Estimulando a demanda por reduções de emissões de REDD+: A necessidade de uma intervenção estratégica para

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Estimulando a demanda por reduções de emissões de REDD+: A necessidade de uma intervenção estratégica para 2015-2020"

Transcrição

1 Estimulando a demanda por reduções de emissões de REDD+: A necessidade de uma intervenção estratégica para Resumo: Informações preliminares do quinto relatório de avaliação do IPCC mostram que o tempo para limitar o aquecimento global a 2 C neste século está se esgotando. Ações globais de mitigação da mudança climática se tornam urgentes e um novo ciclo de negociações se inicia na Convenção Climática da ONU (UNFCCC) em Este novo ciclo de negociações se dará em um cenário onde atores chave na negociação, como EUA e China, estão se inserindo em um novo contexto político relativo à mudança climática. Dentro deste novo contexto existe uma possibilidade maior de se constituir um regime global mandatório de redução emissões de gases de efeito estufa que entraria em vigor em Neste cenário, dois desafios se destacam no Brasil: manter os decrescentes níveis de desmatamento na Amazônia e no Cerrado; e direcionar setores estruturais da indústria nacional no rumo da economia de baixo carbono. Em ambos os casos ações estratégicas são necessárias. O financiamento das ações para redução do desmatamento no País pode ser conectado as reduções de emissões em outros setores da economia através da implementação do MBRE Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. Dependendo de como este mercado for implementado, ele pode gerar incentivos para colocar o Brasil em uma posição estratégica em um potencial regime mandatório global de redução de emissões em O contexto Internacional Informações preliminares do Quinto Relatório de Avaliação do IPCC (AR 5) mostram que o tempo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) a um patamar que limite o aquecimento global a 2 C neste século está se esgotando e a medida que o tempo passa os custos de mitigação e adaptação aumentam. Apesar dos esforços nacionais e internacionais na mitigação da mudança climática, as emissões de GEE cresceram em média 2,2% por ano entre 2000 a 2010 (Figura 1). 1

2 + 2,2%/ano ,3%/ano Emissões antrópicas de GEE - GtCO 2 eq/ano Figura 1: Total de emissões antrópicas de GEE anuais (GtCO2eq ano) por grupos de gases entre É cada vez mais urgente que todos os esforços sejam mobilizados para manter o aquecimento global médio abaixo de 2 C neste século, evitando assim impactos maiores e imprevisíveis à nossa sociedade. Para isso, os níveis globais de emissão não poderiam ultrapassar a marca de 44 GtCO 2 eq anuais. Porém, se todos os compromissos assumidos atualmente por governos de todo o mundo forem integralmente cumpridos, até 2020 estaremos acima desta meta mundial em 8 a 12 GtCO 2 eq por ano 1. Gases Gases fluorados N2O CH4 CO 2 de uso da terra e florestas CO 2 de combustíveis fósseis e processos industriais Neste contexto os governos estão mais inclinados a avaliar a implementação de tratados climáticos globais com metas mandatórias de redução de emissões de GEE. O ano de 2015 é um marco importante neste processo, pois, na conferência das partes 21 (COP 21) da convenção do clima da ONU (UNFCCC) em Paris, se consolida o processo de construção de um novo acordo climático global que entrará em vigor a partir de Fonte: The Emissions Gap Report United Nations Environment Programme (UNEP), November

3 Além das evidências cientificas, o novo ciclo de negociações climáticas se desenvolve em um novo cenário global onde alguns atores chave estão mudando suas posições históricas relativas à agenda climática. Mesmo os EUA, que até o momento foram um grande obstáculo para a implementação de um grande tratado global de redução de emissões de GEE, está mudando de posição. O Ato de Segurança Climática da América (ACSA), também conhecido como projeto de lei Lieberman-Warner, de 2007, foi o primeiro passo no reposicionamento político do Congresso dos EUA acerca das mudanças climáticas, reconhecendo que o aquecimento global é influenciado pelo homem. Desde então, principalmente pela redução de emissões no setor energia decorrentes da expansão do uso do gás de xisto, as emissões de GEE americanas tem diminuído ano após ano. Durante o primeiro trimestre de 2012, as emissões de dióxido de carbono (CO 2 ) dos EUA resultantes do uso de energia foram as mais baixas dos últimos 20 anos 2. Além da expansão do uso do gás de xisto, o aumento de fontes renováveis e a eficiência energética contribuem para este cenário. O escritório de Projetos de Energia dos EUA divulgou seu balanço para o primeiro trimestre de 2014 e revelou que 92% da nova capacidade instalada no país são renováveis, provenientes das usinas solares e eólicas. A China, outro ator importante para o clima mundial, também está adotando medidas governamentais e promovendo novas fontes de energia limpas, em especial a solar e a eólica, o que pode vir a reduzir o papel do carvão, hoje responsável por 65% da matriz energética no país. A Alemanha, a maior economia da Europa, também faz grande esforço para se desassociar da energia nuclear e dos combustíveis fósseis. O governo estabeleceu a meta de tornar as energias renováveis 35% da sua matriz energética até No Brasil, setores produtivos estruturais da economia (industrial, energia e agricultura), aumentaram as emissões de carbono em 15% nos últimos 15 anos analisados, entre 1997 e No mesmo período, os EUA e a Europa diminuíram em 11% suas emissões, e a Alemanha, 24%. A figura 2 mostra duas tendências distintas, a redução de emissões de GEE pelos países desenvolvidos e o aumento pelos países em desenvolvimento. 2 Fonte: U.S. Energy Information Administration Agosto

4 1990 = % 70-11% -24% Figura 2: Evolução da Variação de Emissão de GEE sem Mudança de Uso da Terra entre 1990 e 2012 Em relação às florestas, a última conferencia das partes trouxe grandes avanços. O acordo sobre REDD+ de 2013 na COP 19 em Varsóvia (Warsaw Framework for REDD Plus) oficializou o mecanismo de REDD+ como instrumento de mitigação para as mudanças climáticas. No Acordo de Varsóvia foram definidos os elementos relativos aos vetores do desmatamento, níveis de referência, monitoramento, reporte, verificação, financiamento, ações de mitigação e arranjos institucionais e Salvaguardas. Estes elementos criam as condições institucionais para incluir os esforços de redução de emissão por desmatamento dentro da Convenção do Clima (UNFCCC). Assim, os países contam hoje com o aparato institucional necessário para desenvolverem suas estratégias de REDD+ internamente, acompanhados por uma entidade designada para averiguar resultados e, uma vez tendo alcançado as metas de redução de desmatamento, poderem ser remunerados por isto. Contexto brasileiro Variação %* +15% China Brasil US EU 28 Alemanha O Brasil aumentou de 1,39 GtCO 2 eq, em 1990, para 1,48 GtCO 2 eq, em 2012 suas emissões brutas de GEE, um aumento de 7% 3 (Figura 3). Até o final da década passada as mudanças no uso do solo eram a principal fonte de emissão de GEE no País, a redução do desmatamento e mudanças na economia mudaram este perfil e a tendência no médio prazo e que esta relação se inverta. 3 Fonte: SEEG - Sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito Estufa,

