Recursos genéticos do umbuzeiro: preservação, utilização e abordagem metodológica
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- Afonso Lage Ximenes
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1 Recursos genéticos do umbuzeiro: preservação, utilização e abordagem metodológica Carlos Antônio Fernandes Santos 1 Clóvis Eduardo de Souza Nascimento 2 Martiniano Cavalcante de Oliveira 1 Introdução O umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) é uma árvore endêmica do semiárido brasileiro (Prado e Gibbs, 1993). A produção extrativa do umbu alcançou, aproximadamente, 19 mil toneladas em 1989, com áreas de coleta espalhadas por todo o Nordeste, com exceção dos estados do Maranhão e de Alagoas (Anuário Estatístico do Brasil, 1991). Essa anarcadiácea é adaptada ao clima e solo da região e apresenta a peculiaridade de emitir as inflorescências antes das folhas, no período seco. A emissão das flores ocorre também, normalmente antes das primeiras chuvas. O mecanismo de defesa contra a limitação de água está associado, entre outros fatores, às raízes modificadas - os xilopódios. Queiroz et al. (1993) identificaram quatro causas que contribuem para o desaparecimento da vegetação nativa no trópico semi-árido: 1) formação de pastage; 2) implantação de projetos de irrigação; 3) uso na produção de energia para atividades diversas como padarias, olarias e calcinadoras, e 4) queimadas. Outro fator de pressão, é a pecuária exteiva praticada na região, que tem dificultado a substituição natural das plantas velhas por novas plantas do umbuzeiro. Estas causas, em conjunto ou isoladamente, tem contribuído não só para a diminuição da coleta do umbu, como também para o desaparecimento da variabilidade genética da espécie. Apesar da reconhecida importância dessa espécie para o semi-árido brasileiro, as pesquisas com o umbuzeiro tem ficado muito no campo das reflexões (Queiroz et al., 1993) ou no seu potencial como ameixa do sertão ou na preemente necessidade de melhoramento genético da espécie (Duque, 1973). A cotatação de que mudas enxertadas do umbuzeiro florescem e frutificam por volta do quarto ano de idade (Nascimento et al., 1993) foi sem dúvida o dado mais promissor e impulsionador de pesquisas sistemáticas com o umbuzeiro. Deve ser ressaltado, que mudas não-enxertadas a frutificação ocorre após dez anos de idade (Mendes, 1990). A produção de mudas em escala comercial tornou-se factível quando trabalhos de quebra de dormência (Campos, 1986; Nascimento e Santos, 1998) coeguiram reduzir o período de germinação das sementes e uniformizar a emergência das plântulas. Já a recomendação de que mudas para plantio em escala agronômica devem ser enxertadas, se deve a dois fatores: 1) mudas oriundas de sementes tem facilidade para formarem xilópodio nos primeiros 30 dias (Gondim, 1991) e 2) a sobrevivência em campo, de plantas enxertadas foi de 1 Eng o Arg o, M.Sc., Pesquisador, Embrapa Semi-Árido, Cx. Postal 23, , Petrolina-PE. 2 Eng o Florestal, M.Sc., Pesquisador, Embrapa Embrapa Semi-Árido,
2 100%, em contraste com plantas oriundas de estaquia, que apresentaram 6% (Nascimento, et al., 1993). Nessa oportunidade são apresentados e discutidos os resultados das 1) prospecções genéticas para formação do banco ativo de germoplasma e da coleção de base do umbuzeiro, 2) a abordagem metodológica no campo da genética quantitativa e no processo de prospecção de recursos genéticos e suas implicações para os trabalhos de preservação e melhoramento dessa espécie. Abordagem metodológica 1. Preservação da variabilidade genética e pré-melhoramento 1 Coiderou-se a formação de uma coleção de base (Colbase), por intermédio da amostragem ampla de germoplasma-semente e a formação de um banco ativo de germoplasma do umbuzeiro (BGU), por intermédio da identificação e manutenção vegetativa dos indivíduos de ocorrência rara e/ou com potencial para a exploração agronômica do umbuzeiro. Dessa forma, na Colbase procurouse fazer uma amostragem ampla da variabilidade genética, enquanto no BGU procurou-se amostrar os alelos de manifestação fenotípica visível no indivíduo. Na definição das áreas para amostragem e coleta de sementes do umbuzeiro, coiderou-se as informações do IBGE (1993), por município, procurando-se identificar os municípios ou regiões socio-econômicas que apresentavam produções extrativas de umbu. Essas informações municipais foram plotadas por unidade de paisagem no mapa do Zoneamento Agroecológico do Nordeste (Silva et al., 1993), para posterior identificação de uma região com grande similaridade edafoclimática e de pequena exteão territorial dentro da unidade de paisagem. Nas variações dentro do semi-árido brasileiro, foram definidas 24 regiões ecogeográficas 2, distribuídas nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Piauí, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, para amostragem de germoplasma-semente do umbuzeiro. A distância geográfica, dentro da unidade de paisagem, foi também coiderada para a definição de pontos de amostragem. Foram amostradas ao acaso, dentro de uma determinada região ecogeográfica, 80 plantas, das quais foram coletadas 30 sementes/planta, perfazendo o total de sementes da amostra populacional por região ecogeográfica. As sementes, após lavagem para retirada da polpa, foram colocadas para secar ao sol, para posterior armazenamento em câmaras frias. Para identificação dos indivíduos excêntricos, foram contatadas populações locais e algu técnicos da exteão rural. A identificacão e a caracterização foram efetuadas no período de frutificação do umbuzeiro, nos meses de janeiro a abril, de forma a permitir o retorno, no período do repouso vegetativo, antes da floração (Cazé Filho, 1983), visando a coleta do material para a enxertia. Os clones das procedências foram traplantados para o campo no período chuvoso subsequente. 1 Santos, C.A.F; Nascimento, C.E. de S. e Campos, C. de O. Preservação da variabilidade genética e prémelhoramento do umbuzeiro. Trabalho submetido para avaliação e posterior publicação na Revista Brasileira de Fruticultura (1998). 2 Região ecogeográfica é entendida neste trabalho como uma região que apresenta, aproximadamente, o mesmo tipo de vegetação e as mesmas condições edafoclimáticas
