Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde Coletiva Graduação em Saúde Coletiva

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1 Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde Coletiva Graduação em Saúde Coletiva Consumo de agrotóxicos e riscos à saúde da população em municípios da Bacia do Rio Juruena/MT LUZANIL CORRÊA DE SOUZA MARTINS Cuiabá-MT 2016

2 Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Saúde Coletiva Graduação em Saúde Coletiva Consumo de agrotóxicos e riscos à saúde da população em municípios da Bacia do Rio Juruena/MT LUZANIL CORRÊA DE SOUZA MARTINS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso como exigência parcial para obtenção de título de bacharel em Saúde Coletiva. Orientadora: Professora Msc. Marcia Leopoldina Montanari Corrêa. Cuiabá-MT 2016

3 MARTINS, Luzanil Corrêa de Souza. Consumo de agrotóxicos e riscos à saúde da população em municípios da Bacia do Rio Juruena/MT. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Saúde Coletiva) Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá. Orientadora: Professora Msc. Marcia Leopoldina Montanari Corrêa TCC (graduação em Saúde Coletiva) Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Cuiabá, Instituto de Saúde Coletiva, Cuiabá, Consumo de agrotóxicos. 2. Riscos à saúde. 3. Ingredientes ativos. 4. Mato Grosso. 5. Agronegócio.

4 LUZANIL CORRÊA DE SOUZA MARTINS CONSUMO DE AGROTÓXICOS E RISCOS À SAÚDE DA POPULAÇÃO EM MUNICÍPIOS DA BACIA DO RIO JURUENA/MT Orientadora: Professora Msc. Marcia Leopoldina Montanari Corrêa. Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Saúde coletiva. BANCA EXAMINADORA Prof. a Msc. Marcia Leopoldina Montanari Corrêa Orientadora Profª. Drª Marina Atanaka dos Santos Examinadora Suplente Prof. Msc. Francco Antônio Neri de Souza e Lima 1º Examinador Profª. Msc. Lidianni Cruz Souza 2ª Examinadora

5 DEDICATÓRIA A Deus, pelo dom da vida e razão de tudo.

6 AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Domingos e Amélia, que foram incentivadores e exemplos de fé, luta e honestidade durante as suas vidas terrenas; Ao meu esposo João Bosco pela caminhada ao meu lado; Aos meus filhos Anna Sylvia e Luis Fernando, a quem entrego a minha vida se preciso for; Ao professor Dr. Wanderlei Pignati, incansável lutador por qualidade de vida à população, pela confiança e convite para participar em seu grande projeto de pesquisa; A professora Msc. Marcia Montanari, pela orientação e amizade; Ao amigo e co-orientador informal Francco Antonio Lima, pelo tempo que dedicou para me ajudar; A professora Drª. Marina Atanaka, exemplo de amor à educação e a saúde coletiva; Aos demais professores do Instituto de Saúde Coletiva, colegas, amigos e demais familiares, que de uma forma ou de outra contribuíram para que eu viesse concluir este trabalho. A cada um de vocês, o meu amor e o meu muito obrigada!

7 RESUMO Inúmeras doenças crônicas tem sido atribuídas ao uso e exposição aos agrotóxicos. Mato Grosso é um estado cuja economia está assentada no agronegócio, que tem como base para aumento de produção e lucro o uso intensivo de agrotóxicos. Neste sentido, os municípios de Campos de Júlio, Sapezal e Campo Novo dos Parecis, tem sua agricultura baseada no monocultivo crescente da soja, algodão e milho. Este modelo de agricultura é extremamente dependente do uso cada vez mais intensivo de diversos ingredientes ativos de agroquímicos. Há diversos estudos que correlacionam os agrotóxicos a ocorrências de variados agravos à saúde, entre eles, problemas respiratórios, malformações congênitas, cânceres, entre outras morbidades. O presente trabalho tem como objetivo levantar as principais culturas produzidas, identificar os ingredientes ativos mais utilizados e descrever as consequências à saúde ocasionadas pelos ingredientes ativos mais usados nos três municípios. Para isto foi analisado os dados de receituários agronômicos e autorização de importação de agrotóxicos emitidos para os referidos municípios. Para o levantamento das principais culturas os dados foram retirados dos relatórios de cadastro emitidos pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso INDEA/MT. Os dados epidemiológicos de intoxicação exógena e neoplasias foram obtidos junto as Secretarias Municipais, Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN e Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH-SUS. Os dados levantados mostraram que os principais ingredientes ativos usados na agricultura dos municípios são praticamente os mesmos e apresentam efeitos bastante deletérios à saúde humana. Palavras-chaves: 1. Consumo de agrotóxicos. 2. Riscos à saúde. 3. Ingredientes ativos. 4. Mato Grosso. 5. Agronegócio.

8 ABSTRACT Many chronic diseases have been attributed to the use and exposure to pesticides. Mato Grosso is a state whose economy is seated in agribusiness, which has as a basis for increased production and profit the intensive use of pesticides. In this sense, the municipalities of Campos de Júlio, Sapezal and Campo Novo dos Parecis, has its agriculture based on growing monoculture of soybeans, cotton and corn. This model of agriculture is highly dependent on the use increasingly intense of several active ingredients of agrochemicals. There are several studies that correlate the pesticides to various health problems occurrences, including, respiratory problems, birth defects, cancers, among other diseases. This study aimed to identify the main crop, identify the main active ingredients used and the description of the health consequences caused by the active ingredients commonly used in the three municipalities. Analyzed data from agronomical prescriptions and pesticide import permit issued for these municipalities. To survey the main crop data were removed from the register of reports issued by the Agricultural Protection Agency of the State of Mato Grosso - INDEA / MT. Data exogenous intoxication epidemiology and cancer were obtained from the Municipal, Notifiable Diseases Information System - SINAN and System SUS Hospital Information - SIH-SUS. The data collected showed that the main active ingredients used in agriculture municipalities are almost the same and have very deleterious effects on human health. Key-words: 1. Pesticide consumption. 2. Risks to health. 3. Active ingredients. 4 Mato Grosso. 5. Agribusiness.