5 Figura 3: Emissões brasileiras de GEE de 1990 a 2012 (milhões de tco 2 eq) Durante a COP15, em Copenhagen, o país assumiu o compromisso nacional voluntário de reduzir suas emissões de GEE até entre 36,1-38,9% em relação a 1990 (Figura 4), através da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). A mesma PNMC estabeleceu planos setoriais com metas de redução de emissão de GEE para os setores de energia, indústria, mineração, transporte e siderurgia. Além dos planos do controle ao desmatamento já previstos, o PPCDAM e PPCERRADO. A PNMC prevê dois instrumentos para fomento de ações de mitigação e adaptação: Fundo Nacional sobre Mudança do Clima e o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), pelo qual os títulos de redução de emissões certificadas poderão ser negociados em mercados futuros de commodities e cambiais, bem como nas bolsas de valores. Segundo as projeções sancionadas no Decreto 7.390/2010, as emissões totais do País passariam de 2,19 GtCO 2 eq 4 em 2005 para 3,24 MtCO 2 eq em O Setor Mudança do Uso da Terra e Florestas será aquele com a maior contribuição, seguido pelos setores Energia e Agropecuária. A contribuição dos Planos Setoriais já consolidados, considerados no artigo 3 do Decreto 7.390/2010, para o alcance do compromisso nacional voluntário de redução de emissões é estimada em cerca de 1,26 GtCO 2 eq. Quanto às reduções dos Planos Setoriais apresentados em 2012, estima-se redução adicional de emissões em 2020 de 0,02 GtCO 2 eq. 4 As projeções de emissões 2020 foram sancionadas no Decreto 7.390/2010 5

6 O compromisso nacional voluntário deverá reduzir as emissões, segundo as estimativas, em pelo menos 1,17 MtCO 2 eq em 2020, o que reduziria as emissões em 2020 a montante máximo de 2,07 GtCO 2 eq. 3,24 1,26 2,19 Emissões 2005 Projeções 2020* Reduções Pl. Set Figura 4: Compromisso Nacional Voluntário de Redução de Emissões (GtCO 2 eq) Ao contrário do setor de Mudança de Uso de Solo e Florestas, os demais setores produtivos mostram crescimento das emissões desde Pelas metas de reduções nos Planos Setoriais, o compromisso nacional para 2020 será alcançado, porém, com dependência quase exclusiva das reduções provenientes de mudança de uso da terra. Um objetivo central da PNMC é reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% (Figura 5), um grande desafio frente à ampliação da infraestrutura na região e o recente aumento de 28% do desmatamento em ,02 1,96 2,02 Reduções Pl. Set Estimativa Emissões 2020 Compromisso Nacional 2020** Max. 2,07 Min. 1,98 6

7 Figura 5: Meta de redução de 42% do desmatamento a cada cinco anos até 2020, de acordo com as metas voluntárias assumidas pelo Brasil na COP-15 em Copenhagen Nove estados da Amazônia Legal contam com Planos Estaduais de Prevenção e Controle do Desmatamento (PPCDs), no contexto do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Paralelamente, o Brasil vem desenvolvendo sua Estratégia Nacional de REDD+ (ENREDD), que pode operacionalizar as reduções de emissões em Mudança do Uso do Solo e Florestas, transformando-as em um importante ativo para o cumprimento de compromissos dentro do contexto criado pelo acordo de Varsóvia. A ENREDD pode coordenar políticas públicas de mudança do clima e florestas; mensurar, relatar e verificar resultados em nível de bioma, cumprindo requisitos técnicos definidos no Acordo de Varsóvia; e obter financiamento (captação de recursos para pagamentos por resultados). O potencial estimado de captação para REDD+ pelo Brasil até 2020 é de R$ 65 bilhões 5. Porém, menos de 5,8% do total dos resultados alcançados até agora no bioma Amazônia foram captados para doadores internacionais, como Noruega e Alemanha. 5 Considerando-se o bioma Amazônia, o nível de referência do Decreto nº 7.390/2010 e o valor de US$ 5/tonelada de CO 2e do Fundo Amazônia, multiplicados pelo potencial de mitigação de GEE de Mt = USD 29,63 bilhões ou R$ 65,2 bilhões (1 USD = R$ 2,20). 7

8 As reduções de emissões de GEE com a queda do desmatamento na Amazônia entre 2006 e superam qualquer outro esforço nacional de redução de emissões de GEE no mundo. No entanto, o Brasil precisa de mais instrumentos para lidar com as ameaças à conservação florestal e cumprir suas metas de redução de desmatamento. Conectando o cenário internacional com o cenário nacional: Mecanismo Interino de Financiamento para REDD+ a partir do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) Avaliando o contexto nacional do Brasil pelo prisma do cenário Internacional é possível identificar três grandes desafios para o Brasil na agenda climática: a perspectiva de um tratado global de redução de emissões de GEE onde o Brasil pode ter que assumir metas de redução mandatórias, a manutenção da redução do desmatamento da Amazônia, o direcionamento de setores estruturantes da economia rumo ao baixo carbono, O desafio que se apresenta ao País neste novo contexto é manter a redução do desmatamento ao mesmo passo em que induz setores estruturais da economia na direção do baixo carbono. A combinação destes dois elementos pode constituir a base para que o Brasil se posicione de maneira estratégica nas negociações de um potencial acordo global de redução de emissões de GEE. Para promover a conexão entre a redução do desmatamento e a descarbonização da economia nacional, um instrumento, previsto na Politica Nacional de Mudanças Climáticas, pode se tornar a peça chave, o MBRE. Através da implementação do MBRE pode ser possível financiar ações para redução do desmatamento na Amazônia, como o PPCDAM, e, ao mesmo tempo, incorporar a discussão climática na agenda de outros setores estruturais da economia como indústria, energia e transporte. Esta conexão pode ser feita através da implementação voluntária dos planos setoriais já previstos na PNMC dentro de uma estrutura piloto de mercado representada pelo MBRE. 6 Fonte: Fundo Amazônia 8