3 Na caracterização de plantas de fruteiras nativas, como o umbuzeiro, a descrição inicial da planta matriz é de grande relevância, pois cotitui-se, de imediato, no principal referencial para posteriores trabalhos de melhoramento genético da espécie. Essa caracterização coiderou algu caracteres qualitativos, de alta herdabiliade e de fácil meuração, tais como: peso do fruto (PMF), diâmetro do fruto (LGR), peso da casca (PSC), peso da semente (PSS), peso da polpa (PSP), teor de sólidos solúveis (BRI), altura da planta (ALP), circunferência do caule a 20 cm do solo (CCS), maior diâmetro da copa (MAC), menor diâmetro da copa (MEC) e número de ramos primários (NRP). Para caracterização dos seis primeiros caracteres foram tomados ao acaso cinco frutos de cada árvore. Quatro clones de cada procedência foram traplantados para o campo no espaçamento de 8,0 x 8,0 m. O delinemaneto experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com dois clones por parcela. Apesar da dificuldade do controle local, devido ao tamanho da área, esse procedimento permitirá a curto prazo e de forma concomitante com a formação da coleção de campo, a estimação de (1) componentes de variância, (2) coeficientes de repetibilidade e, principalmente, (3) a medição de caracteres complexos, como a produção de frutos. São informações de difícil estimação em fruteiras e desconhecidas para o umbuzeiro. 2. Dispersão da variabilidade fenotípica do umbuzeiro (Santos, 1997) Foram caracterizadas 340 árvores, em climax vegetativo, em 17 diferentes regiões ecogeográficas, em sete estados do polígono das secas. Análises multivariadas, foram empregadas para estudar a dispersão e a influência do ambiente na evolução e na diferenciação fenotípica do umbuzeiro, segundo meurações de onze variáveis quantitativas. O padrão fenotípico da espécie e regiões para coleta de germoplasma foram sugeridos com base nessas análises. 3. Relação entre caracteres quantitativos do umbuzeiro (Santos e Nascimento, 1998) Foram determinadas as associações existentes entre algu caracteres vegetativos e de produção do umbuzeiro, de forma a auxiliar na identificação, preservação de indivíduos promissores para a exploração comercial e as implicações resultantes dessa seleção no comportamento, principalmente, produtivo do indivíduo. As meurações das 12 variáveis fenológicas foram submetidas as análises de correlação, correlação parcial e path analysis. 4. Avaliação in situ e estimativas do coeficientes de repetibilidade 3 Para avaliar a eficácia da seleção com base nas informações dos agricultores e dos exteionistas, bem como avaliar o comportamento produtivo do umbuzeiro in situ, foram realizadas meurações em cinco caracteres, em 16 árvores, durante três anos, na região de Petrolina-PE. Foram empregados e enfatizados seis métodos para estimar os coeficientes de repetibilidades e inferências, sobre o uso dessa metodologia no âmbito dos recursos genéticos. 3 Santos, C.A.F. In situ evaluation of fruit yield and repeatability coefficient estimate for major fruit traits of umbu tree [Spondias tuberosa (Anacardiacea)] in Brazilian semi-arid. Trabalho submetido para avaliação e publicação na revista Genetic Resources and Crop Evolution (1998)
4 5. Competição de rendimento Os clones com maior tamanho de fruto, identificados em unidades de paisage com melhores condições de solo e de umidade, bem como identificados na unidade de paisagem da depressão sertaneja, foram selecionados para comporem um eaio de rendimento em dois diferentes ambiente: irrigado e de sequeiro. Espera-se avaliar o efeito do ambiente na expressão do tamanho do fruto e na produtividade do umbuzeiro e definir uma cultivar de umbuzeiro a médio prazo. Resultados 1. Banco Ativo de Germoplasma do Umbuzeiro (BGU) Foram identificadas, caracterizadas, clonadas e traplantadas para BGU 70 árvores de ocorrência espontânea, localizadas em diferentes municípios do nordeste semi-árido. O BGU está localizado na Embrapa Semi-Árido, Petrolina- PE. Na Tabela 1 é apresentada a caracterização e a procedência de cada matriz para os seguintes caracteres: 1) na árvore: altura da planta (ALP), maior e menor diâmetro da copa (MAC e MEC), número de ramos principais (NRP) e circunferência do caule a 20 cm do solo (CCS) e 2); nos frutos: peso do fruto (PMF), largura do fruto (LRG), peso da casca (PSC), peso da semente (PSS), peso da polpa (PSP) e sólidos solúveis totais (BRI). O código BGU seguido da ordem de caracterização in situ e do ano do traplantio para o campo foi adotado para identificação dos acessos. Na Tabela 2 são apresentadas informações de algu caracteres qualitativos e algu comentários adicionais efetuados pelos produtores da área de ocorrência de algumas plantas identificadas e clonadas para o BGU. Os comentários e nomes locais atribuídos a algumas árvores do umbuzeiro revela que frutos grandes, de frutificação precoce e de polpa adocicada são algu dos atributos desejados. Foram identificadas algumas excentricidades, entre os quais, um indivíduo com mais de 25 frutos dispostos em um cacho compacto. Também, foram identificadas quatro árvores com o peso médio do fruto acima de 85 g e outras duas com o peso médio do fruto acima de 75 g. Para as regiões de clima e solo favoráveis, como as regiões ecogeográficas E1, E2, J1 e J2, a multiplicação vegetativa das árvores identificadas em Lontra, Anagé, América Dourada, Januária, Brumado e Santana (Tabela 1) pode ser indicadas para o estabelecimento de pequenas áreas comerciais, sem grandes perigos de uniformidade genética e com grande possibilidade da manutenção do caráter. Competição de cultivares incluindo as procedências BGU 30-96, 37-96, 44-96, 48-96, 52-96, e estão sendo conduzidos em dois ambientes na região de Petrolina-PE. A médio prazo estarão disponíveis informações sobre a interação genótipo x ambiente na produção e na expressão do tamanho do fruto.
