Embargante que comprovou a entrega da GIAT ST, objeto da

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1 18 a CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA APELAÇÃO CÍVEL N o RELATOR: DES. JORGE LUIZ HABIB APELAÇÃO CIVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. MULTA PELA APRESENTAÇÃO INTEMPESTIVA DE GUIA NACIONAL DE INFORMAÇÃO E APURAÇÃO DE ICMS SUSBTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA GIA-ST. LEI POSTERIOR PREVENDO A DISPENSA DA MULTA E A EXTINÇÃO DO AUTO DE INFRAÇÃO DELA DECORRENTE. Auto de infração exigindo a multa capitulada no artigo 9º, inciso XX da Lei 2657/96, com a redação da Lei 3040/98, por apresentação intempestiva de Guia Nacional de informação e Apuração de ICMS substituição Tributária GIA-ST. A sentença monocrática proferida em 05/11/12, julgando improcedente o pedido dos embargos à execução fiscal. Em 19 de dezembro de 2012, foi publicada a lei 6357/2012, que em seu artigo 14 determinou a dispensa da multa a que se refere o inciso XX do artigo 59, da lei 2657/1996. Embargante que comprovou a entrega da GIAT ST, objeto da presente autuação fiscal, cumprindo assim, o requisito para dispensa da multa em questão, e a desconstituição do crédito tributário dela decorrente, qual seja, que a obrigação acessória desatendida seja adimplida até 30/06/2013. Tendo a ora apelante apresentado a GIA-ST para o período autuado, antes do termo final para regularização previsto no citado artigo 14 da Lei 6357/12, deve ser tida como cumprida e regularizada a obrigação. Auto de infração que deve ser cancelado. APELAÇÃO 1: NÃO CONHECIDA APELAÇÃO 2: PROVIDA.

2 Vistos, relatados e discutidos estes autos da APELAÇÃO CÍVEL n o em que é APELANTE 1: ESTADO DO RIO DE JANEIRO, APELANTE 2: SONY MUSIC ENTERTAINMET BRASIL LTDA, e APELADOS: OS MESMOS. ACORDAM os Desembargadores da 18 a Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por unanimidade de votos, em não conhecer do primeiro apelo e dar provimento ao segundo. Integra o presente acórdão o relatório de fls. Decide-se: Não merece ser conhecido o primeiro recurso. Com efeito, o Egrégio STJ firmou entendimento no sentido de que é obrigatória a ratificação de apelação quando esta for interposta antes do julgamento dos embargos de declaração, tenham ou não efeitos modificativos, porquanto integram o decisum embargado. Pela leitura dos autos verifica-se que, não obstante o primeiro recurso de apelação tenha sido interposto no prazo legal, já havia sido oposto anteriormente embargos de declaração pela parte embargante, que pendiam de julgamento, situação que tornaria obrigatória a ratificação do apelo após o exaurimento da sede aclaratória para mencionar o decisum após o julgamento dos embargos, ratificando suas razões de apelação. Não cumprindo o ora apelante com o requisito, o recurso torna-se extemporâneo. Portanto, não agindo em conformidade com a legislação vigente, não se pode reconhecer do recurso de apelação interposto pelo Estado. Neste sentido:

3 AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. APELAÇÃO INTERPOSTA ANTES DO JULGAMENTO DA SENTENÇA DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. REITERAÇÃO. NECESSIDADE. SÚMULA Nº 418/STJ. 1. É extemporâneo o recurso especial interposto antes do julgamento dos embargos de declaração, ainda que opostos pela parte contrária, se, após a intimação do aresto dos declaratórios, não for reiterado ou ratificado no respectivo prazo recursal. 2. Este Tribunal aplica a orientação acima também para outros recursos. Precedentes expressos em relação à Apelação e ao Agravo Regimental. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp /RJ, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/10/2012, DJe 24/10/2012) Também neste sentido, e jurisprudência desta Corte, que abaixo se transcreve: APELAÇÃO CÍVEL DES. ALEXANDRE CÂMARA - Julgamento: 29/01/ SEGUNDA CÂMARA CIVEL Direito Processual Civil. Apelação interposta pela ré antes do julgamento dos embargos de declaração e que não foi reiterada no prazo recursal. Entendimento do STJ. Ressalva do entendimento pessoal do relator. Não conhecimento do recurso de apelação APELAÇÃO CÍVEL DES. HELENA CANDIDA LISBOA GAEDE - Julgamento: 28/01/ DÉCIMA OITAVA CÂMARA CIVEL

