não se deve utilizar uma forma de arco médio, obtido a partir de medidas também médias. Trivino et al. (2008) avaliaram as possíveis formas do arco dental inferior de 63 indivíduos, adolescentes brasileiros com dentição permanente e oclusão normal, que apresentavam no mínimo quatro das seis chaves de oclusão normal de acordo com Andrews, sendo que a primeira chave deveria estar presente em todos os casos selecionados. Os autores afirmaram a importância de se manterem as dimensões do arco dental inferior durante o tratamento ortodôntico. Após a digitalização de modelos de gesso, utilizaram um método matemático associado a uma função polinomial de 6º grau. As imagens do arco dental inferior de 63 indivíduos foram divididas nos lados direito e esquerdo e o método do espelho foi aplicado a esses hemiarcos; isso resultou em arcos dentais simétricos, conseguindose um total de 126 segmentos de curva. O método do espelho foi usado porque as figuras geométricas que representariam a forma dos arcos dentais - curva parabólica, elipse, hipérbole e outras - são representações matemáticas simétricas e, muito embora os moldes dentários tenham sido obtidos de indivíduos com oclusão normal, eles podem ser assimétricos entre os lados direito e esquerdo. Concluíram

51 49 que o arco dental mandibular é representado por 23 formas; portanto, um arco dental normal não pode ser representado somente por uma forma de arco simples.

52 50 3 PROPOSIÇÃO em relação: Este estudo teve como propósito avaliar a similaridade do arco dental inferior, a) aos arcos ortodônticos pré-contorneados de níquel-titânio da marca comercial GAC; b) aos arcos ortodônticos pré-contorneados de níquel-titânio da marca comercial GAC, na região anterior; c) aos arcos ortodônticos pré-contorneados de níquel-titânio da marca comercial GAC, na região posterior.

53 51 4 MATERIAIS E MÉTODOS Para a realização deste trabalho foram utilizados 100 modelos ortodônticos inferiores de gesso, de 48 indivíduos do gênero feminino e 52 do gênero masculino com maloclusão Classe I de Angle. Todos eles eram leucodermas, brasileiros, com dentição permanente completa, inclusive os segundos molares irrompidos, sem atresia dentária ou esquelética, segundo avaliação realizada através da análise de Korkhaus (Korkhaus, 1960), não apresentavam mordida cruzada, e nunca se submeteram a tratamento ortodôntico prévio. Esses modelos de estudo foram obtidos após avaliação no arquivo da clínica particular registrada com o nome de Bretos Instituto de Odontologia Ltda., CNPJ / , de propriedade do cirurgião-dentista Dr. José Luís Gonçalves Bretos, CRO , localizada em São Paulo, Capital, na Rua Dr. Pinto Ferraz, 139, no bairro de Vila Mariana. Os modelos de gesso selecionados fazem parte da documentação-padrão necessária para o tratamento ortodôntico, sendo que todos os elementos dentários deveriam estar nitidamente visíveis nos modelos. Os modelos foram então encaminhados para a Clínica Radiológica Spada, localizada na Rua Pio XI, 929, São Paulo, Capital, de propriedade do radiologista responsável, Dr. Luiz Augusto Werner Neto, CROSP 38511, que realizou a digitalização da imagem de todos os modelos ortodônticos da amostra, em um scanner marca Canon Scan modelo D646 Uex (Elgin Info Products, Mogi das Cruzes / Brasil) a 75 dpi e 100%, reproduzindo uma imagem em tamanho real (figura 1). Os modelos foram posicionados com as curvaturas dos arcos dentais voltadas para o scanner, sendo que aqueles que apresentavam o plano oclusal curvo foram estabilizados com o auxílio de massa de modelar.

54 52 Figura 1 - Imagem do modelo ortodôntico. A seguir, sobre a imagem digitalizada de cada modelo, o próprio pesquisador utilizou o software Orto Manager 6.0 da empresa Soft Manager (Curitiba / Brasil), para determinar pontos de referência e definir a forma ideal do arco dental inferior de cada paciente. Foram marcados 14 pontos, sendo 8 pontos no centro da face vestibular de todos os dentes posteriores, 4 pontos na metade da borda incisal dos incisivos e 2 pontos na ponta de cúspide dos caninos (figura 2). Figura 2 - Imagem do modelo inferior com os pontos marcados.