5 2. Coleção de base do umbuzeiro Na Tabela 3 são apresentados os municípios das 17 regiões ecogeográficas onde foram realizadas amostrage de germoplasma-semente do umbuzeiro para formação da Coleção de Base. Não foram efetuadas prospecções nas ecorregiões E-4 e F-3 porque as viage foram realizadas após o período de maturação dos frutos da espécie. Nas ecorregiões U-1, J-3, L-1 e T-1 a amostragem foi inviabilizada devido a baixa deidade populacional do umbuzeiro, em C-1 por dificuldades de acesso. A representatividade genética das sementes amostradas numa região ecogeográfica foi estimada em 291, enquanto para o conjunto das regiões a representatividade das sementes foi estimada em Estimativas mais precisas do número efetivo poderão ser efetuadas quando estimativas da taxa de polinização cruzada, usando marcadores isoenzimáticos ou moleculares, forem realizados. De qualquer forma, os valores estimados para o número efetivo são mais elevados do que os recomendados por algu autores, conforme discutido por Vencovsky (1986), assegurando uma representatividade coiderável da variabilidade genética do umbuzeiro. Deve ser ressaltado, que existem evidências de que as sementes do umbuzeiro são ortodoxas e, portanto, passíveis de serem coervadas à temperatura subzero, sem perda do poder germinativo (Salomão et al., 1993). O conjunto dessas amostras estão armazenadas e protegidas em câmaras frias da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília-DF. Mesmo não sendo de interesse de uso imediato, a coleção de base é a principal fonte de variabilidade genética da espécie, podendo ser coiderada como uma estrutura estratégica e de interesse nacional (Morales e Valois, 1994). Essa coleção, com o emprego de técnicas de amostragem no nível do DNA, poderá possibilitar a médio prazo estudos sobre genética de populações, entendimento da herança de algu caracteres, bem como possíveis repovoamentos de determinadas regiões. 3. Dispersão da variabilidade fenotípica do umbuzeiro no semi-árido brasileiro As árvores foram agrupadas em 17 grupos, independentemente da região de origem (Tabela 3), sugerindo que as diferenças edafoclimáticas e as distâncias geográficas não interferiram de forma marcante na evolução e na diferenciação fenotípica do umbuzeiro. Apesar da variabilidade do umbuzeiro encontrar-se dispersa por todo o semi-árido brasileiro, as ecorregiões de Porteirinha-MG, Irecê- BA e Livramento-BA (Tabela 3) são indicadas para a prospecção de plantas com frutos de maior peso da polpa, boa relação polpa/fruto e com teor de sólidos solúveis acima de 12,5 Brix. Na Tabela 4 são apresentados os valores médios dos caracteres avaliados em cada um dos 17 grupos formados pelo procedimento fastclus (SAS, 1989). Observa-se que o grupo VII, com o maior número de indivíduos agrupados, caracterizou-se por apresentar plantas que apresentam altura de 6,3 m, com seis ramos principais, copa arrendondada de 11 m de diâmetro, fruto com peso de 18,4 g, teor de sólidos solúveis totais na polpa de 12 brix, peso da polpa de 10,7 g e relação polpa/fruto de 0,58. Como esse grupo, além de ser o mais numeroso, apresentou indivíduos de quase todas as regiões amostradas, pode-se coiderar
6 o padrão fenotípico do grupo, como o característico e o predominante nas árvores do umbuzeiro que ocorrem espontaneamente no semi-árido brasileiro. 4. Relações entre algu caracteres quantitativos do umbuzeiro Os coeficientes de correlação fenotípica das variáveis avaliadas são apresentados abaixo da diagonal principal da Tabela 5. Os caracteres casca x polpa e caroço x polpa apresentaram correlações simples positivas e elevadas. Esses resultados indicam que a seleção de plantas com maior peso do fruto, implicará no aumento proporcional das variáveis primárias do fruto, quais sejam: casca, polpa e semente. O estudo do path analysis (resultados não apresentados) revelou que as variáveis mais importantes para o aumento da produção do umbuzeiro foram o número de frutos/planta e a largura do fruto. Observou-se também nesse estudo, que existe efeito direto positivo entre peso médio do fruto e produtividade, refutando a correlação negativa entre essas variáveis (Tabela 5) e indicando a possibilidade da seleção de plantas com bom tamanho de frutos e boa produtividade. 5. Avaliação in situ e estimativas do coeficiente de repetibilidade Na Tabela 6 são apresentados os valores dos caracteres meurados nos umbuzeiros de ocorrência espontânea, no período de 1995 a A PRO média variou de 184,0 a 4,2 kg/planta, com média de 61,5 kg/planta, nos três anos de avaliações. Esses valores são inferiores aos citados por Duque (1980) e Brito et al. (1996). Contudo, as observações do presente trabalho foram tomadas de colheitas realizadas a cada dois dias durante o período de frutificação, enquanto os citados autores estimaram a produção por planta efetuando a multiplicação por dois da produção de frutos colhidos em diferentes estádios de maturação, em um único dia. As plantas avaliadas apresentaram uma cotância na produção de frutos/árvore, sem grandes oscilações entre anos, indicando que existem plantas com capacidade de produzir grande safra, em contraste com outras que produzem pequena safra de frutos (Tabela 6). Dessa forma, a alternância de safra entre anos de produção, ao contrário do discutido por Queiroz et al. (1993), não é um fenômeno importante em plantas produtivas de ocorrência espontânea. Os coeficientes de repetibilidade estimados pelos diferentes métodos apresentaram valores elevados, oscilando entre 0,64 e 0,89. Para uma determinação ou precisão de 90% nas meurações, são necessárias avaliações de três a quatro anos para NTF, LRG, PRO e POL, e uma única avaliação para PMF. Esses resultados indicam que coiderável valor da variação fenotípica é explicada pela variação genética e que plantas, em clímax vegetativo, com maior tamanho do fruto e até mesmo mais produtivas podem ser realizadas com base nas informações dos agricultores.