9 Neste contexto, no MBRE, os setores regulados pelos planos setoriais representam a demanda por reduções certificadas de emissões florestais (REC), sendo a oferta gerada pelas reduções certificadas pela Agência Nacional de REDD+ (ANR) ou a entidade designada para este fim pelo governo federal como previsto no Acordo de Varsóvia. Assim, para cumprir com as metas setoriais as empresas podem, além de reduzir pelos seus próprios métodos suas emissões, acessar através de alocação por parte da ANR, uma cota de REC. Nesta alocação voluntária, as REC s continuam sendo da ANR, mas, podem ser transferidas para empresas através de leilões anuais. No entanto, existe um descasamento temporal entre a geração de oferta de reduções florestais (até 2020) e a demanda do mercado neste período, uma vez que as metas são voluntárias, assim o governo federal pode viabilizar esta conexão temporal através de mecanismos de incentivo e fomentar a implementação do MBRE. Figura 6: Representação esquemática da operação do MBRE. Os instrumentos utilizados pelo governo poderão compreender, por exemplo, a isenção fiscal. Neste caso, deduções seriam concedidas a empresas que cumprissem suas metas de redução utilizando uma parcela de REC adquiridas em leilão. O recurso arrecadado com os leilões de REC s, poderiam ser utilizados pela ANR para financiar a implementação das ações relativas ao REDD+. A partir de 2020, com o possível aumento da demanda pelo mercado, a ANR poderá leiloar as REC s acumuladas no período entre 2006 e 2020, que não foram leiloadas anteriormente. 9

10 Esta abordagem consiste em um investimento, em longo prazo, em ativos florestais para o governo brasileiro, e, para os futuros setores regulados, custos baixos e subsidiados para a adaptação à inexorável economia de baixo carbono e manutenção da competitividade brasileira. Se o Brasil mantiver suas metas de redução de desmatamento, entre 5,0 e 5,8 GtCO 2 eq poderão ser certificadas pela ANR até Estabelecendo-se o MBRE nos moldes sugeridos neste documento, estima-se que os setores brasileiros regulados poderão ser supridos com estas reduções até aproximadamente 2050, considerando níveis de utilização de compensações em relação a redução própria (permissões) similares a mercados externos, ou seja, em torno de 10%. Assim, o estoque de REC entre 5,0 e 5,8 GtCO 2 eq poderia ser utilizado conforme o gráfico abaixo: Milhõesde tco 2 eq ,8 GtCO 2eq 5,0 GtCO 2eq Oferta: Estoque de reduçãode emissões florestais Oferta Agr Oferta Cons Demanda Demanda: 10% das reduções setoriais brasileiras Figura 7: Evolução do estoque de reduções florestais e volume demandado pelo MBRE (milhões tco 2 eq) Estimando-se que o preço da REC seja em média de US$ 5/tonelada, cria-se um volume de entre US$ 25 bilhões à US$ 29 bilhões a ser gerenciado pela ANR. Uma vez captados os recursos pela ANR, a repartição pode ser feita de diversas maneiras, como por exemplo, utilizando o conceito de estoque e fluxo para os Estados. A divisão para os Estados não significa um repasse ou direito de uso para os governos estaduais. Dada a competência dos Estados em gerir as áreas florestais, entende-se como premissa que cada Estado deverá estabelecer uma regulamentação específica que determina como se dará a gestão do REDD+ em nível estadual e como 10

11 serão repartidos seus potenciais benefícios entre todos os atores relevantes, como populações tradicionais e indígenas, produtores rurais, prefeituras, moradores de unidades de conservação, projetos privados, etc. Estados como o Acre, Mato Grosso e Amazonas já possuem legislações sobre mudanças climáticas que viabilizam este sistema. Outros, como o Amapá, estão desenvolvendo-a. Esta divisão pode utilizar uma abordagem de 50% utilizando-se com critério o estoque florestal do estado e 50% o fluxo de desmatamento histórico, se mostrando equilibrada na alocação dos incentivos para cada região, levando em consideração a área, a cobertura florestal e a taxa de desmatamento para o bioma Amazônia e identificada pelo PRODES. O conceito de estoque-fluxo 7 possibilita a alocação das reduções de emissões com base em dois parâmetros: Fluxo: Contribuição de cada estado na redução do desmatamento (com base em sua taxa histórica de desmatamento) em relação à redução do desmatamento verificado em todo o bioma Amazônia. Estoque: Quantidade de carbono estocado na área florestal dos Estados em relação à área florestal total do bioma Amazônia. Conclusão É estrategicamente importante o desenvolvimento e implementação de um mecanismo para o financiamento das reduções de emissões por REDD+ até Grande parte das reduções de emissão de GEE previstas na Política Nacional de Mudança do Clima é decorrente da redução do desmatamento, principalmente na Amazônia. Se o Brasil cumprir as metas estabelecidas de redução de desmatamento, o potencial de REDD+ para os anos seguintes, a partir de 2020, é praticamente nulo. Este momento pode coincidir com o estabelecimento internacional de tratados mandatórios de redução de emissão de GEE, o que exigiria reduções de GEE decorrentes diretamente dos 7 IPAM REDD no Brasil:um enfoque Amazônico. 3ª Ed. 11

12 setores produtivos da economia do País. Isso acarretaria em aumento de custos de produção e perda de competitividade internacional. Além disso, o futuro das baixas taxas de desmatamento estaria sob ameaça sem uma fonte sólida de financiamento para ações de REDD+. Sem reciprocidade na geração de demanda por reduções de emissões florestais, há excesso de oferta de curto prazo. Este desequilíbrio do mercado pode deprimir os preços dos créditos de REDD+, cortando o financiamento para iniciativas que não só conseguiram reduzir o desmatamento, mas também estão entregando múltiplos benefícios sociais e ambientais. Este seria um sinal preocupante para todos os países que estão iniciando esforços para evitar o desmatamento. Os riscos existentes na ausência deste mecanismo envolvem a inexistência de oferta de reduções de emissões a preços tão competitivos (US$ 5/tonelada corrigidos à inflação frente aos 147 euros do setor de transporte, por exemplo), expondo os setores regulados brasileiros a custos altos de adequação aos padrões ambientais que deverão se instaurar no comércio internacional. Assim, a utilização de reduções de emissões florestais brasileiras pelo futuro MBRE pode contribuir para: Posicionamento estratégico frente a um tratado global: manutenção do colchão de reduções de emissões brasileiras; Transição dos setores produtivos para uma economia de baixo carbono mais paulatina e amena: preço médio da redução de emissão reduzido e prazo alongado para declínio das reduções de emissões próprias garantindo a manutenção da competitividade da economia brasileira em um contexto de mudanças dos critérios de comércio internacional; Manutenção na redução das taxas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado. 12