4 RITO ORDINÁRIO. INDENIZATÓRIA. DANOS MORAIS. NEGATIVAÇÃO EM CADASTRO RESTRITIVO DE CRÉDITO. DÍVIDA CEDIDA À EMPRESA RÉ. RELAÇÃO DE CONSUMO POR EQUIPARAÇÃO, NA QUAL O FORNECEDOR DE SERVIÇO RESPONDE PERANTE O CONSUMIDOR PELOS DANOS A ELE CAUSADOS, INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE CULPA, POR SER OBJETIVA A RESPONSABILIDADE. ARTIGOS 2, 3, 2, E 14 DA LEI N 8.078/90. SOLIDARIEDADE ENTRE AS EMPRESAS PELO DANO CAUSADO AO CONSUMIDOR, SEJA COM BASE NO ARTIGO 7º, PARÁGRAFO ÚNICO DO CDC, SEJA COM FUNDAMENTO NO ARTIGO 25, 1º, DO MESMO DIPLOMA LEGAL. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. APELAÇÃO DO AUTOR, ORA APELANTE 01, INTERPOSTA ANTES DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, SEM A DEVIDA RATIFICAÇÃO POSTERIOR. EXTEMPORANEIDADE. APLICAÇÃO ANALÓGICA DA SÚMULA Nº 418 DO STJ PELO PRÓPRIO TRIBUNAL SUPERIOR, ESTENDENDO-A AOS RECURSOS DE APELAÇÃO. PRECEDENTES DO STJ E TJERJ. NO TOCANTE AO RECURSO DO RÉU, ORA APELANTE 02, RESTOU DEMONSTRADO QUE O AUTOR, À ÉPOCA DA INSCRIÇÃO INDEVIDA, JÁ POSSUÍA OUTRAS ANOTAÇÕES RESTRITIVAS EM SEU NOME. NÃO HÁ DANO MORAL A SER COMPENSADO, TENDO EM VISTA QUE, NO ENTENDIMENTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, QUEM JÁ É REGISTRADO COMO MAU PAGADOR NÃO PODE SE SENTIR MORALMENTE OFENDIDO POR MAIS UMA INSCRIÇÃO COMO INADIMPLENTE NOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. SÚMULA Nº 385 DO E. STJ. NÃO CONHECIMENTO DO 1º RECURSO. PARCIAL PROVIMENTO AO 2º RECURSO, NA FORMA DO ART. 557, CAPUT, E 1º-A, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL APELACAO DES. JOSE CARLOS PAES - Julgamento: 21/02/ DECIMA QUARTA CAMARA CIVEL APELAÇÃO I - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELO EXTEMPORÂNEO. RATIFICAÇÃO DAS RAZÕES. NECESSIDADE. APELAÇÂO II - RESTITUIÇÃO DE VALOR PAGO A MAIOR EM FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.1. É extemporâneo o apelo interposto antes da