7 6. Produção de mudas Foram produzidas e comercializadas, nos anos de 1996 e 1997, aproximadamente, mudas dos clones BGU 48, 30, 52, 44, 68, 69 e 55 com agricultores e itituições privadas ou não-governamental, nos estados da Bahia, Pernambuco e Paraíba. Plantios pilotos, com área superior a 1.0 ha, em diferentes pontos, foram implantados com os clones produzidos. Uma Unidade de Observação de produção de mudas enxertadas do umbuzeiro, está sendo conduzida junto a Escola de primeiro grau do Barreiro, distrito de Pau Ferro, Petrolina-PE. Nessa Unidade já foram produzidas e comercializadas, em torno de 500 mudas do clone BGU 48. Coiderações Tendo em vista a importância socio-econômica e a vulnerabilidade frente a diversos fatores que podem contribuir para a sua extinção, foram relacionados algu trabalhos que estão em andamento ou que necessitam ser realizados para um melhor entendimento e melhor utilização do umbuzeiro: 1. Preservação da variabilidade genética: a preservação de recursos genéticos deve ser vista como um processo contínuo e sistemático. As realizações de novas expedições para coleta devem acontecer regularmente, de forma a acrescentar o maior número possíveis de procedência no BGU. Providências devem ser adotadas para duplicar a coleção existente, italando-se em outros pontos do nordeste semi-árido; 2. Ajustes e desenvolvimento de processos que aumentem a eficiência do extrativismo da espécie: o desenvolvimento de produtos industrializados ou semi-industrializados, como pickles de tuberas de plantas com três meses de idade, podem atrair novos agricultores e ajudar a coolidar o mercado do umbuzeiro. 3. Ajustes de métodos que otimizem o processo de multiplicação vegetativo do umbuzeiro e a exploração agronômica da espécie: definição de época e forma de propagação vegetativa, está sendo desenvolvida no trabalho de Mestrado de Francisco Pinheiro de Araujo. Essas informações deverão tornar mais eficiente o processo de multiplicação vegetativa do umbuzeiro, fase em que a limitação de clones é grande. Respostas ao manejo irrigado e a aplicação de fertilizantes estão em desenvolvimento por Marcos Antônio Drummond e outros. 4. Informações citológicas e da taxa de polinização cruzada: a definição do número básico de cromossomos do padrão fenotípico da espécie, bem como de indivíduos excêntricos do umbuzeiro deverá ajudar no desenvolvimento de cruzamentos dirigidos e de novas mutações desejáveis, e que novos materiais poderão surgir, como frutos com grande relação polpa/fruto. Utilização de marcadores moleculares co-dominantes deverão jogar mais luz no estudo de populações do umbuzeiro, bem como na definição da taxa de polinização cruzada da espécie. 5. Umbuzeiro como porta-enxerto: o gênero Spondias é composto de cerca de quinze espécies, das quais o cajá (Spondias lutea L.), ciriguela (Spondias. purpurea L.), cajámanga ou cajarana (Spondias cytherea Sonn.), umbu-cajá (Spondias sp.), umbuguela (Spondias sp.) e umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) ocorrem de forma espontânea ou subespontânea no nordeste semi-árido (Pires, 1990). Os percentuais de pegamento, quando algumas dessas Spondias foram enxertados em porta-enxetos
8 de umbuzeiro, oscilaram de 25 a 100% (Santos et al., 1999 e Vasconcellos, 1949). Experimentos de campo estão sendo conduzidos para avaliar-se o potencial produtivo e a interação entre essas espécies de Spondias. Não existem relatos da ocorrência do umbuzeiro em outras regiões do mundo, sendo, essa espécie, segundo Prado e Gibbs (1993), árvore endêmica do semi-árido brasileiro. Um grande conjunto de informações e tecnologias foram disponibilizados nesses últimos dez anos para a exploração racional do umbuzeiro. No sertão nordestino, o cultivo em escala agronômica não só do