Lideranças em Bel Air

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1 Lideranças em Bel Air Federico Neiburg Natacha Nicaise Pedro Braum Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social Núcleo de Pesquisas em Cultura e Economia Museu Nacional - UFRJ Setembro de 2011 Equipe: Federico Neiburg, Natacha Nicaise, Pedro Braum Azevedo da Silveira, Herold Saint Joie, Sergo Louis Jean, Jonhy Fontaine, e Handerson Joseph. 1

2 Conteúdo I. Introdução... 3 II. O universo das lideranças Idade Local de nascimento Instrução Ocupações dos pais Família, gênero e local de moradia III. As dimensões da liderança Bases e território Associações e recursos Política nacional e ajuda internacional IV. Vidas de lideranças A líder mulher Um homem de armas Qualificação e juventude Política e desenvolvimento Da luta à paz V. Reflexões finais VI. Imagens VII. Referências

3 I. Introdução Bel Air é um dos bairros mais antigos de Porto Príncipe. Situa-se no centro, ao lado do Palácio Nacional, do Champ de Mars, da Catedral, do porto e da principal área de mercados da cidade. No decorrer do século XX, foi moradia de uma classe média urbana de comerciantes, profissionais liberais, funcionários e artistas. A partir da década de 1970, o seu contorno social e geográfico mudou acentuadamente. Devido, entre outros fatores, à crise na agricultura tradicional, chegaram à cidade milhares de imigrantes vindos do interior do país, o que causou um aumento da densidade demográfica, o declínio da já precária infraestrutura urbana e o surgimento de novos assentamentos como La Saline, Forturon, Fort Dimanche, Pont Rouge e Warf Jeremie, unindo, numa única mancha urbana, essa região da capital com a prefeitura de Cité Soleil. Os indicadores sociais da área decaíram sensivelmente, área esta que passou a ser associada a favelização, economia informal, degradação ambiental e violência. 1 O censo realizado em 2007 pela organização não governamental brasileira Viva Rio ultrapassa as delimitações originais do bairro e desenha a Grande Bel Air, que inclui desde as zonas mencionadas acima, situadas na parte baixa da cidade, perto do mar, passando por Portail Saint Josef, Tokyo, St Martin, Delmas 2 e Solinó, indo até as cercanias do Fort National-Bastia (ver mapa). O referido censo apresenta os únicos dados demográficos disponíveis sobre a região. Lá moram cerca de 135 mil pessoas. A maior parte da população adulta é composta por migrantes e filhos de imigrantes vindos do interior do país. O censo mostrou igualmente um dramático movimento da população ocorrido entre 2004 e Nesse período, 43.5 % das pessoas tinham saído da área; a cada dez famílias, seis tinham enviado para fora de Bel Air seus filhos menores de 17 anos. O êxodo coincide com o tempo da vyolans [violência] que se seguiu à destituição do presidente Jean Bertrand Aristide, em Aristide nasceu no sul do país e migrou quando criança para Bel Air. Ali cresceu e foi feito (voltaremos mais adiante sobre esta expressão); foi lá que construiu a sua base social mais próxima. 2 Além de ser palco central dos confrontos entre 1 Os dados disponíveis sobre a população da área metropolitana de Porto Príncipe ilustram a dimensão do crescimento demográfico, muito acima da média nacional, a partir da segunda metade do século XX. 1950: habitantes, 1971: habitantes, 1982: habitantes, 2009: habitantes. Uma das melhores descrições da transformação social de algumas regiões de Bel Air nas últimas décadas do século XX pode ser lida no romance Adieu mon frère, de Edwige Danticat (2008). Ver também, Nascimento e Thomaz (2006). 2 Aristide formou-se no seminário dos Salesianos e pregou na Igreja de Saint Jean Bosco, na zona de La Salines. Veremos mais adiante de que modo os dados surgidos em nossa pesquisa apontam para a 3

4 partidários e inimigos de Aristide, Bel Air foi também um dos primeiros cenários da intervenção da Missão das Nações Unidas para a Estabilização de Haiti (MINUSTAH). 3 Como indica o procedimento das missões de estabilização da ONU, em paralelo às operações militares, iniciou-se o programa Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) das pessoas que tinham participado dos conflitos armados recém-ocorridos. As principais áreas de ação da DDR eram as chamadas hot zones da capital: Cité Soleil, Carrefour Feuille, Martissant e Bel Air. 4 Em maio de 2007, 12 lideranças comunitárias de Bel Air assinaram um Acordo de Paz sob o patrocínio de duas instituições: a Comissão Nacional de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (CNDDR) e o Viva Rio (VR) (foto). 5 A CNDDR fora criada um ano antes, deslocando para o âmbito do governo haitiano os programas DDR que, desde 2004, dependiam da agência civil da ONU. O VR havia chegado ao Haiti no mesmo ano, a partir de uma solicitação de assessoria por parte da DDR. Em seguida, a centralidade (urbana, política, histórica) de Bel Air justificou, aos olhos da ONG, o desenvolvimento de outros projetos na área, como os relativos a saúde, saneamento, aprovisionamento de água, gestão de conflitos, formação (esportiva, artística, em informática), entre outros. Isto favorecia uma intervenção no processo de estabilização que, desde o início, procurava aliar as ações ligadas ao "desenvolvimento" com as importância do seminário Salesiano na formação das jovens lideranças da área algumas delas, inclusive, empreendendo estudos universitários, como o próprio Aristide, formado em psicologia na Université d État de Haiti. Alem de fundar o movimento Lavalas, Aristide foi, por duas vezes, presidente do país: em 1991, foi eleito o primeiro mandatário após quatro décadas de ditadura dos Duvalier (François, primeiro, Jean-Claude em seguida). Seu primeiro governo (1991) durou somente sete meses, até ser destituído por um violento golpe militar. Três anos mais tarde, Aristide ascenderia novamente ao poder, graças a uma intervenção militar americana, o que permitiu que terminasse seu mandato ( ). Cinco anos depois, Aristide foi novamente eleito, governando o país até 2004, quando foi deposto no contexto de uma intervenção militar estrangeira (dirigida pelos Estados Unidos, França e Canadá). 3 A resolução criando a MINUSTAH foi votada pelo Conselho de Segurança da ONU em abril de Dois meses mais tarde chegariam ao país caribenho os primeiros capacetes azuis. 4 O programa DDR foi criado em 1989, sendo implementado pela primeira vez no Haiti no quadro da intervenção de 1994, que reconduziu Aristide ao poder. Formalmente, seu objetivo era enunciado do seguinte modo: Dismantlement of armed groups and reintegration of hard core members; Building the capacity of state actors and communities into a mutually reinforced partnership; Development of mechanisms for dialogue and conflict management at the community level; Support to community recovery, creating opportunities for the voluntary surrender of weapons; e Strengthen and support the implementation of the legal framework to reinforce control measures against the proliferation of small arms. UNDDR, Country Programs, Haiti, Para uma visão da chamada segunda geração de programas DDR, como os implementados no Haiti a partir de 2004, ver Muggah 2005 e, também, 5 Alem das lideranças signatárias e dos representantes das instituições patrocinadores (CNDDR e VR), na cerimônia de assinatura dos Acordos também estavam presentes representantes da MINUSTAH, da PNH, além de representantes diplomáticos do Brasil e da 4