9 SUMÁRIO I - INTRODUÇÃO II REVISÃO DA LITERATURA III OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos IV MÉTODO Tipo de Estudo Local de Estudo Coleta de Dados Questões Éticas V RESULTADOS E DISCUSSÃO Efeitos dos Ingredientes Ativos na Saúde VI - CONSIDERACÕES FINAIS VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS... 45

10 LISTA DE FIGURAS Figura 01: Mapa de localização dos municípios em estudo, que integram a bacia do Juruena, Mato Grosso LISTA DE QUADROS Quadro 1: Classificação toxicológica dos agrotóxicos segundo ANVISA Quadro 2: Comércio de agrotóxicos nas Unidades da Federação do Brasil, Quadro 3: Área plantada em 2014 nos municípios de Campos de Júlio, Campo Novo dos Parecis e Sapezal em hectares (ha) Quadro 4: Área plantada em hectares na safra 2014/2015 nos municípios de Campos de Júlio, Sapezal e Campo Novo dos Parecis Quadro 5: Agrotóxicos mais consumidos em Campos de Júlio, Sapezal e Campo Novo dos Parecis na safra 2014/2015, segundo dados de receituário agronômico Quadro 6: Agrotóxicos mais consumidos em Campo Novo dos Parecis na safra 2014/2015, segundo dados de autorização de importação Quadro 7: Agrotóxicos mais consumidos em Campos de Júlio na safra 2014/2015, segundo dados de autorização de importação Quadro 8: Agrotóxicos mais consumidos em Sapezal na safra 2014/2015, segundo dados de autorização de importação Quadro 9: Agrotóxicos mais consumidos segundo dados da autorização de importação e receituário agronômico nos municípios de Campos de Júlio, Campo Novo dos Parecis e Sapezal Quadro 10: Notificações registradas no Sinan Net - Mato Grosso de Intoxicação Exógena, 2014 e Quadro 11: Morbidade hospitalar do SUS por local de residência, Mato Grosso, neoplasias, 2014 e Quadro 12. Morbidade hospitalar do SUS por local de residência, Mato Grosso, Brasil, neoplasias, 2014 e LISTA DE ANEXOS Anexo I: Parecer do Comitê de Ética da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Anexo II: anexo III da portaria nº 03, de 16 de janeiro de 1992, ANVISA/MS... 51

11 11 I - INTRODUÇÃO O crescente uso de agrotóxicos na produção agrícola, a presença de resíduos acima dos níveis autorizados nos alimentos e os agravos à saúde humana têm sido alvos de preocupação no âmbito da saúde pública, exigindo das diversas esferas de governo investimentos e organização para implementar ações de controle do uso de agrotóxicos. Segundo dados do Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários do Ministério de Agricultura e Abastecimento - AGROFIT/MAPA e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, citados no Relatório: Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos no Estado do Mato Grosso, do Ministério da Saúde, o Brasil se destaca, desde 2008, como o maior consumidor mundial de agrotóxicos, respondendo por 19% do mercado mundial. Em 2012, estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Observatório da Indústria dos Agrotóxicos da Universidade Federal do Paraná, divulgado durante o 2º. Seminário sobre Mercado de Agrotóxicos e Regulação, mostra que a taxa de crescimento do mercado brasileiro de agrotóxicos, entre 2000 e 2010, foi de 190% contra 93% do mercado mundial. Em sete anos, a quantidade de agrotóxicos utilizada por área plantada no Brasil mais do que dobrou, passando de 7 kg por hectare em 2005 para mais de 18 kg por hectare em (ANVISA, 2016) A realidade em Mato Grosso é a mesma verificada no Brasil, apresentando aumentos significativos no consumo de agrotóxicos, sem aumento expressivo na área plantada. Entre os estados brasileiros, Mato Grosso é o maior consumidor de agrotóxicos, tendo utilizado aproximadamente Kg de ingrediente ativo no ano de 2014, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG). Entende-se por ingrediente ativo a substância química ou biológica que dá eficiência aos defensivos agrícolas. É também referido como molécula ativa. (EMBRAPA, 2014) Segundo PETERSEN (2015), 22 dos cinquenta ingredientes ativos mais usados no Brasil foram banidos em outros países. Diante dessa afirmação do autor questionamos o motivo desses ingredientes ativos terem sido banidos, o organismo do povo brasileiro é mais tolerante aos agrotóxicos, as instituições brasileiras regulatórias e fiscalizadoras estão a serviço das indústrias de agrotóxicos? Cabe salientar, que a detecção de resíduos de agrotóxicos em alimentos, no leite materno, no sangue humano, tem sido citada por diversos pesquisadores como provável

12 12 causadores de anomalias congênitas, câncer, disfunções reprodutivas, entre outros agravos à saúde humana. Há uma infinidade de problemas relacionados à saúde do trabalhador e da população, quando se percorre as etapas na produção agrícola, em especial quando do uso de produtos químicos, como os agrotóxicos, que pode trazer consequências a saúde humana e ao ambiente. Para que sejam atribuídas e assumidas maiores responsabilidades quanto ao controle e uso de agrotóxicos, há necessidade do levantamento dos tipos de ingredientes ativos para melhor conhece-los e poder estabelecer as relações com os agravos provocados. Deste modo, a identificação dos ingredientes ativos utilizados nas principais culturas dos municípios de Sapezal, Campos de Júlio e Campo Novo do Parecis, é importante para conhecer os riscos que os agrotóxicos oferecem à saúde das pessoas, uma vez que estes municípios são grandes produtores agrícolas e consumidores de agrotóxicos. A pesquisa se justifica também na aquisição de informações, vez que os dados relativos ao consumo de agrotóxicos no estado são bastante escassos e dispersos por diferentes instituições, refletindo uma dificuldade de monitoramento e carência de fiscalização e vigilância. Cabe ressaltar que este projeto está inserido no Projeto de Pesquisa intitulado Avaliação da Contaminação Ocupacional, Ambiental e em Alimentos por Agrotóxicos na Bacia do Juruena-MT (Campos de Júlio, Sapezal e Campos Novo dos Parecis) que visa realizar uma avaliação mais ampla nestes municípios. Neste sentido, o levantamento dos principais ingredientes ativos utilizados no processo produtivo e sua relação com os indicadores de saúde na região da Bacia do Rio Juruena, contribuirá com o conhecimento científico na área da saúde tendo em vista que os municípios em estudo que compõem a bacia do Juruena são grandes consumidores de agrotóxicos.