ELEMENTOS PARA ESTRATÉGIA NACIONAL DE REDD+ DO BRASIL

ELEMENTOS PARA ESTRATÉGIA NACIONAL DE REDD+ DO BRASIL ELEMENTOS PARA ESTRATÉGIA NACIONAL DE REDD+ DO BRASIL Leticia Guimarães Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental Ministério do Meio Ambiente Maputo, Moçambique, 2-4 de maio de 2012 Estrutura

Leia mais

WORKSHOP INTERNACIONAL SOBRE MERCADOS DE CARBONO NA AMÉRICA LATINA. São Paulo Setembro - 2015

WORKSHOP INTERNACIONAL SOBRE MERCADOS DE CARBONO NA AMÉRICA LATINA. São Paulo Setembro - 2015 WORKSHOP INTERNACIONAL SOBRE MERCADOS DE CARBONO NA AMÉRICA LATINA São Paulo Setembro - 2015 A BIOFÍLICA ATUAÇÃO A Biofílica Investimentos Ambientais S.A. é a primeira empresa brasileira focada na gestão

Leia mais

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 ATENÇÃO: ANTES DE ASSINAR ESTA CARTA, LEIA O CONTEÚDO ATÉ O FINAL E CLIQUE NO LINK. FÓRUM DE AÇÃO EMPRESARIAL PELO CLIMA CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 O desafio da mudança do clima

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Indústria

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Indústria CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Indústria Processo de Construção do Plano Indústria O art. 11 da Lei 12.187/2009 determinou realização de Planos setoriais

Leia mais

Economia de Floresta em Pé

Economia de Floresta em Pé Seminário Perspectivas Florestais para Conservação da Amazônia Economia de Floresta em Pé 12/Julho/2011 Porto Velho, Rondônia AGENDA MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO CARBONO DE FLORESTA REDD NA PRÁTICA

Leia mais

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática A Abiquim e suas ações de mitigação das mudanças climáticas As empresas químicas associadas à Abiquim, que representam cerca

Leia mais

Junho, 2015. Proposta do Observatório do Clima para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) Brasileira

Junho, 2015. Proposta do Observatório do Clima para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) Brasileira Proposta do Observatório do Clima para a Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida do Brasil Junho, 2015 Proposta do Observatório do Clima para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) Brasileira

Leia mais

A Água da Amazônia irriga o Sudeste? Reflexões para políticas públicas. Carlos Rittl Observatório do Clima Março, 2015

A Água da Amazônia irriga o Sudeste? Reflexões para políticas públicas. Carlos Rittl Observatório do Clima Março, 2015 A Água da Amazônia irriga o Sudeste? Reflexões para políticas públicas Carlos Rittl Observatório do Clima Março, 2015 servatório(do(clima( SBDIMA( (( Sociedade(Brasileira( de(direito( Internacional(do(

Leia mais

O que é o mercado de carbono e como ele opera no Brasil?

O que é o mercado de carbono e como ele opera no Brasil? O que é o mercado de carbono e como ele opera no Brasil? Fernando B. Meneguin 1 O crédito de carbono é um certificado eletrônico que é emitido quando há diminuição de emissão de gases que provocam o efeito

Leia mais

13º Encontro Internacional de Energia - FIESP. Mudanças. Geopolítica Energética: Energia no Contexto da Economia Sustentável

13º Encontro Internacional de Energia - FIESP. Mudanças. Geopolítica Energética: Energia no Contexto da Economia Sustentável 13º Encontro Internacional de Energia - FIESP Mudanças Geopolítica Energética: Energia no Contexto da Economia Sustentável Rodrigo C. A. Lima Gerente-geral do ICONE www.iconebrasil.org.br São Paulo 6 de

Leia mais

Brasil, Mudanças Climáticas e COP21

Brasil, Mudanças Climáticas e COP21 Brasil, Mudanças Climáticas e COP21 Carlos Rittl Secretário Executivo São Paulo, 10 de agosto de 2015 SBDIMA Sociedade Brasileira de Direito Internacional do Meio Ambiente Eventos climáticos extremos Desastres

Leia mais

Por que reduzir desmatamento tropical?

Por que reduzir desmatamento tropical? REDD Jurisdicional REDD+ Indígena Amazônico 1o. Encontro Experiências e Estratégias Projeção para a COP20- CMNUCC Río Branco, Acre (Brasil) 19-21 de Maio 2014 www.ipam.org.br Por que reduzir desmatamento

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Setorial de Transporte e de Mobilidade Urbana para Mitigação da Mudança do Clima PSTM - Parte 2: Mobilidade Urbana /

Leia mais

ACORDO DE PARIS: A RECEITA PARA UM BOM RESULTADO

ACORDO DE PARIS: A RECEITA PARA UM BOM RESULTADO ACORDO DE PARIS: A RECEITA PARA UM BOM RESULTADO Le Bourget, 30 de novembro de 2015 Daqui a 11 dias, representantes de 195 países deverão adotar aqui o documento internacional mais importante do século:

Leia mais

Parágrafo único. Os programas e ações do Governo Federal que integram o Plano Plurianual deverão observar o previsto no caput.

Parágrafo único. Os programas e ações do Governo Federal que integram o Plano Plurianual deverão observar o previsto no caput. DECRETO Nº 7.390, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2010. Regulamenta os arts. 6o, 11 e 12 da Lei no 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC, e dá outras providências.

Leia mais

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento. MERCADO DE CARBONO M ERCADO DE C A R O mercado de carbono representa uma alternativa para os países que têm a obrigação de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa e uma oportunidade

Leia mais

Economia de Baixo de Carbono, onde estamos? para onde vamos?