55 53 Para a determinação da forma ideal do arco dental inferior de cada paciente, o software Orto Magager utiliza as curvas de Bézier. O software Orto Manager, então, permitiu a obtenção de três tipos de imagens: do modelo inferior com os pontos demarcados e com o desenho da forma ideal do arco dental (figura 3); do modelo inferior com o desenho da forma ideal do arco dental (figura 4); e apenas da forma ideal do arco dental inferior (figura 5). Figura 3 - Modelo inferior com pontos demarcados e sobreposição da forma ideal do arco dental. Figura 4 - Modelo inferior com sobreposição da forma ideal do arco dental.

56 54 Figura 5 - Forma ideal do arco dental inferior. Para realizar a comparação entre a forma ideal do arco dental inferior dos pacientes selecionados e as diversas formas de arcos ortodônticos précontorneados de níquel-titânio presentes no mercado, foram adquiridos arcos ortodônticos de níquel-titânio da marca comercial GAC (Nova York / EUA). Cada um dos arcos ortodônticos foram digitalizados a 75 dpi e 100%, reproduzindo uma imagem em tamanho real. Previamente à digitalização das imagens dos arcos ortodônticos termoativados Accuform Large, Accuform Medium, Accuform Small, Ideal (figura 6), estes foram aquecidos por meio de submersão em água a 37ºC, com o propósito de estimular a recuperação de sua forma inicial, fase austenítica (Gravina et al., 2004). Os arcos ortodônticos convencionais Standard e Natural (figura 7) não necessitaram desse tipo de tratamento térmico.

57 55 Figura 6 - Imagens dos arcos ortodônticos termoativados. Figura 7 - Imagens dos arcos ortodônticos convencionais. A etapa seguinte foi a sobreposição e a comparação entre a forma ideal do arco dental inferior de cada paciente e os arcos ortodônticos pré-contorneados de níquel-titânio, que foi realizada utilizando-se o software AutoCAD - Computer Aided

58 56 Design ou projeto assistido por computador (Autodesk, Inc. Califórnia / EUA), o qual possibilitou o alinhamento dos arcos e a medição precisa da variação existente na região anterior e posterior entre os arcos. Antes de iniciar o trabalho de sobreposição com o software AutoCAD, foi necessário importar as imagens conseguidas no software Orto Manager. Para que não houvesse distorção no tamanho real das imagens transferidas, o software AutoCAD teve que ser calibrado, sendo imprescindível a realização e transferência de medidas lineares entre as pontas de cúspide dos caninos e entre os pontos localizados no centro da face vestibular dos primeiros molares inferiores (figura 8). Figura 8 - Medidas lineares. As sobreposições foram realizadas pelo próprio pesquisador na empresa Grupo de Arquitetura, Engenharia e Planejamento Urbano (GAEPU), localizada na Via do Café, 455 Ribeirão Preto (SP), sobre a responsabilidade do arquiteto Rafael Perin Alves Ferreira, CREA Com o objetivo de estabelecer a comparação, foi necessário que a forma ideal do arco dental do paciente e os arcos ortodônticos pré-contorneados de níqueltitânio fossem alinhados e, para isso, foram sobrepostos os pontos medianos de

59 57 ambos. Somente isso não foi suficiente; houve a necessidade de se alinharem os eixos dessas amostras, uma vez que os modelos de gesso não estão dispostos precisamente nos eixos cartesianos. Utilizando o software AutoCAD, foi possível determinar essa diferença e rotacionar precisamente os arcos ortodônticos para realizar a sobreposição. Neste estudo, os pontos utilizados para a determinação do eixo da forma ideal do arco dental inferior do paciente foram o ponto médio da curvatura anterior, e a metade da distância entre as duas extremidades (figura 9). Figura 9 - Eixo da forma ideal do arco dental inferior. O eixo dos arcos ortodônticos de níquel-titânio foi determinado unindo-se o ponto demarcado pelo fabricante na região anterior e a metade da distância entre as duas extremidades (figura 10).

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