13 13 II REVISÃO DA LITERATURA Os agrotóxicos são produtos químicos sintéticos usados para matar insetos ou plantas no ambiente rural e urbano. O termo agrotóxicos está definido no artigo 2º da Lei Federal nº 7.802/1989, regulamentada pelo Decreto nº 4.074/2002, como sendo: a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento;... A Lei n 8.588/2006 e suas regulamentações dispõem sobre o uso, a produção, o comércio, o armazenamento, o transporte, a aplicação e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins no estado de Mato Grosso. Para a comercialização de agrotóxicos ao usuário final, a Lei Federal 7.802/1989 e a Lei Estadual 8.588/2006, exigem a emissão do receituário agronômico, in verbis: A venda de agrotóxicos e afins aos usuários será feita através de receituário próprio, prescrito por profissionais legalmente habilitados, salvo casos excepcionais que forem previstos na regulamentação desta Lei. (art. 13 da Lei 7.802/1989) Os agrotóxicos, seus componentes e afins só poderão ser comercializados diretamente aos usuários, através de apresentação da receita, prescrita por profissional legalmente habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso - CREA/MT, engenheiros agrônomo ou florestal, em suas respectivas áreas de competência. (art. 4º da Lei 8.588/2006) Segundo o Decreto Federal 4.074/2002, a responsabilidade pelo registro dos agrotóxicos, no Brasil, está a cargo de três órgãos: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA, o Ministério da Saúde MS, e o Ministério do Meio Ambiente - MMA. Segundo PERES et al (2003), o registro dos agrotóxicos nas três esferas governamentais tem como objetivo minimizar os riscos à saúde humana e ambiental, estabelecendo limites de segurança que são aceitos para a saúde e o ambiente. As competências de cada esfera governamental estão disciplinadas nos artigos 5º e seguintes do citado Decreto, cabendo ao MAPA a avaliação da eficácia agronômica, ao MS a avaliação e classificação toxicológica e, ao MMA, por meio do Instituto Brasileiro do Meio

14 14 Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a avaliação e classificação do potencial de periculosidade ambiental. Segundo LIMA (2015), a exposição das substâncias à saúde humana tem sua classificação baseada em testes ou estudos que estabelecem a Dose Letal - DL de determinada substância. A DL50 é a concentração de uma substância capaz de matar metade da população (50%) usada no experimento ou teste. A concentração é determinada por miligramas de substância por quilograma de massa corporal dos indivíduos testados. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (ANVISA/MS), Portaria nº 03, de 16 de janeiro de 1992, os produtos agrotóxicos são classificados conforme o quadro 1 e feita de acordo com os critérios especificados no anexo III da citada portaria, anexado a este trabalho: Quadro 1 - Classificação toxicológica dos agrotóxicos segundo ANVISA DL50 Oral (capaz de matar uma pessoa Classe Faixa da Toxicidade adulta) toxicológica embalagem Dose Sólida Dose Líquida Classe I Extremamente Faixa 5 mg/kg 20 mg/kg tóxico vermelha Classe II Altamente Faixa entre 5 e 50 mg/kg entre 20 e 200 mg/kg tóxico amarela Classe III Medianamente entre 200 e 2000 entre 50 e 500 mg/kg tóxico mg/kg Faixa azul Classe IV Pouco tóxico entre 500 e mg/kg >2.000 mg/kg Faixa verde Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA As pulverizações de agrotóxicos nas monoculturas de Mato Grosso são feitas por tratores ou por aviões agrícolas. Estas névoas de agrotóxicos lançadas nas monoculturas além de atingirem o alvo (plantas e pragas) também atingem o homem, outros animais, vegetais e o ar/solo/água do entorno das pulverizações. Além disso, o uso intensivo de agrotóxicos pode promover o adoecimento e extinção de espécies animais e vegetais assim como o aumento de populações de pragas resistentes (PIGNATI, 2007). Há que se destacar, que as pulverizações aéreas de agrotóxicos, não atingem apenas o alvo, ou seja, a cultura, mas ocasionam dispersão destas substâncias pelo ambiente, contaminando amplas áreas e atingindo populações. Sabe-se que o modelo de cultivo com o intensivo uso de agrotóxicos gera grandes malefícios, como poluição ambiental e intoxicação de trabalhadores e da população em geral. As intoxicações agudas por agrotóxicos que são as decorrentes de um ou múltiplos contatos

15 15 direto com o agente tóxico, afetam, principalmente, as pessoas expostas em seu ambiente de trabalho. Estas são caracterizadas por efeitos como irritação da pele e olhos, coceira, cólicas, vômitos, diarreias, espasmos, dificuldades respiratórias, convulsões e morte. Já as intoxicações crônicas, decorrentes da exposição prolongada a doses cumulativas do agente tóxicos e em um período prolongado, podem afetar toda a população, por consumir alimentos com a presença de resíduos de agrotóxicos, geralmente em doses baixas. Os efeitos adversos decorrentes da exposição crônica aos agrotóxicos podem aparecer muito tempo após a exposição, dificultando a correlação com o agente. Dentre os efeitos associados à exposição crônica a ingredientes ativos de agrotóxicos podem ser citados infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer. (INCA, 2015) Na exposição aguda (curto prazo), o contato ocorre em um período de tempo não superior a 24 horas e a exposição crônica ocorre quando as exposições se repetem durante um longo período de tempo, meses, anos ou toda a vida. (INCA, 2012) De acordo com a Portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014, a intoxicação por agrotóxicos faz parte da Lista de Notificação Compulsória e deve ser notificada por meio da ficha de intoxicações exógenas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN. Com o objetivo de estruturar um serviço para avaliar e promover a qualidade dos alimentos em relação ao uso de agrotóxicos e afins foi criado em 2001, o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos - PARA da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA. O PARA tem por objetivo verificar se os alimentos comercializados no varejo apresentam níveis de resíduos de agrotóxicos dentro dos Limites Máximos de Resíduos (LMR) estabelecidos pela Anvisa e publicados em monografia específica para cada agrotóxico. Permite, também, conferir se os agrotóxicos utilizados estão devidamente registrados no país e se foram aplicados somente nas culturas para as quais estão autorizados. Os dados da ANVISA, obtidos junto ao Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) revelam amostras com resíduos de agrotóxicos em quantidades acima do limite máximo permitido (LMR) e com a presença de substâncias químicas não autorizadas para o alimento pesquisado. Além disso, também constataram a existência de agrotóxicos em processo de banimento pela ANVISA ou que nunca tiveram registro no Brasil. Há que ressaltar, a presença de resíduos de agrotóxicos não ocorre apenas em alimentos in natura, mas também em muitos produtos alimentícios processados pela indústria, como biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas, pizzas e outros que têm como