Economia de Baixo de Carbono, onde estamos? para onde vamos? Seminário sobre Sustentabilidade no Setor Elétrico Brasileiro Economia de Baixo de Carbono, onde estamos? para onde vamos? 21 de novembro de 2014 Aneel Brasília O conteúdo deste relatório foi produzido

Leia mais

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO Medidas estão sendo tomadas... Serão suficientes? Estaremos, nós, seres pensantes, usando nossa casa, com consciência? O Protocolo de Kioto é um acordo internacional, proposto

Leia mais

Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira. Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro

Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira. Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro Perfil - 2-1. Fatos sobre Brasil 2. Contexto Florestal 3. Estratégias para

Leia mais

Mudança do Clima. Luiz Gylvan Meira Filho

Mudança do Clima. Luiz Gylvan Meira Filho SABESP São Paulo, 12 de novembro de 2008 Mudança do Clima Luiz Gylvan Meira Filho Pesquisador Visitante Instituto de Estudos Avançados Universidade de São Paulo A terra recebe energia do sol na forma de

Leia mais

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão

Leia mais

Tratados internacionais sobre o meio ambiente

Tratados internacionais sobre o meio ambiente Tratados internacionais sobre o meio ambiente Conferência de Estocolmo 1972 Preservação ambiental X Crescimento econômico Desencadeou outras conferências e tratados Criou o Programa das Nações Unidas para

Leia mais

Marcio Halla marcio.halla@fgv.br

Marcio Halla marcio.halla@fgv.br Marcio Halla marcio.halla@fgv.br POLÍTICAS PARA O COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA Programa de Sustentabilidade Global Centro de Estudos em Sustentabilidade Fundação Getúlio Vargas Programa de

Leia mais

COP 21 INDC BRASILEIRA

COP 21 INDC BRASILEIRA COP 21 Vinte e três anos após a assinatura da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), a 21 a Conferência das Partes (COP21), que será realizada em Paris (entre os dias 30 novembro

Leia mais

Propostas de Posição (MMA)

Propostas de Posição (MMA) Rio de Janeiro, 15 de Outubro de 2009 Aos membros do Fórum, Conforme estava previsto, foi realizada no dia 13 de outubro do corrente ano reunião do Presidente da República para tratar da posição da posição

Leia mais

Cuiabá 23 de Setembro de 2012 REDD+ em Mato Grosso: Rumo à implementação. Panorama de REDD+ no Mundo e no Brasil

Cuiabá 23 de Setembro de 2012 REDD+ em Mato Grosso: Rumo à implementação. Panorama de REDD+ no Mundo e no Brasil Cuiabá 23 de Setembro de 2012 REDD+ em Mato Grosso: Rumo à implementação Panorama de REDD+ no Mundo e no Brasil Apresentação: Paulo Moutinho Diretor Executivo IPAM moutinho@ipam.org.br www.ipam.org.br

Leia mais

Análise da Submissão Brasileira sobre os Níveis de Referência para REDD+ no Bioma Amazônico à UNFCCC 1

Análise da Submissão Brasileira sobre os Níveis de Referência para REDD+ no Bioma Amazônico à UNFCCC 1 Análise da Submissão Brasileira sobre os Níveis de Referência para REDD+ no Bioma Amazônico à UNFCCC 1 Documento de Trabalho DRAFT Versão 1.0-04 Dezembro de 2014 1. Introdução No dia 6 de junho de 2014,

Leia mais

Seminário Internacional - Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono Pós COP-15

Seminário Internacional - Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono Pós COP-15 Seminário Internacional - Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono Pós COP-15 São Paulo, 24/02/2010 Mudanças Climáticas: redução de emissões de GEE pelo setor sucro-alcooleiro Isaias C. Macedo NIPE,

Leia mais

Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FUNDO CLIMA)

Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FUNDO CLIMA) Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FUNDO CLIMA) Conteúdo A Política Nacional sobre Mudança do Clima O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) Aplicações Não-Reembolsáveis Aplicações Reembolsáveis

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A VISÃO DO GOVERNO PARA A COP 21

IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A VISÃO DO GOVERNO PARA A COP 21 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A VISÃO DO GOVERNO PARA A COP 21 Adriano Santhiago de Oliveira Diretor Departamento de Mudanças Climáticas Secretaria de Mudanças Climáticas e

Leia mais

MANIFESTO SOBRE PRINCÍPIOS E SALVAGUARDAS PARA O REDD

MANIFESTO SOBRE PRINCÍPIOS E SALVAGUARDAS PARA O REDD MANIFESTO SOBRE PRINCÍPIOS E SALVAGUARDAS PARA O REDD INTRODUÇÃO O REDD (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação) é o mecanismo que possibilitará países detentores de florestas tropicais poderem

Leia mais

Etanol, Bio eletricidade e Mudanças Climáticas

Etanol, Bio eletricidade e Mudanças Climáticas Etanol, Bio eletricidade e Mudanças Climáticas 4o. Congresso de Tecnologia na Cadeia Produtiva da Cana de Açúcar em Mato Grosso do Sul CANASUL 2010 Campo Grande, Agosto 2010 Isaias C Macedo NIPE/UNICAMP

Leia mais

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica Apresentação CEI Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica A CEI é produtora independente de energia em MG, com 9 usinas em operação, 15 empreendimentos hidrelétricos em desenvolvimento (130MW) e

Leia mais

Mais clima para todos

Mais clima para todos Mais clima para todos 1 Mais clima para todos Na União Europeia, entre 1990 e 2011, o setor dos resíduos representou 2,9% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), e foi o 4º setor que mais contribuiu

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Setorial de Transporte e de Mobilidade Urbana para Mitigação da Mudança do Clima PSTM - Parte 2: Mobilidade Urbana /

Leia mais

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Cenário de referência O estudo WETO apresenta um cenário de referência que descreve a futura situação energética

Leia mais

Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono. Fórum Permanente "Meio Ambiente e Sociedade"

Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono. Fórum Permanente Meio Ambiente e Sociedade Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono Fórum Permanente "Meio Ambiente e Sociedade" São Paulo, Brasil 15 de Outubro de 2013 Sumário MDL & Créditos de Carbono Panorama do Mercado

Leia mais

A Floresta Amazônica, as mudanças climáticas e a agricultura no Brasil

A Floresta Amazônica, as mudanças climáticas e a agricultura no Brasil A Floresta Amazônica, as mudanças climáticas e a agricultura no Brasil Quem somos? A TNC é a maior organização de conservação ambiental do mundo. Seus mais de um milhão de membros ajudam a proteger 130

Leia mais

FIESP MUDANÇA DO CLIMA

FIESP MUDANÇA DO CLIMA MUDANÇA DO CLIMA Posicionamento FIESP Posicionamento FIESP para a COP16 A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), representante do maior parque industrial brasileiro, tem acompanhado atentamente

Leia mais

NECESSIDADE DE CONHECIMENTO DAS EMISSÕES NOS PROCESSOS PRODUTIVOS. Inventários de Emissões

NECESSIDADE DE CONHECIMENTO DAS EMISSÕES NOS PROCESSOS PRODUTIVOS. Inventários de Emissões NECESSIDADE DE CONHECIMENTO DAS EMISSÕES NOS PROCESSOS PRODUTIVOS Inventários de Emissões O QUE É UM INVENTÁRIO? Um inventário corporativo de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa é a

Leia mais

Não é tarde demais para combater as mudanças climáticas O sumário do IPCC diz:

Não é tarde demais para combater as mudanças climáticas O sumário do IPCC diz: Sumário dos resultados-chave do Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, Grupo de Trabalho III de Mitigação de Mudanças Climáticas Bangkok, Maio de 2007 Não é

Leia mais

MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais. Efeito Estufa. Fontes de Emissões. Impactos. Acordos Internacionais

MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais. Efeito Estufa. Fontes de Emissões. Impactos. Acordos Internacionais MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais Efeito Estufa Fontes de Emissões Impactos Acordos Internacionais Fontes de Emissões Antropogênicas Fonte: Quarto Relatório de Avaliação do IPCC, 2007.