umbuzeiro, como também a possibilidade de sua utilização como porta-enxerto de outras Spondias, poderá viabilizar uma fruticultura competitiva e diversificada em condições de sequeiro absoluto ou com algumas irrigações no ano. Referências bibliográficas ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL BRITO, L. T. de L., CAVALCANTI, N. de B., RESENDE, G. M. e C. A. V. OLIVEIRA. Produtividade do imbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Camara) na região do semi-árido do nordeste brasileiro: Um estudo de caso. In: Congresso Brasileiro de Fruticultura. pp 389, Londrina, PR, Brasil CAMPOS, C. de O. Estudos da quebra de dormência da semente do umbuzeiro (Spondias tuberosa, Arr. Camara). Fortaleza: UFC, p. Dissertação de Mestrado. CAZÉ FILHO, J. Propagação vegetativa do umbuzeiro (Spondias tuberosa, Arr. Camara) por estaquia. Areia, UFPB, p. Dissertação de Mestrado. DUQUE, J. G. O Nordeste e as lavouras xerófilas. 3ed. Mossoró, RN: ESAM, p. GONDIM, T. M. de S.; SILVA, H.; SILVA, A. Q. da; CARDOSO, E. Período de ocorrência de formação de xilopódios em plantas de umbu (Spondias tuberosa, Arr. Camara) propagadas sexuada e assexuadamente. IN: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 11, 1991, Petrolina, PE. Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas, v.13, n.2, p.33-38, IBGE (Rio de Janeiro, RJ). Produção da extração vegetal e da silvicultura. Rio de Janeiro, p. MENDES, B. V. Umbuzeiro (Spondias tuberosa, Arr. Camara): importante fruteira do semi-árido. Mossoró, ESAM, p. (ESAM, Coleção Mossoroee, série C, 564). MORALES, E. A. V.; VALOIS. A. C. C. Princípios para coervação e uso de recursos genéticos. In: CURSO DE CONSERVAÇÃO DE GERMOPLASMA-SEMENTE, Brasília. EMBRAPA-CENARGEN, Brasília, NASCIMENTO, C. E. de S. SANTOS, C. A. F. Produção de mudas do umbuzeiro (Prelo Comitê de Publicações do CPATSA) NASCIMENTO, C. E. de S.; OLIVEIRA, V. R. de; NUNES, R. F. de M.; ALBUQUERQUE, T. C. de. Propagação vegetativa do umbuzeiro. In: CONGRESSO FLORESTAL PANAMERICANO, 1; CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 7, 1993, Curitiba, PR. Anais São Paulo: SBS/SBEF, 1993, v.2, p PIRES, M. das G. de M. Estudo taxonômico e área de ocorrência de Spondias tuberosa Arr. Cam. no Estado de Pernambuco - Brasil. Recife, PEB, p. (Tese de Mestrado). PRADO, D. E. e GIBBS, P. E. Patter of species distribution in the dry seasonal forests of South America. Ann Missouri Bot Gard, 80:
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10 Tabela 1 - Procedência e valores de algu caracteres observados nas árvores de umbuzeiro, identificadas como promissoras ou excêntricas para formação do banco de germoplasma do umbuzeiro (BGU). EMBRAPA-CPATSA, Petrolina-PE BGU 1 Procedência Caracteres 2 PMF LRG PSC PSS PSP BRI ALP CCS MAC MEC NRP Juazeiro-BA 9,97 25,1 1,37 0,64 7,96 11,51 4,70 0,40 9,00 8, Juazeiro-BA 24,81 33,2 4,33 2,30 18,18 11,80 6,25 0,45 11,30 10, Juazeiro-BA 17,26 29,3 3,68 2,53 11,1 10,1 7,25 1,17 11,50 10, Juazeiro-BA 22,82 33,0 3,18 1,98 17,66 11,60 4,75 0,70 9,30 8, Juazeiro-BA 26,09 33,9 4,35 2,38 19,36 11,00 4,50 1,02 8,60 8, Juazeiro-BA 40,00 40,5 8,43 4,23 27,8 9,80 4,50 1,35 9,00 8, Juazeiro-BA 16,38 29,8 4,93 2,81 8,64 10,40 6,50 2,55 11,60 11, Juazeiro-BA 15,41 28,5 2,75 1,33 11,33 12,20 6,00 1,30 11,20 10, Afrânio-PE 4,88 21,9 0,98 0,30 3,60 11,00 4,72 1,03 10,10 8, Afrânio-PE 26,57 32,9 6,56 5,75 14,26 11,20 6,50 1,68 14,60 13, Afrânio-PE ,00 1,90 10,60 9, Petrolina-PE 35,52 53,6 9,38 6,88 19,26 11,60 6,70 2,14 12,00 11, Petrolina-PE 39,00 39,8 7,80 5,13 26,07 14,80 5,70 2,20 10,50 10, Petrolina-PE ,00 1,50 14,60 12, Juazeiro-BA 28,45-9,18 4,92 14,35 10,40 4,00 1,64 12,80 12, Juazeiro-BA 32,70 37,5 8,38 3,86 20,90 4,25 1,46 10,10 9, Juazeiro-BA Casa Nova-BA 19,67 31,5 3,67 1,36 14,64-5,90 1,40 