16 16 ingredientes o trigo, o milho e a soja, por exemplo. Ainda podem estar presentes nas carnes e leites de animais que se alimentam de ração com traços de agrotóxicos, devido ao processo de bioacumulação. A preocupação com os agrotóxicos não pode induzir a redução do consumo de frutas, legumes e verduras, que são alimentos fundamentais em uma alimentação saudável e de grande importância na prevenção de inúmeras doenças, em especial o câncer, mas sim, buscar o comprometimento de todos, poder público, agricultores, população, na redução do uso de agrotóxicos. (INCA, 2015) Estudo sobre o consumo de agrotóxico em onze estados brasileiros, incluindo Mato Grosso, mostrou sua correlação com alguns tipos de neoplasias e teratogêneses. Como o de KOIFMAN (2002); STOPELLI e CRESTANA (2005) que verificou que os trabalhadores rurais do interior de São Paulo estavam quase duas vezes mais propensos a desenvolver câncer do que aqueles que moravam e trabalhavam no centro da cidade. Outros trabalhos, focando este tipo de pesquisa, realizados no Mato Grosso, também apontaram que o processo produtivo do agronegócio cria várias situações de riscos, caracterizando-os como acidentes rurais ampliados, como no caso das derivas de pulverizações de agrotóxicos nas lavouras que atingem as zonas urbanas das cidades do interior do estado (PIGNATI, 2007). PIGNATI et al. (2007) estudando o impacto dos agrotóxicos na saúde humana e ambiental em Mato Grosso, registrou intoxicações ocasionadas por agrotóxicos evidenciando problemas à saúde nas populações exposta devido à grande quantidade de agrotóxicos utilizados nas lavouras do estado. UECKER (2012), relata problemas como malformação congênita em crianças a baixo de cinco anos que foram atendidas em hospitais de Cuiabá com relação à exposição por agrotóxicos. Verificou-se associação entre a exposição dos pais aos agrotóxicos no período periconcepcional das mães no primeiro trimestre gestacional, nos três meses que antecederam a gravidez e os nascimentos de crianças com malformações congênitas. Para FARIA (2007), publicações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial de Saúde - OMS, estimam que entre trabalhadores de países em desenvolvimento, os agrotóxicos causam anualmente 70 mil intoxicações agudas e crônicas que evoluem para óbito, no qual 7 milhões de doenças agudas e crônicas não fatais, são ocasionadas pelo uso de agrotóxicos. O quadro 2 apresenta uma série histórica do comércio de agrotóxicos em Mato Grosso e demais Unidades da Federação segundo dados do SINDIVEG.

17 17 Quadro 2 Comércio de agrotóxicos nas Unidades da Federação do Brasil, TOTAL ESTADOS Quantidade (t) Produto Comercial Valor (US$) TOTAL MT PR RS SP GO MG MS BA SC MA TO PA PI RO ES PE AL SE CE DF RJ PB AC RN RR AM AP Fonte: SINDIVEG, 2016 Há pouca informação sobre o consumo de agrotóxicos no Brasil e também no Estado de Mato Grosso, além de que há insuficiência de dados sobre intoxicação e agravos à saúde causadas por estes produtos. No Brasil, são poucos estados que mantém um sistema de controle do comércio e uso de agrotóxicos. Estão disponíveis para consulta o sistema no Estado do Paraná, controlado pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR) e acessado por meio do link em Minas Gerais, mantido pelo Instituto Mineiro

18 18 de Agropecuária (IMA) e disponível no link no Espirito Santo o sistema é alimentado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF), cujo acesso se dá pelo link Convém ressaltar, que o único banco de dados do consumo de agrotóxicos no estado de Mato Grosso, mantido pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA/MT) encontra-se desativado desde o ano de 2012, comprometendo assim qualquer análise que se queira fazer na área de agrotóxicos. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), volume 112, na qual, após a avaliação da carcinogenicidade de cinco ingredientes ativos de agrotóxicos por uma equipe de pesquisadores de 11 países, incluindo o Brasil, classificou o herbicida glifosato e os inseticidas malation e diazinon como prováveis agentes carcinogênicos para humanos (Grupo 2A) e os inseticidas tetraclorvinfós e parationa como possíveis agentes carcinogênicos para humanos (Grupo 2B). (INCA, 2015) Há que se atentar que o malation, o diazinon e o glifosato são autorizados e amplamente usados no Brasil; os primeiros, como inseticidas tanto na agricultura como em campanhas de saúde pública para o controle de vetores, como no caso do mosquito Aedes aegypti, e o último, na agricultura. (ANVISA, 2015) SIQUEIRA e KRUSE (2008) estudando as contribuições de profissionais de saúde publicados em diversas revistas brasileiras encontraram diferentes comorbidades associadas ao uso de agrotóxicos, entre elas a incidência de doença mental, câncer, malformações e alterações na reprodução humana. As autoras destacam um artigo em que apresentou tentativas de suicídio ocasionados por intoxicação por agrotóxicos, entre 1992 e 2002, em Mato Grosso do Sul. Destacam ainda, que as intoxicações foram mais predominantes em homens, muito embora as diferenças de tentativa de suicídio entre homens e mulheres não foi acentuada. CREMONESE et al. (2012), em um estudo ecológico realizado nas microrregiões Sul do Brasil, encontrou resultados sugestivos de relação positiva entre o uso de agrotóxicos e a ocorrência de determinados desfechos reprodutivos, como o nascimento prematuro.

19 19 III OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral Identificar e descrever os principais ingredientes ativos utilizados nos municípios de Campos de Júlio, Campo Novo dos Parecis e Sapezal, e sua relação com os riscos à saúde dos trabalhadores e da população, na safra 2014/ Objetivos Específicos 1. Levantar as principais culturas agrícolas e os agrotóxicos utilizados nos municípios estudados; 2. Descrever os dados epidemiológicos de intoxicação exógena e neoplasias dos municípios; 3. Descrever as consequências ocasionadas à saúde pelos principais ingredientes ativos utilizados nos municípios.

