TÍTULO: VIRTÓPSIA - NECRÓPSIA VIRTUAL POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

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1 TÍTULO: VIRTÓPSIA - NECRÓPSIA VIRTUAL POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): MAYARA GOMES DE SOUSA ORIENTADOR(ES): ROGÉRIA MARIA VENTURA COLABORADOR(ES): DOUTORA PATRÍCIA VALÉRIA PEREIRA SERAFIM

2 Resumo: A necropsia é um exame post-mortem altamente invasivo que utiliza de técnicas cirúrgicas para analisar órgãos, ossos e outros tecidos de um cadáver e determinar a sua causa mortis. Este tipo de procedimento é realizado em casos de morte suspeita, natural ou violenta. Porém, nos últimos anos surge um novo procedimento minimamente invasivo que possibilita esse mesmo tipo de análise de um corpo, mas de forma virtual, a Virtópsia ou necrópsia virtual. O surgimento desta nova técnica se deu devido aos avanços tecnológicos na área medica, com o surgimento e mais tarde aprimoramento de técnicas de imagem com Tomografia Computadoriza e Ressonância Magnética. A necrópsia virtual é uma técnica onde o corpo humano é minunciosamente reproduzido interna e externamente e também reproduzido em 3D. Palavras-chave: Autopsia; Medicina Forense; Necrópsia virtual; Radiologia Forense; RM-PM; TC-PM; Virtópsia Introdução: Virtópsia foi o nome dado para técnicas de imagem utilizadas para o estudo cadavérico onde é possível realizar um mapeamento interno do cadáver como substituição a necrópsia convencional. Uns dos principais métodos radiológicos/imaginológicos para a realização da virtópsia é através da tomografia computadorizada (TC) e da ressonância magnética (RM), esses métodos permitem obter uma correlação anátomo-radiológica possibilitando desvendar a causa da morte e/ou as circunstancias em que ocorreu de forma menos invasiva¹. Esses métodos imaginológicos podem funcionar como complementares para a necrópsia convencional. A Virtópsia também pode ser utilizada em várias outras situações, como reconhecimento de corpos carbonizados e em putrefação, desastres em massa, analise de patologias, investigações tanatologicas, entre outras². Objetivos: Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de conhecer este novo método de realização de necropsia, através de exames por imagem, bem como as diferenças entre necropsia virtual e convencional, os prós e contras de cada técnica e de que maneira a Virtópsia pode contribuir na área da medicina forense.

3 Metodologia: Este trabalho consiste na realização de estudos a partir de revisões bibliográficas da literatura do assunto abordado, no período de Janeiro a Dezembro de As pesquisas tiveram como fonte: Google Acadêmico, Scielo, Pubmed e outras fontes citadas. Desenvolvimento: No século XXI, iniciou se o projeto VIRTOPSY, criado e registrado como marca por Richard Dirnhofer com o intuito de contribuir para as ciências forenses. 3 Os usos dos recursos por imagem tornariam mais fácil analisar um cadáver internamente. 4 A TC permite resultados minuciosos para o rastreamento de projeteis, fragmentos de qualquer tamanho e outros corpos estranhos. Outras possibilidades para o uso da TC é a identificação de trajetos de um projetil ou qualquer outro instrumento perfurocortante. 5 No geral, a TC tem ótima atuação para identificação de vítimas por queimaduras, acidentes em massa e afogamento, mas para tudo isso o uso de TC com contraste endovenoso é indispensável. É utilizado um aparelho para injetar o contraste iodado no cadáver chamado Virtangio, que simulará a circulação sanguínea. Uma substancia chamada PEG 300(polietilenoglicol) é injetado no corpo juntamente com o contraste iodado para auxílio do fluxo. Para isso é feita uma incisão na artéria e veia femoral onde será colocado uma canulação para a injeção do contraste iodado e do PEG 300, auxiliando, desta forma, na melhora da obtenção de imagens de alta qualidade, o que vai proporcionar um diagnóstico mais preciso para a causa mortis. 6 A obtenção das imagens acontece gradualmente já que a TC é feita em 4 etapas que chamamos de fase pré-contraste que é quando temos a aquisição do corpo todo sem contraste, as fases arterial e venosa que é quando temos a aquisição do corpo todo com injeção do contraste e a fase dinâmica que é a fase final, quando temos a obtenção total da imagem e a saída do contraste. 7 Já a RM é eficaz para a visualização de tecidos moles por ter grande detecção de hemorragias e traumas em geral. 3 Resultados Preliminares: Ao confrontar os dois métodos, podemos concluir, até o presente momento, que de fato a Virtópsia é um procedimento de alta tecnologia e que permite o

4 esclarecimento de muitas evidencias, além de fornecer resultados conclusivos e algumas informações que podem fugir ao olho humano, o que torna a Virtópsia um método seguro e com grandes contribuições para a área Forense. Outro fato de que podemos notar é que o novo procedimento é altamente seguro e benéfico para os profissionais que trabalham com a necropsia devido a privação de contaminações que podem ser adquiridas através do contato físico com o corpo e fluidos corporais durante o procedimento de necropsia, evitando os riscos de contrair doenças infectocontagiosas. Porém, a virtópsia ainda não é indicada para substituição total da necrópsia e sim como uma aliada para melhores resultados. Fontes Consultadas: 1- ANDRADE, SILVIA DA LUZ MENESES DUARTE, Virtópsia: O Adeus ao Bisturi?, março Tese (Trabalho de conclusão do curso de medicina com vista a atribuição do grau de mestre no âmbito do ciclo de estudos de mestrado integrado em medicina), Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Coimbra, Bernardi, Fabiola Del Carlo, Os bastidores da medicina, nem sempre chegam tarde, Rev. Med ( São Paulo). 2012; 91 ( ed. Esp.): THALI, M. J. et al. Virtopsy The swiss virtual autopsy approach. Legal Medicine, [s.l.], v.9, n.2, p , abr, ROSÁRIO JÚNIOR, A. F. et al. Virtual autopsy in forensic sciences and its applications in the forensic odontology. Odonto Ciência, [s.l.], v. 27, n. 1, p. 5-9, mar, ROSADO, G. IML-SP inova na tomografia computadorizada em cadáver. Jun, MARQUES, F. A morte explica a vida, para estudar os mortos e ajudar os vivos. Revista Pesquisa Fapesp, São Paulo, v.229, p.14-21, mar, TAVERNA, K. et al. PISA: Plataforma de imagem na sala de Autopsia. Como fazer tomografia computadoriza pos-mortem sem contraste, com contraste, angiotc e perfusão Trabalho apresentado na 44ª Jornada Paulista de Radiologia, São Paulo, 2014.

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