12,50 11, Casa Nova-BA 31,40 36,2 4,34 1,88 25,18-5,10 1,64 12,80 11, Casa Nova-BA 24,98 33,3 4,45 1,87 18,66-4,10 1,43 13,00 11, Sta. Ma. Boa Vista-PE 35,63 39,8 8,30 5,59 21,74 10,60 5,20 1,65 15,20 13, Petrolina-PE 28,66 37,8 4,86 3,30 20,50 8,90 4,30 1,97 12,40 9, Juazeiro-BA 29,19 34,0 6,50 2,71 19,98 10,40 8,00 2,04 14,10 13, Petrolina-PE 27,80 35,2 5,89 3,97 17,94-6,50 1,95 14,70 14, Casa Nova-BA 39,10 42,0 9,97 5,61 23,52-5,50 1,95 12,40 9, Casa Nova-BA 25,49 35,1 7,32 4,93 13,24-5,50 1,83 11,30 10, Lagoa Grande-PE 36,76 40,5 9,93 7,18 19,65-4,10 1,06 10,0 9, Uauá-BA 9,59 22,8 3,75 2,33 3,51 11,20 5,50 1,28 11,00 9, Uauá-BA 29,74 35,0 7,92 4,83 16,99 12,40 6,20 1,30 10,30 9, Afrânio-PE 37,24 37,4 9,82 6,81 20,61 11,40 4,20 2,01 10,60 9, Uauá-BA 16,80 30,3 4,48 3,21 9,11 13,60 5,25 1,13 11,90 10, Uauá-BA 23,47 35,0 6,29 5,22 11,96 10,80 5,00 1,10 12,00 10, Uauá-BA 25,73 33,6 6,70 4,39 14,65-5,70 1,30 11,00 10, Uauá-BA 26,44 33,5 6,44 4,64 15,36 12,20 4,50 1,12 9,20 8, Uauá-BA 29,26 34,7 7,10 3,78 18,38-5,60 1,71 13,70 13, Uauá-BA 31,23 34,9 8,67 6,98 15,58 11,40 4,50 1,90 11,60 10, Uauá-BA 41,67 39,4 9,07 6,76 25,84 10,30 5,70 1,30 11,30 10, Uauá-BA 28,28 36,0 2,24 5,18 16,86 12,60 5,00 1,75 11,70 9, Petrolina-PE 32,03 37,4 8,32 4,01 19,70-4,60 1,56 11,60 10, Petrolina-PE 34,23 39,0 8,34 5,30 20,59-5,60 1,21 13,40 10, Juazeiro-BA 9,66 23, ,50 1,81 11,00 10, Juazeiro-BA 44,28 41,5 8,17 5,25 28,08 9,50 5,50 3,00 14,00 12, Uauá-BA 34,32 39,2 6,44 3,61 24,27-3,70 0,80 9,40 7, Anagé BA 86,70 53,3 18,70 10,0 58,00 12,10 8,50 1,90 13,81 12, Brumado BA 75,30 50,7 14,90 5,40 55,00 10,40 5,60 1,10 11,10 10, Guanambi BA 55,30 46,0 15,00 5,70 34,60 9,90 5,00 1,70 11,70 11, São Gabriel BA 9,00 25,0 2,50 4,80 1,70 11,90 3,50 0,70 7,50 6, A. Dourada BA 85,00 52,0 22,50 9,80 52,70 12,70 4,00 1,10 8,80 8, Miguel Calmon BA 48,50 43,0 14,50 6,70 27,30 10,70 6,20 1,90 11,00 9, Santana BA 75,30 53,0 17,70 10,00 47,60 12,80 8,20 2,30 12,20 11, Santana BA 51,30 45,3 9,70 6,30 35,30 12,80 5,50 0,90 14,50 13,00 07 (contínua)
11 BGU 1 Procedência Caracteres 2 (continuação da Tabela 1) PMF LRG PSC PSS PSP BRI ALP CCS MAC MEC NRP Parnamirim PE 41,80 41,0 4,80 9,70 27,30 11,50 5,20 1,08 10,40 10, Petrolina -PE 45,70 45,0 6,60 4,00 44,4 10,50 6,20 1,78 12,00 10, Caiçara RN 43,00 44,3 12,10 3,70 27,2 9,00 4,00 0,90 10,00 10, Lagoa Grande PE 51,00 37,6 7,40 10,00 33,60-5,10 1,46 11,00 9, Januária MG 62,79 45,30 8,53 19,20 35,06 10,6 7,20 1,20 12,70 10, Januária MG 50,00 44,,7 9,80 8,30 31,90 11,10 6,40 0,90 11,20 11, Januária MG 56,70 42,0 8,30 9,30 39,10 9,30 5,30 1,30 9,60 8, Januária MG 51,70 42,0 10,70 6,70 34,30 8,00 6,30 1,30 5,20 4, Januária MG 50,00 45,0 10,10 8,00 31,90 9,70 6,30 1,00 12,40 11, Januária MG 85,30 53,0 16,70 14,30 54,30 10,00 5,20 1,20 10,70 9, Januária MG 6,50 22,3 1,80 1,10 3,60 9,30 7,40 1,70 12,10 12, Janaúba MG ,80 0,80 8,00 7, Janaúba MG ,50 0,70 4,50 4, Sta. Ma. Da Vitória 43,00 42,3 11,76 7,13 24,11 9,430 5,00 1,40 12,60 12,40 06 BA Ibipitanga BA 36,70 39,7 4,15 8,17 24,37 10,20 7,20 1,90 8,20 8, Ibipitanga BA 61,00 47,3 17,30 11,70 32,00 10,20 6,80 1,78 13,20 11, Lontra MG 96,70 56,7 24,30 13,30 59,10 10,00 4,50 1,35 13,10 11, Lontra MG 58,70 45,7 13,30 9,00 36,40 11,00 4,80 1,20 9,00 8, Paulo Afoo BA 8,70 24,0 3,70 2,70 2,30 9,20 5,80 1,80 10,60 9, / O primeiro número corresponde a ordem de caracterização in situ e o segundo número ao ano do traplantio para o campo. 2/ PMF= peso do fruto (g); LRG= diâmetro do fruto (mm); PSC= peso da casca (g); PSS= peso da semente (g); PSP= peso da polpa (g); BRI= sólidos solúveis totais da polpa ( o B ); ALP= altura da planta (m); CCS= circunferência do caule a 20 cm do solo (m); MAC= maior diâmetro da copa (m); MEC= menor diâmetro da copa (m); NRP= número de ramos primários.