20 20 IV MÉTODO 4.1. Tipo de Estudo Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quali-quantitativa, realizado nos municípios de Campo Novo dos Parecis, Campos de Júlio e Sapezal. O estudo foi realizado por meio de pesquisa documental. Os documentos analisados foram os receituários agronômicos utilizados para aquisição dos agrotóxicos em cada uma das revendas dos municípios estudados, e as autorizações de importações emitidas em cada uma das Unidades Locais de Execução do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso - INDEA-MT. Receituário agronômico está definido na Lei Estadual nº 8.588/2006 como sendo a prescrição e orientação técnica para utilização de agrotóxico ou afim, por profissional legalmente habilitado, engenheiros agrônomo ou florestal, em suas respectivas áreas de competência. A autorização de importação é um documento usado para comercialização de agrotóxicos diretamente ao usuário vindos de outras Unidades da Federação, conforme definido no inciso IV, do artigo 3º, da Lei Estadual nº 8.588/06 e nos artigos 5º e 7º, inciso IV, do Decreto nº 1651/ Local de Estudo O estudo foi realizado nos municípios de Sapezal, Campos de Júlio e Campo Novo do Parecis, municípios pertencentes a bacia hidrográfica do rio Juruena. (Figura 1). As porções mais elevadas e planas da bacia compõem os divisores das bacias hidrográficas dos rios Juruena e Teles-Pires. São caracterizadas por grande aptidão agrícola, a qual vem sendo quase que integralmente aproveitada pelo cultivo altamente mecanizado de soja, milho e algodão (EPE, 2010).

21 21 Figura 1. Mapa de localização dos municípios em estudo, que integram a bacia do Juruena, Mato Grosso. O município de Sapezal/MT localizado no Centro-Oeste brasileiro tem uma área geográfica de ,4 km² e localiza-se na mesorregião norte de Mato Grosso, especificamente na microrregião de Parecis. De acordo com a Estimativa Populacional 2015, Sapezal conta com uma população total de residentes. (IBGE, 2015). É ainda importante destacar que 35,41% da área total do município de Sapezal, pertencem a reservas indígenas Enawenê-Nawê, Tirecatinga e Utiariti. (BARBOSA, 2011) O território do atual município de Sapezal foi amplamente movimentado por viajantes e aventureiros a partir do século XVIII. No entanto, estas ações não deixaram nenhum rastro de colonização, que veio tardiamente, a partir da abertura da fronteira agrícola mato-grossense A formação do núcleo urbanos de Sapezal está ancorada numa proposta de colonização do Grupo Maggi, que deu esta denominação ao município recentemente instalado, em referência ao Rio Sapezal. Sapezal é termo de origem Tupi sapé. Sapé é uma espécie de capim da família das gramíneas, conhecido pelas propriedades de se cobrir ranchos. No dizer da língua Tupi é um capim brilhante, que ilumina, que "alumia". Ou seja, designa lugar de muito sapé. As famílias que compõem a comunidade de Sapezal são oriundas dos Estados do sul do Brasil, fato comprovado pela tez, cor de olhos e sobrenomes. São principalmente agricultores, pessoas afeitas à dura realidade do campo. Sapezal já nasceu com infraestrutura de cidade; posto telefônico, posto de combustível, hotel, churrascaria, restaurantes, farmácia, supermercado e modernas escolas (PREFEITURA MUNICIPAL DE SAPEZAL, 2016).

22 22 Sapezal é um caso emblemático de criação de um município para promover a urbanização dentro de uma lógica de expansão do agronegócio. Isto explica, em grande parte, o fato de Sapezal ser o município de maior concentração fundiária do Brasil. Segundo dados do Censo Agropecuário do IBGE de 2006, 98,28% das terras do município são de domínio de estabelecimentos com área acima de 1000 ha. A produção agrícola do município é voltada para a exportação, sobressaindo-se a área cultivada com soja, milho e algodão e algumas pequenas propriedades com colheitas de arroz e feijão, segundo os dados da Prefeitura do município. Campos de Júlio está a 650 Km da capital do Estado de Mato Grosso, ocupando uma extensão territorial de 6.801,8 Km 2, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. A base econômica do município de Campos de Júlio é a agricultura (soja, arroz, milho e cana de açúcar). A pecuária de corte está em franca expansão, com rebanho de mais de 10 mil cabeças (MT E SEUS MUNICÍPIOS, 2016). O município foi criado em 1994, tendo sua área territorial desmembrada de Comodoro. É limitado pelos municípios de Sapezal, Tangará da Serra, Nova Lacerda, Conquista do Oeste e por Comodoro. Campo Novo do Parecis, com extensão territorial de 9.434,3 Km 2, distante 390 km de Cuiabá, situado no Médio-Norte do Estado de Mato Grosso, nasceu no Chapadão do Parecis, é uma das principais regiões agricultáveis do Brasil. Neste município, que Mato Grosso deu a arrancada para o plantio do algodão no cerrado. Hoje, surge no cenário agrícola como um dos maiores produtores de grãos. Terceiro maior produtor de grãos do estado de Mato Grosso e consta dos dez maiores do Brasil. É o maior produtor nacional de milho para pipoca e girassol. Tornou-se nos últimos anos um dos principais polos do estado devido ao entroncamento rodoviário. A rodovia MT-235, juntamente com a BR- 364, lhe permitiram ficar ao centro da Chapada dos Parecis e, compor juntamente com os municípios de Tangará da Serra, Sapezal, Campos de Júlio, Brasnorte, Nova Maringá, São José do Rio Claro e Diamantino a grande região da Chapada do Parecis, com uma área de plantio de ha e uma população de habitantes. Além de possuir extensas áreas planas com aptidão agrícola, Campo Novo do Parecis abriga inúmeras belezas naturais intocadas, constituídas de belos rios e de águas cristalinas, cachoeiras, monumentos de pedra criados pela natureza, caverna com inscrições rupestres e uma área de reserva indígena com diversas aldeias. (CAMPO NOVO DOS PARECIS, 2015) Os principais produtos da base econômica dos municípios de Campos de Júlio, Campo Novo dos Parecis e Sapezal estão dispostos no quadro 3.