5 ações de pacificação. 6 Algumas das lideranças envolvidas na assinatura dos Acordos haviam se engajado em ações voltadas para a promoção da paz, antes mesmo da chegada da DDR na área. A presença do VR cresceu exponencialmente, a partir de 2009, com a instalação de um grande centro comunitário (Kay Nou, nossa casa), em uma área de 25 mil metros quadrados, localizada no centro da Grande Bel Air, e ainda mais após o terremoto que atingiu a capital (muito especialmente essa área central da cidade), em janeiro de O local transformouse, inicialmente, em campo de refugiados e, em seguida, em centro de distribuição da assistência às vitimas. Atualmente, são cerca de mil as pessoas que desenvolvem atividades ligadas à ONG na região. O Viva Rio passou a ser uma importante fonte de recursos, mobilizando cada vez mais ações e expectativas da população, interagindo intensamente com (e contribuindo igualmente para configurar) as formas de liderança e de associação na área. Os Acordos de Paz têm sido renovados anualmente no mês de maio. O número de assinantes aumentou expressivamente, passando dos 12 signatários iniciais, existentes em 2007 a 77, no Acordo IV, assinado em maio de Junto com a expansão da área compreendida, cresceu o número de lideranças representando as diferentes zonas. Alterou-se, igualmente, o perfil social dos líderes: diminuiu a média de idade, surgiram signatárias mulheres e aumentou globalmente o nível de formação. 8 A pesquisa que aqui apresentamos surgiu de uma demanda do VR no sentido de se compreender o mundo social das lideranças comunitárias em Bel Air. Trata-se de uma questão-chave para as políticas de intervenção social na área, envolvendo assuntos centrais dos processos de desarmamento e reintegração, como definidos pelas Nações Unidas. Tais questionamentos giram em torno das seguintes perguntas: até onde incluir às lideranças armadas ou que participaram da luta armada nesses processos? Que ações do passado devem ser condenadas e que pessoas que aceitam depor suas armas podem ser reintegradas? 6 Para uma visão de conjunto da perspectiva e das iniciativas do VR em Bel Air, no quadro da implementação de ações de estabilização e reconstrução em contextos pós-conflito, ver Moestue & Muggah (2009). 7 Pouco depois de ter sido concluído o trabalho de campo para esta pesquisa, em maio de 2011, foi assinado o V Acordo de Paz, por 106 pessoas. 8 O Acordo IV foi assinado por representantes dos seguintes setores da Grande Bel Air: St. Martin, Delmas 2, Bel Air, Solino, Fort National-Bastia, La Saline-Fortouron, Pont Rouge-Fort Dimanche-Warf Jérémie. Nos dois primeiros acordos, os signatários eram todos homens, o terceiro e o quarto foram assinados respectivamente por quatro e 23 mulheres. 5

6 Do ponto de vista de especialistas em situações pós-conflito e segundo os próprios documentos da ONU, 9 uma originalidade do processo haitiano de 2006 consistia na ausência de duas forças beligerantes claramente diferenciadas, ou seja, o fato das ações armadas se alastrarem envolvendo vários grupos relativamente independentes, multiplicando os conflitos. Segundo esses mesmos documentos, as respostas às perguntas do parágrafo anterior deviam ser deixadas nas mãos dos atores locais. Assim, em muitos casos, a definição da fronteira entre quem poderia ser reintegrado e quem deveria ser preso e julgado foi basicamente um assunto que se resolveu na prática. 10 Trata-se de questões vitais para os moradores de Bel Air, conferindo sentido, por exemplo, à palavra rechechè, que designa as pessoas procuradas pela polícia e pelas forças da ONU. Dá-se o mesmo com a palavra reintegrè, utilizada para designar indivíduos que depuseram as armas e que, atualmente, são cidadãos de pleno direito alguns, como veremos, fizeram cursos de formação de lideranças e solução de conflitos oferecidos por agências internacionais ou ONGs, e hoje se veem e são vistos como profissionais do desenvolvimento. Como não poderia ser diferente, a acusação de compor com bandidos, feita em determinadas ocasiões, em primeiro lugar, à DDR; em seguida, à CNDDR, mas também ao VR faz parte desse universo social em movimento que configura o processo de desarmamento. 11 Além de considerar esses embates jurídicos e políticos, a pesquisa teve igualmente de considerar a estigmatização que pesa sobre a região e seus habitantes. Apesar do número de ações violentas (e de mortes por arma de fogo) ter diminuído sensivelmente nos últimos anos, 12 Bel Air continua ocupando uma das posições mais inferiores na geografia da hierarquia e da desigualdade social de Porto Príncipe. Projeta-se sobre a área e sobre as pessoas que lá habitam um conjunto de valores que associam pobreza e ausência de infraestrutura com violência, 13 reforçando uma percepção de ameaça e de desod [desordem], uma mistura de ação política e delinquência, segundo a qual as lideranças da área aparecem genericamente 9 Ver Hamann (2009), Moestue e Muggah (2009) e UNDDR. 10 A DDR estabelece que a negociação e identificação dos beneficiários do programa é responsabilidade do Estado (i.e. da CNDDR) e que as principais lideranças de gangs procuradas pela polícia não podem ser integradas no processo DDR (UNDDR, 2006). 11 Outra acusação é frequente entre aqueles que atacam os programas DDR desenvolvidos em locais como Bel Air e Cité Soleil: eles não seriam verdadeiramente efetivos, pois as armas ainda estão lá, escondidas. 12 Para dados sobre vitimização e violência em Bel Air, ver Fernandes e Nascimento (2007). Para uma apreciação mais compreensiva do ponto de vista do Viva Rio, incluindo o projeto Bèlè Vet (Bel Air Verde), ver Moestue e Muggah (2009). 13 Descrevemos essa lógica estigmatizante em Neiburg e Nicaise (2010). 6