Leia mais

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007)

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007) Geração Elétrica Total Cenário de Referência (2007) Greenpeace Brasil Somos uma organização global e independente que atua para defender o meio ambiente e promover a paz, inspirando as pessoas a mudarem

Leia mais

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E OS MECANISMOS DE GESTÃO AMBIENTAL

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E OS MECANISMOS DE GESTÃO AMBIENTAL Brasília, 12 de maio de 2011 MUDANÇAS CLIMÁTICAS E OS MECANISMOS DE GESTÃO AMBIENTAL Eduardo Delgado Assad Secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental Emissões de GEE Média Anual das Emissões

Leia mais

Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto. Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo.

Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto. Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo. Entraves à consolidação do Brasil na produção de energias limpas e renováveis Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

O Protocolo de Kyoto e o Mandato de Bali:

O Protocolo de Kyoto e o Mandato de Bali: Briefing A Caminho de Bali Brasília, 21 de Novembro 2007 O Protocolo de Kyoto e o Mandato de Bali: O que o mundo precisa fazer para combater as mudanças climáticas As mudanças climáticas são, sem dúvida,

Leia mais

Diagnóstico da demanda local existente para organização do mercado

Diagnóstico da demanda local existente para organização do mercado Antonio Fernando Pinheiro Pedro Daniela Stump Francisco Silveira Mello Filho Projeto de Infraestrutura e Fortalecimento das Instituições do Mercado de Carbono Diagnóstico da demanda local existente para

Leia mais

Coordenador técnico: Paulo R. Moutinho Equipe técnica: André Lima, Mariana Christovam e Osvaldo Stella

Coordenador técnico: Paulo R. Moutinho Equipe técnica: André Lima, Mariana Christovam e Osvaldo Stella Sumário Executivo do Relatório Final Discussões introdutórias sobre princípios e critérios para o mecanismo REDD no Brasil, considerações preliminares sobre estruturas institucionais adequadas e sobre

Leia mais

O Histórico da Evolução das Políticas Climáticas O Papel Governamental

O Histórico da Evolução das Políticas Climáticas O Papel Governamental O Histórico da Evolução das Políticas Climáticas O Papel Governamental Roberto Kishinami Consultor Independente para DESK GREEN ECONOMY Projeto Desenvolvimento Sustentável Bilateral Câmara Ítalo Brasileira

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

V FEIRA INTERNACIONAL DA AMAZÔNIA CARBONO PARA ESTIMULAR SUSTENTÁVEL NO ESTADO DO

V FEIRA INTERNACIONAL DA AMAZÔNIA CARBONO PARA ESTIMULAR SUSTENTÁVEL NO ESTADO DO Universidade Federal do Amazonas Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico V FEIRA INTERNACIONAL DA AMAZÔNIA MERCADO VOLUNTÁRIO DE CARBONO PARA ESTIMULAR PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO

Leia mais

Identificação Contratação de consultoria pessoa física para desempenhar a função de Gerente de Projetos Pleno.

Identificação Contratação de consultoria pessoa física para desempenhar a função de Gerente de Projetos Pleno. TERMO DE REFERÊNCIA nº 030/2012 Responsável: Fábio Leite Setor: Unidade de Gestão de Programas Rio de Janeiro, 10 de julho de 2012. Identificação Contratação de consultoria pessoa física para desempenhar

Leia mais

Trabalho, Mudanças Climáticas e as Conferências do Clima: subsídios para as negociações da UGT na COP-21 Resumo Executivo

Trabalho, Mudanças Climáticas e as Conferências do Clima: subsídios para as negociações da UGT na COP-21 Resumo Executivo Trabalho, Mudanças Climáticas e as Conferências do Clima: subsídios para as negociações da UGT na COP-21 Resumo Executivo I Informações Gerais Impactos das Mudanças Climáticas As mudanças climáticas impõem

Leia mais

DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS

DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS CONTEÚDO CRITÉRIO I - POLÍTICA... 2 INDICADOR 1: COMPROMISSO, ABRANGÊNCIA E DIVULGAÇÃO... 2 CRITÉRIO II GESTÃO... 3 INDICADOR 2: RESPONSABILIDADES... 3 INDICADOR 3: PLANEJAMENTO/GESTÃO

Leia mais

(material embargado até 19.11.2015 às 10hs)

(material embargado até 19.11.2015 às 10hs) (material embargado até 19.11.2015 às 10hs) SEEG 3.0 Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estuda Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa no Brasil 1970-2014 DESTAQUES: Emissões

Leia mais

Maior eficiência energética e participação de fontes renováveis

Maior eficiência energética e participação de fontes renováveis Cidades Solares: iniciativa Campinas Campinas, 22 de novembro de 2007 Maior eficiência energética e participação de fontes renováveis Um estudo para a WWF do Brasil Rodolfo Dourado Maia Gomes International

Leia mais

O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil. Mario Lima Maio 2015

O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil. Mario Lima Maio 2015 O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil Mario Lima Maio 2015 1 A Matriz Energética no Brasil A base da matriz energética brasileira foi formada por recursos

Leia mais

Inventário das Emissões de gases de efeito estufa

Inventário das Emissões de gases de efeito estufa Inventário das Emissões de gases de efeito estufa Ano de referência do inventário: 2013 Ford Nome fantasia: Ford - CNPJ: 03.470.727/0001-20 Tipo da empresa: Matriz Setor econômico: C. Indústrias de transformação