23 23 Quadro 3 - Área plantada em 2014 nos municípios de Campos de Júlio, Campo Novo dos Parecis e Sapezal em hectares (ha) Cultura Mato Grosso Campo Novo do Parecis Campos de Júlio Sapezal Algodão Cana-de-açúcar Milho Soja Fonte: IBGE-SIDRA, Coleta de Dados O levantamento dos principais agrotóxicos utilizados nos municípios foi realizado por meio da análise dos receituários agronômicos das revendas registradas no Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso - INDEA-MT para comércio de agrotóxicos, bem como por meio das autorizações de importações de produtos agrotóxicos emitidas nas Unidades Locais de Execução do INDEA-MT para os municípios envolvidos. A situação de risco à saúde dos trabalhadores e da população da área estudada foi obtida por meio da análise do contexto produtivo (histórico; principais produtos químicos utilizados por safra; quantidades), do potencial carcinogênico e teratogênico dos agrotóxicos agrícolas consumidos e da mortalidade de câncer da região (MOREIRA et. al, 2010). A avaliação epidemiológica e de incidência de agravos à saúde foi estimada por meio da avaliação da notificação das intoxicações agudas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN e crônicas no Sistema de Informações Hospitalares do SUS SIH/SUS dos municípios dos trabalhadores e população exposta em relação aos possíveis efeitos dos agrotóxicos de maior significância toxicológica utilizados na região Questões Éticas O presente projeto é uma subdivisão do Projeto de Pesquisa Avaliação da Contaminação Ocupacional, Ambiental e em Alimentos por Agrotóxicos na Bacia do Juruena-MT (Campos de Júlio, Sapezal e Campos Novo dos Parecis), submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFMT sob o nº CAAE , tendo sido aprovado pelo parecer nº , em anexo.

24 24 V RESULTADOS E DISCUSSÃO O município de Campos de Júlio possui uma área de 6.801,8 Km 2, que corresponde a ,7 hectares. Na safra 2014/2015, 53% da área foi ocupada com lavoura temporária. Conforme o quadro 4, do total da área plantada com lavoura temporária na safra 2014/2015, a soja plantada representou 53%, seguida pelo milho com 29,5%. O total da área plantada com lavoura temporária em Sapezal na safra 2014/2015 foi de hectares, ocupando 47,6% da área geográfica do município que é de ,2 hectares. Do total da área plantada destinou 57,7% para soja, 23,5% para milho, e 12,2% para algodão, sendo estas as principais culturas responsáveis pela economia do município (quadro 4). Campo Novo dos Parecis plantou na safra 2014/2015 uma área de hectares com culturas temporárias. Do total plantado com culturas temporárias, 57,5% foi com soja, 23,2% com milho, 5,7% com algodão e 5,0% com girassol. Possuindo uma extensão territorial de ,9 hectares, a área plantada com culturas temporárias representa 55,3% da área do município (quadro 4). Quadro 4 - Área plantada em hectares na safra 2014/2015 nos municípios de Campos de Júlio, Sapezal e Campo Novo dos Parecis, Mato Grosso Cultura Campos de Júlio Sapezal Campo Novo dos Parecis Soja Milho Algodão Milheto Crotalária Feijão Milho Pipoca Arroz Brachiaria ruziziensis Sorgo Girassol Painço Calopogônio Mucuna Preta Feijão Guandu TOTAL FONTE: INDEA/MT, UNIDADE LOCAL DE CAMPOS DE JÚLIO, SAPEZAL e CAMPO NOVO DOS PARECIS.

25 25 Os três municípios estudados são grandes produtores agrícolas, conforme pode ser observado no quadro 4. Observou-se que as principais culturas desses municípios são a soja, milho e algodão, sendo estas plantadas em forma de monocultivo. A monocultura favorece o aparecimento e aumento de pragas e doenças na planta, o que certamente ocasiona o uso cada vez mais intensivo de inseticidas, herbicidas, fungicidas, para o combate das pragas e doenças e consequente aumento da produção e produtividade (PORTO & SOARES, 2012). No quadro 5, são apresentados os agrotóxicos mais consumidos nos municípios estudados, obtidos por meio da receita feita por um único profissional que atua para emissão de receita agronômica para os Centros de Distribuição de agrotóxicos das indústrias Bayer, Syngenta, Basf e Ouro Fino, localizadas no Distrito Industrial de Cuiabá-MT. As empresas Syngenta, Bayer e Basf detêm a maior participação relativa no comércio mundial de agrotóxicos, respectivamente, 18, 16 e 11%, em (PELAEZ et al., 2011, apud ANVISA, 2012). O profissional forneceu apenas a quantidade dos ingredientes ativos prescritos, sem fornecer o nome comercial do produto. Dessa forma, foi incluída a classificação toxicológica do ingrediente ativo de acordo com o disposto no AGROFIT/MAPA. Como para a classificação toxicológica são incluídos vários fatores, cada produto comercial apresenta uma classificação específica. Desta forma, foi colocada a classificação mais tóxica encontrada no sistema do AGROFIT/MAPA. Quadro 5 - Agrotóxicos mais consumidos em Campos de Júlio, Sapezal e Campo Novo dos Parecis na safra 2014/2015, segundo dados de receituário agronômico Quantidade (litro) Classificação Nome técnico Toxicológica Campos de Campo Novo Sapezal Júlio dos Parecis Glifosato I , , ,0 Clorpirifós + Xilol I , , ,0 2,4 D I , , ,0 Atrazina I 6.500, , ,0 Metoxifenozida III 2.560, , ,0 Lactofem I 420, , ,0 Clorpirifós I , , ,0 Metomil I 4.380, , ,0 Haloxifope-P-Metílico I , , ,0 Mancozebe III , , ,0 Piraclostrobina I 4.155, , ,0 Óleo Mineral IV , , ,0 Imazetapir I 580, , ,0 Teflubenzurom III 2.390, , ,0