7 identificadas (ou reduzidas) à imagem de bandidos que usam armas, que as possuem, ou que estariam próximas de quem as poderia usar. Identificações (e reduções) semelhantes estão presentes em boa parte da literatura e do debate público que trata não somente das políticas de integração de lideranças armadas em situações de pós-conflito, mas também, de forma mais ampla, da pobreza e violência em contextos como o haitiano, supostamente caracterizados pela ausência ou fraqueza do Estado. Segundo essa narrativa, a escassez de recursos e de institucionalidade estaria na base da formação de estruturas sociais e de personalidades predatórias, predispostas à corrupção, à ilegalidade e à violência. A capacidade compreensiva dessa visão, saturada de pré-noções e de generalizações normativas, é extremamente limitada. Ao invés de dados empíricos, se estabelecem associações difusas; as descrições confundem-se com uma censura moral e com prescrições políticas que reforçam a estigmatização. 14 A esta narrativa negativa opõem-se aqueles que valorizam positivamente as experiências sociais singulares de baixo e que, no lugar da violência e da personalização da vida social haitiana, buscam colocar em evidência as formas supostamente tradicionais do associativismo e o papel das lideranças. 15 Trata-se, no entanto, de uma narrativa que romantiza e isola o associativismo da geografia social maior da qual ele faz parte, formada também por fatos e processos de outras escalas, nacionais e internacionais, por exemplo. A intenção de situar nessas tradições associativistas as bases da verdadeira democracia no país 16 leva a desconsiderar o fato de que elas também configuram espaços de construção de hierarquias e de posições de poder, um universo formado em múltiplas escalas, no qual alguns indivíduos (os líderes) desenvolvem atividades de mediação, transitando entre elas, regulando a circulação de pessoas e recursos. A distância crítica do texto aqui apresentado em relação a essas narrativas que estigmatizam ou romantizam locais como Bel Air se fundamenta em nossa pesquisa etnográfica. A observação prolongada da vida cotidiana e das formas de sociabilidade, a participação em 14 Exemplos recentes dessa narrativa podem ser lidos nos títulos dos livros de Etienne (2007), Fatton (2002) e Wargny (2004), entre outros. Lundahl (p.e., 2011) é quem mais desenvolve as relações entre subdesenvolvimento (carência de Estado etc.) e violência. Para uma análise crítica dessa narrativa da carência, da ausência, da predação e da violência, ver Evangelista (2010). É preciso notar que essa forma de ver o Haiti está presente inclusive em certos documentos da UNDDR, nos quais, por exemplo, se fala da Psiche violenta haitiana (UNDDR 2006). Para uma visão das representações da pobreza haitiana por parte das elites, ver Thomaz (2005). 15 Ver, entre outras, Smith (2001), Greene (1993), Laguerre (1975), Michel (1997), Smart (1988). 16 Costuma se mencionar, nesse sentido, o fato, certamente relevante, de que, na Constituição promulgada em 1987, após o fim da ditadura Duvalier, se reconheceu, pela primeira vez, o direito dos cidadãos a criar associações. 7

8 conversas, a realização de entrevistas em profundidade que permitem reconstruir trajetórias pessoais e grupais, associadas à consideração de outros dados oriundos de uma série diversa de fontes, permitiram construir uma visão nuançada e complexa das formas de associação e de autoridade em Bel Air. Aqui, as lideranças aparecem próximas do mundo ao qual pertencem, das expectativas que as pessoas têm de melhorar as suas vidas. 17 Assim, esboça-se a história social e cultural recente da região, uma história não linear e polifônica, que apresenta tradições associativas, conflitos, uso de armas, mudanças nas modalidades de distribuição de recursos, em conjunto com a formação das famílias, a construção de laços de afinidade e de inimizade entre as pessoas, a formação de sentimentos de expectativa e de frustração. 18 O nosso ponto de partida foi, assim, o de situar as lideranças no universo social de Bel Air e, mais especificamente, no universo das formas de autoridade e de associação da área. Desse modo, podemos observar a figura do líder comunitário [lidè kominotè] junto com outras figuras das quais, segundo os contextos e os pontos de vista, ele algumas vezes se distingue e com as quais, outras tantas, se confunde. Trata-se de figuras como, entre muitas outras, lidè, notab, grannèg, chèf, chèf konbit, prezidan, samba, boss, soldà, kowonel, lidè amè, bandi, ajan lyezon, ou pwofesyonèl du developman. Essas figuras, por sua vez, aparecem vinculadas a uma série de formas de associação, como também entre muitas outras, komytè, kombit, atribisyon, tètansanm, ti leglise, organisasion populè, brigad vijilans, lakou, katye, group rara, gang, zenglendo, gueto ou baz. 19 Para compreender o universo social da liderança em Bel Air, nos propusemos a: 1) reconstruir as trajetórias sociais das lideranças; 2) mapear o campo semântico dos termos utilizados para designá-las; 3) relacionar as lideranças com as diferentes formas de associação que as reconhecem e nas quais elas participam; (4) examinar as formas de sociabilidade em meio às quais lideranças e associações são criadas e recriadas; 5) analisar os vínculos entre lideranças, associações e territorialidade, elaborando uma cartografia social da política local; 6) observar as relações entre a construção das lideranças e as configurações familiares, incluindo relações 17 A respeito das expectativas de modernidade em um contexto, em vários sentidos, semelhante ao haitiano, ver Ferguson (1999). 18 Como veremos, o termo fristrasyon ocupa um lugar importante na economia política do conflito e da distribuição de recursos em Bel Air. 19 Por enquanto, basta notar que esses conjuntos de termos se referem, de maneira genérica, a pessoas com autoridade e a associações entre pessoas. A polissemia e a contextualidade próprias de cada uma dessas expressões nos impede de indicar expressões equivalentes em português. Mais do que traduzir, trata-se, ao longo desse texto, de compreender o que tais termos significam no fluxo da vida das pessoas para as quais, justamente, eles fazem sentido. 8