Leia mais

CICLO DE CONFERÊNCIAS ENGENHARIA EM MOVIMENTO

CICLO DE CONFERÊNCIAS ENGENHARIA EM MOVIMENTO CICLO DE CONFERÊNCIAS ENGENHARIA EM MOVIMENTO Estratégia para o Crescimento Verde A ELETRICIDADE RENOVÁVEL EM PORTUGAL António Sá da Costa 22 de Janeiro de 2015 ÍNDICE 1. A ENERGIA EM PORTUGAL 2. CONTRIBUIÇÃO

Leia mais

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Resumo Este documento apresenta o Inventário corporativo de Emissões Diretas e Indiretas

Leia mais

Under Strict Embargo Not for distribution or publication until 19 November, 2014, 10:01 Washington D.C. Time (EST)/15:01 GMT

Under Strict Embargo Not for distribution or publication until 19 November, 2014, 10:01 Washington D.C. Time (EST)/15:01 GMT Under Strict Embargo Not for distribution or publication until 19 November, 2014, 10:01 Washington D.C. Time (EST)/15:01 GMT NEGOCIAÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE MUDANÇA CLIMÁTICA CRUCIAL NOS PRÓXIMOS DIAS EM

Leia mais

Convenção sobre Diversidade Biológica: O Plano de Ação de São Paulo 2011/2020. São Paulo, 06 de março de 2.012 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Convenção sobre Diversidade Biológica: O Plano de Ação de São Paulo 2011/2020. São Paulo, 06 de março de 2.012 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Convenção sobre Diversidade Biológica: O Plano de Ação de São Paulo 2011/2020 SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE São Paulo, 06 de março de 2.012 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Contexto Convenção sobre Diversidade

Leia mais

TRABALHO DECENTE COM BAIXAS EMISSÕES DE CARBONO

TRABALHO DECENTE COM BAIXAS EMISSÕES DE CARBONO O PROGRAMA EMPREGOS VERDES DA OIT: TRABALHO DECENTE COM BAIXAS EMISSÕES DE CARBONO Brasília, 07 de dezembro de 2010 Assuntos abordados A Iniciativa Empregos Verdes e as definições do conceito A crise econômica

Leia mais

5/9/2013. Pior seca dos últimos 40 anos, o nível do rio Acre chegou a 1,57 m

5/9/2013. Pior seca dos últimos 40 anos, o nível do rio Acre chegou a 1,57 m Pior seca dos últimos 40 anos, o nível do rio Acre chegou a 1,57 m Rio Acre em Rio Branco, Acre, Brasil 1 de Setembro 2011 1 a maior inundação da história chegou a 17,64m±4cm Rio Acre em Rio Branco, Acre,

Leia mais

Programa de Incentivos aos Leilões de Energia e à Geração Distribuída do Governo de Pernambuco João Bosco de Almeida

Programa de Incentivos aos Leilões de Energia e à Geração Distribuída do Governo de Pernambuco João Bosco de Almeida Programa de Incentivos aos Leilões de Energia e à Geração Distribuída do Governo de Pernambuco João Bosco de Almeida Secretário de Infraestrutura Energia Renovável em Pernambuco Desenvolvimento Técnico,

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA EXECUTIVA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA EXECUTIVA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA EXECUTIVA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO Resposta ao Observatório do Clima sobre suas considerações ao Sumário de informações sobre como

Leia mais

Climate Change, Energy and Food Security 13 de novembro de 2008 Rio de Janeiro

Climate Change, Energy and Food Security 13 de novembro de 2008 Rio de Janeiro Climate Change, Energy and Food Security Rio de Janeiro Mudanças Climáticas Amazônia, Problemas Ambientais e Proteção da Biomassa Israel Klabin F U N D A Ç Ã O B R A S I L E I R A P A R A O D E S E N V

Leia mais

Agenda Elétrica Sustentável 2020

Agenda Elétrica Sustentável 2020 Congresso Eficiência Energética Casa Alemã A Casa Ecoeficiente São Paulo, 14 de Abril de 2010 Agenda Elétrica Sustentável 2020 Estudo de Cenários para um Setor Elétrico Brasileiro Eficiente, Seguro e Competitivo

Leia mais

Eficiência Energética em tempos de COP-21. Nov 2015

Eficiência Energética em tempos de COP-21. Nov 2015 Eficiência Energética em tempos de COP-21 Nov 2015 1 Schneider Electric, o especialista global em gerenciamento de energia e automação 25 bilhões receita em 2014 ~5% das receitas aplicadas em P&D ~170,000

Leia mais

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017)

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017) Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017) PAULO CÉSAR RIBEIRO LIMA JANEIRO/2009 Paulo César Ribeiro Lima 2 Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017)

Leia mais

Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica

Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica R E A L I Z A Ç Ã O : A P O I O : A Razão Diversos estados e municípios também estão avançando com suas políticas de mudanças

Leia mais

Mercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões

Mercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões Mercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzinifreire.com.br Mercado de Carbono no Brasil

Leia mais

Desafios e oportunidades associadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) 7ª CONSEGURO setembro 2015

Desafios e oportunidades associadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) 7ª CONSEGURO setembro 2015 Desafios e oportunidades associadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) 7ª CONSEGURO setembro 2015 Meta brasileira de redução das emissões até 2020 36,1% a 38,9% das 3.236 MM de tonco2eq de emissões projetadas

Leia mais

Mudanças Climáticas. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Secretaria de Relações Institucionais PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Mudanças Climáticas. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Secretaria de Relações Institucionais PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Mudanças Climáticas SECRETARIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Premissa das negociações Princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, definido pela Convenção do Clima implica no reconhecimento

Leia mais

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL GESEL / SINERGIA / EDF A OPÇÃO NUCLEAR PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL Altino Ventura Filho Secretário de Planejamento

Leia mais

2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia

2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia 2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia 2.1. Breve Histórico da Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro No início da década de 90, o setor elétrico brasileiro apresentava uma estrutura predominantemente

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

Politica Nacional sobre Mudanças do Clima Plano Nacional de Mudanças climáticas

Politica Nacional sobre Mudanças do Clima Plano Nacional de Mudanças climáticas Brasília, 21 de setembro de 2011 Audiência Pública Senado Federal 5a. Reunião Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas -CMMC Politica Nacional sobre Mudanças do Clima Plano Nacional de Mudanças

Leia mais

Grupo de Trabalho da Soja Moratória da Soja no Bioma Amazônia Brasileiro

Grupo de Trabalho da Soja Moratória da Soja no Bioma Amazônia Brasileiro Grupo de Trabalho da Soja Moratória da Soja no Bioma Amazônia Brasileiro Um iniciativa multistakeholder de sucesso no combate ao desflorestamento Carlo Lovatelli Presidente - ABIOVE Copenhagen, Denmark