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13 Tabela 2 - Caracteres qualitativos e algu comentários adicionais efetuados pelos produtores da área de ocorrência de algumas plantas identificadas e clonadas para o banco ativo de germoplasma do umbuzeiro (BGU). EMBRAPA/CPATSA, Petrolina-PE BGU Procedência Comentários adicionais Juazeiro-BA Frutificação precoce dezembro Afrânio-PE Frutificação precoce dezembro Afrânio-PE Umbu grande Afrânio-PE Presença de umbigo no fruto e na semente Petrolina-PE Umbu grande Petrolina-PE Umbu grande Petrolina-PE Fruto com sabor de manga Casa Nova-BA Umbu grande Casa Nova-BA Umbu mamão Casa Nova-BA Umbu grande Uauá-BA Umbu de cacho Uauá-BA Fruto peludo Uauá-BA polpa esbranquiçada Uauá-BA Umbu mel Juazeiro-BA Fruto pequeno formando cacho Juazeiro-BA Fruto grande Guanambi-Ba Umbu mata-fome São Gabriel-BA Frutos dispostos em cacho, contendo em torno de 25 frutos/cacho Santana-BA Presença de pubescência nos frutos e folhas Januária MG Frutificação tardia Januária MG Polpa fibrosa Paulo Afoo - BA Umbu com frutos geminados, inclusive as sementes.
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15 Tabela 3 - Regiões ecogeográficas e identificação dos respectivos municípios para amostragem de germoplasma-semente e formação da coleção de base (COLBASE) do umbuzeiro. Petrolina-PE Região Municípios Ecogeográfica 1/ E-1 Porteirinha, Mato Verde, Monte Azul e Espinosa (MG) E-2 Anagé, Aracatu e Brumado (BA) E-3 Miguel Calmon, Jacobina e Serrolandia (BA) S-1 Gentio do Ouro, Brotas de Macaúbas e Ipupiara (BA) J-1 Irecê, Lapão, Presidente Dutra e Central (BA) J-2 Santa Maria da Vitória, Coribe e Santana (BA) F-1 Riachão do Jacuípe, Ichu, Candeal e Tanquinho (BA) F-2 Petrolina, Afrânio (PE) e Juazeiro (BA) F-4 Palmas de Monte Alto, Guanambi e Riacho de Santana (BA) F-5 Santa Cruz, Barcelona, São Tomé, Lagoa de Velhos e Tangará (RN) C-2 Livramento do Brumado, Dom Basílio e Paramirim (BA) I-1 Ribeira do Pombal, Antas, Cícero Dantas e Jeremoabo (BA) D-1 Caruaru, Gravatá e São Caitano (PE) D-2 Soledade, Olivedos, Pocinhos e Seridó (PB) T-2 Sítio dos Moreiras e Exú (PE) A-1 Araripe e Campos Sales (CE) B-1 Pio IX e São Julião (PI) E-4 Garanhu (PE)* U-1 Japi (RN)* L-1 Ceará Mirim (RN)* T-1 Triunfo, Flores e Carnaíba (PE)* F-3 Serra Talhada, Calumbi e Custódia (PE)* J-3 Açu e Afoo Bezerra (RN)* C-1 Condeuba, Presidente Jânio Quadros e Mortugaba (BA)* 1/ A letra corresponde a uma unidade de paisagem do zoneamento agroecológico do Nordeste, enquanto o numeral não guarda relação com as unidades geoambientais do zoneamento. * Regiões não amostradas
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17 Tabela 4 - Valores médios dos caracteres de 340 árvores do umbuzeiro caracterizados em seu habitat natural em 17 regiões ecogeográficas de ocorrência da espécie e classificadas em 17 grupos, segundo o procedimento fastclus do statistical analysis system (SAS). Petrolina-PE Grupo NRP ALP MAC MEC CCS PMF PSS PSC PSP BRI LRG I 13,6 6,9 12,0 10,7 1,7 16,2 3,6 4,7 8,3 13,1 29,7 II 5,9 6,0 11,2 10,1 1,8 18,4 5,4 7,0 5,9 11,1 29,5 III 4,0 5,0 8,0 7,1 0,9 14,6 2,5 3,2 8,9 10,5 27,9 IV 7,2 7,6 12,3 10,7 1,8 36,1 6,0 9,5 21,0 11,2 39,0 V 4,6 4,7 9,3 8,4 1,1 25,3 5,7 7,1 12,5 10,2 33,9 VI 4,6 5,1 8,9 7,8 1,2 19,0 4,4 5,6 9,0 12,4 30,3 VII 5,8 6,3 11,4 10,3 1,4 18,4 3,5 4,3 10,7 12,0 30,4 VIII 5,3 5,5 10,9 9,5 1,4 25,2 3,6 5,6 16,1 10,6 34,3 IX 9,6 6,0 12,8 11,4 2,5 23,9 4,0 5,8 14,3 11,8 33,3 X 7,9 7,5 13,7 12,3 1,9 24,5 3,6 5,7 15,2 10,6 34,1 XI 5,8 8,1 14,4 13,7 2,0 17,4 3,6 4,4 9,4 10,9 28,9 XII 12,7 7,5 15,1 14,3 1,9 21,0 3,7 4,8 12,5 13,4 31,1 XIII 5,8 5,9 11,3 10,3 1,6 15,6 2,8 3,5 9,3 10,0 28,2 XIV 8,0 7,7 13,3 12,5 1,7 41,3 11,0 12,0 18,3 13,5 41,0 XV 9,0 6,5 12,6 11,6 1,3 25,9 4,8 6,9 14,2 13,6 35,0 XVI 4,8 6,8 13,2 12,2 1,7 28,0 6,6 7,9 13,5 11,9 34,2 XVII 8,0 4,7 9,8 8,8 1,3 40,6 7,0 11,2 22,4 13,4 40,7 PMF= peso do fruto (g); LRG= diâmetro do fruto (mm); PSC= peso da casca (g); PSS= peso da semente (g); PSP= peso da polpa (g); BRI= sólidos solúveis totais da polpa ( o B ); ALP= altura da planta (m); CCS= circunferência do caule a 20 cm do solo (m); MAC= maior diâmetro da copa (m); MEC= menor diâmetro da copa (m); NRP= número de ramos primários.