9 de gênero e de geração e, por último, 7) considerar os vínculos entre as formas de autoridade local, as instâncias do governo, as redes políticas nacionais, as agências internacionais e as ONGs. O fato de lidarmos com a experiência social de mais de uma geração de pessoas permitiu situar esses assuntos sempre no tempo, considerando também a sua dimensão histórica. O texto aqui apresentado está centrado nas próprias lideranças e na população de Bel Air, mas incorpora igualmente as visões de outros agentes que fazem parte do universo analisado, como os funcionários do governo, de agências internacionais e de ONGs, por meio da observação das suas atividades, de entrevistas e do exame de documentos escritos. A pesquisa foi realizada entre junho de 2010 e junho de 2011 por uma equipe do Núcleo de Pesquisas em Cultura e Economia (NuCEC), sediado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 20 Ela beneficiouse do contato que mantemos com a região desde 2007, quando começamos a desenvolver o projeto Moedas, Mercados e Nações. Uma etnografia do/no Haiti em perspectiva comparada. 21 Foi igualmente favorecida pela participação de três dos seus membros nas atividades de auxílio às vítimas do terremoto ocorrido em 12 de janeiro de A organização de acampamentos de desabrigados, a distribuição de recursos e a realização de censos da população atingida em Bel Air aproximaram os pesquisadores, numa situação extrema como esta, do universo social das autoridades e das organizações locais. Isso fundamentou igualmente a escolha de dois terrenos privilegiados para a observação da ação das lideranças, das associações locais e das interações entre estas últimas e as agências internacionais. Esses dois terrenos privilegiados consistiram nos campos de refugiados situados no centro de Bel Air: Asile Communale e Parc-Place de la Paix. A etnografia nos campos permitiu deslocar o foco do ponto de vista das lideranças para aquele da população, fornecendo dados preciosos sobre o lugar das primeiras e de outros agentes (como o governo, as agências internacionais e as ONGs) no dia a dia da vida das pessoas, fornecendo, ainda, uma visão sobre as expectativas e os julgamentos da população e das lideranças a respeito da ação desses outros agentes. 20 A equipe foi composta por sete membros. Além dos três autores deste texto, dela fizeram parte, como assistentes de pesquisa, Handerson Joseph, Herold Saint Joie, Jean Luis Sergo e Jonhy Fontaine. 21 O projeto, coordenado por Federico Neiburg, conta com apoio do CNPq e da Faperj e está igualmente ligado ao Laboratório Economia, Moeda, Mercado do Institut Interuniversitaire de Recherche et Développement (INURED, Haiti). Este texto dá continuidade a duas parcerias anteriores entre a nossa equipe e o Viva Rio: Neiburg e Nicaise (2009, 2010). 22 Pedro Braum Azevedo da Silveira, Jean Luis Sergo e Jonhy Fontaine. 9

10 A investigação etnográfica concentrou-se em dois períodos: julho/agosto de 2010 e fevereiro/março de Nesse tempo: a) convivemos cotidianamente com as lideranças e com a população da área, b) participamos de várias reuniões de associações locais, como comitês, igrejas, grupos raras e baz e c) reconstruímos, por meio de longas entrevistas, as trajetórias de 41 lideranças, o que nos permitiu discutir, como se verá na próxima seção deste trabalho, entre outras coisas, o peso das variações etárias e de gênero no universo das lideranças, a importância da formação escolar, as configurações familiares dos líderes, as atividades desempenhadas e as qualificações adquiridas tanto por eles quanto por seus pais. II. O universo das lideranças A escolha das 41 pessoas sobre as quais reunimos dados exaustivos em relação às suas trajetórias sociais respondeu antes a critérios propriamente qualitativos do que estatísticos. A experiência etnográfica nos indicou que não deveríamos tentar construir amostras a partir de conjuntos formalmente constituídos de antemão, como poderia ter sido o caso, por exemplo, dos membros dos comitês locais ou dos signatários dos Acordos de Paz. Se fossemos pensar nos comitês, quais deveriam ser considerados? Aqueles cuja existência é reconhecida pelo governo, mediante o carimbo do Ministério de Assuntos Públicos, na ata de sua fundação? Seria correto considerar esses comitês oficialmente reconhecidos como aptos a intermediar recursos do Estado e das agências de cooperação junto a outros agrupamentos? Que validade teria uma amostra na qual estivessem lado a lado, por exemplo, igrejas, associações ligadas à música e ao vodu (notadamente os grupos rara, por exemplo) ou, mais genericamente, às baz [bases] essa unidade-chave da sociabilidade e da política na área à qual nos referiremos em extenso mais adiante? De fato, no plano das lideranças, a questão da representatividade envolve não somente uma questão metodológica. Trata-se de um assunto crucial para as próprias lideranças e para as políticas que as atingem. Um exemplo: em 2008 e 2009, tivemos a oportunidade de acompanhar algumas reuniões visando à formação do Fórum de Associações e Lideranças de Bel Air, promovido pela CNDDR. A iniciativa de criação do referido Fórum não prosperou, mas a observação da dinâmica dessas reuniões, nas quais se discutia sua abrangência territorial (quais eram as fronteiras de Bel Air?) e quais seriam os critérios de inclusão (que associações 10