26 26 Nome técnico Quantidade (litro) Classificação Campos de Campo Novo Toxicológica Sapezal Júlio dos Parecis Imidacloprido I 442, , ,0 Tiametoxam + Lambda cialotrina I 700, , ,0 Flumetsulam III , ,0 Carbendazim + Tebuconazol I , ,0 Azoxistrobina I 5.400, , ,0 Flutriafol I , ,0 Acefato III 9.042, , ,0 Lambda-Cialotrina I 816, , ,0 Diflubenzurom I , ,0 Espinosade I 820, , ,0 Diquate II 4.200, , ,0 Tepraloxidim I 1.575, ,0 Fomesafem I 3.480, , ,0 Espinetoram III 1.520, , ,0 Clorfenapir III 1.120, , ,0 Piriproxifem I 504, , ,0 Dicloreto De Paraquate I ,0 Etilenoxi I 200, , ,0 Imazaquim I ,0 Paraquate I , ,0 Abamectina I 300, , ,0 Clorantraniliprole I 200, , ,0 Cipermetrina I - 260, ,0 Fenpropatrina I ,0 Trifloxistrobina I , ,0 Diclosulam II 210, , ,4 Fipronil I 10, ,0 Cloransulam Metilico III 800, , ,6 Clorimurom Etilico III , ,5 Etefom I ,0 900,0 Flumioxazina II 504, ,0 892,0 Triciclazol III ,0 800,0 Ciproconazol I ,0 Acetamiprido I 1.800, ,0 780,0 Piraclostrobina + Tiofanato-Metilico I 1.205, ,0 760,0 Imidacloprido + Beta I ,0 Clorfluazurom I ,0 650,0 Tebuconazol I ,0 610,0 continuação.

27 27 Quantidade (litro) Classificação Nome técnico Campos de Campo Novo Toxicológica Sapezal Júlio dos Parecis Lufenuron I 980, ,0 580,0 Carbendazim I 185, ,0 560,0 Sulfentrazona II 40, ,0 550,0 Alfa-Cipermetrina II 820, ,0 550,0 S-Metolacloro I ,0 500,0 Clorpirifós + Solvesso 200 I ,0 Picoxistrobina I 1.710, ,0 320,0 Fluxapiroxade III 1.200, ,0 235,0 Cletodim I 180, ,0 200,0 Lactofem + Xileno I 140, ,0 100,0 Cialofope Butilico I - 600,0 40,0 Metsulfurom-Metilico I - 2,0 28,0 Nicosulfurom I 45, ,8 21,6 Trifluralina I 8.280, ,0 - Mistura de Esteres, Hidrocarboneto II 2.785,0 - - Azoxistrobina + Tebuconazol I 1.100,0 - - Mesotriona III 630,0 785,0 - Bentazona I 400, ,0 - Tiametoxam I 240,0 - - Bentazona + Imazamoxi I 200,0 300,0 - Saflufenacil III 133,0 - - Indoxacarbe I 120, ,0 - Malation I ,0 - Oxifluorfem I ,0 - Espalhante adesivo III ,0 - Piriproxifem + Xileno I - 858,0 - Clomazona + Carfentrazona II - 820,0 - Flubendiamida III - 670,0 - Novalurom I - 523,0 - Bacillus thuringiensis IV - 490,0 - Gama Cialotrina III - 400,0 - Pendimetalina I - 400,0 - Óleo Vegetal IV - 320,0 - Bifentrina I - 300,0 - Carboxina + Tiram I - 180,0 - Diurom II - 20,0 - Silicone III - 15,0 - Fonte: Receituário Agronômico emitido pela Eng. Agrônoma M.P. de Cuiabá-MT. continuação.

28 28 Nos quadros 6 a 8, foram tabulados os dados segundo autorização de importação emitida na Unidade Local de Execução do INDEA-MT em Cuiabá. No quadro 9 reunimos os 10 ingredientes ativos mais usados na agricultura nos três municípios estudados. Quadro 6 - Agrotóxicos mais consumidos em Campo Novo dos Parecis na safra 2014/2015, segundo dados de autorização de importação Nome Comercial Ingred. Ativo Class. Toxicol. Cultura Quantidade (litro) Área (ha) Consumo/ Hectare (ha) Crucial Glifosato I Soja ,0 0,7 Klorpan 480 Ec Clorpirifos I Soja ,3 1,3 Klorpan 480 Ec Clorpirifos I Milho ,0 1,7 Malathion 1000 Ec Malathion I Algodão ,0 1,0 Primoleo Atrazina IV Milho ,3 0,2 Drible Lactofem I Soja ,7 1,8 Brilhante Br Metomil I Soja ,0 1,8 Tenaz 250 Sc Flutriafol III Soja ,0 5,0 Dimax 480 Sc Diflubenzurom IV Soja ,0 8,3 Malathion 1000 Ec Malathion I Soja ,0 1,0 Manfil 800 Wp Mancozeb III Feijão ,5 0,3 Rivax Carbendazim III Soja ,0 1,3 Diamante Br Imidacloprido II Cana-de-açúcar ,5 1,3 Capataz Br Clorpirifos I Soja ,0 4,0 Sumirody 300 Fenpropatrina I Soja ,0 6,7 Epingle 100 Piriproxifem I Soja ,0 4,0 Shake Piraclostrobina I Soja ,1 1,4 Singular Br Fipronil I Soja ,0 20,0 Applaud 250 Buprofezina III Soja ,0 1,0 TOTAL ,4 1,13 Fonte: INDEA/MT, 2016 Segundo os dados de autorização de importação (quadro 6), em Campo Novo dos Parecis, o principal ingrediente ativo usado na safra 2014/2015 foi o glifosato, herbicida de classe toxicológica I, aplicado na soja; seguido pelo clorpirifós, também de classe toxicológica I, inseticida usado em larga escala na soja e no milho. Ressalta-se que estes dois ingredientes ativos, glifosato e o clorpirifós, também foram os mais utilizados no município quando se analisa os dados do receituário agronômico.