5 decisão dos embargos de declaração que visa integrar a sentença, senão houver, pelo apelante, a ratificação de suas razões. Exegese do verbete 418 da Jurisprudência do STJ. Precedentes do TJRJ.2. Possibilidade de cobrança do coeficiente de equivalência salarial previsto contratualmente. Precedentes desta Corte.3. Apurado saldo credor aos mutuários, impõe-se sua devolução pelo banco. Precedentes do TJRJ.4. Incidência de correção monetária e juros, aquela desde dezembro de 2004 e estes da citação.5. Não se conhece o apelo do banco e parcial provimento ao apelo dos autores APELACAO - DES. INES DA TRINDADE - Julgamento: 19/10/ DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL APELAÇÃO CÍVEL - REVISÃO DE PROVENTO DE APOSENTADORIA - APELAÇÃO INTERPOSTA ANTES DA PUBLICAÇÃO DA DECISÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO QUE VISAVAM INTEGRAR A SENTENÇA É EXTEMPORÂNEA, SE NÃO HOUVER A RATIFICAÇÃO DE SUAS RAZÕES PELO APELANTE - ENTENDIMENTO PACIFICADO NA SÚMULA Nº 418 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - PRECEDENTES DESTE TJ/RJ - ASSIM, A APELAÇÃO INTERPOSTA ANTERIORMENTE À DECISÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E NÃO RATIFICADA É INTEMPESTIVA - NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO ANTE A INTEMPESTIVIDADE - NEGA-SE SEGUIMENTO À APELAÇÃO, NOS MOLDES DO ART. 557, CAPUT, DO CPC. Além disso, miste ressaltar que o tema restou sumulado pelo STJ, através do Enunciado nº 418, in verbis: É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação. Portanto, sendo inadmissível o presente recurso, não há como analisar as razões expostas pelo primeiro recorrente. Assim, não se conhece do primeiro recurso. O segundo recurso merece ser provido. Compulsando-se os autos, observa-se que a fiscalização estadual lavrou auto de infração exigindo a multa capitulada no artigo 9º, inciso XX da

6 Lei 2657/96, com a redação da Lei 3040/98, por apresentação intempestiva de Guia Nacional de informação e Apuração de ICMS substituição Tributária GIA-ST. A sentença ora alvejada, que julgou improcedente o pedido dos embargos à execução fiscal, foi proferida em 05/11/12. Ocorre que, em 19 de dezembro de 2012, foi publicada a lei 6357/2012, que em seu artigo 14 determinou a dispensa da multa a que se refere o inciso XX do artigo 59, da lei 2657/1996. Confira-se: Art. 14. Os contribuintes que tenham obrigações acessórias descumpridas até 31 de dezembro de 2012, relativas às infrações previstas nos incisos XVIII, XIX, XX e XXXIII do art. 59 da Lei nº 2.657/96 com as redações que vigoraram antes da vigência desta Lei, poderão regularizá-las até 30 de junho de 2013, fazendo jus aos seguintes benefícios: I dispensa das multas a que se referem os incisos mencionados no caput deste artigo. II - extinção dos autos de infração porventura lavrados para as referidas obrigações. 1º Os benefícios previstos neste artigo não excluem a possibilidade de autuação caso a fiscalização constate erros ou omissões nas obrigações supostamente regularizadas. 2º Ato do Secretário de Estado de Fazenda disciplinará o disposto neste artigo. 3º Tratando-se de auto de infração já inscrito em Dívida Ativa, a Secretaria de Estado de Fazenda encaminhará à Procuradoria Geral do Estado, para fruição dos benefícios previstos no caput: I - nota de débito substitutiva para os autos de infração parcialmente extintos; II - listagem dos autos de infração integralmente extintos para baixa da correspondente Certidão de Dívida Ativa. (grifamos) Observe-se que, no caso dos autos, a embargante, ora apelante, comprovou a entrega da GIAT ST (fls. 114/125), objeto da presente autuação fiscal, cumprindo assim, o requisito para dispensa da multa em

7 questão, e a desconstituição do crédito tributário dela decorrente, qual seja, que a obrigação acessória desatendida seja adimplida até 30/06/2013. Tendo a ora apelante apresentado a GIA-ST para o período autuado, antes do termo final para regularização previsto no citado artigo 14 da Lei 6357/12, deve ser tida como cumprida e regularizada a obrigação. Sendo assim, o Auto de infração deve ser cancelado, e ato contínuo, extinta a execução fiscal ora embargada. Destarte, dá-se provimento ao segundo recurso, reformar a sentença monocrática, para julgar procedente o pedido, cancelando o auto de infração originário da execução fiscal, invertendo-se os ônus sucumbenciais. EX POSITIS, dá-se provimento ao segundo recurso, reformar a sentença monocrática, para julgar procedente o pedido, cancelando o auto de infração originário da execução fiscal, invertendo-se os ônus sucumbenciais. Rio de Janeiro, 21 de maio de DES.JORGE LUIZ HABIB Relator

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