11 deviam fazer parte do Fórum?) nos mostrou, mesmo antes de formalmente iniciada esta pesquisa, que a representatividade, para além de uma questão metodológica para nós, configura um assunto-chave para as próprias lideranças. 23 Por outro lado, uma das primeiras impressões que tivemos no terreno foi justamente a da proliferação de associações e de comitês. Quando ainda não estávamos interessados especificamente nas lideranças, o fato de estarmos fazendo pesquisa na área aliado à nossa qualidade de estrangeiros, mobilizava de imediato uma estrutura capilar de organizações e de notáveis dos diferentes blocos e corredores que improvisavam assembleias e reuniões para nos receber. Essas situações, geradas por nossa presença por si só, seguiam uma ritualística que repetimos agora, nessa pesquisa, inúmeras outras vezes: a reunião é iniciada com uma prece; lavra-se uma ata no livro; os membros da associação discursam sobre os seus objetivos, enfatizando a sua importância para melhorar a vida das pessoas e a situação de carência na qual vive a população; em seguida, nós nos apresentamos; abre-se uma discussão que, em várias ocasiões, é encerrada com outra prece. O objeto da discussão geralmente surgia da interrogação a respeito dos objetivos de nossa equipe e da natureza do nosso vínculo com o Viva Rio, o que, em geral, acarretava o esclarecimento de que não éramos funcionários da ONG e, sendo assim, não podíamos intervir na elaboração de projetos de desenvolvimento local ou dar qualquer tipo de ajuda ao comitê o que claramente era a expectativa deles. No máximo, indicávamos a nossa disposição em servir como correia de transmissão das necessidades e das expectativas da associação, o que fazia sentido para todos, propiciando um acordo; algo que, de fato, algumas vezes, teve consequências posteriores na relação de algumas das associações com as quais criamos laços ao longo da pesquisa de campo com a ONGs. A proliferação de associações explica-se em parte pelas trajetórias dos seus integrantes e pelos ritmos dos vínculos entre eles e seus parceiros nacionais e internacionais. Isso também faz com que, por certos, períodos as associações possam permanecer em estado letárgico até serem acionadas em função de novos fatos que mobilizam a expectativa de se desenvolver um projeto, de se intermediar um recurso ou de se criar um contato. Mas além de se proliferarem, as associações estão organizadas de acordo com lógicas diversas que introduzem diferentes referenciais territoriais, fazendo com que os seus membros possam pertencer, ao mesmo tempo, a mais de uma associação ou, ainda, a instâncias maiores como as associações de 23 Na época, acompanhamos de perto também, junto com uma equipe do INURED, a criação bemsucedida de outro fórum, em Cité Soleil. Isto reforçou a nossa impressão a respeito da complexidade do universo da representação política local. 11

12 associações. Por exemplo, é frequente a situação na qual uma associação, o comitê da rua X, por exemplo, está total ou parcialmente incluída numa outra associação, o comitê do bairro Z. Estas últimas, por sua vez, ainda podem fazer parte de associações de associações, que recobrem, segundo os mesmos princípios, territórios ainda mais extensos. Ser membro de um comitê, participar de uma associação ou ter no horizonte vital a possibilidade de fazê-lo faz parte da vida dos moradores de Bel Air e, muito especialmente, daquela das pessoas que se reconhecem ou são reconhecidas como líderes. De fato, todas as 41 lideranças da nossa amostra têm ou tiveram, ao longo de sua trajetória, vínculos mais ou menos fortes com uma ou várias associações. O conjunto dos signatários dos Acordos de Paz certamente oferece uma amostra de lideranças. Mas a pesquisa não podia se restringir a ela por razões que, novamente, mais do que remeterem à metodologia, revelam aspectos cruciais do universo da própria pesquisa. O crescimento anual do número de signatários dos Acordos exprime mudanças nos princípios de reconhecimento das lideranças, colocando em evidência o fato de que a qualidade de líder é basicamente contextual. Além disso, permite vislumbrar outra característica deste universo: ele está sempre em movimento, pautado pelo transcurso das vidas (e das mortes) das pessoas e pela mudança nas configurações e nas redes das quais fazem parte: o início de uma política, o advento de um projeto, a conformação de uma determinada rede em relação à distribuição de um determinado recurso, a irrupção de um conflito, o desfecho de uma ação violenta etc. A percepção dessas dimensões estruturantes do universo da liderança (seu caráter temporal e contextual) foi reforçada pelo procedimento etnográfico que orientou a construção das 41 trajetórias, segundo o qual nos deixamos levar, de maneira metodologicamente controlada, pelas próprias redes de sociabilidade e pelo interesse que a própria pesquisa suscitava entre os nossos interlocutores no campo. Em mais de uma ocasião, este modus operandi nos evidenciou o fato de que uma pessoa que, numa determinada situação, nos era apresentada como um líder que deve ser entrevistado, em outra ou do ponto de vista de outra pessoa, podia não ter tal qualidade reconhecida, colocada em questão ou, ao contrário, ser objeto de uma acusação (como, por exemplo, ele não é uma liderança, é um bandido ). De qualquer forma, por meio do procedimento etnográfico adotado, segundo o qual éramos conduzidos pelas próprias redes de sociabilidade no campo, chegamos a vários signatários dos acordos. Dentre as 41 trajetórias que reconstruímos em profundidade, contam-se quatro lideranças que faziam parte do grupo dos 12 assinantes do Primeiro Acordo de Paz (2007) e 12 que integravam o conjunto das 77 lideranças que assinaram o Acordo IV, ainda no período da 12

13 pesquisa (em maio de 2010). Por outro lado, segundo a sua própria identificação, os 41 entrevistados em profundidade distribuem-se do seguinte modo por zonas: Bel Air: 16; La Saline/Forturon: 11; Delmas 2: 6; Portail Saint Josef/Tokyo: 3; Fort National/Corridor Bastiat: 3; Solino: 1; e Warf Jeremie: 1. A primeira porta de entrada nesse universo centrou-se nas lideranças que conhecíamos anteriormente a partir da nossa presença e das nossas investigações prévias na área. Graças a essa experiência anterior, quando elaboramos o plano da pesquisa aqui apresentada, tínhamos noção da diversidade do universo dos líderes. Isto fez com que, desde o início, tentássemos considerar algumas variações significativas em termos de idade, gênero, formação, proximidade real ou atribuída das armas, das igrejas e do vodu, do mercado e do sistema da cooperação internacional especialmente o VR, cuja ação na área era cada vez mais visível e intensa. Como já dissemos, o início da pesquisa de campo ocorreu em junho de Por vicissitudes que se explicam por nosso próprio envolvimento anterior na zona, três membros da equipe estavam em Bel Air durante o terremoto de janeiro de 2010, dois haitianos e um brasileiro, e se envolveram de imediato nas tarefas de assistência às vitimas. A rede de funcionários e de pessoas ligadas ao Viva Rio passou a se articular imediatamente com as ações da própria população. Tal articulação aconteceu naturalmente e de forma espontânea, a partir do momento da tragédia, uma vez que o VR já fazia parte da paisagem social da zona. Em Kay Nou, a sede da ONG em Bel Air, logo se formou um acampamento de refugiados que, em poucos dias, contava com mais de 2 mil pessoas organizadas em tendas, recebendo água, comida e primeiros auxílios (foto@). O pesquisador brasileiro permaneceu no Haiti até agosto de Durante esse tempo, de certo modo, deixou de ser pesquisador e se transformou em funcionário do VR, representando a ONG em reuniões com lideranças locais e com as agências de intervenção, coordenando ações, recebendo reclamações e demandas, discutindo problemas e organizando atividades (como o censo e a relocalização dos acampados em Kay Nou).. O contato com os líderes que participaram dessas iniciativas certamente influenciou na escolha de alguns dos 41 entrevistados. Ao mesmo tempo, essa história em comum, ligada a uma experiência dolorosa e extrema como a do terremoto, inseriu o pesquisador e com ele toda a nossa equipe numa rede de sociabilidade ainda mais densa, o que nos permitiu enxergar outras dimensões, mais íntimas, da autoridade e da vida social na área, que serão analisadas na Seção III do texto. Vejamos, agora, em detalhes algumas características sociais e pessoais das lideranças. 13