Leia mais

Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa

Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa MME Secretaria de Planejamento Energético Brasília Março de 2010 Roteiro 1. Cenário da Expansão 2. Características 3. Políticas Energéticas 4. Leilões

Leia mais

A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras

A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras Emilio Lèbre La Rovere Coordenador, CentroClima/LIMA/PPE/COPPE/UFRJ 2º Encontro dos Secretários

Leia mais

amazonas a força tarefa Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas Histórico e contexto de criação

amazonas a força tarefa Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas Histórico e contexto de criação a força tarefa amazonas Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas Histórico e contexto de criação A Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas GCF é uma plataforma colaborativa

Leia mais

Impactos Socioeconômicos da Indústria de Biodiesel no Brasil. Joaquim J.M. Guilhoto Marcelo P. Cunha

Impactos Socioeconômicos da Indústria de Biodiesel no Brasil. Joaquim J.M. Guilhoto Marcelo P. Cunha Impactos Socioeconômicos da Indústria de Biodiesel no Brasil Joaquim J.M. Guilhoto Marcelo P. Cunha Agosto - 2013 2011 Biodiesel INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 2011 Biodiesel ODM-Importado 2011 ODM-Nacional Biodiesel

Leia mais

Produção e consumo sustentáveis

Produção e consumo sustentáveis Produção e consumo sustentáveis Fernanda Capdeville Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis DPCS Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental - SAIC 14 Plenária do Fórum Governamental

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria) PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria) Institui o Programa de Incentivo à Geração Distribuída de Energia Elétrica a partir de Fonte Solar - PIGDES e altera a Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002.

Leia mais

Título Economia de baixo carbono, desafios e oportunidades para o setor elétrico Veículo Canal Energia Data 16 dezembro 2015 Autor Claudio J. D.

Título Economia de baixo carbono, desafios e oportunidades para o setor elétrico Veículo Canal Energia Data 16 dezembro 2015 Autor Claudio J. D. Título Economia de baixo carbono, desafios e oportunidades para o setor elétrico Veículo Canal Energia Data 16 dezembro 2015 Autor Claudio J. D. Sales Estiveram reunidos nas duas últimas semanas em Paris,

Leia mais

Padrões de produção e consumo

Padrões de produção e consumo INDICADORES AMBIENTAIS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 113 Padrões de produção e consumo Recicloteca da COMLURB - Gávea 114 INDICADORES AMBIENTAIS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO ÁGUA ATMOSFERA SOLO BIODIVERSIDADE

Leia mais

Inventário de Gases de Efeito Estufa

Inventário de Gases de Efeito Estufa Inventário de Gases de Efeito Estufa Gerenciamento de Informações e Ações Dirigidas Nicole Celupi - Three Phase Gerenciamento de Informações e Ações Dirigidas Institucional A Three Phase foi criada em

Leia mais

Seminário Soluções Técnicas e Financeiras para Cidades Sustentáveis Banco Mundial Brasília. 08 e 09 de Junho 2010

Seminário Soluções Técnicas e Financeiras para Cidades Sustentáveis Banco Mundial Brasília. 08 e 09 de Junho 2010 Seminário Soluções Técnicas e Financeiras para Cidades Sustentáveis Banco Mundial Brasília 08 e 09 de Junho 2010 No Programa de Governo Gestão 2009-2012 está previsto o Programa Biocidade e neste o Plano

Leia mais

PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC

PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC 19 de Maio de 2009 National Climate Change Policy National Plan on Climate Change Climate Fund Amazon Fund Política Nacional sobre Mudança Climática 2 objetivos

Leia mais

PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL

PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL SENADO FEDERAL COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL AGENDA RUMOS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA 2011-2012 PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL Prof. Dr. Rex Nazaré Alves 19 de setembro de 2011

Leia mais

Painel Geração Renovável Energia Solar Fotovoltaica

Painel Geração Renovável Energia Solar Fotovoltaica Painel Geração Renovável Energia Solar Fotovoltaica Nelson Colaferro Presidente do Conselho de Administração Brasília 28/05/2015 Energia Solar Fotovoltaica 2 Quem Somos Reúne empresas nacionais e internacionais

Leia mais

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO PROGRAMAÇÃO DO EVENTO Dia 08/08 // 09h00 12h00 PLENÁRIA Nova economia: includente, verde e responsável Nesta plenária faremos uma ampla abordagem dos temas que serão discutidos ao longo de toda a conferência.

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano de Mineração de Baixa Emissão de Carbono (PMBC)

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano de Mineração de Baixa Emissão de Carbono (PMBC) CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano de Mineração de Baixa Emissão de Carbono (PMBC) Rio de Janeiro/RJ 6 de julho de 2012 Processo de Construção do PMBC Grupo

Leia mais

Opções de Mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Setores-Chave do Brasil

Opções de Mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Setores-Chave do Brasil Opções de Mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Setores-Chave do Brasil Régis Rathmann e Maurício Francisco Henriques Jr. Identificação do Projeto Agência implementadora: PNUMA Financiamento: Doação

Leia mais

O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade no Século 21 Oportunidades e Desafios

O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade no Século 21 Oportunidades e Desafios O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade no Século 21 Oportunidades e Desafios Português Resumo Executivo Esta é a segunda edição revista e ampliada da publicação: O Setor Elétrico Brasileiro e

Leia mais

Gestão Ambiental. Disciplina Ciências do Ambiente Profa Elizete A Checon de Freitas Lima

Gestão Ambiental. Disciplina Ciências do Ambiente Profa Elizete A Checon de Freitas Lima Gestão Ambiental Disciplina Ciências do Ambiente Profa Elizete A Checon de Freitas Lima Gestão Ambiental Ato de administrar o ambiente natural ou antrópico (PHILIPPI Jr e BRUNA, 2004). Gestão Ambiental

Leia mais

Desafios e iniciativas do Pará na agenda de clima da Amazônia

Desafios e iniciativas do Pará na agenda de clima da Amazônia Desafios e iniciativas do Pará na agenda de clima da Amazônia Belém, Setembro de 2015 Desafios e iniciativas do Pará na agenda de clima da Amazônia Agenda global: o desafio do nosso tempo Agenda regional:

Leia mais

Mudanças Climáticas e Economia. Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE

Mudanças Climáticas e Economia. Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE Mudanças Climáticas e Economia Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE Junho de 2009 Aquecimento global como falha de mercado O clima tem forte relação com a atividade econômica: Interação mais conhecida

Leia mais