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19 Tabela 5 - Correlações simples ou fenotípicas para algu caracteres do umbuzeiro. Petrolina-PE Caráter 1 CCS ALP MAC NRP BRI ACI PSP PSC PSS LRG PRO NTF ALP 0,336** MAC 0,662** 0,760** NRP 0,545** 0,458** 0,554** BRI 0,0517-0,120-0,102 0,0580 ACI -0,22** -0,036-0,152* 0,0567 0,39** PSP -0,20** -0,70** -0,47** -0,152* 0,28** 0,24** PSC -0,061-0,20** -0,082-0,21** -0,058 0,0573 0,62** PSS 0,1280-0,20** -0,050 0,136* 0,37** 0,130* 0,67** 0,58** LRG -0,057-0,45** -0,2674 0,0211 0,38** 0,23** 0,88** 0,68** 0,86** PRO -0,095 0,168** 0,1208 0,1107 0,0510 0,1195-0,28** -0,30** -0,41** -0,16** NTF -0,069 0,231** 0,151* 0,0935-0,035 0,0734-0,44** -0,43** -0,57** -0,36** 0,97** PMF -0,087-0,34** -0,17** 0,0725 0,39** 0,20** 0,85** 0,70** 0,87** 0,96** -0,150* -0,35** 1 CCS=circunferência do caule a 20 cm de altura; ALP=altura da planta; MAC=diâmetro da copa; NRP=número de ramos principais; BRI=teor brix do fruto; ACI=acidez do fruto; PSP=peso da polpa; PSC=peso da casca; PSS=peso do caroço; LRG=largura do fruto; PRO=peso total de frutos/planta; NTF=número total de frutos/planta; PMF= peso médio do fruto. * e ** significativa a 1% e 5% de probabilidade pelo teste t, respectivamente. não significativo
20 Tabela 6 - Valores e médias de algu caracteres de produção meurados em árvores de umbuzeiro de ocorrência espontânea no Campo Experimental da Caatinga da EMBRAPA-CPATSA, no período de 1995 a Árvore Caracteres 1/ NTF PMF PRO POL LRG Médi a Médi a Médi a Médi a Médi a ,7 25,1 21,4 23,4 25,8 19,7 49,9 31,8 14,6 19,9 16,4 17,0 3,4 3,7 3,6 3, ,9 14,3 14,6 14,6 22,6 66,4 14,8 34,6 11,2 10,2 9,1 11,5 2,8 2,7 2,9 2, ,1 16,7 16,0 16,2 8,2 3,1 1,3 4,2 13,0 14,3 11,2 13,6 3,0 3,1 3,1 3, ,0 19,3 16,5 18,3 31,5 107,8 54,7 64,7 14,0 14,3 11,5 13,3 3,1 3,1 3,4 3, ,1 21,9 20,5 20,5 19,3 96,8 85,3 67,1 11,7 16,4 16,3 14,8 3,2 3,2 3,4 3, ,7 16,0 15,5 16,0 64,3 235,0 151,7 150,3 10,6 12,6 11,0 11,4 2,9 3,1 3,2 3, ,7 18,4 16,5 16,8 157,6 147,1 247,2 184,0 11,0 14,2 12,4 12,5 3,0 3,1 3,5 3, ,6 16,6 17,9 17,3 46,3 96,2 35,6 59,4 11,3 10,2 12,1 11,2 3,1 2,8 2,9 2, ,1 12,6 10,6 11,1 24,9 0,1 1,2 8,7 5,1 8,7 7,3 7,0 2,4 2,6 2,9 2, ,4 15,2 16,5 15,4 30,8 35,2 59,6 41,9 9,6 12,1 11,1 10,9 2,8 2,9 3,0 2, ,7 11,4 11,9 11,3 12,7 9,6 26,6 16,3 7,2 5,7 8,6 7,2 2,5 2,4 2,8 2, ,0 15,2 13,8 14,0 43,7 4,7 30,3 26,2 9,3 7,9 8,6 8,6 2,8 2,5 2,9 2, ,9 15,6 17,5 16,4 95,2 62,3 94,2 83,9 6,4 8,5 11,8 8,9 2,8 2,7 3,3 2, ,9 10,5 11,0 10,8 93,8 193,0 131,8 139,5 6,2 7,8 7,7 7,2 2,6 2,4 2,6 2, ,4 18,4 15,1 17,3 2,5 60,1 7,5 23,4 11,2 12,5 10,7 11,5 3,1 2,9 3,2 3, ,7 17,8 18,7 17,1 53,0 32,9 56,4 47,4 8,8 14,4 13,3 12,2 2,8 3,0 2,9 2,9 Média ,7 16,7 15,9 16,0 45,8 73,1 65,5 61,5 10,1 12,3 11,2 11,2 2,9 2,9 3,1 3,0 1/ NTF=número total de frutos/árvore; PMF= peso médio do fruto (g); POL= peso médio da polpa (g); PRO= produção de frutos/árvore (kg); LGR= diâmetro do fruto (cm).
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