14 1. Idade O mais jovem do conjunto das 41 lideranças das quais reconstruímos trajetórias completas tinha 25 anos, os dois mais velhos, mais de 60. Como sabemos, embora os critérios que definem sociologicamente uma geração não sejam exclusivamente etários, grosso modo, podemos identificar duas gerações de lideranças: a primeira, englobando pessoas que tinham entre 25 e 39 anos, e a segunda, indivíduos com mais de 40 anos de idade. Entrevistamos 17 pessoas da primeira e 22 da segunda geração. Como veremos, as lideranças mais velhas formaram-se ainda durante (ou pouco depois do) o primeiro Aristide (i.e., na década de 1990). Muitos tinham integrado o movimento Fanmi Lavalas, alguns tendo participado da luta armada que se seguiu à deposição do segundo Aristide, em Os líderes mais jovens formaram-se na década de 2000, eram ainda bastante jovens nos tempos da violência e cresceram com a presença da MINUSTAH e das agências de desenvolvimento. No entanto, é preciso observar que o universo social das lideranças não se estrutura somente a partir da história política. Como veremos a seguir, vários outros elementos são igualmente relevantes. A maioria dos entrevistados começou a ser reconhecida como líder quando estava na faixa dos 20 anos de idade. A liderança parece ser, desse ponto de vista, um atributo da juventude Local de nascimento Segundo o censo realizado pelo Viva Rio, em 2007 (a partir de agora, CVR-2007), 63% da população total da grande Bel Air nasceram em Porto Príncipe, mas o enorme peso da migração na área é melhor percebido quando se observam diferentes faixas etárias. Considerando-se aqueles com mais de 25 anos, a proporção de líderes nascidos na zona metropolitana da cidade cai para 40%. Do total de lideranças entrevistadas, 34 declararam ser de Porto Príncipe, i.e. 82% do total de 41 o dobro do que indica o Censo para a população total É preciso lembrar um dado disponível sobre o Haiti que certamente vale também para Bel Air: a expectativa média de vida da população é de 57 anos. 25 O mesmo não acontece com a geração anterior, na qual a força da imigração para a cidade é bem mais perceptível: só 14 mães e 16 pais dos nossos entrevistados são oriundos da zona metropolitana de 14

15 Sublinhamos o verbo ser para destacar três elementos cruciais da liderança: pertencimento, reconhecimento e identificação. O líder pertence à sua base e é por ela reconhecido. Ao mesmo tempo, ele é igualmente reconhecido e identificado como tal por entidades de maior escala no plano da política nacional e da cooperação internacional. Essa dinâmica de reconhecimento/ identificação de cima objetiva-se nos gestos, na oratória, na dinâmica grupal, na capacidade de mobilizar pessoas pela fala e de reunir moradores em reuniões. Ela também é visível nos corpos das lideranças, nos crachás que exibem como colares e como autênticos documentos de identidade, denotando algumas de suas posições: o cargo em um comitê ou numa associação de comitês, o vínculo com uma instância do governo (a Prefeitura, o Ministério de Assuntos Públicos), a função numa agência internacional de cooperação ou numa ONG (foto@). En creole, a pergunta pelo local de nascimento, em geral, é formulada do seguinte modo: kibò ou fèt?, cuja tradução literal seria algo como onde você foi feito. A resposta mwen fèt bèlè (fui feito em Bel Air) não se refere necessariamente ao local de nascimento biológico (que pode ter sido fora de Bel Air), e sim ao fato de se ter sido feito no local, de se sentir e de ser reconhecido como alguém de lá, que lá se fez pessoa. Mas ao mesmo tempo, além de uma manifestação de pertencimento e de afirmação pessoal, a resposta mwen fèt bèlè (ou seu equivalente mwen moun bèlè, eu sou de Bel Air ) também pode exprimir, dependendo do contexto, uma vontade de reconhecimento. Como mostraremos mais adiante, ao examinarmos trajetórias de lideranças que nasceram em Bel Air, mas cresceram fora da área e a ela retornaram por meio de laços com agências de cooperação internacional (inclusive, com o próprio VR), no universo dessa pesquisa sobre lideranças em Bel Air (como nossa investigação era apresentada no campo) vinculada ao VR que, como todos sabem, desenvolve projetos na área declarar ser de Bel Air ou ter sido feito na área significa afirmar uma qualidade que pode ser apreciada pela ONG e que poderá inclusive pesar em um eventual recrutamento uma identificação que, como veremos, às vezes, significa um ponto de inflexão na própria feitura do líder. 3. Instrução Porto Príncipe, aproximadamente a metade do que se verifica na geração dos filhos por nós entrevistados. 15