29 29 Quadro 7 - Agrotóxicos mais consumidos em Campos de Júlio na safra 2014/2015, segundo dados de autorização de importação Nome Comercial Ingrediente Ativo (I.A.) Class. Toxicol. Cultura Quantidade de I.A. (litro) Área (ha) Consumo/ Hectare (ha) Select 240 Ec Cletodim I Soja ,1 2,4 Crucial Glifosato I Soja ,0 0,3 Much 600 Fs Imidacloprido III Soja ml/100 Kg sementes - Drible Lactofem I Soja ,0 1,3 Loop Nicosulfurom III Milho ,0 5,0 Epingle 100 Piriproxifem I Soja ,0 4,0 TOTAL ,1 1,8 Fonte: INDEA/MT, 2016 Em Campos de Júlio, pelos dados da autorização de importação (quadro 7), os ingredientes ativos mais usados foram o cletodim e o glifosato, que são herbicidas de classe toxicológica I e aplicados na cultura da soja. Quadro 8 - Agrotóxicos mais consumidos em Sapezal na safra 2014/2015, segundo dados de autorização de importação Nome Comercial Ingrediente Ativo (I.A.) Classif. Toxicol. Cultura Quantidade De I.A. (litro) Área (ha) Consumo/ Hectare (ha) Klorpan 480 Ec Clorpirifos I Milho ,9 Lancer 750 Sp Acefato III Algodão ,1 Lancer 750 Sp Acefato III Soja ,6 Crucial Glifosato I Algodão ,5 Drible Lactofem I Soja ,5 Malathion 1000 Ec Malathion I Algodão ,0 Eminent 125 Ew Tetraconazole II Algodão ,9 Tenaz 250 Sc Flutriafol III Soja ,8 Kraft 36 Ec Abamectina I Algodão ,3 Elatus Azoxistrobina I Soja ,0 Select 240 Ec Cletodim I Soja ,2 Select 240 Ec Cletodim I Algodão ,5 Rivax Carbendazim III Soja ,3 Brilhante Br Metomil I Soja ,7 Grant 2,4 D I Milho ,0 Dimax 480 Sc Diflubenzurom IV Soja ,3 Dimax 480 Sc Diflubenzurom IV Algodão ,7 Kaiso 250 Cs Lambda- Cialotrina II Soja ,7 Imperador Br Carbendazim II Soja ,0

30 30 Nome Comercial Ingrediente Ativo (I.A.) Classif. Toxicol. Cultura Quantidade De I.A. (litro) Área (ha) continuação. Consumo/ Hectare (ha) Manfil 800 Wp Mancozebe III Feijão ,3 Diamante Br Imidacloprido I Cana de açúcar ,3 Klorpan 480 Ec Clorpirifos I Algodão ,7 Fipronil Nortox 800 Wg Fipronil I Soja ,0 TOTAL ,5 Fonte: INDEA/MT, 2016 Em Sapezal, conforme dados apresentados no quadro 8, os ingredientes ativos mais consumidos foram o clorpirifós, acefato e glifosato. O clorpirifós e o acefato são inseticidas, respectivamente, das classes toxicológicas I e III; e o glifosato é herbicida largamente consumido no Brasil e que tem histórico em vários estudos de ser carcinogênico. Ao agregarmos os dados de receituário agronômico e autorização de importação (quadro 9), pode-se verificar que os principais ingredientes ativos mais utilizados são praticamente os mesmos nos três municípios, sendo que o glifosato foi disparadamente o mais consumido nesses municípios. Quadro 9 - Agrotóxicos mais consumidos segundo dados da autorização de importação e receituário agronômico nos municípios de Campos de Júlio, Campo Novo dos Parecis e Sapezal Ingrediente ativo Campos de Júlio Sapezal Campo Novo dos Parecis GLIFOSATO CLORPIRIFÓS ACEFATO ,4 D ÓLEO MINERAL MANCOZEB ATRAZINA METOXIFENOZIDA LACTOFEM MALATHION HALOXIFOPE-P-METILICO FLUTRIAFOL CLETODIM TOTAL

31 Efeitos dos Ingredientes Ativos na Saúde O glifosato, o mais consumido nos três municípios, foi classificado como provável carcinógeno em humanos pela International Agency for Research on Cancer - IARC, é um herbicida de largo espectro, que, na atualidade, possui os maiores volumes de produção dentre todos os herbicidas (ANVISA, 2015). A intensidade de intoxicação por glifosato está intimamente relacionada com tempo de contato com o produto. É um produto acumulativo no organismo no organismo humano, apresentando efeitos toxicológicos subcrônicos e crônicos, com poder carcinogênico, mutagênico e teratogênico, e alguns efeitos no sistema reprodutivo (ANVISA, 2009). MARTINEZ et al (2007) avaliando a toxicidade do glifosato técnico e de sua formulação comercial Roundup em células mononucleares de sangue periférico humano, encontrou que tanto o glifosato técnico quanto o Roundup foram citotóxicos para as células mononucleares de sangue periférica. Para eles, as formas comerciais são mais citotóxicas que o glifosato técnico, indicando que os aditivos e outros adjuvantes aumentam a toxicidade do produto. Cabe esclarecer que o glifosato técnico refere-se a sua formulação pura, enquanto que a forma comercial tem agregado a sua composição diversos aditivos. SANTOS (2011), estudando o efeito da exposição perinatal ao herbicida glifosatoroundup na diferenciação sexual e endocrinologia reprodutiva, concluiu que herbicida é um provável desregulador endócrino no período crítico de diferenciação sexual hipotalâmica para ratos machos, o que acarreta alterações morfológicas e de orientação sexual. O ingrediente ativo clorpirifós foi o segundo mais consumido nos três municípios. MEYER (2005) analisando diversos estudos sobre os efeitos deste ingrediente ativo sobre a saúde humana inferiu que a exposição ao clorpirifós altera os processos fundamentais do desenvolvimento do sistema nervoso, com possíveis repercussões sobre funções cerebrais importantes como memória, aprendizado, atenção, coordenação motora, entre outras. A bula/anvisa de um de seus nomes comerciais, Clorpirifós Sabero 480 EC, traz informações médicas e toxicidade do ingrediente ativo, vejamos: Clorpirifós - inibe permanentemente a acetilcolinesterase, causando acúmulo de acetilcolina e superestimulação das terminações nervosas que atuam nas células musculares, glandulares, gangionares e do Sistema Nervoso Central (SNSC). Após absorção, os organofosforados são distribuídos por todos os tecidos do organismo, atingindo altas concentrações no fígado, onde são metabolizados, e nos rins, que os excretam. A meia-vida destes inseticidas varia muito, dependendo da natureza do composto. Alguns metabólitos são mais tóxicos que a substância que os originou. (AGROFIT/MAPA, 2016)

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