16 Quando observamos o nível de instrução dos 41 entrevistados, surge a forte evidência de que se trata de um grupo bastante qualificado em relação à população da área. Segundo o CVR- 2007, 10.3% dos habitantes da grande Bel Air nunca foram à escola, 20.3% terminaram o ciclo primário, 13.4% o secundário e 3.5% concluíram estudos universitários. Em contraposição, todos os nossos 41 entrevistados (100%) concluíram estudos primários, 23 deles (56%) iniciaram e 12 (29%) concluíram o ciclo secundário e quatro completaram estudos universitários (quase 10 % do total). No plano educacional, a distância entre essas 41 lideranças e a população da área é enorme; os líderes de Bel Air tendo uma carreira no sistema escolar claramente mais longa do que a média dos vizinhos. A partir destes dados, podemos afirmar que a instrução é um princípio de construção da liderança e, mais ainda como veremos analisando algumas trajetórias que as carreiras educativas e as trajetórias pessoais dos líderes parecem ser mutuamente influenciadas e isto, independentemente de outros elementos do perfil dos 41 entrevistados, dentre os quais, como já dissemos, tínhamos um pouco de tudo: membros de comitês, signatários de acordos de paz, antigos combatentes, pessoas que em determinados contextos são ou foram qualificadas como bandidos. Na escala de Bel Air, e em um mundo como o haitiano, no qual o capital escolar é um bem extremamente escasso, a escola faz enorme diferença Ocupações dos pais As trajetórias ocupacionais dos pais das 41 lideranças colocam em evidência uma dinâmica generalizada na área e que não pode ser capturada estatisticamente: aquela das oportunidades e das ocupações múltiplas e eventuais, da instabilidade no trabalho e dos bicos, nos quais se faz ou se pode fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Para os moradores de Bel Air, entre os quais, segundo alguns cálculos, 80% estão desempregados (i.e., que nasceram e cresceram nessa dinâmica), qual pode ser o sentido de termos como ocupação, profissão ou emprego? Alguns dados estatísticos, no entanto, são significativos. Se observarmos as mulheres, vemos que 44.7% das entrevistadas no CVR-2007 declararam-se comerciantes. Uma proporção elevadíssima, que revela não somente uma questão de gênero, referente ao caráter feminino 26 Segundo o relatório do PNUD de 2005, a taxa de alfabetização das pessoas entre 15 e 24 anos é de 66,2%. 16

17 do mercado, mas aponta também, e de forma mais ampla, para a importância do comércio na vida social haitiana. 27 Se a lente recai sobre as mães dos nossos entrevistados, constatamos que a proporção é ainda maior: 32 delas (78.8 % de 41) são ou foram comerciantes ou fazem comércio, expressões que englobam diversas atividades e recursos de diferentes escalas, referindo-se, contudo, genericamente, ao universo dos pequenos negócios (peti bisnis) e dos pequenos ganhos (fè peti) que permitem a sobrevivência cotidiana de boa parte da população que sobrevive com muito pouco dinheiro, não tendo emprego, nem salário. 28 Quando se olha para as atividades dos pais, acentua-se a percepção (já apontada em relação ao nível de instrução) de que estamos diante de pessoas com recursos relativamente altos num universo de carências extremas. E quando se fala em recursos é sempre importante lembrar que não nos referimos simplesmente a salário ou renda, mas também (e, muitas vezes, principalmente, em um mundo como esse, no qual o dinheiro é tão escasso) a vínculos pessoais, a possibilidades de acesso a contatos em outros circuitos e escalas. Os pais de sete indivíduos do nosso conjunto de 41 (i.e., 17%) foram militares. Trata-se de um dado que ganhará ainda mais densidade nas próximas seções desse texto, quando falaremos sobre a importância da proximidade com as armas na construção da liderança, sobre o efeito da dissolução do exército (em 1995) na criação de uma grande massa de desempregados entre os quais a frustração substituiu o sentimento de orgulho profissional e nacional que acompanhava o emprego estável no Estado e também do peso que a proximidade dos pais com a política, o contato com o palácio (de governo) ou o acesso ao círculo do presidente tiveram nas trajetórias de alguns líderes. Entre os pais dos indivíduos que compõem o nosso conjunto de 41 lideranças, há ainda outros seis que parecem compartilhar esse sentido genérico da proximidade com a política: um político, um advogado, um segurança, dois makouts, 29 e um motorista (de Jean Claude Duvalier) Ver, especialmente, Mintz (1959 e 1960) e Neiburg (2010). 28 Segundo o CVR-2007, em Bel Air, 78% das famílias têm uma renda mensal per capita menor do que 43 dólares, 37.6% ganhando menos de um dólar por dia. Esses dados são consistentes com os do último relatório do PNUD (2005), que indica que 75% da população do país sobrevivem com menos de 2.5 dólares diários. 29 Tonton makout, assim eram chamados os integrantes da Milice de Volontaires de la Sécurité Nationale (MVSN) criada por François Duvalier. Mas o termo makout não é usado somente para designar indivíduos armados que cometiam atos violentos em defesa do regime, mas também, em termos mais gerais, pessoas partidárias ou que davam apoio local a Duvalier (ver, p.e., Trouillot 1990). 30 As outras atividades dos pais distribuem-se do seguinte modo: dois pastores, um músico, dois vendedores de loteria (bolette) e, pelo menos, seis cujas profissões (marceneiro, mecânico, cabeleireiro) 17

18 A proximidade com a política entre os progenitores dos nossos 41 entrevistados estende-se, em alguns casos, também às mães. Em suas histórias de vida, várias lideranças descreveram o nascimento do seu próprio interesse pela política como uma herança de suas mães e lembraram atividades que elas desenvolveram na infância ou juventude (foi o caso, por exemplo, de um entrevistado cuja mãe foi sindicalista). Por outro lado, a própria condição de filhos e irmãos das 41 lideranças que entrevistamos em profundidade, obriga-nos a situá-las no universo de suas configurações familiares. 5. Família, gênero e local de moradia As unidades residenciais em Bel Air são bastante diferenciadas. No setor alto, predominam construções de alvenaria de dois e três andares, com varias habitações; quanto mais avançamos em direção à baixa Bel Air, nas regiões mais pobres perto do mar, as residências passam a ser somente térreas, com materiais mais precários, e tendem a ter somente uma habitação. No entanto, o limite dessas habitações não corresponde àquele das unidades sociais lá residentes. Conjuntos de habitações podem estar ocupados por pessoas que se reconhecem como pertencentes a uma mesma família, tal como alguns corredores ou lakous. 31 Em muitos casos, o local para elaboração da comida e consumo dos alimentos situa-se fora das habitações, no corredor ou na rua; as cozinhas domésticas confundindo-se com o comércio da comida já preparada (como os chen janbè, por exemplo). As residências são também flexíveis no sentido de que, nelas, as pessoas não somente moram; por elas, as pessoas também passam: mulheres comerciantes que viajam (entre Porto Príncipe e o interior, entre Porto Príncipe e as capitais comerciais haitianas situadas fora do país, como Miami, Santo Domingo ou Panamá); homens que emigram para trabalhar na República Dominicana ou que moram nos Estados Unidos e voltam eventualmente ao país (todas as 41 lideranças entrevistadas apontam para o extenso universo dos ofícios onipresentes nas ruas e corredores de Bel Air: oficinas de artesão, oficinas mecânicas, padarias, casas de beleza etc. 31 Lakou é a unidade social básica da organização social rural haitiana (Bastien (1985), Barthélemy (1989), Herskovits (1965 [1937]), Lowenthal (1987), Moral (1961)). Trata-se de um espaço que é, ao mesmo tempo, familiar e ritual, lugar de residência da família extensa, dos seus santos (os lwas do vodu) e dos ancestrais (tradicionalmente, no lakou, descansam os mortos das famílias). Sobre lakous urbanos há muito menos literatura disponível. A exceção consiste em Marcelin (1988). 18

19 tinham irmãos, pais ou filhos no exterior 32 ); jovens que moram no campo e que passam dias ou temporadas na cidade, na residência de parentes. Muitas unidades residenciais giram em torno de mulheres. 33 Elas tomam conta dos filhos, aprovisiona diariamente os mais novos com os meios de subsistência (num ambiente de extrema pobreza como esse, estamos falando basicamente de comida e água). A maior parte das 41 lideranças entrevistadas, cresceu morando com as mães, sem os pais ou com cônjuges da mãe que não eram seus pais biológicos. Quase todos eles têm irmãos de pais e mães diferentes. Anteriormente, mencionamos que vários dos pais das 41 lideranças entrevistadas em profundidade estavam ligados de alguma forma ao Estado, ao governo ou à política. É preciso acrescentar que muitos deles jamais moraram com seus filhos. Alguns dos líderes mantiveram relação com seus pais ao longo da vida, outros não os conheceram ou cortaram relações após a separação do casal. Apesar de, muitas vezes, não terem sido oficialmente reconhecidos como filhos por seus pais, ou de muitas das mães não serem suas mulheres oficiais ou, ainda, da casa parental não ser a sua principal residência, vários desses pais colaboraram na formação dos filhos, se encarregando de despesas ocasionais ou permanentes ligadas ao custeio da educação. 34 Tudo indica que, independentemente da continuidade da relação pessoal com seus pais, o simples fato de ser filho de alguém com poder e circulação em outras esferas fez diferença na trajetória de algumas lideranças. É isto que nos deixa ver um de nossos entrevistados, ao lembrar que seu pai, com quem afirmava quase não ter tido relação, foi coronel do exército, segundo ele, um verdadeiro granchèf [grande chefe]. Como já dissemos, a escolha das lideranças a serem entrevistadas esteve marcada pela dinâmica das nossas atividades e da nossa sociabilidade no campo. A equipe de pesquisa esteve conformada por seis homens e uma mulher, sendo que a maior parte da etnografia foi feita só por homens. Isso nos inseriu basicamente em redes masculinas e certamente influenciou o fato de, no conjunto dos entrevistados, só haver três mulheres. Mas o predomínio dos homens explica-se também pela estrutura tradicionalmente masculina da liderança como se comprova, aliás, observando os signatários dos Acordos de Paz de Bel Air; as primeiras lideranças comunitárias mulheres só aparecendo no terceiro Acordo III (das 29 assinaturas, três eram de mulheres). 32 A relação com os emigrados é crucial para compor a renda das famílias haitianas no Haiti e muito especialmente das famílias mais pobres. Segundo cálculos do PNUD de 2006, as remessas internacionais compõem o primeiro item do PIB haitiano. 33 A literatura que trata desses assuntos fala de famílias matri-focais. A este respeito, ver Marcelin (1988). 34 É preciso lembrar que, no Haiti, toda a educação é paga, incluindo a educação pública. 19

20 As relações de gênero no universo das lideranças colocam várias questões e, principalmente, exigem que observemos os fatos no tempo, percebendo as mudanças. Como já indicamos (e voltaremos ao assunto), na base da construção das lideranças operam mecanismos de pertencimento, reconhecimento e identificação. São esses mecanismos que explicam, por exemplo, a existência de lideranças mulheres em associações de mulheres (algo bastante frequente, como veremos) ou a promoção das lideranças femininas por meio de políticas de identificação e de formação desenvolvidas pelas agências internacionais e pelas ONGs, muitas vezes implícita ou explicitamente preocupadas com questões como a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres alem do próprio Estado haitiano que, em sintonia com as exigências dos doadores, criou um Ministério da Condição Feminina. Além disso, dois elementos influenciam claramente essa incipiente ascensão feminina na liderança: a relativa pacificação, relegando a posições menos centrais as redes armadas de líderes homens, e a consequente valorização dos capitais escolares e de formação (notadamente cursos técnicos), nos quais as mulheres de Bel Air têm intensa participação. Nas seções seguintes, voltaremos a estas questões. Poderemos, então, abordar com mais elementos as oposições de gênero que parecem caracterizar o espaço social haitiano, a ideia de que, tradicionalmente, os homens se ocupam do trabalho agrícola e da política, e as mulheres da casa e do mercado. 35 Tal configuração, que pode ter sido relativamente válida para o âmbito rural, certamente precisa ser complexificada, ao se observarem contextos urbanos como Bel Air, nos quais os homens, na sua maior parte não assalariados, orientam-se à rua (convertida em mercado), ocupando-se de pequenos bicos, criando e tentando maximizar as oportunidades abertas pela intermediação de recursos e, além disso, fazendo política em relação ao desenvolvimento. Essa possibilidade não está fechada para as mulheres., muito ao contrário, tal como demonstram a importância crescente das qualificações profissionais e as políticas explícitas de reafirmação de gênero por parte das agências que agem no local, identificando e criando novos perfis de lideranças. Essa dinâmica complexa, na qual se relacionam territórios, gerações, gêneros, atividades e agências, será melhor compreendida mediante a análise das dimensões da liderança que apresentamos na seção seguinte. 35 Ver Mintz (1971). 20

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